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Procurador do caso Alstom será investigado pelo CNMP por deixar processo parado por três anos

Foto: Reprodução
O procurador da República Rodrigo de Grandis, responsável pela investigação do Caso Alstom, a pedido da Suíça, responderá a um processo administrativo disciplinar no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). O órgão vai apurar se o procurador descumpriu seu dever funcional ao deixar a investigação da Alstom parada por quase três anos. O procurador deveria investigar as suspeitas de distribuição de propinas da multinacional francesa para servidores e políticos do PSDB em São Paulo. De acordo com o blog do Flávio Ferreira, a sindicância instaurada pelo CNMP teve um desfecho diferente da apuração interna do Ministério Público Federal (MPF). Para o MPF, a conduta de Grandis não prejudicou as investigações e não cometeu falta funcional, e, por isso, arquivou a apuração. Em outubro de 2013, o corregedor nacional do Ministério Público, Alessandro Tramujas Assad, instaurou reclamação disciplinar para apurar possíveis irregularidades na conduta do procurador, que teria ocasionado atraso nas investigações sobre o caso Alstom. Na época, o MPF de São Paulo, em nota, afirmou que o pedido de diligências enviado ao MP suíço “foi arquivado erroneamente em uma pasta de documentos auxiliares, quando deveria ser juntado ao processo de cooperação internacional principal”. Na última sexta-feira (24), Assad acatou os argumentos do promotor de Justiça do Paraná e auxiliar da Corregedoria Nacional, Humberto Eduardo Pucinelli, e determinou a instauração de processo administrativo disciplinar. Pucinelli propôs o procedimento baseado no regimento interno que prevê a instauração do processo “se houver indícios suficientes de materialidade e autoria da infração ou se configurada inércia ou insuficiência de atuação”. O processo corre sob sigilo. Grandis poderá sofrer pena de censura, a segunda mais branda na lista de punições aos membros do MP.

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