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Focando na preservação, hotel em Trancoso chama atenção por seu design e hospitalidade

Por Redação

Foto: Divulgação

Preservação. É o principal objetivo da dupla de empreendedores, o holandês Wilbert Das e o americando Bob Shevlin, fundadores do Hotel Uxua. O premiado hotel-casa de Trancoso chegou a ser eleito o melhor resort do mundo em 2021 pelos leitores da Conde & Nast Traveller com nota 99,99.

 

Os parceiros de trabalho são ousados: compraram uma área de seis hectares em meio à pandemia para conservação, trouxe do interior de Minas quatro casas desmontadas com mais de 100 anos para remontar uma delas nesta área e agora etão construindo o Uxua Maré. 

 

"Estou trabalhando o Maré no mesmo processo que foi o Uxua, construindo um lugar de sonho. Num futuro próximo, essa área vai funcionar como uma extensão do hotel, com mínima intervenção, um jardim agroflorestal, um paraíso para hóspedes, paz e privacidade na natureza", explicou Das ao site NeoFeed.

 

Das e Shevlin objetivam não apenas cuidar da natureza em seus projetos, mas inspirar outros empresários que chegam na região a fazer o mesmo. "Não queremos que Trancoso seja vítima do próprio sucesso (...) muitos condomínios começaram a ser construídos aqui, mas não com paixão e inspiração como no passado, mas só com ganância", pontua Das.

 

A dupla já é conhecida por comprar, reconstruir e reformar casas na Itália e nos Estados Unidos, "preservando patrimônios". Isso porque ambos trabalham com material recuperado, refazendo peças, como no caso das casas vindas de Minas para o novo Uxua Maré.

 

Em Trancoso, eles têm ainda o Uxua Alma, que constrói, faz a manutenção e o gerenciamento de casas criadas por Das para terceiros. O "momento Uxua" hoje é de ampliar sua prática de preservação. Por isso, assim como outros 30 moradores e empreendedores locais, como Marcel Leite, do grupo Capim Santo, compraram áreas na região em que podem combinar conservação e hospitalidade. Além do terreno do Uxua Maré, Das e Shevlin também estão à frente de outro projeto, o Uxua Roça, uma área de 17,5 hectares em que já estão trabalhando com agrofloresta.

 

"A ideia é recuperar a área e que possamos ter ovos, legumes e até leite para o hotel. Mas como não consigo parar de inventar, quero construir um lugar muito bonito ali, e até ser uma outra extensão para o Uxua, mas uma nova experiência", diz Das. O Uxua, por meio de Shevlin, também está à frente da parceria com a ONG Conservação Internacional para o desenvolvimento do turismo regenerativo em toda a região do sul e extremo sul da Bahia e integra o projeto Futuri, uma aliança voluntária que busca contar com 200 empresários do setor de hospitalidade na região.

 

"Construímos um manual de boas práticas sustentáveis de turismo para atrair o máximo de empreendedores para o projeto", diz Shevlin. Para envolver também a comunidade nesse processo, o hotel é o principal patrocinador do Organic Festival, que chegou a sua terceira edição em outubro. O evento, organizado pelo francês Charles Piriou, promove o encontro de chefs badalados e chefs locais em jantares usando ingredientes locais, organiza oficinas gastronômicas e reúne pequenos produtores de orgânicos e artesãos numa feira de confraternização.

 

“O objetivo é que os moradores se apropriem do festival, que se sintam reconhecidos em suas iniciativas e parte da transformação”, explica Piriou.

 

Hotel Uxua

 

O conceito de hotel-casa surgiu em 2008. São nove unidades, cada uma com identidade própria. O complexo tem 13 casas independentes, parte restaurada, parte construída, em que cada uma conta entre uma e três suítes, e que ficam “camufladas” no jardim, numa área não contínua de 8 mil m². 

 

Na decoração, Das usa peças do próprio tear que fica à vista dentro do hotel, faz móveis a partir de troncos caídos e usa gravetos como biombos e mescla "elementos de brasilidade". Este ano em que conquistou outros títulos, o de terceiro melhor resort do mundo e o melhor da América do Sul, também pelo ranking da Conde Nast Traveller, o Uxua tem registrado metade de hóspedes brasileiros. No ano passado, o público internacional respondeu por 60% das reservas.

 

Para o réveillon deste ano, apenas a Casa do Lago, com três suítes para seis pessoas, ainda está disponível, depois de um cancelamento de última hora. O pacote com sete noites com check-in flexível, transfer de Porto Seguro, café da manhã, serviço de praia, acesso ao spa e ao Vida Lab (laboratório de pesquisa de plantas locais para fins terapêuticos) sai por R$ 210 mil. Em geral, as diárias na alta temporada partem de R$ 2.660. 

 

*Com informações do site NeoFeed.

 

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