‘A Bahia tem atrasos expressivos no cumprimento de processos’, diz juiz auxiliar da corregedoria do CNJ
O juiz auxiliar da corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Ricardo Chimenti, afirmou que embora tenha ocorrido uma série de melhorias da última inspeção do órgão na Bahia, em 2008, até hoje “os dados ainda apontam para atrasos expressivos no cumprimento de processos”. “Sabemos da deficiência quanto ao número de servidores, sabemos que a privatização do serviço extrajudicial é bastante recente – a Bahia foi o último estado a adotar o que a Constituição de 1988 determina, embora isto esteja sendo feito. E nós estamos aqui exatamente para avaliar essas melhorias, avaliar as deficiências”, afirmou, em entrevista no Fórum Rui Barbosa, na tarde desta segunda-feira (23), ao iniciar os trabalhos de inspeção no Poder Judiciário baiano. O magistrado se reúne com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-BA), Defensoria Pública, Ministério Público, servidores e juízes para apurar possíveis deficiências na Justiça do Estado. Segundo ele, é necessário, “um treinamento mais efetivo naquilo que os servidores precisam atuar e reavaliação da locação da mão-de-obra”. “Porque percebemos, por exemplo, na vara de família da capital uma carência muito grande de pessoal, sabemos do problema de Feira de Santana, temos uma equipe atuando em Vitória da Conquista, em Juazeiro e em Ilhéus, justamente para que possamos avaliar hoje quais são as medidas necessárias para essa eficiência tão almejada”, considerou.
