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Dia Nacional da Economia Solidária: a Bahia soma motivos para celebrar

Por Wenceslau Júnior

Foto: Eduardo Mafra/ Divulgação

Diferente do cenário nacional, que com o retorno do Presidente Lula busca se reconstruir após anos de desmonte institucional, a Bahia se destaca como um estado onde essa política pública de apoio e fomento a economia solidária nunca deixou de pulsar. Há quase duas décadas, o Governo do Estado da Bahia mantém investimentos contínuos e uma expansão estratégica, tornando-se referência em inclusão produtiva, inovação social e finanças solidárias.

 

Desde 2007, quando foi criada a Superintendência de Economia Solidária e Cooperativismo (Sesol), na Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), e em sinergia com as políticas da Agricultura Familiar, o estado estruturou uma rede que gera renda com sustentabilidade, transforma realidades e fortalece os territórios.

 

Nos últimos anos, o atual governo ampliou os investimentos, possibilitando a expansão dos Centros Públicos de Economia Solidária (Cesol), que oferecem assistência técnica permanente e integral, atuando desde os Estudos de Viabilidade Econômica até o aprimoramento de processos produtivos, design de embalagens, fortalecimento de marcas e ampliação do acesso a mercados. Hoje, são 23 Centros Públicos de Economia Solidária, atendendo mais de 26 mil beneficiários diretos em 24 dos 27 Territórios de Identidade, além de 25 espaços permanentes de comercialização, somados a centenas de eventos em todo o estado.

 

A política pública baiana também concentra forte ênfase nas finanças solidárias, dos bancos comunitários, fundos rotativos e moedas sociais, que ganharam estruturação e visibilidade, tornando-se pilares de desenvolvimento em diversos territórios e fortalecendo a economia local. Paralelamente, avançamos no apoio técnico e na estruturação das cooperativas e associações de catadores e catadoras de materiais recicláveis, promovendo e fortalecendo o trabalho decente dessa categoria. Soma-se a isso a atuação dos Microcréditos orientados como o CrediBahia, que ao longo dos anos aportou cerca de R$ 793 milhões em 260.933 contratos para empreendimentos da Economia Popular e Solidária, em 248 municípios onde possui postos.

 

Ampliamos e qualificamos as nossas feiras, festivais e espaços permanentes de comercialização. Nesse contexto, experiências inspiradoras como a ChocoSol, primeira fábrica de chocolates da economia solidária do Brasil, apoiada e viabilizada pelo Governo da Bahia, por meio da Setre, encontram terreno fértil no estado. Modelos como esse demonstram como é possível fortalecer empreendimentos que integram a cadeia produtiva sustentável, valorizam as comunidades e praticam o comércio justo.

 

A IV Conferência Estadual de Economia Solidária, realizada em 2024, também alcançou números históricos: 3.119 pessoas participaram das etapas interterritoriais, o maior número de todo o país, garantindo à Bahia a maior bancada na Conferência Nacional. Esse resultado é fruto de um Conselho Estadual de Economia Solidária com forte participação da sociedade civil e de um estado que não apenas participa, mas lidera a construção desse movimento. Exemplo disso é a presença da Bahia na coordenação da Rede Nacional de Gestores e no Comitê do Consórcio Nordeste.

 

Com esse conjunto robusto de políticas, estruturas e resultados, a Bahia foi reconhecida como Capital Nacional da Economia Solidária, um título que celebra não apenas a gestão pública, mas a força dos empreendimentos solidários dos nossos territórios, fortalecidos pela assistência técnica dos Centros Públicos de Economia Solidária (Cesol). Neste 15 de dezembro, temos motivos de sobra para celebrar.

 

Vida longa à Economia Solidária!

 

*Wenceslau Júnior é superintendente de Economia Solidária da Bahia

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias

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