Rafael Damasceno revela que “divergências políticas” o fizeram deixar o Jacobina; entenda
Por Thiago Tolentino / Carlos Matos
Na última quinta-feira (16), o Jacuipense venceu o Jacobina por 1 a 0, em partida válida pela segunda rodada do Campeonato Baiano, no Estádio José Rocha. Após o jogo, Rafael Damasceno, então diretor do Jegue da Chapada, anunciou seu desligamento do cargo. Em entrevista ao Bahia Notícias, o gestor detalhou os motivos que o levaram a tomar essa decisão.
“Foram 12 anos à frente do clube, que estava parado havia 20 anos. Nós o resgatamos. Enfrentamos diversos problemas ao longo desses anos, e fazer futebol no interior é muito difícil. O principal motivo da minha saída é a falta de apoio”, declarou Rafael Damasceno.
Ao comentar sobre o apoio do poder público, Rafael destacou um distanciamento visível em relação às atividades econômicas que movimentam a cidade, exemplificando os problemas em uma área fundamental para o desenvolvimento do município. Consequentemente, o esporte também acaba sendo negligenciado pelos gestores.
“O atual poder público assumiu recentemente, e eu até poderia cobrar auxílio. No entanto, os problemas vêm de anos, não são exclusivos desta gestão. Para se ter uma ideia, mesmo para projetos de mineração na cidade, não há sequer acesso para conversar e apresentar propostas”, contou.
Damasceno revelou que um dos principais motivos para sua saída foram as divergências políticas. O agora ex-diretor de futebol afirma que a oposição tem algum tipo de problema com ele.
“Existe um distanciamento por questões políticas, uma série de fatores, não apenas um. Dizem que, no cenário político, há os ‘lados A e B’, e que um determinado grupo político não contribui por minha causa. Se o problema sou eu, se acham que fazemos futebol por dinheiro, nós saímos, sem problemas. São anos tirando e gastando do próprio bolso, anos sendo humilhado. Chega um momento em que você está fazendo futebol pela cidade, levando o nome dela, e as pessoas não reconhecem isso. Se há alguém melhor, que assuma. Tenho o sentimento de dever cumprido. É uma decisão definitiva. Que venha alguém para tocar a direção do Jacobina”, explicou o ex-diretor.