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CNV confirma participação de médicos em sessões de tortura durante regime militar

Foto: Reprodução
Depoimentos ouvidos pela Comissão Nacional da Verdade (CNV) nesta segunda-feira (22) apontaram a participação de médicos em torturas. Os depoentes ainda denunciaram o uso de instalações hospitalares pelas forças de repressão da ditadura militar. Parentes do engenheiro mecânico Raul Amaro Nin Ferreira, preso em agosto de 1971 por agentes do Departamento de Ordem Política e Social (Dops), no Rio de Janeiro, relataram que ele foi morto dias depois no Hospital Central do Exército (HCE), no bairro Benfica, zona norte do Rio, onde também passou por sessões de tortura. O arquiteto Felipe Carvalho Nin Ferreira, sobrinho do engenheiro, levantou documentação sobre o caso, no Arquivo Nacional e nos arquivos públicos do Rio de Janeiro e de São Paulo, ao lado do pesquisador Marcelo Zelic, do grupo Tortura Nunca Mais. O tio dele era ligado ao Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR8), mas não vivia clandestino. Outro depoente do dia foi o médico Luiz Roberto Tenório, torturado pelas equipes do Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) no Rio de Janeiro, em 1972. Segundo relato de Tenório, ele foi preso por participar de um esquema médico de apoio aos militantes de esquerda feridos, e foi examinado pelo médico militar Ricardo Agnese Fayad, general reformado do Exército, que verificava se a tortura aos presos políticos podia continuar, ou se deveria ser interrompida para evitar a morte. Segundo a integrante da CNV Rosa Cardoso, o conjunto de depoimentos consolida uma versão de uso sistemático de métodos, que caracteriza o crime contra a humanidade praticado durante a ditadura militar. Informações da Agência Brasil.

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