Fredd Moura revela porque deixou a VoaDois, diz que já fez show estremecido com Katê e que não é amigo da ex-colega de palco
"Com a minha saída, a Penta ficou meio que na dúvida do que faria com o VoaDois"
Coluna Holofote: Fredd, que história é essa de seguir carreira solo, rapaz?
Fredd Moura: Na verdade assim, desde que eu me desliguei desse recente trabalho que eu tive, que foi o do VoaDois, eu já estava planejando fazer uma coisa nova. Não considero ainda como uma carreira solo, mas eu tinha que trazer novamente para Salvador o meu trabalho. As pessoas estavam esperando isso. Desde agosto, em agosto nós fizemos o nosso último show e eu tive esses dois meses agora, pra me organizar.
CH: A VoaDois passou um tempo sumida, ninguém sabia se tinha acabado, se não tinha. E aí, agora, você aparece do nada, e ainda sozinho. Isso não pode te atrapalhar?
Fredd: Porque assim, Nanda, os planos do escritório, eles fazem o planejamento deles, é... Eu concordo até com você, que poderia ter sido de uma forma mais tranquila, com um anúncio para os fãs, o que não foi feito. Mas, como eu te falei, eu precisava voltar para Salvador com um novo trabalho.
CH: Sua saída da VoaDois foi tranquila?
Fredd: Muito tranquila. Tudo na minha vida acontece de forma planejada e....... E assim, é porque o escritório, eles fizeram o planejamento deles para esse verão novo.
CH: Então, não foi novidade? Sua saída já estava sendo articulada? Foi uma decisão sua deixar a VoaDois?
Fredd: Foi uma decisão em comum acordo. Foi uma decisão tanto do escritório quanto minha. A gente achou que tinha chegado o momento dessa transformação no trabalho. Uma transformação que, às vezes, era uma insegurança – porque toda mudança lhe deixa um pouco inseguro -, mas foi uma decisão em comum acordo. O escritório queria uma mudança para o trabalho, eu também queria alçar novos voos para o meu trabalho também e foi super tranquilo.
Fredd: Eu acho que tudo na vida são ciclos, Nanda. E eu tenho a convicção de que todos os trabalhos por onde eu já passei, foram trabalhos bem sucedidos e eu já tinha dado para o VoaDois – que foi uma marca que eu ajudei a criar, uma grande parte daquilo que o VoaDois se tornou, tem uma parte da minha identidade – e chegou um momento que eu precisava expandir, alçar novos voos como eu falei, poder colocar no meu trabalho as minhas composições em prática, aquilo que eu estava construindo ao longo desse tempo. Então, assim, hoje eu estou muito seguro, muito feliz.
CH: Na VoaDois você não conseguia inserir suas composições?
Fredd: Isso aí é uma coisa que eu posso garantir para você: o escritório, tanto os empresários, como a parte artística e musical do VoaDois, eu sempre tive autonomia para o repertório e, desde o primeiro disco, que foi o primeiro CD ao vivo do VoaDois, gravado em Salvador e distribuído pela Universal, já tinha uma composição minha nesse primeiro disco; no último trabalho, também autoral da gente, nós colocamos mais duas inéditas. Então, algumas coisas podiam ser colocadas, mas hoje eu estou mais tranquilo, podendo falar da minha música de uma forma mais independente, entendeu? Aquilo que eu escrevo, aquilo que eu componho, eu posso experimentar nos shows sem medo porque hoje eu faço aquilo que me vem à cabeça.
CH: Então, quem vai aos seus ensaios encontra tudo novo?
Fredd: Bem, em dezembro a gente iniciou esse projeto no Padaria Bar, no Rio Vermelho, todas as sextas-feiras de dezembro, era uma coisa só para dezembro, mas foi um evento que, graças a Deus, deu muito certo – tanto que as pessoas vêm falando super bem lá e a gente resolveu estender até o carnaval.
CH: Casa cheia?
Fredd: Casa sempre cheia.
CH: Agora, mais cortesia, convidados seus, ou o público em geral mesmo?.JPG)
Fredd: Não porque lá não tem convites. Quando você entra já é aquele cartãozinho de consumo, que já vem com seu ingresso. E eu estou muito contente porque eu me movimentei, nesse primeiro momento de trabalho em Salvador, e eu consegui me movimentar junto aos meus amigos da imprensa e eu descobri que eu tenho um exército de amigos. Eu acho que quando você está no escritório você fica um pouco acomodado e aí, de repente, quando você se vê mais independente, você corre mais atrás e você descobre que, realmente, você tem muitos amigos e isso me ajudou bastante. Eu só tenho a agradecer a toda a imprensa, aos meus amigos comunicadores, que têm me ajudado bastante nesse processo inicial de divulgação desse novo trabalho. Tanto que virou e o que era para dezembro vai ficar até o carnaval, no Padaria Bar, todas as sextas-feiras. Novas possibilidades têm surgido. Eu estou começando também a fazer shows aos sábados, no Sushi Maki, antigo Joia, ali no Itaigara.
CH: Dois ensaios durante a semana... Isso pode acabar cansando o público e até você mesmo, ainda mais que são dias seguidos?
Fredd: Nandinha, assim... Primeiro que eu sempre fui um cara muito trabalhador e batalhador, sabe? E eu acho que tem público para tudo. O Rio Vermelho tem um perfil, eu diria, bastante turístico. Então, muitos turistas que vêm visitar a cidade, às vezes, passam ali pela frente e entram para curtir o show. Lógico, existem muito fãs e pessoas que conhecem o meu trabalho e que vão lá prestigiar. Então, eu acho que são públicos diferentes. A gente pode tentar, talvez, chegar a públicos diferentes pela região ali do Itaigara, Pituba, que é uma outra galera também e eu acho bacana porque é uma possibilidade de mostrar o trabalho, também, para outras pessoas e é o que eu quero hoje.
CH: Mas então, Fredd, quem vai aos seus shows agora, encontra um Fredd diferente daquele da VoaDois?
Fredd: Eu diria que vê um Fredd mais experiente, como eu falei: um Fredd muito mais feliz, um Fredd que pode colocar as composições dele nos shows. Então, são essas possibilidades que a noite lhe traz de você experimentar algumas canções novas e poder mostrar ao público uma coisa mais verdadeira.
"Eu acho que poderia ter sido de uma forma mais tranquila, mas talvez tenha sido um planejamento do escritório"
CH: Mas tem axé?
Fredd: Também. Antes, a proposta do trabalho seria um Fredd Moura Acústico, mas aí as pessoas começaram a me cobrar “cadê aquele Fredd, que a gente via no trio elétrico”, então eu resolvi que seria mais bacana poder mesclar tudo. Então, eu trouxe meu trabalho autoral, também coloco as músicas que fazem parte da minha história – porque eu já trabalhei com Netinho um tempo, trabalhei com a banda Cheiro de Amor, como backing vocal – tem música da Voadois também, porque faz parte da minha história. Aquilo ali eu construí junto com a turma, entendeu? Então, eu faço de tudo, canto tudo.
CH: Sempre rolaram, nos bastidores, comentários de que você e Katê tinham suas rusgas... É verdade?
Fredd: Eu chamaria de divergências artísticas. O objetivo final era o mesmo: era prosperar na música, ser bem sucedido na música, sermos verdadeiros naquilo que a gente acredita para o nosso trabalho. Mas os meios é que divergiam, às vezes. Não era sempre que isso acontecia. Às vezes isso acontecia, como acontece em qualquer relacionamento. São duas cabeças pensantes e que desejam e almejam um futuro próspero. Mas eu não considero como brigas.
CH: Uma vez, uma pessoa do meio disse que existia muita briga de ego dentro da VoaDois. O ego que se sobressaía na história era o seu ou o de Katê?
Fredd: Não vejo assim, Nanda. É como eu falei: eram divergências artísticas. Então, às vezes, você quer fazer o seu trabalho de uma forma e o outro pensa de uma outra maneira.
CH: Katê é uma pessoa difícil de lidar?
Fredd: Não, eu não vejo assim. Inclusive, eu desejo muito sucesso para o grupo.
CH: E vocês já fizeram algum show brigados?
Fredd: Não... Brigados, não. Mas... (longa pausa), talvez, não de uma forma tão tranquila. Se até os irmãos brigam, gente? Isso é normal.
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Fredd: Não, não, não, não. De verdade, nunca existiu, em termos de relacionamento, é..... A gente até fazia aquelas cenas de beijo no palco e tal, mas aquilo fazia parte da cena do show. Aquilo agradava ao público, a turma gostava de ver um casal no palco e a turma se espelhava, aquelas coisas, né? Então, aquilo meio que movimentava a cabeça das pessoas e a gente gostava daquilo, daquele momento, mas nunca tivemos nada, não.
CH: Você e Katê são amigos?
Fredd: Não, não temos relação. Assim, amigos de ligar? Não, a gente não tem essa relação hoje. Mas quando a gente se encontra a gente se fala numa boa, a gente se beija, se abraça. Eu quero muito bem ao grupo, de verdade.
CH: E os fãs? Continuaram lá com a VoaDois ou te acompanharam?
Fredd: Eles continuam firmes e fortes. Tem dias que eu passo duas, três horas trocando papo no Twitter, trocando uma ideia com eles. E é muito bacana o desejo que eles têm de que eu seja feliz no meu trabalho, a torcida. Alguns deles estão lá em todos os shows, todas as sextas-feiras e eu tenho certeza que, aos sábados, vão aparecer também. Então, eles continuam firmes na torcida para que as coisas deem certo.
CH: E quando a VoaDois saiu de cena, sem dar satisfação alguma à imprensa, o que você dizia aos fãs?
Fredd: Você tem toda razão. Eu acho que poderia ter sido de uma forma mais tranquila, mas talvez tenha sido um planejamento do escritório e não é meu, não é... Lógico, eu tinha que tomar pé da minha carreira, mas você está acompanhando hoje como as coisas funcionam. Eu sou muito claro nas minhas coisas, seja no Twitter, seja no facebook. Aquilo que eu posso falar, eu mando bronca. Então assim, dentro das minhas possibilidades, também como era uma coisa incerta ainda, eles ainda não sabiam o que iam fazer em relação ao VoaDois, eu preferia me manter mais reservado. Mas eu quero frisar uma coisa, que é muito importante: eu sempre tive uma relação bacana com a Pentaeventos. Eu tenho amigos ali dentro. Tanto Flávio Maron, quanto Lucas Cardoso, Cássio Franco – enquanto esteve no escritório -, o pessoal de assessoria, de produção, de vendas, nós sempre tivemos uma relação muito tranquila, verdadeira e equilibrada. Eu falo que desejo todo sucesso e felicidade que a vida puder dar, para eles. Só que hoje eu estou em uma nova fase.
CH: Um dia você me disse que estava montando nova banda. Agora é carreira solo?
Fredd: É porque assim, Nanda... Como eu falei, eu precisava pontuar o meu verão. Mostrar que Fredd está aí, que está com um trabalho e, graças a Deus, é um trabalho que tem sido bem sucedido, as pessoas têm falado bem desses shows que a gente tem feito. Então, eu precisava colocar esse trabalho em prática o mais breve possível. Pra não arriscar colocar qualquer marca ou qualquer nome na banda, eu pensei: “é melhor eu entrar, não como carreira solo, mas com um trabalho paralelo às propostas que vêm surgindo” para poder fazer tudo com muita tranquilidade. Agora eu estou analisando as propostas do que eu poderei fazer, talvez, pós-carnaval, que é o mais sensato. Então, não é uma carreira solo, mas era um momento necessário.
CH: E Carnaval? Fredd vai de quê?
Fredd: Você lembra quando eu te falei que, de um tempo pra cá eu descobri que eu tenho um exército de amigos? Eles são, também, os nossos contratantes, que eu sempre tive uma relação muito positiva. Eu acho assim, o que é mais bacana dos trabalhos que você passa, são as relações humanas, aquilo que você constrói, os laços que você cria por onde você passa. E isso me trouxe possibilidade – eu não estou garantindo -, eu estou falando possibilidades de negociação para o carnaval fora de Salvador.
CH: Você imaginou que a VoaDois fosse continuar o caminho, mesmo sem você?
Fredd: É como eu te falei: as decisões do escritório são decisões do escritório. A marca é uma marca da Penta...
CH: Sim, mas você, Fredd, achou que fosse continuar? Porque VoaDois era VoaDois por sua causa e de Katê...
Fredd: Concordo. Às vezes, sim... Às vezes, não. De verdade? A Penta ficou meio que na dúvida do que faria com o projeto. A todo tempo eles deixaram claro pra mim de que eles não sabiam o que fariam com o projeto, qual seria a resolução para o trabalho ou o futuro do trabalho. Então, eu não sei dizer.
CH: Fredd, você é um homem bonito, mas que nunca apareceu com uma namorada... Qual o mistério?
Fredd: (risos)Não, agora eu estou solteiro, mas já estive namorando por diversas vezes. Já tive com algumas namoradas na sua frente diversas vezes, mas eu sou bastante discreto.