Advogado de Oruam critica projeto de lei que proíbe contratação de artistas acusados de apologia ao crime
Por Redação
O advogado que representa o rapper Oruam, o ex-desembargador do Tribunal de Justiça do Rio, Siro Darlan, criticou o projeto de lei que ficou conhecido como "lei anti-Oruam", o qual visa proibir a contratação de artistas suspeitos de fazer apologia ao crime em eventos promovidos pelo município para o público infantojuvenil.
Em mensagem enviada ao vereador Pedro Duarte (Novo), um dos autores da proposta, em fevereiro, o representante jurídico do rapper classificou a medida como "censura e preconceito".
Segundo Darlan, os parlamentares deveriam se dedicar à ampliação de políticas públicas essenciais.
"O povo do Rio espera ansiosamente por políticas públicas: conselhos tutelares em quantidade necessária, fortes e bem qualificados; creches e escolas integrais para a educação de crianças e jovens; saneamento básico; habitação digna e respeito à sua cultura", escreveu ele no texto.
O ex-desembargador ainda fez uma crítica direta à proposta, afirmando: "Não de censura e preconceito contra os costumes trazidos da África pelos escravizados. Mais políticas públicas e menos preconceito".
Oruam está preso desde o dia 22 de julho, após ter se entregado a polícia. O artista é indiciado por sete crimes, incluindo tráfico de drogas, associação para o tráfico, resistência, desacato, dano, ameaça e lesão corporal.