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Artigo

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Impactos da osteoporose no quadril

Por Marcos Giordano

Foto: Divulgação

A osteoporose é uma doença silenciosa, que representa uma das principais ameaças ao quadril da população idosa, sendo responsável por uma mortalidade que pode chegar a 24% no primeiro ano após uma fratura neste local. Estima-se que, no mundo, o número de fraturas de quadril decorrentes da osteoporose possa chegar a 6,3 milhões até 2050, com incidência crescente devido ao envelhecimento populacional. No Brasil, cerca de 10 milhões de pessoas sofrem com a doença, que aumenta significativamente o risco de fraturas graves nessa região anatômica tão exigida no dia a dia, comprometendo a mobilidade e a qualidade de vida dos pacientes.

 

O impacto da osteoporose no quadril transcende a questão clínica, pois as fraturas por fragilidade causam elevada morbidade, custos expressivos para o sistema de saúde e importante impacto social. As fraturas, muitas vezes causadas por quedas de baixa energia, levam à perda de independência, limitações funcionais e até mesmo à mortalidade. Infelizmente, a osteoporose permanece subdiagnosticada e subtratada em grande parte da população, contribuindo para o aumento das hospitalizações e sequelas irreversíveis.

 

A prevenção e o tratamento da osteoporose são essenciais para reduzir os impactos no quadril. É fundamental adotar estratégias que envolvam a avaliação do risco individual, a realização moderada de exercícios físicos, a suplementação adequada de cálcio e vitamina D, além do uso racional de medicamentos para o fortalecimento ósseo. Além disso, a conscientização sobre o risco de quedas e a melhora do ambiente domiciliar para prevenir acidentes devem ser prioridade nas políticas de saúde pública.

 

Por fim, é fundamental que a sociedade aumente os esforços para um diagnóstico precoce e manejo eficaz da osteoporose, especialmente em pacientes com fatores de risco. O envelhecimento populacional traz consigo o desafio de reduzir a incidência de fraturas de quadril e suas consequências, que são evitáveis, na maioria das vezes, com um olhar clínico atento e políticas públicas eficazes de prevenção e tratamento dignos dessa epidemia silenciosa.

 

*Marcos Giordano é presidente da Sociedade Brasileira do Quadril (SBQ)

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias

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