Rapper BK traz hip-hop carioca ao Afropunk e fãs lotam parque de exposições em Salvador
Por Eduarda Pinto / João Lucas / Ronne Oliveira
O rapper Abebe Kibila, ou BK’, foi uma das atrações mais aguardadas do primeiro dia do Afropunk Brasil 2025. Por volta das 23h30, horário em que o rapper subiu ao palco, milhares de fãs se concentraram no palco principal do evento, ao som de “Você Pode Ir Além”.
Promovendo seu último projeto, Diamantes, Lágrimas e Rostos para Esquecer, ele trouxe músicas de destaque como “Só Eu Sei”, em parceria com Djavan, e “Só Quero Ver”, com Evinha. Em entrevista Bahia Notícias (BN), o rapper falou sobre o significado do rap em festivais e a responsabilidade de ocupar esses espaços de grandes eventos.
“É o que a gente sempre falou, o rap é uma música de invadir os lugares, de realmente ocupar os lugares e mudar as coisas. Então o rap chegando nos festivais. Pode convocar a tropa do rap que a gente vai acabar com tudo", destaca o cantor.
Questionado pela equipe BN sobre o impacto do rap na nova geração, o artista destacou a importância de passar a mensagem correta, criticando uma associação do rap com pautas ligadas a direita brasileira.
“A galera nova confunde muitas coisas, tem muita ouvinte nova de rap, uns papo meio torto, uns papo meio neoliberal, uns papo de direita, o que não é o papo do rap, tá ligado? Então, eu acredito que a responsabilidade dos MCs, muito de nós já somos mais velhos que os ouvintes, realmente está passando a visão certa do que a gente acredita de mundo", relata o artista.
O show de BK mostrou a força do hip-hop carioca e reforçou a proposta do Afropunk Brasil 2025 de dar espaço a artistas negros e à diversidade musical brasileira, com público empolgado e engajado do início ao fim.
