Davidson pelo Mundo: Seguro de viagem — confiar no cartão ou contratar à parte?

Confesso, já fui daqueles que embarcava só com o seguro do cartão de crédito. Afinal, ele já está lá, “de graça”, basta emitir o certificado e pronto. Praticidade é sempre tentadora quando estamos arrumando as malas. Mas, depois de algumas viagens e algumas histórias ouvidas pelo caminho, passei a olhar para essa escolha com mais cautela.

 

O seguro oferecido pelos cartões realmente tem suas vantagens. Não custa nada a mais, cobre emergências básicas e ainda dá aquela sensação de estar protegido sem precisar pensar no assunto. Para uma viagem rápida, de turismo leve, em países onde o custo com saúde não é exorbitante, pode atender perfeitamente.

 

Mas aí vem a parte que muitos esquecem de ler: as letras miúdas. O limite de cobertura médica, por exemplo, pode não chegar nem perto do que hospitais em países da Europa ou nos Estados Unidos cobram por um atendimento simples. Em outras palavras, você pode estar “segurado” e, ao mesmo tempo, não estar realmente “protegido”. Essas palavras fazem uma grande diferença.

 

É nesse ponto que o seguro contratado à parte mostra seu valor. Ele permite escolher planos com coberturas maiores, incluir proteção para esportes, gestantes, problemas de saúde pré-existentes e até cancelamento da viagem. Claro, tem um custo, mas é o tipo de investimento que, se um imprevisto acontecer, pode salvar não apenas a viagem, mas também o bolso e a tranquilidade.

 

O seguro do cartão é como aquele guarda-chuva dobrável que a gente carrega na mochila: é útil, mas é frágil. Pode segurar uma chuva leve, mas talvez não aguente uma tempestade. Para destinos mais exigentes ou viagens mais longas, contratar um seguro dedicado é comprar paz de espírito.

 

No fim das contas, viajar é liberdade, e liberdade pede responsabilidade. Escolher bem o seguro é, antes de tudo, escolher não transformar a viagem dos sonhos em um pesadelo.

 

Faça um bom seguro em suas viagens. Um bom seguro custa, em média, o valor de um bom jantar numa viagem de 15 dias. Faça essa economia, mas evite dores de cabeça indesejadas.

 

Tenha uma boa e segura viagem!