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Entrevistas

Entrevista

Stefan: 'Tenho vontade de retornar ao Vitória'

Por Glauber Guerra

Foto: Glauber Guerra / Bahia Notícias

 
O entrevistado desta semana é o atacante Stefan, de 24 anos. Maior artilheiro da base do Vitória, com mais de 300 gols (somente em campeonatos baiano ele fez 104). O jogador natural de Brumado, sudoeste da Bahia, conta como foi o início de sua carreira, quando chegou aos dez anos de idade no Rubro-negro. Ele lamenta a falta de oportunidade no profissional do Leão, mas não esconde o desejo de retornar. Confira.
 
Bahia Notícias: Como foi o início da sua carreira?
Stefan: Começou na minha terra natal, lá em Brumado na escolinha de futebol do Ajax, de José Geraldo. Teve uma época que ele marcou um teste para fazer no Barradão. Fui com meu pai realizar os testes na peneira. Todo domingo tinha essa peneira. Na época, meu pai era desempregado e mesmo assim ele me acompanhou. A gente ia para Salvador fazer os testes e voltava para Brumado. Nisso eu passei no teste e vim morar aqui, juntamente com meu pai. Com ajuda de Genival lá de Brumado, meu pai conseguiu um emprego em Salvador e aí deu para trazer minha mãe e minha irmã.
 
BN: Você chegou com quantos anos no Vitória?
Stefan: Cheguei criança, com apenas dez anos de idade e fiquei até os 21 anos.

 

BN: Qual foi a maior dificuldade vivida em 11 anos de clube?
Stefan: Sem dúvida nenhuma a escola. Lá em Brumado todo mundo se conhecia. Eu já tinha meus amigos, os professores conhecidos. Quando chegamos em Salvador não tínhamos onde ficar. Ficamos na casa de minha tia, que era empregada doméstica e nos acolheu super bem. Depois fiquei na casa do estudante de Brumado, que servia para abrigar o pessoal que estudava em Salvador. E não conseguia me adaptar na escola. No primeiro ano passei por seis escolas. Até que me matriculei em Simões Filho e passei boa parte da minha vida escolar lá. Passei cinco anos morando em Simões Filho. Ia para o Barradão todo dia e voltava.

BN: No Vitória, você era apontado como uma grande promessa. O que aconteceu que você não estourou no profissional?
Stefan: Na verdade eu não sei o motivo que eu não joguei no profissional do Vitória. Tinha tudo para jogar e para corresponder em campo e dar alegria ao torcedor do Vitória. Eu sempre ficava esperando a chance de ser relacionado para os profissionais, mas essa chance nunca veio. Fui dois anos seguidos artilheiro dos juniores e não tive a oportunidade.

BN: Ainda tem vontade em voltar para o Vitória ?
Stefan: Tenho a vontade de voltar para o Vitória. Eu passei minha infância nesse clube. Minha educação devo ao Vitória. Inclusive minha mãe chegou a trabalhar no Vitória, na área social. Eu cheguei com 10 anos e saí com 21, passei uma vida lá. Deixei amigos lá, tem pessoas maravilhosas. É um time grande e tem uma torcida maravilhosa. Se aparecer a oportunidade, estarei pronto para retornar.
 

BN: No Juazeiro, você foi um dos destaques com seis gols. A turbulência política pela comando do clube atrapalhou o desempenho do time?
Stefan:
No início tomamos muito goleadas. Depois que Sérgio Araújo chegou nosso time se arrumou. Nosso time tinha tudo para chegar no G-4. Mas esse briga das diretorias acabou atrapalhando sim. A gente não sabia o que poderia acontecer no dia seguinte. Era muito complicado. Mas nosso time lutou, conseguimos empatar com o Bahia dentro de Pituaçu e eliminamos o Bahia de Feira lá no Joia da Princesa.

BN: É verdade que você chegou a treinar no Sub-23 do Bahia em 2011?
Stefan: No ano passado, em Julho, fui para o Sub-23 do Bahia. Não era um teste. Se tivesse o Brasileiro, eu seria contratado. Mas como não houve a competição, o projeto foi abortado.

BN: Você quase pensou em encerrar a carreira prematuramente. Como foi isso?
Stefan:
Eu pensei em parar sim. Depois que não deu certo o sub-23 no Bahia, conversei com meus pais e disse a eles que iria estudar e deixar o futebol. Fui para a FTC [Faculdade de Tecnologia e Ciências] estudar, pois lá os esportistas ganham bolsa. Fiquei estudando e jogando no time da faculdade, até que no final do ano Emerson Mateus [ex-técnico do Juazeiro] e Sinval Vieira [Ex-dirigente do Vitória e comentarista da Transamérica FM] me deram uma força para fechar com o Juazeiro. Fui para lá com um ar de desconfiança, o pessoal não queria pois eu estava um tempo parado. Mas consegui dar a resposta em campo e fazer um bom campeonato.

BN: Como está seu futuro profissional? Já fechou com algum clube para o segundo semestre?
Stefan: Acabamos agora o Campeonato Baiano pelo Juazeiro e já estamos conversando com alguns times. Recebi propostas de cinco clubes. Três da Série B e dois da Série C. Estou analisando todas. Acho que em duas semanas meu futuro estará definido. Acho que essa é a hora de engrenar de vez, pois estou no momento bom. É pensar com calma e agarrar a melhor oportunidade.
 

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