Compositor de sucessos do forró universitário baiano, Nonô Curvêllo lança carreira solo
Por Júnior Moreira
Nonô Curvêllo. O nome sozinho ainda pode causar algum estranhamento, mas se o complemento for: “ex-vocalista do Cangaia de Jegue”, os sucessos musicais como “De Frente Pro Mar”, “Red Label”, “Bolo Doido”, ressurgem na mente. Este é justamente o desafio de Noberto, que depois de 13 anos liderando o grupo, decidiu se arriscar, adotar o apelido de infância e seguir em carreira solo. “Já estava pensando nisso há um bom tempo, mas ainda não tinha coragem de admitir e conversar com a banda. Não havia nenhuma briga e estava feliz na Cangaia. Porém, era um sonho de criança, sabe? E quando você fala consigo mesmo e percebe que é o momento certo para um novo ciclo, não tem jeito. Eu penso mais na emoção do que na razão”, realça. Fundador da banda, ele admite ter sido uma decisão difícil, mas que agora a responsabilidade é maior. “Estou recomeçando e carregando meu nome na frente. Apesar do suporte da minha equipe, o termo ‘Cangaia de Jegue’ é mais forte. Então, é um trabalho minucioso; de adaptação tanto para mim, quanto para os contratantes e fãs. As pessoas esperam aquele ‘Noberto’ e estou pronto para mostrar o novo. Muito mais livre para fazer uma verdadeira mistura de ritmos e sem rótulos”, enfatiza. Para a nova fase, Nonô escolheu “Pegou e Foi” como música de divulgação. “É uma composição minha. Na verdade, a Cangaia gravou, mas nunca foi trabalhada. Eu precisava de uma canção agitada para esse momento e, por isso, peguei essa que já estava pronta. 'Pegou e foi' tem humor e leva a batida pra cima. É uma aposta. Se der certo, vamos investir em algo mais visual, como um clipe”, explicou, dizendo que até o final do ano lançará um disco autoral.