Judocas nacionais usam Desafio Brasil-Venezuela como preparação para Rio 2016

Depois de derrotar colombianos, equatorianos, portugueses, alemães e austríacos, a Seleção Brasileira de Judô retorna ao tatame nesta quarta-feira (16) para mais um Super Desafio BRA, para finalizar a temporada enfrentando a Venezuela no Centro Pan-Americano, localizado em Lauro de Freitas. “A preparação que vem sendo feita visa os Jogos Olímpicos e ela passa por várias etapas. Os desafios fazem parte dessa caminhada e estamos vindo com força total para o Desafio”, afirmou, em entrevista ao Bahia Notícias, o judoca Gustavo Assis (90kg), que participa mais uma vez do torneio. Medalhista de bronze nos Jogos Universitários de 2015, o atleta de 21 anos integra a equipe que também é formada por Gabriela Chibana (48kg), Aléxia Castilhos (63kg), Renata Januário (78kg) e Igor Pereira (73kg), todos integrantes da seleção nacional.

Gustavo Assis integra a equipe brasileira no Super Desafio

“O treinamento está sendo bem forte, muito bem aproveitado. O sensei Daniel (Pires, treinador) tem feito uma boa preparação conosco e estamos preparados para a competição. É importante para nós, da seleção brasileira, mostrar os nossos empenhos nos treinos e nosso desempenho para 2016”, confessa Gabriela Chibana, que em 2015 conquistou a medalha de prata na Universíada e também integrou a equipe do Pinheiros no segundo lugar do Grand Prix de Clubes. O Desafio é uma competição mista por equipes, onde os atletas se enfrentam e dão ponto para os seus respectivos países. Nesse formato, o Brasil segue invicto em 2015 com triunfos expressivos sobre os seus adversários. No dia 30 de novembro, também em Lauro de Freitas, a equipe venceu os austríacos por 5 a 0, resultado igual aos embates contra alemães, no Rio de Janeiro, e portugueses, em São Paulo. Além deles, também derrotaram o Equador (3 a 2 em Duque de Caxias), Colômbia (4 a 1 em São José-SC) e novamente os germânicos (4 a 2).

Gabriela Chibana

“O tempo de estudo pro desafio é um período curto. Muitos atletas da Venezuela não conhecemos, até tentamos procurar alguns dados dos desafiantes mas essa é uma equipe nova. Não conhecemos muito os adversários, mas estamos preparados”, reitera o treinador Daniel Pires, convidado para comandar a equipe brasileira no torneio. “É minha primeira experiência com a seleção sênior, já havia treinado as equipes de base brasileira, mas é muito interessante ter esse contato com os atletas do desafio. Só os tinha visto em competições, mas como são atletas de alto nível é mais fácil por conta de já estarem acostumados com o trabalho. Mesmo com um final de temporada, estão prontos para encarar o desafio” complementa o técnico. Considerado um dos melhores equipamentos esportivos das Américas, o Centro Pan-Americano é mais uma vez utilizado para sediar a competição e já é visto pelos judocas nacionais como um grande trunfo para uma melhor preparação aos Jogos do Rio de Janeiro 2016, não só por conta da estrutura como pelo potencial de preparação para novas gerações que surgem no esporte.

Foto: Divulgação

“Essa é a segunda que venho aqui e sempre admiro a estrutura que a CBJ tem feito na Bahia. Primeiro por descentralizar isso do eixo Rio-São Paulo e também para motivar novos atletas a utilizarem o espaço, além dos projetos sociais que a confederação realiza. É um espaço que permite maior conforto e foco para as competições”, comemora Chibana, que confessa utilizar o máximo da estrutura para entrar com o pé direito na próxima temporada. “Não tive bons resultados lá fora em relação ao torneios ranqueados, mas estou treinando para ficar preparada de qualquer forma para 2016 estar pronta”. O Super Desafio Brasil-Venezuela acontece nesta quarta (16), às 13h (horário da Bahia) com transmissão ao vivo do canal fechado SporTV.