Zika: Neuropediatra alerta que bebês sem microcefalia também devem ser acompanhados
Por Renata Farias
Apesar da preocupação geral com relação às crianças nascidas com microcefalia devido ao surto de Zika vírus, bebês sem alteração no perímetro cefálico também devem ser acompanhados por especialistas. O alerta foi feito pela neuropediatra Adriana Mattos durante seminário realizado pela Fundação José Silveira (FJS) para discussão acerca da relação entre o Zika e a microcefalia. "É importante que toda mãe que tenha tido zika possa fazer um acompanhamento para saber se a criança tem alguma dessas alterações. Existem crianças que não têm perímetro cefálico diminuído, não têm microcefalia, mas apresentam alterações cerebrais no exame de imagem", disse a profissional em entrevista ao Bahia Notícias. "É um percentual muito pequeno, não é o comum, mas é importante falar isso para não ficar restrito apenas às crianças que têm microcefalia". Entre as alterações comumente encontradas nos bebês, uma das principais é a presença de problemas motores, além de hipertonia. "O tônus muscular é aumentado, o que leva a um atraso de desenvolvimento", explicou a neuropediatra. Também são encontrados, em exames complementares, problemas oftalmológicos e auditivos.
Profissionais de diferentes especialidades participaram do evento
Foto: Fundação José Silveira