Salvador não recebeu R$ 1 dos governos federal e estadual, reclama Bruno Reis
Por Gabriel Lopes / Erem Carla
O prefeito Bruno Reis questionou nesta quinta-feira (27), as exigências feitas pelo Ministério da Saúde em relação a vacinação de crianças de 05 a 11 anos contra a Covid-19. De acordo com o gestor, as burocracias impostas estão atrapalhando o ritmo da imunização desse público na capital baiana.
“Nós da prefeitura temos menor poder de decisão e mais atribuições. As vacinas chegam no aeroporto e quem vai buscar é a prefeitura. Estamos desde 19 de janeiro de 2021 com 1.800 profissionais trabalhando praticamente de domingo a domingo, a prefeitura pagando essa conta sozinha sem um real de ajuda do governo do estado ou do governo federal, que ficam só tomando decisões”, disse Bruno.
O gestor ainda apontou a exigência dos termos de autorização e da espera de 20 minutos após a vacinação como principais fatores para o baixo índice vacinal dos público infantil em Salvador.
O público de 12 a 17 anos também precisou apresentar termo de autorização e 93% das crianças e adolescentes foram vacinados. Quanto ao público de 05 a 11 anos, atualmente 21% receberam a imunização.
"O maior problema é a exigência dos 20 minutos que não faz sentido, não tem justificativa técnica científica para essa exigência”, afirmou o prefeito.
Bruno ainda disse que o Ministério Público questionou sua declaração de que se houvesse aglomeração, iria suspender os 20 minutos de espera (veja aqui).
“E se não cumprir (as exigências), o responsabilizado sou eu. Quer tirar as exigências da declaração dos pais para vacinar os filhos, dos 20 minutos de espera que não faz sentido nenhum? É só o Ministério Público me mandar um papel”, afirmou.