Ildázio Jr. diz que o Axé Music 'já foi', compara Bell a Roberto Carlos e pede 'nova música'
O radialista e empresário da área do entretenimento Ildázio Jr. vaticinou: o Axé Music perdeu seu espaço definitivamente. De acordo com ele, em conversa com o Bargunça Podcast na noite desta quarta-feira (10), a antiga música do Carnaval de Salvador parou de produzir um conteúdo artisticamente viável.
“O Axé já foi. O último grande disco do Axé foi o de Saulo [Fernandes], Coração Tambor, e, de lá para cá, não se produziu mais nada artisticamente viável para se vender show e se ganhar dinheiro. Parou ali. Artisticamente, o tempo chegou”, afirmou o empresário.
Ildázio aproveitou para comparar o Axé Music com o movimento da Jovem Guarda, que fez sucesso no Brasil nos anos 1960, com Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa, que absorveram influências do rock norte-americano e do neo-rock inglês e consolidaram o uso da guitarra elétrica na Música Popular Brasileira.
“O Axé hoje, para mim, é uma grande Jovem Guarda. Tem o rei Bell, que é Roberto Carlos, e tem Wanderléa, que é Ivete”, criticou.
Para Ildázio, a Bahia precisa parar de olhar para o passado e focar em novos sons, que possam atrair público de todo o país para o Carnaval de Salvador.
“Tem que ser Baco Exu do Blues, tem que ser Luedji Luna. Quem é a expressão musical? Quem é o pagode? É O Kanalha, é Oh Polêmico. Quem é a nova música para dançar na rua que vai encantar os brasileiros e trazer dinheiro de turismo para a gente? Não é mais o Axé Music! Será que as pessoas não viram isso ainda?”, questionou.