Suspensos em 2020, atletas podem ser beneficiados com adiamento dos Jogos
O adiamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio para 2021 anunciado nesta terça-feira (24), trará impactos para várias modalidades. No futebol, a Seleção Brasileira pode perder alguns jogadores que completarão 24 anos no ano que vem e não poderão disputar o torneio, caso a regra original seja mantida. Por outro lado, os atletas punidos por doping, que já tiverem cumprido suas sentenças, estarão aptos para participar do maior evento esportivo.
De acordo com o site "GloboEsporte.com", a Agência Mundial Antidoping (Wada), os esportistas que terminarem suas penas até o período classificatório vão poder voltar a sonhar com os Jogos Olímpicos. O caso brasileiro mais emblemático é o da judoca Rafaela Silva. A campeã olímpica dos Jogos Rio-2016 cumpre suspensão até agosto de 2021, porém ela ainda tenta a diminuição da pena em seis meses e, caso consiga, poderia entrar na briga pela classificação à Tóquio.
"Os períodos de inelegibilidade impostos pelo Código Mundial Antidopagem são por períodos específicos e incluem todas as competições que ocorrem durante esse período. Não há nenhuma disposição no Código para Organizações Antidopagem para escolher períodos de tempo nos quais o atleta teria mais ou menos eventos para competir", informou a Wada.
Em agosto de 2019, Rafaela foi flagrada no exame antidoping ao testar positivo para a substância fenoterol, que atua como broncodilatador. Naquela ocasião, ela havia conquistado a medalha de ouro na categoria -57kg dos Jogos Pan-Americanos de Lima.
Outros dois brasileiros que estão na mesma situação da judoca é Andressa de Morais, do atletismo, e Kácio Freitas, do ciclismo. Ela está suspensa preventivamente pela Unidade de Integridade do Atletismo por testar positivo para o anabolizante SARM S-22 na final do lançamento do disco dos Jogos Pan-Americanos de Lima. Já o ciclista também levou uma suspensão preventiva por testar positivo na mesma competição. Ambos não têm previsão de retorno ao esporte.