Titular da Sepromi, Angela Guimarães destaca propósito do Ouro Negro 2026: “Força da sua atuação comunitária”
Por Redação
A secretária de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais da Bahia (SEPROMI), Ângela Guimarães, destacou a importância dos investimentos públicos nos blocos populares da Bahia. No evento de lançamento do Edital Ouro Negro 2026 nesta sexta-feira (26), a Praça Tereza Batista, no Pelourinho, a gestora reforça a importância do investimento, orçado em 17 milhões, para a inclusão de entidades culturais de matrizes africanas e indígenas nas festas populares de toda a Bahia.
“É necessário que o Estado seja indutor do desenvolvimento dessas associações que durante tanto tempo resistiram e colocaram literalmente seu bloco na rua por força da sua atuação comunitária. Porque nós sabemos que, diferentemente de outras expressões carnavalescas, o mundo privado não consegue conceber e não contempla com patrocínio esses blocos dessas matrizes da mesma forma que contempla outros blocos que aparecem e se apresentam no circuito. Então, a ação do governo do estado é fundamental, uma ação de um compromisso estatal”, destaca.
O Ouro Negro, realizado por meio da Secretaria de Cultura do Estado (SecultBA), deve selecionar 138 projetos para a participação em desfiles do Carnaval de Salvador e em outras cinco festas populares baianas: Lavagem do Bonfim, Lavagem de Itapuã, Lavagem de Purificação (Santo Amaro), Micareta de Feira de Santana, Festa de Reis de Cachoeira e Carnaval do Interior.
Sobre a interiorização dos recursos, Angela afirma que é a resposta a pedidos antigos de organizações localizadas fora do circuito de Carnaval de Salvador. “Temos esse compromisso com a interiorização, que já era um pleito há bastante tempo. Então, desde as últimas edições, nós temos apoiado as festas pré-carnavalescas, que acontecem não só em Salvador, mas em toda a Bahia, com a Lavagem de Santo Amaro, a Micareta de Feira e outros carnavais no interior e temos buscado antecipar [a liberação dos valores] para o ano anterior a folia, para dar condições das organizações contratarem seus trios, organizarem o seu processo de elaboração”, explica.
Sobre o processo de elaboração dos desfiles, Ângela destaca que cerca de 70% dos valores do edital são repassados no ano anterior, justamente para este fim. “Porque a gente sabe que é muito rico o processo de elaboração dessas entidades, que passam por concurso de música, formação com a comunidade, por concursos de beleza negra, definição do tema do carnaval. Então, todo esse processo também acaba sendo contemplado com esse recurso que sai 70% no ano anterior, dando condições para esses blocos trabalharem com o seu planejamento e chegarem fazendo essa linda festa”, completa.
As inscrições são gratuitas e devem ser realizadas através de formulário online (https://forms.gle/UcoVHFMw8Ec9ZMJx6) até o dia 15 de outubro. Serão contempladas entidades como blocos afro, afoxés, de índio, samba e reggae. O Edital está disponível no link (https://www.ba.gov.br/cultura/edital-ouro-negro-2026).