‘Bandidos atrás da toga’: Presidente do STF evita comentar frase de Eliana Calmon
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Cezar Peluso, evitou comentar a declaração da corregedora nacional de Justiça, Eliana Calmon, de que a redução de poder de investigação do CNJ pode levar à impunidade de "bandidos que estão escondidos atrás da toga". Para ele, o episódio “se exariu no pronunciamento unânime do conselho”. “Não vou comentar porque acho que não tem nenhuma ligação direta, nem indireta com a questão, esta sim relevante para a sociedade”, disse, em entrevista publicada no jornal Folha de S. Paulo deste domingo (2). O presidente do STF defendeu que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), comandado pela juíza baiana, priorize a fiscalização de corregedorias locais. Para Peluso, os órgãos de investigação internos dos tribunais locais são ineficientes e o CNJ poderia atuar para resolver o problema. Ainda de acordo com o ministro do STF, o CNJ pode investigar juízes individualmente, mas deve dar mais atenção às corregedorias. O Conselho, de acordo com Peluso, não deve atuar em todos os casos porque essa ampla atuação tornaria as corregedorias locais ainda mais ineficientes.