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Marca Bahia Notícias

Notícia

‘Não vim antes porque não me chamaram’, diz cantora Bárbara Eugênia sobre show em Salvador

Por Jamile Amine

Foto: Divulgação
Pela primeira vez em Salvador, a cantora e compositora carioca Bárbara Eugênia integra a programação do Festival Zona Mundi, em show apresentado neste sábado (14), às 20h, na Praça Teresa Batista, no Pelourinho. Animada para sua estreia na capital baiana, a artista explica em entrevista ao Bahia Notícias que sua ausência na cidade não foi proposital. “Não vim antes porque não me chamaram. Não foi por falta de vontade, mas falta de oportunidade mesmo. Eu acho que vai ser bonito, tô super feliz de tocar aqui, tem uma galera que curte, acho que vai ser bem legal”, diz Bárbara. Para o show em Salvador, ela prepara um repertório com músicas de seus dois álbuns: "Journal de BAD" (2010) e "É O Que Temos" (2013). “A maioria das músicas é do segundo disco, a gente vai fazer também umas do primeiro disco. Mas a gente não tem tanto tempo de show assim pra poder realmente fazer um ‘apanhadão’ geral. Vai ter que voltar de novo depois pra tocar mais”, explica Bárbara, que ainda não tem previsão de retorno a Salvador depois desta apresentação, mas acredita em novas oportunidades. “Por enquanto é só vontade mesmo, mas acho que depois do primeiro, né, ai facilita”, conta a cantora.
 

Bárbara Eugência veio pela primeira vez a Salvador, mas espera voltar outras vezes
 
Desta vez Bárbara Eugênia não trouxe banda completa, por questões de agenda. Para resolver o problema, ela acionou a amiga Márcia Castro, que indicou músicos locais. Então, neste sábado, acompanhada por seu tecladista, Bárbara se apresentará com um trio baiano: o guitarrista Junix e dois músicos da banda Cascadura. O contato com a música sempre existiu para a cantora, que costumava tocar em casa, despretensiosamente. “Eu não tocava profissionalmente, mas os amigos ficavam incentivando a fazer alguma coisa, gravar disco, fazer show. E aí, em 2007, já morando em São Paulo, fui apresentada pelo produtor Apollo 9 ao cineasta Heitor Dahlia, diretor do filme ‘O Cheiro do Ralo’, que me chamou pra fazer a trilha do filme, com duas músicas. Ali tudo começou”, conta Bárbara Eugênia, que chegou a cursar alguns semestres do curso de cinema. Ela ainda considera sua relação com a sétima arte muito forte e depois do filme de Dahlia, Bárbara já participou de outras duas trilhas: em “Abismo Prateado”, de Karim Aïnouz e “De Menor”, de Caru Alves de Souza.
 

Confira "Olho nos Olhos", música de Chico Buarque interpretada por Bárbara em "Abismo Prateado"
 
Hoje Bárbara Eugênia é influenciada pela música dos anos 60 e 70, principalmente com a Tropicália, o Rock e o Folk mundial, mas tem dificuldade em se rotular e classificar seu trabalho em uma categoria musical. “Essa é a pior coisa, é difícil. Mas alguém um dia falou que eu faço Rock Canção, achei massa. Achei pertinente”, revela a artista, que subiu ao palco pela primeira vez ao lado de Edgard Scandurra, em um projeto de tributo ao cantor francês Serge Gainsbourg. “Toco com ele [Edgard] até hoje, estou chegando do Rio agora, de três dias de show com ele. Há seis anos estamos com esse projeto. Fomos apresentados por um amigo em comum, na verdade amigo de uma amiga, que me levou para conhecer Edgard, porque ele procurava uma cantora que cantasse em francês”, relembra.
 

No primeiro disco, Bárbara gravou "Dor e Dor", de Tom Zé, ao lado do músico baiano
 
Ela cantou ainda ao lado de Tom Zé, interpretando a canção do ídolo baiano “Dor e Dor”, que é uma das faixas de seu primeiro disco. “O contato foi através de Patrícia Palumbo, do programa Vozes do Brasil, em São Paulo. Ela me conhece desde o início e é muito amiga de Tom Zé. Falei que tinha vontade de gravar com ele e ela falou na hora ‘vai rolar, vou falar com ele’. E ai ela falou e ele topou. Foi maravilhoso”, conta Bárbara, que hoje o considera amigo e parceiro. Ela mantém uma estreita relação também com outros músicos baianos, como Márcia Castro, Michelle Abu, Lucas Santtana e Karina Buhr, que vive em Pernambuco, mas nasceu na Bahia. “A gente se conheceu através de trabalho e ficou amigo, de estar junto quando pode. A Karina já cantei com ela umas vezes, com a Márcia ainda não. Já participei de show de Lucas também e estava tocando com Michele. Não temos nenhum projeto engatado, mas é isso, nada impede que a gente trabalhe. Tem muita coisa pela frente, muita música para fazer”, diz a cantora carioca.

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