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Trabalhadores brasileiros estão entre os mais tristes e raivosos da América Latina

Por Ana Paula Teixeira

Foto: Divulgação

Tristeza ou raiva! Esses são dois dos sentimentos mais recorrentes entre trabalhadores brasileiros, de acordo com pesquisa realizada pela consultoria Gallup - dado que coloca o país no quarto lugar na América latina em termos de satisfação com suas corporações. Em geral, 18% dos profissionais brasileiros apontaram experimentar raiva no cotidiano, já 25% amargam a tristeza diária. O Brasil só perde para Bolívia, El Salvador e Jamaica.

 

Além da tristeza e da raiva, ainda pode ser acrescido o estresse. Isso porque 46% dos entrevistados, neste mesmo estudo, disseram experimentar momentos de estresse em seu dia a dia. Somados, os sentimentos identificados na pesquisa podem corroborar ou serem um agravo negativo para a saúde mental dos trabalhadores.

 

É preciso ter uma gestão eficaz e políticas que identifiquem casos isolados ou não nas instituições, relativas a problemas de humor e atreladas a saúde mental. As empresas têm que prezar por um ambiente de trabalho seguro, eficaz e saudável, e com liderança de qualidade. Podem se acrescer mecanismos de comunicação não violenta, além de uma gestão que dê suporte necessário para o bom desempenho do trabalhador.

 

As empresas precisam direcionar o olhar mais completo para os funcionários, pois o adoecimento dos colaboradores pode, inclusive, acarretar perdas financeiras por parte das corporações. Isso pode ser comprovado em números, já que a estimativa é que essa baixa por questões de boa adaptação ao trabalho pode resultar em uma perda global de US$ 8,9 trilhões por ano – o que equivale a 9% do PIB mundial, podendo haver rotatividade de funcionários, esgotamento, problemas com assiduidade e não cumprimento de metas ou de obrigações.

 

No Brasil, o Certificado Empresa Promotora da Saúde Mental vai incentivar as empresas a adotarem práticas de promoção de bem-estar no ambiente de trabalho. A lei em aprovação é a de nº 14831. Até lá, cabe às empresas proverem ambientes mais saudáveis, tais como:

 

•    Qualifique as lideranças. Elas precisam de formações recorrentes, assim como os funcionários;
•    Promova boas relações entre os profissionais e entre os trabalhadores e gestores;
•    Priorize o diálogo e a estratégia da comunicação não violenta;
•    Estimule a prática da diversidade e a inclusão;
•    Adote maneiras de dispor de benefícios para os funcionários;
•    Estimule a cultura de feedbacks;
•    Incentive o cuidado com a saúde física e mental;
•    Reconheça as boas práticas dos colaboradores.

 

*Ana Paula Teixeira é médica do trabalho, consultora e especialista em Saúde e Bem-estar.

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias

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