Condutores do Samu de Salvador ameaçam parar; ‘prefeito não nos recebe’, diz diretor
Por Francis Juliano
Condutores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) prometem cruzar os braços caso não sejam atendidos pelo prefeito ACM Neto. A principal demanda é a estabilidade da carreira – a maioria trabalha via Reda [Regime Especial de Direito Administrativo] e TAC [Termo de Ajuste de Conduta]. "Nós estamos há cinco meses aguardando o prefeito. Mandamos uma carta, mas ele não nos recebe”, disse o diretor do Sindisamu 192 Naimar Lucas Estevan ao Bahia Notícias. Segundo o diretor, são 160 condutores empregados no Samu soteropolitano que além de conduzir as viaturas fazem o trabalho de socorristas e auxiliam médicos e enfermeiros nas viaturas. Ainda de acordo com o diretor, entre 2005 e 2014 a reposição salarial dos funcionários foi de 23,4%, enquanto a inflação foi de 64%. Estevam diz que na capital 30 unidades estão na ativa, mas o recomendado seria 42. "Sabe por que não estão rodando? Porque não tem gente para conduzir", relata. O dirigente afirma que funcionários são demitidos através do Reda e depois readmitidos, o que cria um círculo vicioso e aprofunda o problema do setor. Outra demanda é a assistênca médica. O dirigente afirmou que a categoria não conta com convênios. "Hoje, tem 20 pessoas que estão afastadas sem nenhum tipo de assistência e nós perdemos um companheiro por falta de atendimento no corredor do HGE", relata. Os condutores prometem uma caminhada no dia 10 de maio do Campo Grande à Praça Municipal. Depois, decidirão sobre a greve.