Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias Municípios

Notícia

Ex-PM é condenado a 14 anos de prisão por ataque que deixou mulher trans tetraplégica na Bahia

Por Redação

Foto: Reprodução / Redes Sociais

Um ex-policial militar foi condenado a 14 anos de prisão pelo ataque a tiros que deixou uma mulher trans sem os movimentos dos braços e das pernas. O crime ocorreu no dia 2 de abril de 2017, em Presidente Dutra, na região de Irecê, Centro Norte baiano. O julgamento que condenou Paulo Roberto Ferreira Machado ocorreu entre a terça-feira (29) e a madrugada da quarta-feira (30), no Fórum da Comarca de Irecê.

 

Segundo o G1, o ex-policial militar foi considerado culpado por tentativa de homicídio por motivo torpe e com recurso que dificultou a defesa da vítima, identificada como Bárbara Trindade. A Justiça determinou a prisão imediata do ex-PM, sem direito de recorrer em liberdade. Ele deve ser encaminhado ao Conjunto Penal de Irecê.

 

ARMAÇÃO

Outro acusado no caso, o frentista Domingos Mendes Machado, foi absolvido. Domingos havia sido apontado como o autor dos disparos e chegou a ficar preso por oito meses, após ser reconhecido pela própria vítima como o executor do crime. No entanto, a Justiça considerou que não havia provas suficientes da participação do frentista.

 

Segundo a denúncia, no dia do crime, Paulo Roberto pilotava a motocicleta utilizada no atentado, enquanto Domingos, que estaria na garupa, teria efetuado os disparos. A versão, contudo, foi contestada pela defesa de Domingos, que alegou que ele foi vítima de uma armação do ex-PM.

 

Familiares e advogados do frentista sustentaram que Paulo Roberto, que teria tido um relacionamento anterior com Bárbara Trindade, criou uma conta falsa em um aplicativo de mensagens, utilizando a foto e o nome de Domingos, para atrair a vítima até o local do ataque.

 

Ainda segundo informações, o crime foi motivado por vingança, após o vazamento de uma imagem íntima de Paulo Roberto ao lado da vítima. Durante o encontro marcado pelas mensagens, Bárbara foi atingida por tiros no maxilar e nas costas, ficando tetraplégica. Em vídeo publicado nas redes sociais após o atentado, a vítima relatou ter combinado o encontro com Domingos Mendes. No entanto, ele negou envolvimento e afirmou nunca ter tido relacionamento com Bárbara.

 

A Polícia Civil investigou se o perfil utilizado para marcar o encontro era falso, o que foi confirmado no processo judicial. Com base nas provas reunidas, o Tribunal do Júri reconheceu que Paulo Roberto foi o responsável pela tentativa de homicídio, e que Domingos foi indevidamente acusado.