Fernando Meirelles se diz esperançoso com nova lei da TV paga

As produtoras audiovisuais independentes brasileiras têm muito a comemorar. As diretrizes para a TV paga no Brasil, decorrentes da Lei 12.485/2011, estabelecem cotas obrigatórias de conteúdo nacional nos canais fechados. A decisão deverá estimular os negócios locais, já que ao menos 50% da faixa reservada a produções brasileiras terá de estar associado a empresas independentes. Fernando Meirelles, sócio da O2 Filmes, uma das maiores produtoras independentes do país, se mostra entusiasmado com a nova lei da TV paga. Em entrevista à Folha, o diretor confirmou que a demanda por conteúdo nacional já aumentou. “Tivemos solicitações de praticamente todos os canais a cabo. Mandamos e-mail para todos os colaboradores da casa. De 54 projetos que vieram deles, selecionamos 32 e apresentamos para algumas emissoras na virada do ano”, contou. Meirelles falou ainda sobre a desconfiança que as novas regras inspiraram no empresariado, mas afirmou que com a mudança a produção de programas brasileiros será muito mais forte daqui a 10 anos. Além disso, comparou a nova lei da TV paga à Lei do Audiovisual, criada em 1993, que permitiu que a indústria cinematográfica brasileira se consolidasse em 10 anos e tivesse uma produção de 105 filmes só em 2011. 
 

Sobre as produções que já estão em andamento, Meirelles adiantou que já um programa de um jornalista meio aventureiro, chamado Fábio Lamanchia, para a Discovery e a série de programa "360" – nome que coincide com o do seu novo longa – para a NatGeo. “Vai ser uma série de programas meio jornalísticos, um "doc reality", sobre problemas bem pungentes, como crack, educação, manejo sustentável de floresta, soja. Cada um dos temas é tratado de todos os pontos de vistas por meio de personagens”, explica. Com informações da Folha.