Número de unidades imobiliárias lançadas no primeiro semestre cresce 559% na Região Metropolitana de Salvador

A Região Metropolitana de Salvador (RMS) registrou um crescimento expressivo de 559,9% no número de unidades imobiliárias lançadas no primeiro semestre de 2024, comparado ao mesmo período do ano anterior. O número saltou de 242 para 1.597, impulsionado principalmente pelo programa Minha Casa Minha Vida. Esses resultados colocam a RMS como líder no lançamento de unidades habitacionais no Nordeste, à frente das regiões metropolitanas de Fortaleza e Recife.

Apesar de Salvador ter registrado uma queda de um terço nas unidades lançadas, o Valor Geral de Vendas (VGV) permaneceu estável, alcançando R$ 2.076 bilhões no primeiro semestre. Esse cenário reflete uma valorização imobiliária significativa, com o ticket médio dos imóveis vendidos na capital atingindo R$ 541 mil, enquanto na RMS foi de R$ 392 mil. Os dados foram apresentados na noite desta terça-feira (13) pela Brain Inteligência Estratégica, em uma reunião da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi-Ba).

Os bairros de Piatã (23%), Arraial do Retiro (11%), Barra (8,1%), Itapuã (6,9%), Rio Vermelho (5,3%), Jaguaribe (3,5%) e Pituba (2,8%) estão entre as regiões de Salvador que dominaram as vendas. A tipologia de dois dormitórios (71%) e as tipologias quarto e sala e studio  (20%) foram as que tiveram mais unidades vendidas. 

“Esse é um nível  histórico de baixa de estoque, um indicativo de que temos uma oferta saudável no mercado. Esse equilíbrio entre lançamentos e estoque tende a estimular novos empreendimentos nos próximos meses”, explica Fábio Araújo, CEO e analista da Brain. 

A disponibilidade de imóveis também foi analisada pela Brain e, de acordo com a organização, a capital baiana apresenta um número baixo de unidades disponíveis, com apenas 4084 unidades.Para Cláudio Cunha, presidente da Ademi-Ba, o segundo semestre deve ser promissor para o mercado imobiliário baiano. “Estamos em um momento crucial, e as expectativas para os próximos meses são otimistas. Com mais oportunidades surgindo e uma demanda potencialmente crescente, é fundamental acompanhar as tendências e atender à expectativa e intenção de compra da sociedade”.

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