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Antes de gravar DVD, cantor do Lambasaia defende letra e diz que lambada pede 'saliência'

Por Ian Meneses

Foto: Priscila Melo / Bahia Notícias

Marcado para a próxima sexta-feira (12), na Arena Fonte Nova, a banda Lambasaia dará mais um passo na história do grupo com a gravação do novo DVD no já conhecido “Baile do Cafajeste”. Vocalista do grupo, o cantor Léo Dumóve adiantou que vem novidades para o evento: “Vamos contar com 11 músicas inéditas, com letras ‘menos pesadas’, como as pessoas falam, mas sem perder a essência”. O destaque que o artista dá sobre a questão das letras recai principalmente na fama que a canção “Viajo Nela” atingiu. 

 

“Estou gostando de uma prostituta, ela é linda, ela é puta”. O sucesso que alavancou o Lambasaia para além das fronteiras baianas pode ter deixado algumas pessoas de olhos arregalados pelo uso do palavrão, mas o cantor tem os pés no chão ao aceitar que mesmo sendo um sucesso, a canção não é uma unanimidade. “A gente não pode pensar que vai agradar todo mundo com as nossas letras, só porque a gente vai tirar a letra ‘t’ e colocar a letra ‘r’”, reflete. 

 

A troca mencionada pelo cantor se refere a uma versão mais “light” da música que é principalmente cantada pelas crianças, onde o “puta” vira “pura”. Dumóve, no entanto, se inquieta quando analisa a mesma questão em outros segmentos. “Se você for observar, eu não sei porque as pessoas se surpreendem. O funk faz isso o tempo todo. Aquela música ‘O Pai Te Ama’, todo mundo sabe qual é a versão original da música. Os rapazes tendem a mudar a questão da letra para justamente entrar na rádio e na TV e a gente fez a mesma coisa”, justifica.

 

Mesmo com toda a polêmica que envolve a canção, Léo defende o que canta ao resgatar as raízes da lambada, ritmo que nasceu no estado do Pará. “As pessoas falam de nossa letra, mas não pesquisam a história da lambada. Você polemiza nas letras, porque o ritmo traz algo de dois corpos dançando na saliência, na maldade de conquistar a menina através da dança”, argumenta. E completa: “A finalidade da dança é ele pegar ela de jeito [e vice-versa]. A gente não pode tirar a essência do gênero, porque as pessoas vão falar”. 

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