CPI quer recuperar grupo de WhatsApp com mensagens apagadas sobre Chape
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado está buscando por mais informações através de diretores da Chapecoense, representantes da companhia aérea LaMia e de sócio da Off Side Logística Esportiva sobre o caso do acidente que matou a equipe do clube em 2016. A CPI quer apurar mais detalhes sobre um grupo de WhatsApp descoberto no celular de uma das vítimas que estavam no voo 2933 pela companhia aérea LaMia, que levava jogadores, dirigentes e comissão técnica catarinense.
A empresa Off Side, de acordo com a CPI, era responsável por intermediar serviços entre a LaMia, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol).
O grupo no aplicativo de mensagens, chamado “Chapecoense x LaMia", teve seus registros apagados, mas a CPI está ciente de que haviam nove integrantes, entre eles Loredana e Ricardo Albacete, donos da aeronave, Marco Rocha, um dos proprietários da LaMia, e Rodrigo Ernesto Andrade, sócio da Off Side.
A Comissão está levantando a possibilidade de convidar Rogério Caboclo, presidente da CBF, e Rodrigo Andrade para depor. “O requerimento para eles se apresentarem será colocado em votação”, comentou o senador Izalci Lucas (PSDB-DF), relator da CPI, com o Jornal Folha de São Paulo.
Em defesa sobre os conteúdos do grupo no WhatsApp, Rodrigo Andrade declarou que que Off Side prestou serviços à Chapecoense no voo anterior à final da Copa Sul-Americana, em outubro, mês anterior ao acidente. “Eu tenho participação em muitos grupos de WhatsApp, não me recordo de ter participado sobre assuntos referentes ao voo do acidente”, alegou o sócio da Off Side.
A CPI pretende convidar Rogério Caboclo, ainda que ele não fosse o presidente da CBF no período, para dar depoimento a fim de esclarecer essa atuação da empresa logística no caso.
“Aos poucos aparecem alguns elementos novos, não desconhecidos, mas que a CPI começa a dar voz, como essa empresa de logística”, ressaltou Marcel Camilo, advogado que representa nove famílias de vítimas.
O caso do voo da Chapecoense ainda permanece sem desfecho completo sobre o acidente que matou 71 pessoas e grande parte da equipe do clube. O avião saiu de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, em 28 de novembro de 2016, e caiu próximo à cidade de Medellín, onde o time da Chapecoense iria disputar o primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana.
