Reginaldo Rossi recrimina artistas que não assumem brega e brinca: 'Vou substituir Ivete'
Por Marcela Gelinski
O cantor Reginaldo Rossi vai realizar show em Salvador no próximo sábado (25), no Barra Hall. A apresentação de abertura fica por conta da banda Cangaia de Jegue. Em entrevista ao Bahia Notícias, Reginaldo falou sobre sua relação com o público soteropolitana e a música brega. Galanteador, o cantor disse que "não gosta de baiano". “Só gosto de baiana”, riu. Segundo ele, a capital baiana é como uma segunda casa, por se sentir tão à vontade. Aos 69 anos, Rossi ainda mantém uma agenda de dez shows por mês e disse que o pique só aumentou com o passar do tempo. “Sou um jovem”, brincou. Ele diz ter orgulho de carregar o rótulo de brega, e discorda de quem não assume o gênero. “Um monte de palhaço”, recriminou. Embora tenha sido criado no Rio de Janeiro, faz questão de dizer que é nordestino nascido em Recife. “Eu simplesmente adoro o Nordeste, é o meu povo”, enalteceu.
Depois de tantos shows em Salvador, ainda bate a emoção em cantar aqui?
Vou dizer uma coisa que não é pra fazer média com vocês aí, pois eu digo isso há muito tempo. Eu sou tão bem recepcionado na Bahia que me sinto meio baiano. E vou lhe explicar o motivo. Na Bahia, o clima faz com que as pessoas andem de bermuda, camiseta, uma coisa bem baiana. E eu canto normalmente de calça jeans, sapato sem meia, porque eu detesto meia, um estilo bem despojado. Uma camisa elegante, uma calça elegante, mas bem despojado. Eu canto, falo, brinco, essa coisa toda bem baiana. Então me considero meio baiano. Vou substituir Ivete Sangalo no trio elétrico. Claro que eu não tenho aquelas pernas bonitas (risos).
Qual sua relação com a cidade de Salvador?
Primeiramente, eu devo dizer que sou nordestino e adoro o Nordeste. Fui para o Rio com quatro anos de idade, acabei aprendendo a falar lá. Gosto muito do Rio. Eu passei um ano em São Paulo também, e gosto muito de lá. Eu vou para Manaus e sou um ídolo, graça a Deus. Mas eu sou nordestino, então eu gosto do clima daqui, justamente esse clima que faz a gente usar chinelo, camiseta. Eu adoro estar em Maceió, estar em Natal. Eu adoro o mar. Moro na beira do mar e, embora eu não vá nele, adoro a visão. Então, Salvador tem tudo isso. Além do mais, tem muita história, tem o pessoal meio folgadão, que é do meu jeito, meio bonachão. Eu não tenho preconceito com nada, frescura com nada, sabe? Então eu sou um quase baiano.
Algo diferente que o público possa esperar do show no Barra Hall?
Olha, eu não sou muito dessas coisas diferentes, não. Eu acho e digo em todos os lugares. Às vezes o prefeito tá no show, patrocinou a estrutura. Mas eu digo: “o show não é da prefeitura, não é do prefeito, nem do Reginaldo Rossi. Não vim aqui para ser estrela, vim para animar a festa. O show é do povo”. Então, quando você faz o show, quando mais o povo canta, quanto mais o povo ri, esse é o sucesso do show. Então, não tem que ter coisa diferente. Coisa diferente às vezes espanta. Eu gosto de ver o povão cantando. É lindo. Aí eu canto “I Will Survive” e chamo algum gay para dançar comigo no palco. Então, o show é isso, uma brincadeira.
O que você acha desse nova onda do brega com Gaby Amarantos?
Eu vivo apregoando isso e às vezes a mídia não percebe ou se deixa levar. Só no Brasil é que existe história de brega e de chique. [Frank] Sinatra morreu cantando “Let Me Try Again”, que é “deixe-me tentar de novo”. Os bregas brasileiros são fichinhas perto das músicas francesas. Roberto Carlos estourou agora com o maior brega do mundo, “Esse Cara Sou Eu”. E têm medo de dizer que Roberto é brega. Então, o brega é o que o povo repete, o que o povo canta. Outro dia Zezé di Camargo e Luciano tocaram, eu estava acompanhado de vários intelectuais que ficaram parados ouvindo. Agora, "Eu quero tchu e eu quero tchá", eu não escuto, não.
Inclusive, muitos cantores, como Odair José, rechaçam esse título de “brega”. Mas você não. O que você acha dessa necessidade de assumir o brega como um estilo musical?
Eu assumo porque é meu povo. Então, precisa acabar com essa hipocrisia. Essas são as verdades.
Você deve estar acompanhando a explosão do arrocha e sertanejo universitário...
Não, sertanejo universitário não existe. É brega mesmo. E posso provar, inclusive. Eles só cantam “dor de corno”, “dor de cotovelo”. Agora, no Sudeste criaram uma moda de colocar duplas. Dificilmente é um sertanejo cantando sozinho. Às vezes ele canta muito bem, mas colocam outra pessoa. Aí pegam dois rapazes bonitos, colocam um chapéu grande, uma fivela no cinto e dizem que é sertanejo universitário. E não é. É uma dupla cantando brega.
Depois de tantos shows em Salvador, ainda bate a emoção em cantar aqui?
Vou dizer uma coisa que não é pra fazer média com vocês aí, pois eu digo isso há muito tempo. Eu sou tão bem recepcionado na Bahia que me sinto meio baiano. E vou lhe explicar o motivo. Na Bahia, o clima faz com que as pessoas andem de bermuda, camiseta, uma coisa bem baiana. E eu canto normalmente de calça jeans, sapato sem meia, porque eu detesto meia, um estilo bem despojado. Uma camisa elegante, uma calça elegante, mas bem despojado. Eu canto, falo, brinco, essa coisa toda bem baiana. Então me considero meio baiano. Vou substituir Ivete Sangalo no trio elétrico. Claro que eu não tenho aquelas pernas bonitas (risos).
Qual sua relação com a cidade de Salvador?
Primeiramente, eu devo dizer que sou nordestino e adoro o Nordeste. Fui para o Rio com quatro anos de idade, acabei aprendendo a falar lá. Gosto muito do Rio. Eu passei um ano em São Paulo também, e gosto muito de lá. Eu vou para Manaus e sou um ídolo, graça a Deus. Mas eu sou nordestino, então eu gosto do clima daqui, justamente esse clima que faz a gente usar chinelo, camiseta. Eu adoro estar em Maceió, estar em Natal. Eu adoro o mar. Moro na beira do mar e, embora eu não vá nele, adoro a visão. Então, Salvador tem tudo isso. Além do mais, tem muita história, tem o pessoal meio folgadão, que é do meu jeito, meio bonachão. Eu não tenho preconceito com nada, frescura com nada, sabe? Então eu sou um quase baiano.
Algo diferente que o público possa esperar do show no Barra Hall?
Olha, eu não sou muito dessas coisas diferentes, não. Eu acho e digo em todos os lugares. Às vezes o prefeito tá no show, patrocinou a estrutura. Mas eu digo: “o show não é da prefeitura, não é do prefeito, nem do Reginaldo Rossi. Não vim aqui para ser estrela, vim para animar a festa. O show é do povo”. Então, quando você faz o show, quando mais o povo canta, quanto mais o povo ri, esse é o sucesso do show. Então, não tem que ter coisa diferente. Coisa diferente às vezes espanta. Eu gosto de ver o povão cantando. É lindo. Aí eu canto “I Will Survive” e chamo algum gay para dançar comigo no palco. Então, o show é isso, uma brincadeira.
O que você acha desse nova onda do brega com Gaby Amarantos?
Eu vivo apregoando isso e às vezes a mídia não percebe ou se deixa levar. Só no Brasil é que existe história de brega e de chique. [Frank] Sinatra morreu cantando “Let Me Try Again”, que é “deixe-me tentar de novo”. Os bregas brasileiros são fichinhas perto das músicas francesas. Roberto Carlos estourou agora com o maior brega do mundo, “Esse Cara Sou Eu”. E têm medo de dizer que Roberto é brega. Então, o brega é o que o povo repete, o que o povo canta. Outro dia Zezé di Camargo e Luciano tocaram, eu estava acompanhado de vários intelectuais que ficaram parados ouvindo. Agora, "Eu quero tchu e eu quero tchá", eu não escuto, não.
Inclusive, muitos cantores, como Odair José, rechaçam esse título de “brega”. Mas você não. O que você acha dessa necessidade de assumir o brega como um estilo musical?
Eu assumo porque é meu povo. Então, precisa acabar com essa hipocrisia. Essas são as verdades.
Você deve estar acompanhando a explosão do arrocha e sertanejo universitário...
Não, sertanejo universitário não existe. É brega mesmo. E posso provar, inclusive. Eles só cantam “dor de corno”, “dor de cotovelo”. Agora, no Sudeste criaram uma moda de colocar duplas. Dificilmente é um sertanejo cantando sozinho. Às vezes ele canta muito bem, mas colocam outra pessoa. Aí pegam dois rapazes bonitos, colocam um chapéu grande, uma fivela no cinto e dizem que é sertanejo universitário. E não é. É uma dupla cantando brega.
