VÍDEO: Reunião do Conselho do Vitória é marcada por confusão; saiba mais
Na noite da última segunda-feira (14), a reunião de apreciação do relatório anual do Conselho Gestor do Vitória em 2024 foi marcada por discussões entre o Conselho Deliberativo do clube e membros do grupo Frente Vitória Popular. A reunião contou com a presença de 75 conselheiros e tinha como objetivo julgar as contas referentes ao exercício de 2024.
O princípio da confusão foi uma transmissão que estava sendo realizada pela Frente Vitória Popular. Antes da reunião, o grupo havia solicitado que a reunião fosse transmitida pelo canal oficial do clube, no YouTube, mas não obteve resposta. Desta forma, a FVP decidiu transmitir a reunião por conta própria, o que gerou reação do presidente do Conselho Deliberativo, Nilton Almeida.
No fim da reunião, o resultado do exercício financeiro, que apresentou um déficit de R$ 41,3 milhões, foi aprovado sem ressalvas. Ao Bahia Notícias, membros da Frente Vitória Popular alegaram que não tiveram "acesso fácil aos documentos" e o desejo do grupo era que as contas fossem aprovadas com ressalvas, já que "o próprio relatório da auditoria independente aponta o déficit misterioso de R$ 41 milhões, que eles (o Conselho Deliberativo) afirmam que é herança de gestões passadas, mas esse déficit não aparece em outros relatórios anteriores".
Em contato com o BN, Nilton Almeida afirmou que a transmissão da reunão não foi permitida porque "havia detalhes essências para estratégia jurídica e tributárias do clube". O presidente do Conselho Deliberativo do Vitória também afirmou que o estatuto do clube veta a divulgação de dados sigilosos.
"Os conselheiros têm conhecimento, mas a divulgação via rede social é algo que pode nos prejudicar. É como se fosse a preleção do técnico antes do jogo começar. Temos que tomar cuidado porque tem contratos com causa de confidencialidade e sigilo. Quando soube da transmissão, tive que interromper educadamente. Pedi várias vezes e expliquei o motivo de ser interrompido", disse Nilton Almeida.
Sobre a acusação de que o Conselho Deliberativo não permitiu que as contas fossem aprovadas com ressalvas, Nilton Almeida afirmou que "se a aprovação sem ressalvas foi aprovada por 90% dos presentes, de que valeria outra votação?".
Membros da Frente Vitória Popular também alegaram que seguranças armados estavam presentes na reunião. Ao Bahia Notícias, Nilton Almeida afirmou que "não havia seguranças armados e isso é uma mentira".
"Não havia seguranças armados. Isso é uma mentira, uma vitimização ridícula. Tivemos que trazer seguranças não só para proteger os conselheiros e evitar atritos, mas também para fazer valer a decisão que a reunião não fosse gravada. Os seguranças ficaram no fundo da sala, evitando atrito e voltamos a condução da reunião em ordem. Os demais conselheiros tiveram o direito de fazer perguntas e obtiveram respostas", disse Nilton Almeida.
Em nota no começo de abril, através das redes sociais, o Vitória se posicionou sobre o déficit de R$ 41 milhões. Conforme o clube, o resultado negativo deve-se “a regularização de dívidas judiciais e tributárias de gestões anteriores ao ano de 2021”.