35ª Convenção da Ademi-BA é aberta na Praia do Forte com debate sobre futuro do setor e celebração dos 50 anos da entidade

A 35ª Convenção da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi-BA) foi aberta na noite desta quinta-feira (4), no Tivoli Ecoresort Praia do Forte. O evento reuniu autoridades, empresários, especialistas e representantes das principais instituições ligadas ao setor no estado. A solenidade teve como mestre de cerimônias a jornalista Camila Marinho e contou com uma mesa repleta de nomes de peso, entre eles Isabela Suarez, Cláudio Cunha e José Trindade.

 

Em entrevista ao BN Hall, o presidente da Ademi-BA, Cláudio Cunha, destacou que 2025 foi um ano de estabilidade para o mercado, reflexo do comportamento registrado no ciclo anterior. Ele lembrou que o primeiro trimestre apresentou resultados muito positivos, enquanto o segundo e o terceiro foram mais moderados, mas ainda assim sustentaram o mesmo volume de vendas de 2024. “Estamos fechando o ano de 2025 com estabilidade, em linha com tudo que aconteceu no ano passado”, afirmou.

 

Ao falar sobre as projeções para 2026, Cunha ressaltou o impacto do novo Sistema Financeiro de Habitação (SFH), que entra em vigor em janeiro com limite de juros de 2% ao ano. A medida, associada ao controle da inflação e à expectativa de redução da taxa Selic, deve impulsionar novos negócios, além de fortalecer transformações urbanas conduzidas pelos associados. Ele também citou o conjunto de projetos em aprovação que promete movimentar o setor e salientou que o 9º Fórum de Líderes e Investidores do Mercado Imobiliário (Flimi), que também foi aberto durante o evento, oferece um espaço para discutir temas como inteligência artificial, saúde mental, reforma tributária e cenários políticos, todos conduzidos por especialistas reconhecidos nacionalmente.

 

Cunha ainda celebrou a intensa agenda de realizações da entidade ao longo do ano, incluindo a exposição comemorativa dos 50 anos da Ademi, agora apresentada na convenção para alcançar um público ainda maior.

 

Presente na cerimônia, Isabela Suarez, presidente da Fundação Baía Viva e da Associação Comercial da Bahia (ACB), falou sobre sua relação de longa data com o evento. Participante há 13 anos — como espectadora, associada, painelista e agora como liderança —, ela destacou a força do setor imobiliário na economia baiana.

 

“O setor imobiliário merece o reconhecimento na medida em que apresenta grandeza em números significativos e bastante representativos na nossa economia. A gente está falando de um setor que garante 31% dos empregos formais, que só neste ano gerou 6 mil vagas formais para o estado da Bahia e, consequentemente, precisa do apoio do poder público, dos municípios, do Estado no reconhecimento da formalidade e de quanto isso impacta o setor de serviços”, afirmou Suarez ao Hall.

 

 

Um dos representantes do governo estadual, o presidente da Conder (Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia), José Trindade, destacou o papel do Estado na criação de condições estruturais para o crescimento do mercado. Ele citou ações como abertura de vias, ampliação de redes de água, esgoto e gás natural, executadas por órgãos como a Conder, Embasa e Bahiagás, que se transformam em vetores de desenvolvimento.

 

Para Trindade, a soma desses investimentos com programas federais, como o Minha Casa, Minha Vida, explica o avanço dos indicadores imobiliários no estado. “O papel do governo do Estado da Bahia é criar condições de infraestrutura para que o empresário possa vir e, com isso, alavancar seu negócio”, observou.

 

A secretária de Desenvolvimento Econômico de Salvador, Mila Paes, que esteve na ocasião representando o prefeito Bruno Reis, também apresentou números que demonstram o dinamismo da capital baiana. Ela destacou que a prefeitura tem trabalhado em diversas frentes que fortalecem o setor, desde obras de infraestrutura até programas de atração de investimentos, qualificação profissional e melhorias no licenciamento urbano.

 

Mila pontuou que Salvador permanece na liderança do Nordeste em geração de empregos. “Salvador manteve-se na liderança do Nordeste na geração de emprego e sempre entre o quarto e o quinto do país. A gente teve, para o setor imobiliário especificamente, alguns dados que eu trouxe aqui hoje que mostram como isso impacta diretamente o setor. Tivemos a segunda maior média de crescimento dos preços do metro quadrado em Salvador: foram 14,8% de crescimento do preço do metro quadrado”.

 

A 35ª Convenção da Ademi segue até o dia 8, com uma programação pautada por debates sobre economia, inovação, políticas públicas e desenvolvimento urbano.

 

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