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Depressão pode encurtar vida de pessoa em até 15 anos se não for tratada, alerta psiquiatra

Por Jade Coelho

Foto: Paulo Victor Nadal / Bahia Notícias

Ainda alvo de muito preconceito, a depressão está na lista das doenças mais incapacitantes do mundo, com reflexos que podem levar ao déficit cognitivo, problemas de memória, de aprendizado, de expressão de emoções e raciocínio, de acordo com presidente da Associação dos Psiquiatras da Bahia e professora da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e FTC, Miriam Elza Gorender.

 

O pensamento de que a doença é uma “dor da alma” e que pode ser superada apenas com pensamentos positivos e força de vontade deve ser abolido, de acordo com a médica, que explica que a depressão “é uma doença do corpo, não é um estado de espírito, um mau humor ou uma questão emocional”. “É uma doença que encurta a vida da pessoa em cerca de 10 a 15 anos se não for tratada”, advertiu ao destacar a importância que se deve dar à saúde mental das pessoas. “A Organização Mundial de Saúde (OMS) há vários anos decreta que não há saúde sem a saúde mental”, frisou.

 

A especialista ainda comenta dados de pesquisas recentes que revelam crescimento no número de casos de depressão. A psiquiatra aponta que esse aumento pode ser relacionado à exposição das pessoas a ambientes cada vez mais estressantes. Então “quando a pessoa vive em um ambiente mais tranquilo, existe menos possibilidade de haver um desencadeamento de um primeiro episódio depressivo”, assegurou a médica.

 

A campanha Setembro Amarelo, que durante todo o mês chama a atenção para a prevenção ao suicídio e cuidado com a mente, foi destacada e elogiada pela psiquiatra. No entanto, um alerta sobre a maneira como se contribui foi feito. Para Miriam, é preciso ter cautela ao oferecer ajuda a alguém em crise, apesar da boa intenção é possível causar mais mal do que bem, porque “não basta dar um ombro para resolver o problema da pessoa”, é preciso orientar para que se procure um profissional adequado e capacitado.

 

Durante a entrevista a psiquiatra ainda trata do Dia Mundial da Saúde Mental, automutilação de jovens, uso de redes sociais e questionamentos sobre o Transtorno de Personalidade Antissocial. Confira a entrevista completa na coluna Saúde.

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