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Eliana Calmon admite uso da imprensa para despertar interesse da sociedade

Calmon confessa que exagerou no tom em algumas declarações

Em entrevista para o jornal A Tarde, a corregedora Eliana Calmon afirmou que sabia que as declarações polêmicas que fez em relação o Judiciário causariam “um grande alvoroço” na sociedade, principalmente quando declarou que havia "alguns bandidos de toga" no Judiciário. A declaração para o jornal foi dada quando estava em Salvador para acompanhar a reforma de um novo apartamento que adquiriu para dar mais conforto a família, que crescerá com a chegada de mais um neto. Para Eliana, a vitória do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) foi especial por considerar fundamental a existência do conselho para dar “mais segurança e credibilidade à Justiça que vive uma crise de gestão”.

A ministra revelou que buscou apoio da imprensa concedendo entrevistas com frases impactantes, e asumiu que em certos momentos exagerou no tom para que despertasse o interesse da sociedade e da imprensa sobre o que estava acontecendo no Judiciário brasileiro. O que surtiu efeito, de acordo com ela. Ela salientou que havia buscado apoio antes na academia, através de palestras que fazia em universidades, e viu que não estava sozinha. Mas ela considerou o sistema acadêmico é lento, e o apoio demorou a vir. A estratégia adotada, então, surtiu efeito.

Outro ponto fundamental para Calmon nessa luta para dar maior transparência à Justiça foi o uso das redes sociais. Ela afirma ter recebido uma grande quantidade de e-mails e que ainda não deu conta de ler todos. Afirmou também que recebeu cartas escritas de próprio punho de pessoas que não tinham muita habilidade com a ortografia e que não tinham acesso à internet. Uma das cartas que mais a emocionou dizia: “Eu estava cansado de não ver ninguém defender o País. Obrigado por a senhora aparecer”.

Dos conterrâneos baianos, um dos apoios que recebeu que mais a comoveu partiu da Associação das Baianas de Acarajé, Mingaus e Similares, que chegou a ser mostrada para o ministro Ayres de Brito, e que a partir da carta, começou a sentir mais orgulho de ser baiana e de ser brasileira. “Me senti mais forte e, pensei que nem tudo estava perdido”. Questionada de como seria a atuação daqui para frente, após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), a ministra afirmou: “Desataram parte das minhas mãos. Vou continuar fazendo as correções, fazendo as inspeções nos tribunais e vou continuar vigilante e atuante. Ainda mais agora que sei que não estou sozinha na luta para fortalecer o Judiciário”, concluiu.

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