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Márcio Victor faz do samba junino protagonista no Arrastão do MV que acontece nesta quarta no Engenho Velho

Por Redação

Foto: r5produtora

A tradição tem espaço no coração de Márcio Victor, e nesta quinta-feira (26), o pagodeiro comanda o Arrastão do MV, uma celebração do líder do Psirico ao Samba Junino, manifestação cultural que tem raízes no Engenho Velho de Brotas, em Salvador.

 

O desfile, que cativou uma data no calendário de eventos da região, reúne moradores, fãs e admiradores em um cortejo que tem início em Nova Ondina, na região do Solar Boa Vista, às 19h.

 

Para Márcio Victor, manter o Arrastão vivo é mais do que um compromisso artístico: é um dever social e cultural.

 

“A cultura do Engenho Velho formou músicos, capacitou pessoas, me formou. Quando muitos jogavam bola, a gente brincava de música nas ruas. Essa tradição continua com as crianças tocando percussão, formando grupos, criando arte. É uma cultura que mistura todo mundo, independente de cor, religião ou classe social. Por isso, faço questão de manter essa chama acesa”, afirma.

 

O artista também faz questão de reforçar a importância que o evento tem economicamente para a região: “A gente escutou o depoimento de uma mulher que contou como o Arrastão ajuda na educação das filhas, porque ela consegue uma renda com as vendas. Os ambulantes já esperam esse dia para fazer um trocado. Isso também é motivo pra seguir com esse projeto, faça sol ou chuva”.

 

Para o repertório, o artista preparou algo que mistura a história do Psirico com o samba junino, uma das grandes inspirações para a criação do grupo.

 

“A gente passa por lugares onde o Psirico foi criado e faz referência aos grupos de samba junino, que são a base rítmica da nossa banda. É um repertório especial, afetivo. Cantamos sambas de roda, que o povo ama, e também músicas que marcam nossa história, como 'Ai', que fala sobre o início da nossa trajetória e tudo que construímos até aqui. Mesmo sendo premiado em Nova York, mantemos aquele mesmo groove, o samba duro, essa mistura que é a cara do Psirico”, completa.

 

A concentração começa às 18h, com saída às 19h. O cortejo segue até o final de linha, onde acontece um show especial com convidados da própria comunidade, artistas do samba, do rap, do arrocha e de outras expressões que fortalecem a cena local.

 

“É importante dar visibilidade a essa galera da periferia que tem talento e precisa de oportunidade. O Engenho Velho é um celeiro musical, e o Arrastão é também um palco pra revelar novos nomes. O bairro todo canta, meus amigos de infância, as famílias, todo mundo chega cedo. É uma festa da paz, uma festa família. Todo mundo se prepara, se enfeita com roupa junina. É a celebração da cultura da minha cidade, do meu estado. Vem todo mundo. Vem na paz. E a gente se encontra lá.”