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Mercado de cotas náuticas e a democratização do acesso à Baía de Todos-os-Santos

Por Rodrigo Lichotto

Foto: Divulgação

Maior enseada navegável do país e segunda maior do mundo, a Baía de Todos-os-Santos está vivendo um momento de expansão turística e econômica nos últimos 5 anos. E isto ocorre, óbvio, devido à crescente atividade náutica. Outros pontos, contudo, também podem ser os responsáveis diretos por essa efervescência.

 

Primeiro, ela está associada ao crescente e novo mercado de compra compartilhada de embarcações, as chamadas cotas náuticas. Outros fatores? Sim: o crescente turismo náutico, com eventos regionais e internacionais e uma mudança de paradigma. A BTS era tida, antigamente, como algo para “para poucos”. Agora, está mais acessível, mais “democratizada”. 

 

É como se vivêssemos uma mudança de cultura, uma mudança de hábitos. Outrora, poucos exploravam a riqueza da região, somente aqueles que tinham uma lancha, uma ilha particular. Hoje, isso se democratizou.

 

Com uma Cota naútica, por exemplo, ou com a elevada oferta de ótimos passeios e eventos, é possível conhecer e experimentar o mesmo lugar que anteriormente era para poucos.

 

Esse mercado em ascensão vai além do conceito de multipropriedade. Com menos investimento e mais estrutura, navegar se tornou realidade para quem antes só imaginava. A cota não é sobre dividir uma lancha ou um Jet Ski, não é apenas o bem material, é sobre multiplicar experiências.

 

A Baía de Todos-os-Santos possui 56 ilhas, águas calmas, mais de 100 restaurantes, aproximadamente 800 lanchas e 3,5 mil jets em atividade. Há muito potencial a ser explorado e toda essa recente popularização das atividades náuticas, seja com eventos regionais e internacionais, passeios ou o acesso às cotas de lanchas e jets, tem aquecido também o turismo, a gastronomia, gerando emprego e renda

 

Outro ponto, além da atuação da iniciativa privada e da entrega de marinas e postos de combustível em atividade, ações do poder público também têm propiciado essa consolidação como polo náutico. Temos eventos como Salvador Boat Show, Congresso Náutico da Bahia, Copa Z6, mas também a criação da Secretaria Especial do Mar, pela Prefeitura de Salvador, para estruturar políticas de economia azul. E ainda a destinação de quase R$ 400 milhões, pelo Programa de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur), do Governo do Estado, para modernizar marinas, qualificar mão de obra e fomentar o setor.

 

Porém, acreditar neste novo mercado não anula um ponto chave de atenção, seja do empresariado do setor, quantos das autoridades públicas: a segurança da navegação. Sobretudo neste período das festas de final de ano e chegada do verão. A formação dos condutores náuticos é tão relevante quanto o entusiasmo com a possibilidade de crescimento deste setor aqui na Bahia.

 

*Rodrigo Lichotto é empresário pioneiro em cotas náuticas no estado

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias

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