Com justificativa contra EUA, projeto antiaborto de Cunha avança rapidamente
Uma proposta do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), avança rapidamente na Comissão de Constituição e Justiça, segundo informações da coluna Radar, da Veja. Cunha propõe que cidadãos que divulgarem ou orientarem mulheres a fazer um aborto, seja com explicações ou fornecimento de substâncias, pode ser penalizado com quatro a oito anos de prisão. Relatada pelo deputado Leonardo Piccianu (PMDB-RJ), a proposta tem como justificativa uma acusação contra os Estados Unidos e suas poderosas empresas que, segundo o texto, incentivam o aborto em países subdesenvolvidos. "A legalização do aborto vem sendo imposta a todo o mundo por organizações internacionais inspiradas por uma ideologia de controle populacional, e financiadas por fundações norte-americanas ligadas a interesses supercapitalistas", escreve Cunha.