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O governador Jerônimo Rodrigues comentou, nesta segunda-feira (15), sobre a indicação do deputado federal Josias Gomes (PT) para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE-BA). O pronunciamento chega após o gestor enviar à Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), a indicação do parlamentar à cadeira do TCE, na última sexta-feira (12).
Em entrevista à imprensa, o gestor estadual afirmou que a indicação foi condicionada e feita de acordo com a justiça. Segundo ele, a articulação foi firmada após costuras no cenário político para que o nome de Josias fosse escolhido.
“É uma indicação condicionada, inclusive judicial. Nós fizemos tudo o que a justiça pediu. Encaminhamos o projeto de lei para abrir a vaga no TCE e Dialogamos com o TCE. A combinação toda cumprida no campo da política. Então, eu espero que Josias esteja aí dialogando com a Assembleia. É a vez da Assembleia fazer o papel dela. Meu papel enquanto indicador da vaga foi feito”, disse Rodrigues durante vistoria técnica às obras de macrodrenagem do Canal Mangabeira, em Salvador.
Jerônimo complementou explicando que lideranças políticas da base chegaram a consenso acerca do nome de Josias, em decorrência de ter uma figura ligada à política.
“O grupo político entende a importância da gente ter uma pessoa que contribui com a política do Estado, como deputado federal, como secretário de Estado. Dará uma grande contribuição ao Tribunal de Contas”, revelou o petista.
A convocação de Gomes ocorrerá na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) para uma sabatina no colegiado na próxima terça-feira (16), às 11h. O encontro servirá para apreciar a indicação ao cargo.
O deputado estadual Hilton Coelho (PSOL) avaliou como improvável a formação de uma federação entre PT e PSOL, apesar de considerar positiva a sinalização pública feita por setores petistas. Em entrevista ao Bahia Notícias, o parlamentar afirmou que há limites estruturais e programáticos para uma unificação entre as duas legendas para as eleições de 2026.
Hilton destacou que há convergências na disputa política cotidiana, especialmente diante do avanço da extrema-direita. Segundo ele, “é importante destacar elementos de unidade, na prática, na luta política cotidiana, especialmente o enfrentamento à extrema-direita, onde precisa ser feito de maneira vigorosa”.
Apesar disso, o deputado disse não enxergar viabilidade para uma federação. Ele argumentou que, para além do cenário atual, existem diferenças profundas entre as formulações estratégicas de PSOL e PT. “Eu não acredito ser possível um processo de unificação, porque para além dessa situação momentânea, que é grave, nós temos também diferenças importantes com as elaborações mais estratégicas do PT”, afirmou.
Hilton também avaliou que uma federação poderia gerar incoerências no dia a dia das decisões políticas. “Causaria uma situação de artificialidade na hora de fazer uma intervenção prática. Nós poderemos ter posições bastante diferenciadas no cotidiano”, disse.
O parlamentar reforçou que reconhece o gesto político vindo do PT, mas reafirmou seu ceticismo quanto à concretização da proposta. “Valorizo essa sinalização, mas não acho viável que essa federação entre PT e PSOL se viabilize na prática”.
Vale destacar que nesta semana, o diretório nacional do Partido dos Trabalhadores realizou à sigla socialista uma proposta para o partido aderir à Federação Brasil da Esperança (FE Brasil), que hoje é integrada pelo próprio pelo PT e mais o PCdoB e o PV.
Conforme a CNN, a movimentação faz parte de uma estratégia a legenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a criação de uma grande coalização da centro-esquerda. A ideia seria, ainda, convidar o PSB e o PDT para formarem a nova federação.
O PSOL
O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) foi fundado em 2005 a partir de um rompimento entre membros do PT. Dois anos antes, a sigla petista expulsou quatro membros do partido: a senadora Heloísa Helena e os deputados João Fontes, Luciana Genro e João Batista de Araújo, conhecido como Babá.
A movimentação ocorreu quando os quatro votaram contra o projeto do governo para a reforma da previdência, revelando divergências na cúpula do partido. Cerca de 67% dos membros do Diretório Nacional votaram pela expulsão em uma reunião conturbada. Após 15 meses recolhendo assinaturas, os quatro dissidentes fundaram o PSOL, registrado no TSE em 15 de setembro de 2005.
Apesar da fissura entre os partido, atualmente, o PSOL possui membros compondo o governo Lula. A exemplo do deputado federal licenciado, Guilherme Boulos, que recentemente assumiu ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, e Sônia Guajajara, atual ministra dos Povos Indígenas.
Levantamento realizado pelo Bahia Notícias em torno das pesquisas mais recentes que mostram a disputa para os governos estaduais revela um quadro de pequenas mudanças em relação à divisão de governadores por partido.
Enquanto partidos do centro mantém alguma estabilidade na conquista de governos, o PT, até aqui, é o partido que mais pode perder. Já o principal partido de oposição, o PL, é o que aparece com chances de ganhar maior quantidade de administrações estaduais.
As pesquisas de momento dos principais institutos nacionais mostram que 11 governadores tentarão a reeleição em 2026. Desses, sete estão liderando as pesquisas, e quatro aparecem na segunda colocação.
Lideram as pesquisas o governador Alan Rick (União Brasil), no Acre; Elmano de Freitas (PT), no Ceará; Rafael Fonteles (PT), no Piauí; Fábio Mitidieri (PSD), em Sergipe; Eduardo Riedel (PP), no Mato Grosso do Sul; Tarcísio de Freitas (Republicanos) em São Paulo; e Jorginho Mello (PL), em Santa Catarina.
Entre os quatro que no momento demonstram dificuldade em se reeleger está o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), que está perdendo para o candidato ACM Neto (União Brasil). Aparecem na mesma situação o governador do Amapá, Clécio Luís (Solidariedade); o de Tocantins, Laurez Moreira (PDT); e a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSD).
Outro dado que o levantamento revela diz respeito à posição dos atuais vice-governadores que vão concorrer ao governo de seus estados em 2026. Dos seis que já manifestaram intenção de buscar a eleição, dois deles lideram as pesquisas, e quatro estão na segunda colocação.
No Distrito Federal, a vice-governadora Celina Leão (PP) está na liderança das pesquisas para suceder o governador Ibaneis Rocha (MDB). Em Goiás, Daniel Vilela (MDB), vice de Ronaldo Caiado (União Brasil), aparece na frente na disputa estadual.
Já os quatro vices que atualmente figuram na segunda colocação em pesquisas são os seguintes: Edilson Damião (Republicanos) em Roraima; Lucas Ribeiro (PP) na Paraíba; Otaviano Pivetta (Republicanos) no Mato Grosso; e Ricardo Ferraço (MDB) no Espírito Santo.
Em relação à divisão dos governos estaduais entre os partidos políticos, o quadro atual no país revela a seguinte partilha:
- PT - 4
- União Brasil - 4
- PSD - 4
- PSB - 3
- MDB - 3
- PP - 3
- Republicanos - 2
- PL - 2
- Novo - 1
- Solidariedade - 1
O levantamento realizado pelo BN com as pesquisas eleitorais mais recentes mostra principalmente a ascensão de União Brasil e PL como os partidos com mais governadores, e a queda na quantidade de governos do PT. Confira abaixo uma simulação de como ficaria a divisão dos 27 governos entre os partidos caso venha a se confirmar a atuação da corrida eleitoral.
- União Brasil - 5
- PL - 5
- MDB - 4
- PSD - 4
- Republicanos - 3
- PSB - 2
- PT - 2
- PP - 2
Apresentamos a seguir as pesquisas mais recentes dos institutos nacionais com o quadro atual das disputas pelos governos estaduais:
REGIÃO NORTE
ACRE (Paraná Pesquisas)
- Alan Rick (União Brasil) - 44,5% (R)
- Tião Bocalom (PL) - 24,1%
- Mailza Gomes (PP) - 17,6%
- Dr. Thor Dantas (PSB) - 3,5%.
AMAPÁ (Paraná Pesquisas)
- Dr. Furlan (MDB) - 65,6%
- Clécio Luís (Solidariedade) - 25,4% (R)
AMAZONAS (Real Time Big Data)
- Omar Aziz (PSD) - 43%
- Maria do Carmo Seffair (PL) - 22%
- Tadeu de Souza (Avante) - 10%
PARÁ (Paraná Pesquisas)
- Dr. Daniel Santos (PSB) - 26%
- Éder Mauro (PL) - 22,5%
- Hana Ghassan (MDB) - 18,7%
RONDÔNIA (Real Time Big Data)
- Marcos Rogério (PL) - 23%
- Fernando Máximo (União Brasil) - 21%
- Adailton Fúria (PSD) - 19%
- Hildon Chaves (PSDB) - 12%
RORAIMA (Real Time Big Data)
- Arthur Henrique (PL) - 33%
- Edilson Damião (Republicanos) - 28%
- Soldado Sampaio (Republicanos) - 11%
- Juscelino Kubitschek Pereira (PT) - 6%
TOCANTINS (Real Time Big Data)
- Professora Dorinha (União Brasil) - 33%
- Laurez Moreira (PDT) - 24% (R)
- Cinthia Ribeiro (PSDB) - 13%
- Amelio Cayres (Republicanos) - 11%
REGIÃO NORDESTE
ALAGOAS (Real Time Big Data)
- Renan Filho (MDB) - 48%
- JHC (PL) - 45%
BAHIA (Real Time Big Data)
- ACM Neto (União Brasil) - 44%
- Jerônimo Rodrigues (PT) - 35% (R)
- José Carlos Aleluia (Novo) - 3%
- Kleber Rosa (Psol) - 2%
CEARÁ (Real Time Big Data)
- Elmano de Freitas (PT) - 39% (R)
- Ciro Gomes (PSDB) - 39%
- Eduardo Girão (Novo) - 14%
MARANHÃO (Real Time Big Data)
- Eduardo Braide (PSD) - 35%
- Orleans Brandão (MDB) - 25%
- Lahesio Bonfim (Novo) - 17%
- Felipe Camarão (PT) - 6%
PARAÍBA (Real Time Big Data)
- Cícero Lucena (MDB) - 31%
- Lucas Ribeiro (PP) - 16%
- Efraim Filho (União Brasil) - 13%
- Pedro Cunha Lima (PSD) - 13%
PERNAMBUCO (Instituto Alfa Inteligência)
- João Campos (PSB) - 50%
- Raquel Lyra (PSD) - 24% (R)
- Eduardo Moura (Novo) - 5%
- Gilson Machado (PL) - 3%
PIAUÍ (Real Time Big Data)
- Rafael Fonteles (PT) - 66% (R)
- Margarete Coelho (PP) - 14%
- Mainha (Podemos) - 5%
- Jornalista Toni Rodrigues (PL) - 2%
RIO GRANDE DO NORTE (Real Time Big Data)
- Alysson Bezerra (União Brasil) - 36%
- Rogério Marinho (PL) - 34%
- Cadu Xavier (PT) - 10%
SERGIPE (Real Time Big Data)
- Fábio Mitidieri (PSD) - 46% (R)
- Walmir de Francisquinho (PL) - 33%
REGIÃO CENTRO-OESTE
DISTRITO FEDERAL (Paraná Pesquisas)
- Celina Leão (PP) - 32,2%
- José Roberto Arruda (Sem partido) - 29,8%
- Leandro Grass (PT) - 11,8%
- Ricardo Capelli (PSB) - 6,4%
- Paula Belmonte (PSDB) - 6%
GOIÁS (Real Time Big Data)
- Daniel Vilela (MDB) - 30%
- Marconi Perillo (PSDB) - 26%
- Wilder Morais (PL) - 14%
- Delegada Adriana Accorsi (PT) - 12%
MATO GROSSO (Real Time Big Data)
- Wellington Fagundes (PL) - 43%
- Otaviano Pivetta (Republicanos) - 17%
- José Carlos do Pátio (PSB) - 7%
MATO GROSSO DO SUL (Real Time Big Data)
- Eduardo Riedel (PP) - 55% (R)
- Fábio Trad (PT) - 16%
- Marcos Pollon (PL) - 11%
REGIÃO SUDESTE
ESPÍRITO SANTO (Real Time Big Data)
- Lorenzo Pazolini (Republicanos) - 27%
- Ricardo Ferraço (MDB) - 26%
- Sérgio Vidigal (PDT) - 11%
- Arnaldinho Borgo (Podemos) - 11%
- Helder Salomão (PT) - 5%
MINAS GERAIS (Paraná Pesquisas)
- Cleitinho (Republicanos) - 40,6%
- Alexandre Kalil (PDT) - 13,5%
- Rodrigo Pacheco (PSD) - 13%
- Marília Campos (PT) - 10,6%
- Mateus Simões (Novo) - 5,9%
RIO DE JANEIRO (Real Time Big Data)
- Eduardo Paes (PSD) - 53%
- Rodrigo Bacellar (União Brasil) - 13%
- Washington Reis (MDB) - 12%
- Ítalo Marsili (Novo) - 3%
- Bombeiro Rafa Luz (Missão) - 3%
- William Siri (Psol) - 2%
SÃO PAULO (Real Time Big Data)
- Tarcísio de Freitas (Republicanos) - 45% (R)
- Geraldo Alckmin (PSB) - 26%
- Erika Hilton (Psol) - 9%
- Paulo Serra (PSDB) - 6%
- Kim Kataguiri (Missão) - 6%
- Felipe D´Avila (Novo) - 1%
REGIÃO SUL
PARANÁ (Real Time Big Data)
- Sérgio Moro (União Brasil) - 41%
- Requião Filho (PDT) - 20%
- Guto Silva (PSD) - 13%
- Paulo Martins (Novo) - 8%
- Ênio Verri (PT) - 5%
RIO GRANDE DO SUL (Real Time Big Data)
- Luciano Zucco (PL) - 27%
- Juliana Brizola (PDT) - 21%
- Edegar Pretto (PT) - 21%
- Gabriel Souza (MDB) - 13%
- Covatti Filho (PP) - 3%
SANTA CATARINA (Real Time Big Data)
- Jorginho Mello (PL) - 48% (R)
- João Rodrigues (PSD) - 22%
- Décio Lima (PT) - 14%
- Adriano Silva (Novo) - 2%
- Marcos Vieira (PSDB) - 1%
Levantamento mostra como está disputa ao Senado para 2026 em meio a debates sobre Lei de Impeachment
Mesmo com adaptações, a decisão monocrática do ministro Gilmar Mendes que suspendeu trechos da Lei do Impeachment de 1950 impactam diretamente nas estratégias dos partidos para as disputas ao Senado em 2026. Agora em plenário físico, os ministros devem decidir sobre a cautelar que atendeu as ADPFs 1259 e 1260 apresentadas pelo partido Solidariedade e pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB).
Ao suspender diversos artigos da Lei do Impeachment (Lei 1.079/1950) relativos ao afastamento de ministros da Corte, Gilmar Mendes chegou a estabelecer que somente o procurador-geral da República pode protocolar pedidos de impeachment de ministros do STF no Senado. Todavia, após entendimento com o Senado, em um acordo de bastidores, o próprio ministro recuou. Gilmar também decidiu pelo entendimento de que o quórum para iniciar processos de impeachment é o de dois terços dos senadores (54), acima da maioria simples exigida anteriormente, de 41 votos pela admissão do processo - esse trecho da cautelar ainda segue vigente.
“Se trata de aplicar a Constituição, é isso que estamos fazendo. Tendo em vista que a lei, de alguma forma, ela já caducou. É de 1950, feita para regulamentar o impeachment no processo da Constituição de 1946. Ela já passou por várias constituições, e, agora, se coloca a sua discussão face à Constituição de 1988”, afirmou o ministro.
O ministro Flávio Dino, em evento no final da semana passada, foi o primeiro a defender a decisão do seu colega de STF. Dino defendeu a revisão da lei de 1950 e afirmou que já foram apresentados 81 pedidos de impeachment contra ministros do Supremo.
“Isso jamais aconteceu antes no Brasil e isso nunca aconteceu em nenhum país do planeta Terra. Então, é preciso analisar para ver se de fato são imputações, acusações de crime de responsabilidade. Por que agora? Porque tem 81 pedidos de impeachment”, afirmou Dino.
A decisão do ministro Gilmar Mendes gerou fortes protestos de parlamentares de oposição e de direita, e foi elogiada por deputados e senadores governistas. Foi o caso, por exemplo, do líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), que celebrou a medida.
“A liminar de Gilmar Mendes na ADPF sobre o impeachment de ministro do STF foi um contragolpe preventivo. Hoje, a decisão do STF cumpre papel similar ao bloquear o uso político do impeachment para subjugar a Corte, impedindo que a Constituição seja capturada por uma hipotética conquista de uma maioria parlamentar golpista”, afirmou o líder petista.
O parlamentar comparou a decisão de Gilmar Mendes ao episódio de 11 de novembro de 1955, quando o então ministro da Guerra, Marechal Henrique Lott, interveio para garantir a posse de Juscelino Kubitschek.
Segundo Lindbergh, há uma movimentação da direita para formar maioria no Senado e tentar destituir ministros do Supremo. Ele argumentou que essa investida teria como meta “destruir o papel do tribunal como guardião da Constituição” e permitir a substituição dos ministros por nomes alinhados a interesses políticos.
“A extrema direita trama abertamente o impeachment de ministros do STF, visando a destruir seu papel de guardião da Constituição. Uma maioria no Senado poderia ‘impichar’ todos os ministros e recompor o tribunal com aliados, convertendo-o em um poder submisso”, disse o deputado do PT.
Já senadores e deputados de direita acusaram Gilmar Mendes de dar um “golpe” no parlamento. Esses parlamentares disseram em discursos na Câmara e no Senado e nas redes sociais que o ministro buscou blindar a si mesmo e aos colegas do risco de sofrerem um processo de impeachment.
Para esses parlamentares, a mudança na regra atrapalha frontalmente os planos da oposição nas eleições do ano que vem. O motivo é que o impeachment de ministros do STF faz parte da estratégia da direita para a campanha de seus candidatos ao Senado.
Desde 2023, o bolsonarismo priorizou a eleição ao Senado como forma de reagir às punições por atos golpistas. O tom crítico ao Supremo faria parte da campanha em 2026, e a decisão de Gilmar Mendes, neste aspecto, seria uma “antecipação ao resultado das eleições”, como afirmou o senador Jorge Seif (PL-SC).
Essa estratégia já havia sido confirmada por diversas vezes pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O dirigente vinha trabalhando para lançar candidaturas fortes ao Senado, com a intenção de conquistar a maior bancada e ter força para levar à frente os pedidos de impeachment.
O próprio ex-presidente Jair Bolsonaro por diversas vezes desde o ano passado vinha estimulando essa estratégia, de conquistar pelo menos uma vaga de senador em cada um dos 27 estados brasileiros. Bolsonaro disse em eventos públicos que a ideia do seu grupo era a de aumentar a representatividade da direita no Senado, para facilitar ações como a abertura de processos de impeachment contra ministros do STF.
Em outubro de 2026, o Senado passará por uma renovação de dois terços de suas cadeiras, com a eleição de dois senadores por estado. Na última eleição com mudança de dois terços das cadeiras, em 2018, o Senado assistiu à maior renovação da sua história.
Naquela eleição, de cada quatro senadores que tentaram a reeleição, três não conseguiram manter o mandato. Desde a redemocratização do país não aconteceu um pleito que levasse tantas caras novas para o tapete azul do Senado. No total, das 54 vagas em disputa em 2018, 46 foram ocupadas por novos nomes, uma renovação de mais de 85%.
Para as eleições de 2026, é esperada uma repetição de uma renovação alta, mas desta vez com outro ingrediente: é possível que os partidos de direita e de centro-direita conquistem a hegemonia das cadeiras em disputa.
Caso a maioria dos ministros do STF acompanhe a decisão de Gilmar Mendes, uma expressiva vitória de senadores de direita dificilmente teria utilidade para a abertura de processos de impeachment. Somente haveria essa possibilidade caso a direita alcance 54 ou mais cadeiras no Senado, contando as que serão disputadas em 2026 e as demais que entrarão em disputa apenas em 2030.
O Senado, atualmente, possui maioria dos partidos de centro, como PSD, MDB, PP, União e Podemos. No total, esse grupo domina a Casa, com 46 cadeiras, embora mais da metade dos senadores desses partidos votem fechados com o governo Lula.
Os partidos de esquerda juntos detém apenas 16 cadeiras no Senado, ou cerca de 20% do total. Já a oposição declarada (PL, PSDB e Novo) possui 19 senadores, ou 22% da composição do Senado.
Para alcançar os 54 apoios necessários, portanto, a oposição e os partidos de direita terão que alcançar uma expressiva votação nas urnas de outubro de 2026.
Levantamento realizado pelo Bahia Notícias revela como pode ficar o Senado Federal após as eleições de 2026. O levantamento levou em consideração as pesquisas mais recentes realizadas nos estados, com os nomes que se colocam no momento para a disputa.
Esses nomes ainda podem mudar até outubro de 2026, portanto a simulação é apenas com base no cenário existente no momento, a partir de pesquisas de institutos nacionais.
Confira abaixo como está a disputa, com os estados divididos por região:
REGIÃO NORTE
ACRE (Paraná Pesquisas)
- Gladson Cameli (PP) - 42,4%
- Marcio Bittar (PL) - 24,8%
- Jorge Viana (PT) - 23,7%
- Jéssica Sales (MDB) - 21,2%
- Mara Rocha (MDB) - 20,3%
AMAPÁ (Paraná Pesquisas)
- Rayssa Furlan (MDB) - 60,9%
- Lucas Barreto (PSD) - 45,1%
- Randolfe Rodrigues (PT) - 38,6%
- Waldez Góes (PDT) - 17,2%
AMAZONAS (Real Time Big Data)
- Eduardo Braga (MDB) - 21%
- Alberto Neto (PL) - 21%
- Wilson Lima (União Brasil) - 18%
- Marcos Rotta (Avante) - 8%
- Marcelo Ramos (PT) - 8%
PARÁ (Paraná Pesquisas)
- Helder Barbalho (MDB) - 49,3%
- Éder Mauro (PL) - 32,5%
- Celso Sabino (União Brasil) - 20,7%
- Zequinha Marinho (Podemos) - 19,6%
- Paulo Rocha (PT) - 15,6%
RONDÔNIA (Real Time Big Data)
- Coronel Marcos Rocha (União Brasil) - 22%
- Silvia Cristina (PP) - 20%
- Confúcio Moura (MDB) - 15%
- Bruno Bolsonaro Scheid (PL) - 14%
RORAIMA (Real Time Big Data)
- Teresa Surita (MDB) - 27%
- Antonio Denarium (PP) - 24%
- Chico Rodrigues (PSB) - 13%
- Mecias de Jesus (Republicanos) - 11%
TOCANTINS (Real Time Big Data)
- Wanderley Barbosa (Republicanos) - 24%
- Eduardo Gomes (PL) - 19%
- Alexandre Guimarães (MDB) - 12%
- Vicentinho Junior (PP) - 12%
- Carlos Gaguim (União Brasil) - 11%
REGIÃO NORDESTE
ALAGOAS (Real Time Big Data)
- Renan Calheiros (MDB) - 26%
- Davi Davino (Republicanos) - 21%
- Alfredo Gaspar (União Brasil) - 18%
- Arthur Lira (PP) - 13%
BAHIA (Real Time Big Data)
- Rui Costa (PT) - 28%
- Jaques Wagner (PT) - 14%
- Angelo Coronel (PSD) - 14%
- João Roma (PL) - 13%
- Márcio Marinho (Republicanos) - 4%
CEARÁ (Real Time Big Data)
- Roberto Cláudio (União Brasil) - 20%
- Alcides Fernandes (PL) - 16%
- Eunício Oliveira (MDB) - 14%
- José Guimarães (PT) - 14%
- Priscila Costa (PL) - 10%
MARANHÃO (Real Time Big Data)
- Carlos Brandão (Sem partido) - 27%
- Weverton Rocha (PDT) - 19%
- Lahesio Bonfim (Novo) - 15%
- Andre Fufuca (PP) - 11%
- Eliziane Gama (PSD) - 7%
PARAÍBA (Real Time Big Data)
- João Azevêdo (PSB) - 30%
- Veneziano Vital do Rego (MDB) - 22%
- Marcelo Queiroga (PL) - 14%
- Nabor Wanderley (Republicanos) - 9%
- Major Fábio (Novo) - 5%
PERNAMBUCO (Instituto Alfa Inteligência)
- Humberto Costa (PT) - 26%
- Eduardo da Fonte (PP) - 18%
- Anderson Ferreira (PL) - 14%
- Jo Cavalcanti (Psol) - 14%
- Silvio Costa Filho (Republicanos) - 12%
PIAUÍ (Real Time Big Data)
- Marcelo Castro (MDB) - 29%
- Julio Cesar (PSD) - 20%
- Ciro Nogueira (PP) - 19%
- Tiago Junqueira (PL) - 11%
RIO GRANDE DO NORTE (Real Time Big Data)
- Styvenson Valentim (PSDB) - 22%
- Fátima Bezerra (PT) - 15%
- Álvaro Dias (Republicanos) - 14%
- Carlos Eduardo Alves (PSD) - 13%
- Dra. Zenaide Maia (PSD) - 13%
SERGIPE (Real Time Big Data)
- Rodrigo Valadares (União Brasil) - 14%
- Edvaldo Nogueira (PDT) - 14%
- Eduardo Amorim (PSDB) - 12%
- André Moura (União Brasil) - 12%
- Alessandro Vieira (MDB) - 9%
- Rogério Carvalho (PT) - 9%
REGIÃO CENTRO-OESTE
DISTRITO FEDERAL (Paraná Pesquisas)
- Michelle Bolsonaro (PL) - 34,1%
- Ibaneis Rocha (MDB) - 30,2%
- Leila do Vôlei (PDT) - 23,2%
- Érika Kokay (PT) - 21,4%
- Fred Linhares (Republicanos) - 20,7%
GOIÁS (Real Time Big Data)
- Gracinha Caiado (União) - 30%
- Gustavo Gayer (PL) - 18%
- Gustavo Medanha (PSD) - 9%
- Adriana Accorsi (PT) - 9%
- Major Victor Hugo (PL) - 8%
- Vanderlan Cardoso (PSD) - 6%
MATO GROSSO (Real Time Big Data)
- Mauro Mendes (União Brasil) - 49%
- Janaína Riva (MDB) - 37%
- Carlos Fávaro (PSD) - 20%
- Jayme Campos (União Brasil) - 17%
- José Medeiros (PL) - 13%
MATO GROSSO DO SUL (Real Time Big Data)
- Reinaldo Azambuja (PL) - 31%
- Capitão Contar (PL) - 18%
- Nelsinho Trad (PSD) - 16%
- Simone Tebet (MDB) - 12%
- Soraya Thronicke (Podemos) - 9%
REGIÃO SUDESTE
ESPÍRITO SANTO (Real Time Big Data)
- Renato Casagrande (PSB) - 33%
- Sérgio Meneghelli (Republicanos) - 15%
- Da Vitória (PP) - 11%
- Fabiano Contarato (PT) - 10%
- Maguinha Malta (PL) - 8%
- Marcos do Val (Podemos) - 6%
MINAS GERAIS (Paraná Pesquisas)
- Aécio Neves (PSDB) - 29%
- Carlos Viana (Podemos) - 26,4%
- Maurício do Vôlei (PL) - 18,3%
- Rogério Correia (PT) - 14,7%
- Eros Biondini (PL) - 13,6%
- Alexandre Silveira (PSD) - 9,6%
RIO DE JANEIRO (Real Time Big Data)
- Flávio Bolsonaro (PL) - 27%
- Claudio Castro (PL) - 27%
- Pedro Paulo (PSD) - 12%
- Marcelo Crivella (Republicanos) - 11%
- Benedita da Silva (PT) - 11%
SÃO PAULO (Real Time Big Data)
- Fernando Haddad (PT) - 19%
- Capitão Derrite (PP) - 18%
- Marina Silva (Rede) - 12%
- Coronel Mello Araújo (PL) - 11%
- Ricardo Salles (Novo) - 11%
- Paulo Serra (PSDB) - 7%
- Paulinho da Força (Solidariedade) - 4%
REGIÃO SUL
PARANÁ (Real Time Big Data)
- Ratinho Jr. (PSD) - 31%
- Cristina Graeml (União Brasil) - 14%
- Deltan Dallagnol (Novo) - 13%
- Filipe Barros (PL) - 13%
- Gleisi Hoffmann (PT) - 10%
- Zeca Dirceu (PT) - 8%
RIO GRANDE DO SUL (Real Time Big Data)
- Eduardo Leite (PSDB) - 19%
- Manuela D´Ávila (Psol) - 16%
- Paulo Pimenta (PT) - 15%
- Marcel van Hatten (Novo) - 15%
- Sanderson (PL) - 12%
- Luiz Carlos Heinze (PP) - 6%
SANTA CATARINA (Real Time Big Data)
- Carlos Bolsonaro (PL) - 21%
- Carol de Toni (PL) - 18%
- Esperidião Amin (PP) - 14%
- Décio Lima (PT) - 14%
- Tânia Ramos (Psol) - 5%
O Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores decidiu, em reunião do neste sábado (6), manter posição em defesa da criação de um ministério exclusivo da Segurança Pública, desmembrando o Ministério da Justiça. Segundo informações do Uol, o tema foi alvo de divergências dentro do partido durante esta semana.
O presidente do PT, Edinho Silva afirmou à reportagem que agora há uma posição consensual depois da reunião. "Essa é uma posição de consenso no partido —a importância da criação do ministério da Segurança Pública. Não significa que é uma posição do governo".
Segundo o líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), “há duas visões” dentro do partido sobre o tema da segurança pública. "Uma que acha que o tema da segurança terá grande peso na eleição e outra visão de que não devemos trazer esse tema para o nosso colo. Mas acho que precisamos ter todo o cuidado necessário com esse tema", afirmou.
Ele, que também é do Grupo de Trabalho Eleitoral do PT, sustenta a primeira visão. "Se indicarmos no nosso programa de governo que vai ser consolidada agora, acho que repercute positivamente", disse. "É uma pauta para 2026", acrescentou.
Por outro lado, informações apontam que o titular da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e secretários da pasta são contra a divisão do ministério, sob o argumento de que isso enfraqueceria até mesmo o combate ao crime organizado. Em uma nova configuração, a Polícia Federal, por exemplo, não ficaria mais subordinada ao Ministério da Justiça.
A reunião do Diretório Nacional terminou hoje, ainda aguardando últimos ajustes para divulgar a resolução final do encontro. "São quatro textos; vão juntar para ficar um só", disse Edinho Silva. O texto contém informações do Uol e Estadão.
A CPI do INSS rejeitou, nesta quinta-feira (4), por 19 votos a 12, a convocação de Fábio Luiz Lula da Silva, o “Lulinha”, filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Entre os 32 membros da comissão, houve uma abstenção, a Bahia contou com apenas um representante, o senador Jaques Wagner (PT).
Líder do governo no Senado, Wagner votou contra o pedido apresentado pela oposição. Ele acompanhou o argumento da base de que a convocação teria caráter político, e não técnico, uma vez que Fábio Luís não é investigado nem figura como alvo formal das apurações conduzidas pela CPI.
O prefeito de Maricá (RJ) e um dos vice-presidentes do Partido dos Trabalhadores (PT), Washington Quaquá (PT) defendeu, nesta terça-feira (2), a megaoperação que matou mais de 130 pessoas no Rio de Janeiro. A declaração do político ocorreu no seminário da sigla sobre segurança pública no RJ.
?? Vice-presidente do PT defende megaoperação no RJ e diz que polícia “só matou otário
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Na ocasião, ele demonstrou apoio ao ato e disse que a polícia “só matou otário” e “tinha que matar mil”.
“O Bope só matou ali otário, vagabundo, bandido. Eu perguntei: ‘Tem trabalhador aí?’. Não. Tudo bandido”, declarou o petista.
“Eu acho que a operação foi malsucedida não é pelo número de mortos. O Complexo da Penha tem mais de 1 mil soldados do tráfico. Então, se fosse para matar, tinha que matar 1 mil soldados. A questão é que a operação foi uma operação de entrar e não de ocupar”, afirmou o vice-presidente do PT.
"Ou a gente entra nesses territórios para mudar a prática e a vida do território e libertar a vida do povo...se a gente não faz isso, ninguém o fará. É óbvio que a polícia do Rio, o Bope, só matou ali otário, vagabundo, bandido. Eu perguntei: 'Tem trabalhador aí?'. Não. Tudo bandido",completou o prefeito.
Durante o posicionamento, uma mulher ainda não identificada rebateu Quaquá e indicou ser mentira o que ele falava.
"Você vai ouvir eu falar ou vai ficar berrando? Então, era tudo bandido. Eu ouço bobagens à vontade. Espero que na democracia se ouça as bobagens dos outros. Eu ouço a de vocês, valeu? E depois querem dizer que são de esquerda e democráticos, mas só ouvem a própria opinião"
Anteriormente, o vice-presidente já havia defendido a polícia do RJ em outra ocasião.
“Não concordo com a maneira como o governador botou o pé na operação, tentando jogar a culpa no Governo Federal, mas a ação foi necessária, embora devesse ser melhor planejada”, revelou.
A 28ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou o envio da queixa-crime movida pelo PT contra a cantora Jojo Todynho para um dos fóruns criminais da Justiça de São Paulo. O processo trata de alegações de calúnia, injúria e difamação.
A base do conflito são declarações da artista em uma entrevista ao podcast do canal Brasil Paralelo, nas quais ela afirmou ter recebido uma oferta de R$ 1,5 milhão para apoiar a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva em 2022.
Em despacho, o juiz Antonio Alves Cardoso Junior justificou a decisão com base em um declínio de competência. O magistrado argumentou que a empresa responsável pelo podcast, identificada como BP Educação e Entretenimento S/A, tem domicílio na cidade de São Paulo, local de onde o conteúdo foi disponibilizado.
O magistrado escreveu: “Nos casos de difamação pela internet, quando identificado o local em que foi disponibilizado o conteúdo ofensivo e, não sendo possível, como na presente hipótese, que se determine quando terceiros tomaram conhecimento das ofensas (uma vez que se trata de plataforma de alcance nacional), prevalece a competência do local em que foi disponibilizado o conteúdo ofensivo."
Anteriormente, em setembro, uma tentativa de conciliação entre a cantora e o partido foi realizada, mas não resultou em acordo. Com a nova decisão, o caso seguirá para tramitação na Justiça paulista.
As informações são do O Globo.
O senador Jaques Wagner (PT) comentou, nesta segunda-feira (24), sua relação com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União). Em entrevista à GloboNews, Wagner afirmou que soube que o senador estaria “chateado” com ele, mas disse desconhecer as razões.
“Recebi notícias de que Alcolumbre estava chateado comigo ou rompido comigo. Confesso que não sei o motivo. Sempre tentei colaborar com ele. Nesse episódio agora do Messias, houve uma chateação, mas foi uma escolha do presidente [Lula]. Eu nunca faltei com a verdade nem com o Rodrigo Pacheco, nem com Davi”, declarou.
O mal-estar teria relação com a indicação de Jorge Messias para a vaga deixada por Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF). O presidente Lula (PT) optou pelo advogado-geral da União, contrariando setores do Congresso que defendiam o nome do ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Wagner disse acreditar que Lula deve conversar diretamente com Alcolumbre para dissipar o desconforto.
Uma tensão entre o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União), e o líder do governo na Casa, Jaques Wagner (PT), atinge um ponto máximo e foi formalizada por Alcolumbre como uma ruptura definitiva nesta sexta-feira (21). O rompimento, descrito como definitivo por Alcolumbre coloca em xeque a dinâmica de poder no Senado com a base governista.
A informação foi publicada pela colunista Daniela Lima, do UOL. Procurado por senadores preocupados em compreender a extensão do distanciamento entre os dois líderes, Alcolumbre foi direto e taxativo sobre a situação. "Não existe mais relação institucional ou pessoal entre mim e ele. E é definitivo", teria respondido o presidente do Senado.
Com essa declaração, a articulação política da casa muda, visto que a relação entre o presidente da Casa e o líder do governo é crucial para a pauta de votações e a tramitação de projetos de interesse do Executivo.
Aliados de Alcolumbre relataram que a irritação do senador do Amapá aumentou após o petista Jaques Wagner tentar minimizar publicamente o desconforto entre eles, que já haviam travado uma discussão acalorada no plenário no início desta semana.
O deputado estadual Leandro de Jesus (PL) ingressou, nesta terça-feira (18), com uma Ação Popular pedindo a suspensão imediata do Edital nº 01/2025, lançado pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB) em parceria com a Secretaria da Saúde (SESAB) e a Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI). O programa prevê custeio integral das despesas para que estudantes baianos cursem Medicina em Cuba.
O valor, repassado diretamente ao governo cubano, inclui mensalidades, hospedagem, alimentação, seguro, passagens aéreas e bolsa mensal por um período de até seis anos. Segundo informações apuradas pelo Bahia Notícias, o investimento total será de R$ 21.584.142,90 (R$ 21,5 milhões) para custear os estudos de 60 alunos baianos de baixa renda na Escola Latino-Americana de Medicina (Elam)
A iniciativa, anunciada pelo governo Jerônimo Rodrigues (PT), é classificada pelo parlamentar como ilegal, imoral e totalmente inconstitucional. No documento encaminhado ao Judiciário, Leandro sustenta que o Estado da Bahia criou “um programa milionário sem qualquer lastro legal, sem lei específica, sem previsão orçamentária e sem estudo de impacto financeiro”, o que violaria a Constituição, a Lei de Responsabilidade Fiscal e normas estaduais.
Segundo o deputado, o edital também apresenta critérios político-ideológicos, já que exige comprovação de engajamento em movimentos sociais e carta de recomendação assinada. Para ele, o modelo “fere a impessoalidade e cria uma seleção orientada por alinhamento político e não por mérito ou igualdade de oportunidades”.
A Ação Popular argumenta que o Acordo Básico Brasil (OEI), que baseia o Edital, trata de cooperação técnica e não autoriza o financiamento de cursos de graduação fora do país, configurando, segundo o parlamentar, “desvio de finalidade e violação do próprio objeto da parceria”.
Na peça, o deputado pede liminar para suspender imediatamente o edital, a portaria e qualquer execução ou repasse financeiro relacionado ao programa. Ele ainda requer a anulação definitiva da iniciativa e a responsabilização dos agentes públicos envolvidos por eventuais danos ao patrimônio público.
Para Leandro, o caso representa “um desvio inaceitável da finalidade do dinheiro público” e inaugura “um perigoso precedente de financiamento político travestido de programa educacional”, conclui o parlamentar.
O líder do governo na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Rosemberg Pinto (PT), negou que o grupo aliado do governador Jerônimo Rodrigues esteja vivendo um processo de debandada, ou abandono de aliados. A declaração, dada nesta terça-feira (18), ocorre após os deputados Nelson Leal (PP) e Cafu Barreto (PSD) declararam apoio formal a candidatura do ex-prefeito de Salvador, Antonio Carlos Magalhães (ACM) Neto, principal figura da oposição na Bahia.
“Eu acho que não [há debandada], porque há uma relativa satisfação na relação com o governo. Ainda hoje estiveram reunidos os deputados ligados aos partidos da base aliada. O PSB eu tenho conversado, tirado todas as dúvidas que possam ter, e não vi nenhuma insatisfação ao ponto de ser respondido com uma mudança de lado. Esses dois deputados já tinham suas manifestações feitas anteriormente. Eu vim acompanhando todos os dois e o governador também já sabia que havia essa perspectiva”, ressaltou.
O parlamentar destaca que não se surpreendeu com o posicionamento dos deputados. “Olha, na realidade, acho que o deputado Nelson volta ao seu espaço. Ele, na eleição passada, não apoiou o governador”, inicia. “Conversei com Cafu, e ele também tem toda a sua base formada na oposição e disse que se sentiria mais confortável para o seu projeto de reeleição no alinhamento com a base de oposição na sua região”, explica.
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Compreendendo o cenário, Rosemberg afirma que essas saídas “não altera o resultado do ponto de vista da pretensão da reeleição do governador”. O líder da base governista ainda defende que não há movimentação de debandada.
O petista destaca ainda que “se me pedissem opinião, eu ia dizer que eles estão errados, porque eles estão indo para uma candidatura, na minha opinião, derrotada. É esse o sentimento dos colegas da oposição aqui na casa, de que é uma candidatura com suas dificuldades”, completa.
O secretário de Comunicação Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Éden Valadares, afirmou que “recebeu sem surpresa alguma” o apoio declarado do deputado estadual Nelson Leal (PP) ao ex-prefeito de Salvador, Antonio Carlos Magalhães (ACM) Neto. O legislador baiano anunciou, nesta sexta-feira (7), o rompimento com o grupo político do governador Jerônimo Rodrigues (PT) para coordenar a campanha de ACM Neto na eleição estadual de 2026.
Em comentário sobre o ocorrido, o ex-presidente estadual do PT destacou o grande respeito pelo deputado, mas que não desconsiderava a aliança, visto que Nelson Leal e ACM Neto tem uma relação pessoal de longa data.
"Surpreendendo um total de zero pessoas. Eu gosto e tenho respeito pelo deputado Nelson Leal, sempre tivemos muito boa convivência. Mas essa notícia aí é ‘a volta dos que não foram’. Nelsinho já votou em ACM Neto em 2022 e, igual a 2022, vai perder novamente. Zero surpresa", concluiu.
Conforme destacado pelo anúncio de Leal, nesta sexta, o deputado, além de coordenar a campanha da oposição, o legislador disse que abriu mão de disputar a reeleição para se dedicar integralmente à candidatura de ACM Neto.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou nesta terça-feira (4) a operação policial que resultou na morte de 121 pessoas no Rio de Janeiro, classificando a ação como uma “matança” e “desastrosa”.
“O dado concreto é que, do ponto de vista da quantidade de mortes, a operação foi considerada um sucesso, mas do ponto de vista da ação do Estado, eu acho que ela foi desastrosa”, declarou o presidente durante entrevista em Belém (PA), onde cumpre agenda às vésperas da COP30.
Lula também afirmou que o governo federal pretende acompanhar as investigações sobre o caso. “Nós estamos tentando ver se os legistas da Polícia Federal participam da investigação. A decisão do juiz era uma ordem de prisão, não uma ordem de matança, e houve matança. Acho bom especificar em que condições ela se deu”, disse.
Antes da fala do presidente, o governo federal já havia se manifestado sobre o episódio, defendendo a necessidade de uma ação coordenada entre os estados e a União no combate ao narcotráfico e ao crime organizado.
O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), comentou sobre os resultados da “megaoperação” da Polícia do Rio de Janeiro contra a atuação do Comando Vermelho na capital fluminense. Em declaração dada nesta quarta-feira (29), o gestor estadual destacou a preparação para possíveis reações do crime organizado na Bahia.
“Na Bahia, nós nos preparamos para qualquer tipo de reação que pudesse acontecer aqui. O secretário Marcelo está acompanhando por minuto essa situação”, afirma. Ele afirmou ainda que o exemplo deixado pelo Rio de Janeiro, que, nesta ação, protagonizou a operação policial mais letal da história brasileira, deve pautar as revisões metodológicas das polícias em todo o país.
“Outra fotografia posta é que a forma como se deve tratar temas como este. Não deve ser com a força bruta desse formato, esse modelo é possível que não sirva. Nós temos que ter a unidade entre governo federal, governo do estado, para fortalecermos as forças estaduais”, destacou. O governador completa afirmando que, até o momento, a SSP-BA “dá conta” da demanda de gestão de segurança, sem necessitar de suporte nacional.
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“Não há previsão de nenhum pedido de reforço aqui na Bahia, nós damos conta do que nós estamos fazendo. A Secretaria de Segurança Pública está preparada com a inteligência, com a Polícia civil, com a Militar, para poder evitar que qualquer tipo de ação repercuta aqui”, completa.
Jerônimo comentou ainda sobre a identificação de sete suspeitos baianos entre os alvos da ação no Rio de Janeiro.
“O fato de termos baianos envolvidos, isso é a mobilidade deles. Eles mandam os representantes de um canto para outro e a ordem que eu dei ao Marcelo [Werner, secretário estadual de Segurança Pública] era poder acompanhar, porque a responsabilidade é da Polícia do Rio de Janeiro, mas podemos acompanhar para ver o que nós, enquanto Estado da Bahia, podemos ajudar nessa situação, ver esses sete que estão lá colocados como baianos, que tipo de atuação eles têm aqui, para a gente também botar inteligência para poder acompanhar”, destacou o governador.
O deputado estadual Júnior Muniz (PT) esteve presenta na cerimônia da abertura da Expo & Congresso Brasileiro de Mineração (EXPOSIBRAM) 2025, que ocorreu nesta segunda-feira (27), no Centro de Convenções de Salvador. Em entrevista ao Bahia Notícias, o parlamentar destacou a relevância da Bahia na gestão de recursos minerais, por meio da Companhia Baiana de Produção Mineral (CBPM).
“Através da CBPM, do meu amigo Henrique Carballal, a Bahia vai trazer expositores e mostrar o que a Bahia tem de bom. Hoje a Bahia é um dos estados mais ricos da nossa federação em minério, em pedras ornamentais, minério de ferro, esmeralda. E hoje, fazendo a abertura ao lado do governador Jerônimo, [a CBPM] demonstra a força do minério e da mineração baiana para o mundo”, avalia.
O deputado baiano comentou ainda sobre as negociações econômicas entre o presidente Lula e o governo americano de Donald Trump. Em entrevista, o petista destacou que “Lula é o mago. Completando 80 anos [nesta segunda-feira] e dando show para o Brasil, para o mundo, mostrando que ele é o cara mesmo. Como disse lá atrás o [ex-presidente dos EUA] Barack Obama, ‘Lula é o cara’. Essa conversa dele com o Trump demonstra que os Estados Unidos respeitam o Brasil, respeitam a nossa democracia, mas tinha que ter um presidente igual à Lula para mostrar e botar os Estados Unidos no lugar dele”, destacou.
O Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) manteve, a absolvição do ex-prefeito Orgeto Bastos (PP) e do atual prefeito de Pilão Arcado, Leosmir Gama (PT), em ação que investigava suposto abuso de poder político. A decisão, firmada em uma votação de 6 votos a 1, confirmou a sentença de primeira instância, que havia julgado improcedente a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) sob acusação de abuso de poder político.
A investigação, movida pela oposição, avaliou legalidade de contratações temporárias e nomeações feitas durante a gestão de Orgeto Bastos que, supostamente, teriam sido feitas com caráter eleitoral. O Tribunal reconheceu, no entanto, que as ações administrativas ocorreram dentro da legalidade, com base em necessidades administrativas e previsão em lei municipal.
O relator do caso, desembargador Moacyr Pitta Lima Filho, ressaltou que não houve aumento desproporcional no quadro de servidores nem uso da máquina pública para favorecer candidaturas, destacando que a administração pública tem o dever de garantir a continuidade dos serviços essenciais.
Com a decisão, o prefeito Leosmir Gama comemorou a decisão, destacando o compromisso da gestão com a legalidade e a boa administração. O advogado Tiago Ayres, responsável pela defesa dos representados, também celebrou o resultado: “O TRE confirmou aquilo que sempre defendemos: não se pode confundir gestão administrativa responsável com abuso de poder. O processo eleitoral deve ser pautado pela prova dos fatos, e não por suposições políticas”, afirmou.
O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou, por 11 votos a 7, o parecer do deputado Marcelo Freitas (União-MG) que recomendou o arquivamento do pedido de cassação do mandato do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O líder do PT, Lindbergh Farias (PT-RJ), anunciou que vai recorrer da decisão do Conselho.
O deputado Eduardo Bolsonaro ainda é alvo de outras três representações contra ele que também pedem a cassação do mandato. Essas representações ainda terão seu calendário de tramitação decidido pelo presidente do Conselho, Fábio Schiochet (União Brasil-CE).
A representação arquivada nesta quarta foi apresentada pelo líder do Partido dos Trabalhadores (PT), Lindbergh Farias (PT-RJ), que pediu a cassação do deputado Eduardo Bolsonaro por “ataques verbais a instituições democráticas, como o Supremo Tribunal Federal (STF), e por tentar influenciar autoridades estrangeiras a impor sanções contra o Brasil”.
Marcelo Freitas, relator escolhido para seguir com a ação contra Eduardo Bolsonaro, votou pelo arquivamento do processo. Freitas disse não ter enxergado quebra de decoro de Eduardo Bolsonaro.
O relator disse que “o ato de opinar, discordar ou denunciar, mesmo que em território estrangeiro, não constitui infração ética, mas exercício legítimo do mandato representativo, conforme reconhecem as democracias mais estáveis e maduras do mundo”.
Após a apresentação do parecer, na semana retrasada, o PT pediu o afastamento de Freitas do caso, mas o pedido foi indeferido pelo presidente do Conselho de Ética, Fábio Schiochet (União Brasil-CE). Em resposta, o líder do partido na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), recorreu contra a decisão.
Lindbergh pontuou que o relator não tinha atitude de imparcialidade, por possuir relação pública de amizade com Eduardo, além de ter mostrado “fidelidade irrestrita ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)”. Marcelo de Freitas negou que tenha tido relação de amizade com o deputado federal.
A reunião do Conselho de Ética contou com diversos pronunciamentos contra e a favor do deputado Eduardo Bolsonaro. Para deputados governistas e de esquerda, o deputado do PL estaria atuando de forma ilegal nos Estados Unidos e desde fevereiro exerce o mandato sem estar presente presencialmente na Câmara, além de ter tentado interferir no julgamento do pai dele, Jair Bolsonaro, no Supremo Tribunal Federal.
Já os parlamentares de direita seguiram os argumentos apresentados pelo relator, e afirmaram que Eduardo Bolsonaro em nenhum momento teria infringido a Constituição ou o Regimento Interno da Câmara, com palavras ou atos.
O presidente do Conselho de Ética, Fábio Schiochet, abriu ao deputado Eduardo Bolsonaro a possibilidade de fazer a própria defesa durante a reunião. O parlamentar, entretanto, não participou da reunião de forma online.
O Partido dos Trabalhadores (PT) não deve contar com o nome da infectologista, Ceuci Nunes, para às eleições de 2026. Isso porque, a médica, que foi candidata a deputada estadual pela sigla petista em 2022, revelou ao Bahia Notícias que não será candidata no próximo pleito, que vai eleger nomes para a Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Câmara dos Deputados, Senado Federal, e para o Governo da Bahia e presidência da República.
Atual presidente da Fundação Baiana de Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico, Fornecimento e Distribuição de Medicamentos (Bahiafarma), Ceuci apontou à reportagem que não almeja disputar um cargo nas urnas do próximo ano.
“Estou gostando muito do que estou fazendo. Minha prioridade agora é cumprir esses compromissos da BahiaFarma. Temos compromissos assinados com o Ministério da Saúde, com as universidades, com parceiros nacionais e internacionais que não quero interromper. Então assim, não está na minha perspectiva essa questão de candidatura neste momento”, afirmou.
Mesmo contabilizando 36.992 votos, com maioria em Salvador e Amargosa, a dirigente da BahiaFarma, descartou colocar seu nome na disputa em uma candidatura e indicou que não tem o desejo de participar do processo eleitoral.
“Não tenho pensado [em eleições], meu desejo agora é concretizar todos esses projetos que eu e minha equipe nos dedicamos muito, e botar a BahiaFarma para fazer medicamento para o SUS. O meu principal desejo agora é exatamente este", garantiu.
A médica ainda avaliou seus dois anos de gestão à frente da farmacêutica e laboratório público do estado. “Acho que se a BahiaFarma produzir os medicamentos para vender para o SUS e funcionar totalmente, eu sei que realizei o meu sonho. Tem sido uma construção coletiva, claro que estou na liderança, mas temos uma equipe muito capacitada e que realmente veste a camisa da e todos apaixonados pelo SUS”, concluiu.
COTADA PARA VICE
No ano passado, durante os debates para a composição da chapa de oposição ao prefeito de Salvador, Bruno Reis (União), o nome de Ceuci surgiu para ocupar a candidatura de vice-prefeita, do grupo composto por Geraldo Jr. (MDB). No entanto, Nunes, vinculada ao grupo petista, não cedeu à pressão e recusou o convite para ser vice na chapa encabeçada por Geraldo Jr. (MDB).
Segundo informações apuradas pela reportagem, nos bastidores a médica teria dito a amigos que sofreu pressão do senador Jaques Wagner (PT) e do deputado federal Jorge Solla (PT) para aceitar a vaga, mas recuou e não quis aceitar a missão.
Com isso, o nome da secretária de Assistência e Desenvolvimento Social (Seades), Fabya Reis (PT), foi escolhido para ser candidata a vice. Após não aceitar o convite, ela divulgou uma nota de agradecimento ao governador Jerônimo Rodrigues (PT) e aos partidos que compõem o grupo, aproveitando para reforçar que a escolha do nome de Fabya Reis foi um acerto, exaltando outras grandes mulheres que também estavam na lista.
Ceuci disse na época que não seguiu no projeto após avaliar todos os compromissos profissionais já assumidos, tanto na função de médica, como na de professora de medicina e trabalhos de assistência à população.
A médica, é uma das mais renomadas e obteve o trabalho reconhecido durante o período mais agudo da pandemia da Covid-19, quando comandava o Instituto Couto Maia, um dos hospitais mais modernos, especializado em doenças infectocontagiosas do Brasil. Ela também era coordenadora nacional do movimento “Médicas e Médicos pela Democracia”.
Ela também foi um dos nomes cotados para assumir a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) no governo Jerônimo Rodrigues (PT). Todavia, a vaga ficou com Roberta Santana.
O atual secretário de Comunicação do Partido dos Trabalhadores (PT), Éden Valadares, citou que as manifestações de 21 de setembro, contra a PEC da Blindagem, em todo país representam uma mudança nas mobilizações organizadas por partidos de esquerda no Brasil. Em entrevista ao Bahia Notícias no Ar, na Antena 1 (100.1 FM), nesta terça-feira (21), o ex-presidente do PT na Bahia afirma que apesar que o protesto foi organizado por partidos e entidades políticas, mas ganhou um caráter “apartidário”.
??Éden Valadares destaca mudanças na mobilização da esquerda: “Precisa ter política, mas pode mesclar”
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) October 21, 2025
?? Confira: pic.twitter.com/3PsL8lg3Ge
“Aqueles atos foram organizados por partidos políticos, aquilo não nasce do chão. Mas, vou dar um exemplo, tradicionalmente onde o PT, PCdoB, PSOL e a esquerda na Bahia se mobiliza? Do Campo Grande até a Praça Castro Alves. Naquele dia a gente botou no Cristo da Barra até o Farol da Barra”, relembra.
Sobre o local, o secretário explica que a mudança permite uma maior visibilidade e conforto para a participação popular. “É um outro ambiente, onde você pode levar a família, já é de dia, não era dia de semana, não atrapalha o trânsito da cidade e já quebra um pouquinho do paradigma tradicional da esquerda. Eu vi muitas famílias aquele dia e já ajudou [a mobilizar]”, completa.
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Éden destaca ainda a participação da categoria artística e cultural, que teve participação nas mobilizações de todo país. “Quebrou [o paradigma] com os artistas e a mobilização cultural. Precisa ser comício, gente? Com 250 falas seguidas, vou chamar assim, de novo? Não é que são chatas, são importantes, precisa ter política, precisa ter opinião, mas pode mesclar?”, defende.
“Você tem razão quando diz que o PT precisa se modernizar, se atualizar, se renovar nesse sentido. Também, nas ruas e nas redes, não é que você precisa tirar a política para mobilizar, não precisa ser tanto ao mar, nem tanto à terra”, explica o petista. Ao final, o entrevistado define que “obviamente as formas ajudaram, mas o conteúdo foi fundamental”.
O Ministério Público da Bahia (MP-BA), através da 1ª Promotoria de Justiça do Meio Ambiente, Habitação e Urbanismo de Salvador, emitiu uma recomendação oficial e urgente aos deputados estaduais da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), para que não subscrevam ou aprovem uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que altera o artigo 64 da Constituição Estadual.
O documento faz um apelo específico ao autor da proposta, deputado Rosemberg Pinto (PT), e classifica a proposta como manifestamente inconstitucional e uma afronta direta à autonomia municipal e ao pacto federativo.
De acordo com o MP-BA, a PEC em questão representa um "grave retrocesso" ao restringir a gestão democrática das cidades. A alteração proposta tornaria a participação popular obrigatória apenas na elaboração e revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU), tornando-a facultativa para projetos de lei que modifiquem as normas do Ordenamento do Uso e da Ocupação do Solo (LOUOS). Para a promotoria, isso esvaziaria um direito já assegurado, gerando "grave insegurança jurídica e institucional".
A promotoria argumenta que a justificativa apresentada para a PEC, a de evitar o "engessamento dos trabalhos legislativos", parte de uma premissa equivocada. Além disso, o MP-BA contesta que as leis de uso do solo, que definem o destino do território urbano e direitos coletivos à cidade, possam ser equiparadas a projetos de lei de interesse meramente específico, destacando sua "natureza estruturante e de alto impacto social".
O documento do MP sustenta que as normas de uso e ocupação do solo são tecnicamente indissociáveis das diretrizes do Plano Diretor, pois são os mecanismos que operacionalizam o planejamento urbano. "Portanto, esvaziar a participação popular na regulamentação de tais instrumentos contradiz a própria exigência de participação na elaboração do plano macro", afirma o texto. A promotoria também invoca o "princípio da proibição do retrocesso", alegando que a proposta suprime um direito de participação democrática já consolidado, enfraquecendo o controle social e a transparência.
A recomendação também aponta vício de inconstitucionalidade material, argumentando que a proposta ofende o pacto federativo e a autonomia municipal ao legislar de forma restritiva sobre uma competência que caberia aos municípios definirem em suas Leis Orgânicas. Além disso, alerta que a alteração esvaziaria o fundamento jurídico de diversas Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADINs) movidas contra leis urbanísticas aprovadas sem participação popular, o que geraria "grave insegurança jurídica".
Por fim, o MP-BA recomenda formalmente a todos os deputados que rejeitem a PEC e, de maneira específica, ao deputado Rosemberg Pinto, que promova o arquivamento da proposta. Foi estabelecido um prazo de 10 dias para que os parlamentares analisem a recomendação e se manifestem sobre a adoção das medidas solicitadas.
O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), deferiu parcialmente, na quinta-feira (16), um pedido de liminar para suspender os efeitos do artigo 103 da Lei de Ordenamento do Uso e Ocupação do Solo (LOUOS) de Salvador, que dispensava a exigência de estudo de sombreamento para determinados empreendimentos na faixa litorânea da cidade. A decisão foi assinada pelo desembargador José Cícero Landim Neto.
A controvérsia gira em torno de um debate envolvendo a preservação ambiental, o desenvolvimento urbano e a legalidade de leis municipais chegou ao TJ-BA, através de partidos políticos que questionaram a constitucionalidade de dispositivos legais de Salvador que dispensavam a realização de estudos de sombreamento para edificações na orla da cidade.
A Ação Direta de Inconstitucionalidade foi movida pelas legendas PSOL, PT, PSB e PCdoB. Os partidos argumentavam que o artigo 103 da Lei Municipal n.º 9.148/2016 e o artigo 275, IV da Lei Municipal n.º 9.069/2016 criavam uma exceção perigosa ao permitir que empreendimentos na Borda Atlântica fossem licenciados sem a apresentação de estudos que avaliassem o impacto do sombreamento sobre as faixas de areia das praias.
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Segundo a argumentação dos autores, a dispensa do estudo de sombreamento representava uma autorização para que edificações projetassem sombras sobre as praias em qualquer horário, afetando o conforto ambiental, a paisagem urbana e o uso público desses espaços. Eles sustentavam que a norma municipal colidia com preceitos constitucionais estaduais, particularmente com o artigo 214, IV da Constituição da Bahia, que exige estudo prévio de impacto ambiental para obras potencialmente causadoras de significativa degradação do meio ambiente.
"Nestes oito anos, a exceção, conforme sinalizado pelo Relator, foi pouco usada e passou despercebida pela sociedade civil, tendo repercutido após denúncias recentes, após o sombreamento da Praia das Divas e a possibilidade de sombreamento permanente da Praia do Buracão. Ademais, tal antinomia deveria ser avaliada como inválida pelo próprio Município, que não deveria considerar a dispensa de estudo de sombra como algo a ser considerado, principalmente porque se estabelece que o estudo de sombra/solar é justamente o parâmetro que limita a altura das edificações que possam provocar sombra nas faixas de areia das praias de Salvador", afirmam os autores na ação.
O município de Salvador, na defesa, afirmou que as normas estão em vigor desde 2016 e só foram questionadas oito anos após sua edição, o que demonstraria ausência de urgência para concessão de medida liminar. A prefeitura destacou que a dispensa não era irrestrita, mas sim condicionada a critérios técnicos e à aprovação por órgão competente, com base em estudos elaborados pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas. A administração municipal sustentou ainda que atuou dentro de sua competência constitucional suplementar para legislar sobre ordenamento urbano.
"Outra inverdade reiterada no agravo interno é que as normas impugnadas teriam sido aprovadas sem embasamento técnico. Essa alegação já foi amplamente rebatida tanto nas informações prestadas pelo Município quanto na própria decisão monocrática. O Município de Salvador contratou a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE, respeitada entidade de renome nacional, para elaboração de estudos técnicos no âmbito da revisão da LOUOS e do PDDU. Estes estudos subsidiaram a construção das normas com base em critérios urbanísticos, ambientais e sociais", pontua a defesa do município.
DECISÃO JUDICIAL
O desembargador José Cícero Landin Neto, relator do caso, reconsiderou a decisão que havia negado o pedido liminar e concedeu parcialmente o pleito. O magistrado reconheceu a urgência do caso diante da existência de empreendimentos potencialmente contemplados pelos dispositivos em discussão e da relevância do direito ao meio ambiente saudável.
Quanto ao mérito, o relator entendeu que o artigo 103 da Lei 9.148/2016, ao dispensar o estudo de sombreamento, não está alinhada com as disposições constitucionais estaduais. A decisão destacou que a própria legislação municipal reconhece o sombreamento das praias como interferência negativa na paisagem urbana e no conforto ambiental, e que a dispensa de estudo de impacto ambiental para obras que podem causar degradação significativa viola expressa disposição constitucional.
"Com base em tais prismas, e em análise não exauriente da matéria, nota-se que o artigo 103 da Lei Municipal n. 9.148/2016 de Salvador, ao dispensar o estudo de sombreamento, encontra-se em desalinho com as disposições constitucionais do estado, em especial o artigo 214, IV, da Constituição Estadual, haja vista que autoriza a realização de empreendimentos com impacto ao meio ambiente sem prévio estudo técnico", destacou o desembargador.
Em relação ao artigo 275, IV da Lei 9.069/2016, que estabelece diretrizes para controle de altura das edificações visando ao controle do sombreamento da praia no período das 9h às 15h, o relator manteve a eficácia da norma. A decisão ponderou que a suspensão deste dispositivo poderia criar situação de ausência absoluta de proteção, requerendo maior aprofundamento na análise de sua suposta inconstitucionalidade.
A decisão liminar foi modulada em seus efeitos, incidindo apenas sobre obras e empreendimentos que ainda não foram concluídos, em observância à segurança jurídica. O processo segue para manifestação da Procuradoria-Geral do Estado e posterior análise definitiva do mérito pela corte judicial.
O Partido dos Trabalhadores (PT) condenou, em nota divulgada nesta quinta-feira (16), a declaração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que confirmou ter autorizado operações secretas da CIA, a Agência Central de Inteligência americana, na Venezuela.
De acordo com o partido, as falas do líder norte-americano afrontam a soberania de Caracas e violam o direito internacional. “É uma iniciativa inaceitável e deplorável”, afirmou a legenda.
O PT também mencionou o envio de navios de guerra dos EUA para a costa venezuelana nos últimos meses.
“Soma-se a isso o cerco militar praticado contra o povo venezuelano, com execuções sumárias de civis por forças norte-americanas. Trata-se de uma prática inadmissível, sem base legal e sem qualquer processo investigativo”, destacou o comunicado.
Ainda segundo o partido, a CIA possui um “longo histórico de patrocínio e articulação de ações ilegais e desestabilizadoras em países da América do Sul, voltadas à mudança de regimes considerados hostis por Washington”.
LEIA NA ÍNTEGRA:
“As declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em que autoriza operações secretas da CIA no território da Venezuela, são uma afronta à soberania do país sul-americano e uma violação do Direito Internacional. É uma iniciativa inaceitável e deplorável.
Soma-se a isso o cerco militar que vem sendo praticado contra o povo venezuelano, com execuções sumárias de vidas humanas por forças militares norte-americanas. Trata-se de uma prática inadmissível, sem base legal e sem qualquer processo investigativo.
A Agência Central de Inteligência (CIA) dos EUA tem um longo histórico de patrocínio e articulação de ações ilegais e desestabilizadoras em países da América do Sul, voltadas à mudança de regimes considerados hostis por Washington. Essas ações antidemocráticas deixaram marcas de ingerência, ilegalidades, golpes, repressão e ditaduras sangrentas no subcontinente. Em pleno século XXI, não podemos aceitar a repetição de práticas de um período opressor e sombrio. Não podemos aceitar mais um ataque à soberania na América Latina.
O Partido dos Trabalhadores condena com veemência mais um ataque dos EUA à soberania da Venezuela. Somos defensores do Direito Internacional e dos princípios da não ingerência e da autodeterminação dos povos em qualquer parte do mundo.”
O presidente Lula (PT) disse a aliados que pretende indicar Jorge Messias, atual titular da AGU (Advocacia-Geral da União) para ocupar a vaga deixada por Luís Roberto Barroso no STF (Supremo Tribunal Federal). A informação foi divulgada pela Folha de S. Paulo, com informações de interlocutores do presidente.
A apresentação do pedido de aposentadoria do ministro Barroso foi assinada e publicado no Diário Oficial ainda nesta quarta-feira (15) e a forte pressão por outro nome que não o de Messias podem precipitar a decisão. Lula diz a interlocutores que Messias está maduro para a função.
Messias conquistou o reconhecimento de Lula ao longo do governo. No papel de coordenador jurídico da transição, atuou na redação de decretos de reestruturação da Esplanada, incluindo a definição do orçamento para 2023.
O deputado estadual e líder da bancada petista na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Rosemberg Pinto (PT), foi um dos apoiadores da proposta de criação da Secretaria Extraordinária do Sistema Viário Oeste – Ponte Salvador-Itaparica, a Seponte. O texto enviado pelo Executivo foi aprovado pela maioria na sessão legislativa desta terça (14).
Segundo o texto do PL aponta que a pasta será responsável por acompanhar as obras e a execução orçamentária do maior investimento em infraestrutura da história do estado. Em sua fala, Rosemberg reitera a importância da secretaria: “É necessário sim a criação de uma secretaria capaz de gerenciar esse empreendimento”, diz.
“A oposição tem legitimidade para fazer qualquer questionamento, mas não tem nenhum tipo de adversidade uma secretaria como essa, uma vez que é necessário a gestão do dinheiro público”, delimita.
Em resposta ao posicionamento do colega, o deputado estadual Samuel Jr (Republicanos), que criticou a criação da pasta sob a reflexão de que o Governo do Estado estaria esvaziando a Secretaria de Infraestrutura para desidratar e desgastar o PSD, partido aliado, nas eleições no próximo ano.
“A Secretaria de Infraestrutura tem sobre a sua gestão a área de energia, ela tem sobre a sua gestão a área de pavimentação. Não está sendo tirado absolutamente nada da Secretaria de Infraestrutura. Estamos criando outra secretaria para uma outra atividade, que tem a ver com infraestrutura, mas tem a ver com outras estruturas”, explica.
E completa: “Se fosse assim iriamos acabar com a Secretaria de Trabalho, Emprego e Renda (Setre) nós iríamos acabar com a Sudesb (Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia), quando nós criamos e não acabou”, exemplificou. “Então, a Secretaria de Infraestrutura, com a Secretaria da Ponte, são duas secretarias importantes para o desenvolvimento da estrutura do Estado da Bahia”, concluiu.
O deputado estadual Alex da Piatã (PSD) sinalizou como improvável um rompimento entre o Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido Social Democrático (PSD), em meio às negociações para a composição da chapa majoritária nas eleições de 2026. Em entrevista ao Projeto Prisma, nesta segunda-feira (13), o legislador baiano destaca que o projeto para as candidaturas ao senado, envolvendo o senador Angelo Coronel, o ministro Rui Costa e o senador Jaques Wagner, continua incerto, mas a relação entre as siglas permanece.
“Tudo isso está delegado à confiança do nosso líder, o presidente estadual do PSD, o deputado Otto Alencar. Todos confiam muito no senador e a sua história o credencia”. Ao denominar Otto como o principal resolutor da questão, Alex da Piatã relembra que em 2022, o senador foi eleito com 3,6 milhões de votos válidos: “E ele tem dito que tudo tem sua hora e a hora certa é em março do ano que vem”, destaca o deputado.
Sobre a possibilidade de que o senador Angelo Coronel migrasse para a oposição, para compôr a base do então pré-candidato ao governo do estado, ACM Neto (União), Alex nega: “Eu não acredito nisso, porque é o seguinte, a relação hoje de Wagner, Otto, Jerônimo, Rui, PT e PSD, na Bahia, tá muito boa. É uma relação muito boa, que tem dado certo e tem sido um sucesso para o estão, no sentido político-eleitoral inclusive”.
O parlamentar relembra o cenário eleitoral de 2022, onde a candidatura de oposição, centralizada na figura de ACM Neto, era considerada favorita e, com o apoio do PSD o Partido dos Trabalhadores garantiu a eleição do governador Jerônimo Rodrigues.
“Onde um dos principais partidos da nossa base tomou essa decisão e saiu, o PSD manteve junto [ao PT], foi para cima e nós conseguimos ganhar a eleição e, por pouco, não conseguimos no primeiro turno”, afirma. “Então essa relação tem sido muito bem mantida”, sinaliza.
“Eu sempre digo que a eleição tem duas formas de você perder: ou achar que está ganha ou achar que está perdida. Nunca acho que tem eleição perdida, eleição é eleição”, ressalta. “Então, eu acho que líderes do quilate de Wagner, Otto, Jerônimo e de Rui, não vão jamais cometer a besteira de deixar que esse projeto se desmanche”, conclui.
Confira o trecho:
O secretário de Assuntos Federativos da Secretaria de Relações Institucionais do governo federal (SRI), Júlio Pinheiro, cravou que será candidato a uma vaga na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) nas eleições de 2026. Em entrevista ao Bahia Notícias, ele indicou que a movimentação conta com uma parceria com o deputado federal, Jorge Solla (PT), fazendo uma “dobradinha" com o parlamentar.
Ao BN, Pinheiro afirmou que sua colocação como candidato à AL-BA faz parte do processo de renovação do PT, trazendo “oxigênio” para o partido. Além disso, o petista exaltou seu diálogo com os prefeitos desde que assumiu os Assuntos Federativos da SRI.

Foto: Alana Dias / Bahia Notícias
“Veja, o PT tem impulsionado uma política de renovação interna muito forte, né? E o meu nome tá colocado pelo partido para disputar uma vaga para a Assembleia Legislativa. Hoje na Secretaria de Assuntos Federativos são os 27 estados da Federação, os 5.570 municípios que a gente dialoga com prefeitos, vereadores, deputados do Brasil inteiro, deputados estaduais do Brasil inteiro”, explicou.
“O meu nome está colocado, sim, pelo partido, pelas figuras políticas do partido para o ano que vem disputar uma vaga como deputado estadual e ajudar nesse processo de renovação, né? Trazer novas ideias e eu acho que o oxigênio da política é a renovação e não falo nem de idade, eu falo de novas ideias, de uma nova agenda, de defender novas bandeiras”, completou Pinheiro.
Sobre alianças para a sua candidatura no próximo ano, o secretário foi questionado sobre uma possível dobradinha com o chefe de gabinete do senador Jaques Wagner (PT), o pré-candidato a deputado federal, Lucas Reis. Todavia, Pinheiro indicou que a parceria irá ocorrer com Jorge Solla.
“A grande maioria [das alianças] é com petistas, mas tem outras também, outras dobradas com outros deputados. A principal dobrada é com Solla, mas tem muita coisa com o Lucas [Reis] também”, declarou Pinheiro.
O petista chegou para o cargo na SRI em junho deste ano, sendo responsável pela articulação política entre municípios e o governo federal. Antes disso, ele foi prefeito do município de Amargosa por dois mandatos (2017-2021 e 2021 a 2025) e elegeu seu sucessor, Getúlio Sampaio.
Pinheiro é considerado um dos novos quadros em ascensão no PT, sendo ligado a duas das principais lideranças da Bahia, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e o senador Jaques Wagner.
PONTE SALVADOR-ITAPARICA
Ainda em entrevista ao Bahia Notícias, Pinheiro, afirmou que a Ponte Salvador-Itaparica é uma realidade e que o Governo Federal tem atuado para garantir a execução da obra com agilidade. Na conversa, o secretário declarou que a inclusão do projeto entre as prioridades do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) reforça o compromisso da União com o desenvolvimento da infraestrutura baiana.
“A ponte é uma realidade. Esse novo formato, com o contrato reequilibrado entre o governo do estado e a empresa chinesa, vai possibilitar o início das obras. Quando o Governo Federal coloca o projeto como prioridade no PPI, isso facilita o financiamento e a liberação de recursos, porque flexibiliza e desburocratiza o processo, garantindo mais celeridade na execução”, afirmou.
Júlio destacou ainda que o empreendimento deve contar com apoio de instituições financeiras como o BNDES e o banco do BRICS, o que deve assegurar o andamento das obras. Ele ressaltou a importância da ponte para o desenvolvimento logístico e econômico de diversas regiões da Bahia.
“É uma obra que vai ser muito importante para Salvador, para o Recôncavo, o Baixo Sul e o Vale do Jiquiriçá. Salvador hoje tem uma única entrada, a BR-324, que é um caos pela grande demanda. A ponte vai possibilitar uma nova via, com um sistema viário interligando Santo Antônio de Jesus e Castro Alves até a BR-116, o que vai dinamizar muito a nossa economia”, explicou.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou, nesta terça-feira (7), que a proposta de tarifa zero no transporte público brasileiro deve integrar a campanha de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2026. Em entrevista à Record, o ministro afirmou que um estudo técnico sobre a viabilidade da medida está em andamento por determinação de Lula.
"Nós estamos fazendo nesse momento uma radiografia do setor a pedido do presidente Lula. Ele sabe que esse tema é importante para os trabalhadores, para o meio ambiente e para a mobilidade urbana", disse Haddad.
Mais tarde, no ao programa Bom Dia, Ministro, do CanalGov, Haddad destacou que o governo quer levantar alternativas para melhorar o transporte urbano. "Tem vários estudos que estão sendo recuperados pela Fazenda para verificar se existem outras formas mais adequadas de financiar o setor, mas estamos neste momento fazendo uma grande radiografia", disse.
"Quanto custa o setor, quanto o poder público está colocando de subsídio no setor, quanto as empresas mediante vale-transporte estão aportando para o setor, quanto está saindo do bolso do trabalhador, quais os gargalos tecnológicos, quais as oportunidades tecnológicas. Estamos fazendo um mapeamento. Vamos perseverar nesses estudos para apresentar uma radiografia do setor e verificarmos quais as possibilidades de melhorar isso que tem um apelo social muito forte”, completa.
Depois de ter anunciado sua aposentadoria como intérprete nos desfiles de carnaval da escola Beija-Flor de Nilópolis, Neguinho da Beija-Flor, de 75 anos, pode enveredar pela carreira política em 2026. O vice-presidente nacional do PT, Washington Quaquá, está conduzindo uma articulação para convencer o veterano intérprete a se candidatar ao Senado no Rio de Janeiro pelo partido do presidente Lula.
A ideia do vice-presidente do PT é transformar Neguinho da Beija-Flor no grande nome da esquerda para enfrentar o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que lidera todas as pesquisas para ser reeleito em 2026. O PT do Rio de Janeiro já discute a possibilidade de incluir o nome do sambista em pesquisas de intenção de voto para testar sua viabilidade eleitoral.
Washington Quaquá declarou em suas redes sociais que a candidatura do mais famoso intérprete do carnaval carioca contaria com apoio expressivo dentro do partido. A movimentação de Quaquá, entretanto, pode atrapalhar os planos do PT de apostar na candidatura da deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ), que também vem aparecendo bem colocada nas últimas pesquisas.
“Para tirar Flávio Bolsonaro do Senado, Neguinho da Beija-Flor é candidato. Um cara do povo, com raiz na Baixada, que entende o Rio. Um candidato para unir”, declarou Quaquá em suas redes sociais em foto ao lado do sambista.
O vice-presidente do PT destaca que Neguinho da Beija-Flor representa “um símbolo de identidade e resistência cultural da Baixada Fluminense”. O dirigente afirma que a trajetória do intérprete, que ganhou diversos títulos com a sua escola, é marcada pela ligação com Nilópolis e com a Baixa Fluminense.
“Sua popularidade e reconhecimento como voz do povo dão a ele uma base social significativa, capaz de mobilizar apoios e unir diferentes setores em torno de sua candidatura”, diz Quaquá.
Apesar da intenção do grupo de petistas do Rio de Janeiro de contar com Neguinho da Beija-Flor no partido, será preciso primeiro convencer o sambista a deixar a sigla inimiga. Segundo o colunista Ancelmo Góis, do jornal O Globo, Neguinho é filiado, desde 2013, ao PL, partido que hoje representa o bolsonarismo. Na certidão de filiação de Neguinho, a situação dele consta como “regular” na legenda do ex-presidente.
O cenário de Conquista parece diferente a partir desta terça-feira (30), quando, em um vídeo, o presidente da Câmara de Vereadores de Vitória da Conquista, Ivan Cordeiro (PL), aparece em um momento amistoso com o governador Jerônimo Rodrigues (PT). O registro ocorre após rumores de aproximação de Cordeiro com o governo do estado.
Vale lembrar que o líder do legislativo havia descartado publicamente qualquer alinhamento com o governo petista em 2026. E chama atenção a posição do presidente da Câmara aliado ferrenho do ex-ministro João Roma (PL).
Uma liderança da cidade afirmou ao Bahia Notícias (BN) que o governador deve receber um 'título de cidadão Conquistense por volta do dia 10 de novembro'. Na gravação, ocorre após a exibição de um diálogo amistoso entre Cordeiro e o governador, sugerindo uma abertura política que o vereador havia negado.
"Que alegria receber aqui no gabinete esses vereadores, nós tratamos aqui de temas estratégicos importantes para o desenvolvimento de [Vitória da Conquista]. Quero garantir a vocês que a gente não vai abrir mão de poder continuar zelando com investimento na área de pavimentação, de água, de saúde, de segurança, foi a pauta que tratamos aqui", celebra o governador.
Confira:
??VÍDEO: Presidente da Câmara de Conquista aparece em diálogo amistoso com o governador Jerônimo Rodrigues
— BN Municípios (@BNMunicipios) September 30, 2025
????Saiba mais: https://t.co/QYFOYtGeRm
??????? Confira: pic.twitter.com/Dn4z5EDziY
RELAÇÕES PRÉ-ELEIÇÃO
O momento parece ter ocorrido por acaso, já que Cordeiro participava de uma reunião com a Secretaria de Relações Institucionais do Estado da Bahia (SERIN-BA), com a presença do secretário Adolpho Loyola e outras figuras de Conquista.
Nas últimas semanas, Cordeiro foi categórico ao afirmar que não estaria com o atual governo nas eleições de 2026, defendendo a construção de uma "terceira via" na Bahia.
A aproximação com Jerônimo Rodrigues chama atenção pelo fato de o grupo político da prefeita Sheila Lemos (União), do qual Ivan Cordeiro é aliado declarado ao nível municipal, ser parte da oposição estadual liderada por ACM Neto, cujo principal objetivo é derrotar o grupo do PT em 2026.
Militante histórico do PT, influente em movimentos sociais e algumas regiões do estado, o conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) Paulo Rangel deixou a Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) em março de 2024, deixando sua cadeira para atual secretária Estadual de Políticas para Mulheres (SPM), Neusa Cadore. Contudo, apesar de encontrar uma “herdeira” direta para sua vaga no legislativo estadual, seu espólio eleitoral não teve o mesmo destino, deixando os votos de 23 anos de atividades parlamentar espalhados entre aliados.
Conforme relatos ao Bahia Notícias de deputados próximos ao conselheiro, a base eleitoral de Paulo Rangel deve ser distribuída entre os parlamentares do PT e com pares de “outras legendas”. Vale lembrar que, nas eleições de 2022, o ex-deputado registrou 49.639 votos.
“Ele se relacionava tanto com deputados do PT quanto de fora. Esses votos vão ser difundidos”, relatou uma das fontes da reportagem.
“Paulo circulava muito por aqui, difícil dizer se tem um herdeiro nesse sentido”, contou um parlamentar.
Natural de Paulo Afonso, Rangel foi presidente do PT no município e tem sua cidade natal como um dos seus principais redutos eleitorais. Todavia, consultando seus votos por município, foi notado que o ex-deputado expandia sua votação também em regiões próximas, como o Sertão do Francisco, e se alongava até a cidades da Chapada Diamantina.
Um exemplo é que os municípios com as maiores distribuições de votos para Rangel foram Paulo Afonso (Itaparica), Glória (Itaparica), Souto Soares (Chapada Diamantina), Boninal (Chapada Diamantina), Campo Alegre de Lourdes (Sertão do São Francisco), Juazeiro (Sertão do São Francisco), Remanso (Sertão do São Francisco) e Itiúba (Sisal).
Além da ligação com as regiões da Chapada e do norte baiano, Rangel também tinha influência dentro de movimentos sindicais, onde atuou por décadas. O ex-deputado já foi secretário-geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), presidente do Sindicato dos Eletricitários da Bahia e diretor da Federação Nacional dos Urbanitários.
O POSSÍVEL “HERDEIRO”
A apuração da reportagem com pessoas ligadas ao norte baiano apontaram que há uma “expansão política” do ex-prefeito de Sento Sé, Juvenilson Passos (PT). Nos bastidores já se circula a informação de que o ex-gestor é pré-candidato a deputado estadual para as eleições de 2026.
Um dos apoios públicos recebidos por Juvenilson foi do deputado federal, Diego Coronel (PSD), que foi o terceiro candidato mais bem votado da Bahia nas eleições de 2022, com mais de 170 mil votos.

Foto: Reprodução / Instagram
Além disso, o ex-prefeito tem participado de agendas do governador Jerônimo Rodrigues (PT) pelo interior, se expandindo, inclusive, para Juazeiro, a maior cidade na região norte do estado. Contudo, apesar da movimentação, o crescimento do ex-gestor não foi atribuído diretamente à “herança” de Paulo Rangel pelos aliados do governador na AL-BA.
Juvenilson estava inelegível até 2030 por conta da rejeição de suas contas, de quando foi prefeito, pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Conforme publicação do Off News, ao longo de sua administração (2001-2008), o petista acumulou oito contas desaprovadas, conforme registrado no Acórdão nº 17.246/2021 do TCU – 1ª Câmara.
Todavia, conforme a assessoria de Juvenilson, no final de julho, o TCU decidiu, por unanimidade, anular a condenação imposta ao ex-prefeito de Sento Sé. Com a decisão, o tribunal determinou o arquivamento definitivo da Tomada de Contas Especial, possibilitando que Juvenilson dispute as eleições de 2026.
RANGEL NO TCM
Em março de 2024, o então deputado estadual Paulo Rangel foi eleito conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios atingindo 36 votos, contra 22 do seu opositor, o ex-deputado estadual Marcelo Nilo (Republicanos).
A apreciação ocorreu no plenário da Casa, após sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa.
A ausência na votação ficou por conta da bancada do PCdoB, que possui quatro parlamentares: Bobô, Olívia Santana, Zó e Fabrício Falcão. O grupo preferiu se ausentar da votação por conta do impedimento de Falcão em disputar a vaga.
O comunista se colocava como o candidato do governo, mas acabou escanteado por uma movimentação da base que preferiu o petista. Falcão retirou sua candidatura após ficar sem conseguir coletar assinaturas suficientes para realizar a sua inscrição e concorrer a vaga de conselheiro no TCM-BA.
Na época, sem um quadro do partido no pleito, o PCdoB emitiu uma nota e chamou o episódio de "lamentável desrespeito".
Durante a inauguração do Centro de Excelência em Zootecnia em Feira de Santana, nesta sexta-feira (26), uma interação inusitada entre o governador Jerônimo e o prefeito Zé Ronaldo chamou a atenção. O feirense Dilsinho Rei Momo, ex-assessor parlamentar do prefeito, abraçou os dois líderes e fez um pedido público.
“Grava o vídeo aí, grava o vídeo. Vamos fazer logo esse casamento aqui, Jerônimo governador e Zé Ronaldo vice-governador. Aí é primeiro turno na cabeça”, disse Dilsinho.
Veja vídeo:
Diante da provocação, o governador e o prefeito não se manifestaram objetivamente, limitando-se a sorrir. O episódio, que viralizou nas redes sociais, é visto por setores da oposição em Feira de Santana como um indicativo do desejo local pela formação de uma chapa com os dois políticos nas eleições de 2026. No cenário eleitoral da cidade, considerada um tradicional termômetro político na Bahia, avalia-se que essa composição seria viável e competitiva.
As informações são do Acorda Cidade, parceiro do Bahia Notícias.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), disse, nesta quarta-feira (24), que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não precisa de "diplomacia de ninguém", em especial de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL). Segundo o ministro, o ex-presidente só falava com outros chefes de Estado de forma vergonhosa, dando ênfase nas vezes em que se referenciava e se declarava ao presidente Donald Trump (Republicanos).
No começo da audiência, Haddad respondeu ao deputado Evair Melo (PP-ES) que começou sua fala na audiência pública pedindo que o ministro "implore" para que Lula fique mais tempo nos Estados Unidos para conversar presencialmente com Trump.
“Não há nada mais importante. Faça esse apelo ao Lula. Ele pode até ficar com a Janja, não há problema nenhum. Vamos dar 5 dias de folga a ele. Mas que ele fique lá e possa aceitar o convite presidencial do presidente Trump”, disse o parlamentar.
O ministro respondeu ao parlamentar de forma incisiva.
“O Lula não está precisando de lição de diplomacia de ninguém. Se aconteceu alguma coisa durante o discurso dele na abertura da 80ª Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), da qual o senhor deveria se envergonhar em relação ao governo anterior, é a forma como o Lula é tratado no mundo inteiro por todos os chefes de Estado. O senhor tem um presidente que fala com quem quiser na hora que quiser, seja o presidente da China, da Rússia, da França ou seus primeiros-ministros. Eu não vi o seu presidente [Bolsonaro] cumprimentar um chefe de Estado a não ser de forma vergonhosa para falar ‘I love you’ para o Trump“, afirmou durante audiência na Comissão da Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural que ocorreu na Câmara dos Deputados.
Haddad continuou a falar que o presidente do Brasil não vai se sujeitar da mesma forma como o ex-presidente Bolsonaro se colocava durante seu governo.
“O Lula não vai se dispor a esse tipo de humilhação. Ele anda de cabeça erguida. Ela não nega a origem humilde que ele tem, mas ele sabe se fazer respeitar, como ele está fazendo agora. Por isso, 500 mil pessoas foram para a rua no domingo pedir respeito à nossa soberania e à nossa democracia. Sinceramente, alguém que passou 4 anos de vergonha querendo vir dar lição de diplomacia ao presidente Lula”, disse, ironizando a fala de Evair de Melo.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez uma provocação bem-humorada ao deputado federal Zé Neto (PT) durante a cerimônia de anúncio de projetos do Novo PAC Seleções 2025, em Brasília, nesta quinta-feira (18), a fala gerou risos na plateia presente.
“Estou vendo ali Zé Neto, que já foi candidato cinco vezes [pela gestão do executivo de Feira de Santana] e não se elegeu ainda. Espero que quando completar 110 anos você seja eleito prefeito”, brinca o presidente.
A brincadeira direcionada ao aliado político, que tentou por cinco vezes se eleger prefeito de Feira de Santana e foi derrotado em todas as ocasiões pelo grupo do atual prefeito. A fala do presidente destacou a longa trajetória de Zé Neto nas disputas eleitorais.
Relembre as derrotas do político:
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2004: Zé Neto foi derrotado por José Ronaldo nesta eleição.
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2012: Nesta disputa, José Ronaldo novamente venceu Zé Neto.
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2016: O deputado do PT sofreu mais uma derrota para José Ronaldo.
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2024: Zé Neto perdeu pela quarta vez para José Ronaldo, com uma diferença de 12 mil votos.
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1996: Zé Neto foi derrotado parai Zé Falcão (antigo PPB, atual PP).
Veja em vídeo:
??Lula brinca com Zé Neto sobre tentativas de eleição em Feira de Santana
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) September 19, 2025
?? Confira: pic.twitter.com/iMRjWqR0wm
Segundo a defesa de Jojo, o partido demonstrou uma "completa falta de interpretação de texto e desconhecimento legal" ao apresentar a queixa-crime.
Na ocasião, a ex-A Fazenda afirmou durante uma participação em um podcast que teriam feito contato com ela para campanha e oferecido um valor milionário para apoiar a candidatura do atual presidente Lula.
Se eu fosse da campanha do Lula, faria a Jojo Todynho provar essa história do R$ 1,5 milhão. Digo mais! Se fosse um dos famosos que participou da campanha, sem receber, pediria uma indenização para ela.
— Édrian Santos (@edriansantos_) November 25, 2024
pic.twitter.com/Gcd4w4bOuH
"Me ofereceram R$ 1,5 milhão para fazer campanha quando o Lula veio candidato a presidente [2022] e eu falei que 'não'. [Eles ofereceram] para várias pessoas. Todos os artistas que fizeram política ganharam money [...] eles ligaram para não deixar rastro, ligaram, marcaram um almoço, falaram que era trabalho e, quando eu cheguei lá, era isso."
O PT nega as acusações e sustenta que as declarações são falsas e prejudicam a imagem do partido. A audiência terminou sem um acordo.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou, nesta terça-feira (16), que a economia do Brasil deve caminhar para uma redução da taxa básica de juros e que o governo, comandado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pode encerrar o mandato com a menor inflação de um período presidencial desde o Plano Real, iniciado em 1994.
Segundo Haddad, a combinação da reforma tributária, a combinação de arcabouço fiscal e as expectativas de inflação mais ancoradas estão criando espaço para a queda gradual do custo do crédito.
"Penso que vamos entrar numa trajetória de queda de juros com sustentabilidade. Acredito que vamos terminar o mandato com a menor inflação de um mandato desde o plano real. Um crescimento médio próximo de 3%", afirmou ele.
O ministro também complementou que o governo tem como meta o superavit primário de 0,25% do PIB em 2026, além de alcançar o deficit zero em 2025, metas já previstas no arcabouço fiscal.
Haddad também avaliou o dólar, que se encontra em torno de R$ 5,30, e tem ajudado a alinhar as expectativas de inflação, criando condições para a redução do custo do crédito.
"O impacto é notável no Brasil. Penso que estamos reancorando as expectativas de inflação e acredito que podemos abrir um ciclo de queda de juros nos próximos meses", afirmou.
O vereador Cláudio Tinoco (União) negou a possibilidade de disputar uma vaga como deputado estadual ou federal no próximo ano. Em entrevista exclusiva ao Bahia Notícias, ele afirmou que seu objetivo para 2026 é contribuir para a eleição de um nome ao governo da Bahia, argumentando que o Partido dos Trabalhadores (PT) já ocupa o Executivo estadual "há quase um quarto de século".
"Eu fui candidato nos últimos quatro anos três vezes. A vereador em 2020, a deputado estadual em 2022 e novamente a vereador em 2024. Então, a minha decisão pessoal é de não ser candidato em 2026. Acho que mais importante do que eu ter um mandato de deputado estadual, federal ou senador é devolver ao nosso grupo o comando da Bahia, não por outro motivo que não seja a importância da alternância de poder", afirmou o vereador.
O parlamentar também sinalizou, em entrevista ao BN, que o principal nome que pretende apoiar é o do ex-prefeito de Salvador e vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, que ainda não oficializou sua pré-candidatura ao governo da Bahia.
"Espero que em breve ACM Neto possa admitir a sua candidatura ao governo do Estado. Estarei ao lado dele para exercer qualquer função necessária, das mais simples às mais estratégicas, de qualquer forma que eu possa ajudar", ressaltou.
Além disso, o vereador declarou que avalia solicitar uma licença na Câmara Municipal de Salvador para participar de forma mais ativa do processo eleitoral do candidato indicado pela oposição.
"Não descarto me licenciar no período eleitoral para poder ajudar de forma mais direta na campanha, então sair da Câmara por três meses e me dedicar integralmente à disputa", disse.
Apesar desse posicionamento, Tinoco destacou que, além da oposição ao governo de Jerônimo Rodrigues (PT) nas eleições de 2026, também pretende trabalhar para ajudar na eleição de aliados, citando os deputados Léo Prates (PDT) e Sandro Regis (União).
"É claro que estarei também ao lado de deputados federais e estaduais, contribuindo com a minha base em Salvador e com a minha capacidade de trabalho para ajudar alguns amigos e correligionários a se elegerem. Tenho um compromisso com o deputado federal Léo Prates, sobretudo pelo bom trabalho que ele vem fazendo nesse primeiro mandato, e considero importante a sua reeleição. Também destaco o deputado estadual Sandro Regis", declarou.
O governador Jerônimo Rodrigues (PT) reagiu nesta terça-feira (9) às declarações da porta-voz do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, Karoline Leavitt, que voltou a citar possíveis medidas contra o Brasil durante o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF).
Em publicação nas redes sociais, Jerônimo aproveitou a data de fundação da Gazeta do Rio de Janeiro, primeiro jornal brasileiro, para ressaltar a importância do jornalismo e da liberdade de expressão, vinculando a defesa da democracia ao episódio.
“A Gazeta do Rio de Janeiro, o primeiro jornal do país, foi lançada em 10 de setembro de 1808 e faz hoje 217 anos. É um momento de reafirmarmos a importância do jornalismo e da liberdade de expressão para a democracia e a soberania de uma nação. Ainda mais quando essa liberdade é desvirtuada por aqueles que, no Brasil, querem minar nossas instituições ou, fora daqui, atacam a todos nós com sanções comerciais e, agora, com descabida ameaça militar”, escreveu.
A Gazeta do Rio de Janeiro, o primeiro jornal do país, foi lançada em 10 de setembro de 1808 e faz hoje 217 anos. É um momento de reafirmarmos a importância do jornalismo e da liberdade de expressão para a democracia e a soberania de uma nação. Ainda mais quando essa liberdade é…
— Jerônimo Rodrigues (@Jeronimoba13) September 10, 2025
A 28ª Vara Criminal da Capital marcou para o dia 18 de setembro, às 16h20, a audiência de conciliação entre o Partido dos Trabalhadores (PT) e a cantora Jojo Todynho, nome artístico de Jordana Gleise. A ação judicial trata de uma queixa-crime por difamação movida pelo partido contra a influencer.
O processo tem origem em declarações dadas por Jojo Todynho ao podcast Brasil Paralelo em novembro de 2024. Na entrevista, a cantora afirmou ter recebido uma proposta de R$ 1,5 milhão do PT para fazer campanha em favor do então candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva. Ela disse ter recusado a oferta e acrescentou que outros artistas que apoiaram a campanha também teriam sido pagos pelo partido.
Veja momento:
Jojo conta que recebeu oferta de 1.5 milhões pra fazer campanha para Lula em sua entrevista no Conversa Paralela podcast do Brasil Paralelo.
— ????????Alessandra???????? (@Alessan55125583) November 25, 2024
Alguém surpreso com isto? Acham que estes artistas nojentos defende este cara assim de livre e espontânea vontade? Ahhhh tá!
Fazem tudo… pic.twitter.com/NtHK6nqJcu
Na época, a então presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, rebateu publicamente as acusações. Agora ministra de Relações Institucionais, Hoffmann desmentiu veementemente as declarações, pedindo que a influencer apresente as provas que fundamentam suas alegações.
Jojo Todynho, que se declara publicamente apoiadora do ex-presidente Jair Bolsonaro, ainda não se manifestou formalmente no processo judicial. Esta será a segunda tentativa de conciliação entre as partes, após a primeira audiência ter sido adiada.
As informações são do O Globo.
O Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) oficializou, em reunião realizada neste sábado (23), em Brasília, a nova composição de sua Executiva Nacional. O baiano Éden Valadares, ex-presidente do PT Bahia, foi eleito o novo secretário nacional de Comunicação.
Éden Valadares chega ao cargo com uma trajetória de experiências, a exemplo da coordenação de campanhas majoritárias, como as dos ex-governadores Jaques Wagner e Rui Costa. À frente do PT Bahia, ficou conhecido por sua identificação com um projeto de renovação da sigla.
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Foto: Reprodução
Valadares, em sua primeira declaração no novo cargo, reconheceu os avanços recentes da comunicação do partido, mas defendeu a necessidade de ir além. “Evoluímos muito no quesito comunicação, mas não podemos acomodar. É preciso ter ousadia para inovar e nos aproximar da nossa base, dos nossos eleitores e das novas gerações”, afirmou.
Ao comentar os desafios da nova gestão, o secretário destacou que a orientação do presidente Edinho Silva é clara: “O foco está na reeleição de Lula e em derrotar esse projeto fascista, seja ele apoiado de forma implícita ou explícita”. Valadares também enfatizou o caráter inovador de Edinho, citando a criação da pioneira Secretaria Nacional de Nucleação. “Como Edinho é um inovador na organização partidária, ele aponta que os núcleos de base devem ser instâncias raízes do PT, ele também quer inovação na área da comunicação”, completou.
Além da nomeação de Éden Valadares, a Executiva Nacional do PT terá outro destaque baiano. Vera Lúcia Barbosa, a Lucinha do MST, foi reeleita para comandar a Secretaria Nacional de Movimentos Populares. Sua permanência garante a continuidade do trabalho de diálogo e fortalecimento da relação do partido com os movimentos sociais de todo o país.
O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), criticou, nesta quarta-feira (20), o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil), após ele defender o afastamento da federação União-Progressista do governo Lula (PT). Segundo ele, a "máscara" dele "caiu" e que agora é possível "enxergar qual é o lado dele" após ele ter ficado "em cima do muro entre PT e Bolsonaro" na última eleição.
"Ele está tendo um movimento mais claro agora, porque durante a campanha que disputamos em 2022, ele ficou em cima do muro, dizendo que tanto faz o Lula ou Bolsonaro.(...) Agora, pelo menos, está defendendo o bolsonarismo, um grupo que vai para fora do país bater continência e quer que os EUA destrua a economia e os empresários brasileiros. Está caindo a máscara dele e estamos conseguindo enxergar qual o lado que ele tem", declarou o governador ao Globo.
A declaração do petista ocorreu um dia após ACM declarar, em cerimônia da federação da União Progressista, que seu grupo não vai se aproximar de Lula (PT) para as eleições de 2026. Atualmente, quatro ministros da federação ocupam cargos na gestão federal.
"Não estamos cogitando, nesse momento, nenhum tipo de aproximação, alinhamento ou entendimento com o governo. Nós não estaremos no projeto do PT, portanto, não é razoável haver a ocupação de cargos num governo no qual nós certamente não faremos parte nas eleições de 2026", disse ACM.
O ex-presidente do diretório estadual do PT na Bahia, Everaldo Anunciação, morreu nesta quarta-feira (20), em Salvador. O petista estava internado na capital baiana após passar por um procedimento cirúrgico. Atualmente, ele ocupava o cargo de vice-presidente nacional da sigla desde a saída de Gleisi Hoffmann para o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O atual presidente do PT-BA, Éden Valadares, confirmou morte de Everaldo e lamentou a perda do correlegionário nesta quarta.
“Hoje um vazio se abre no coração da direção, da militância e dos filiados e filiadas do PT Bahia: Everaldo Anunciação nos deixou. Antes de mais nada quero prestar condolências e solidariedade a Madalena, Victor e toda a família. Por favor, recebam nosso afeto. O PT da Bahia e do Brasil abraçam e choram com vocês neste momento. Descanse em paz companheiro Everaldo”, escreveu Éden.
Everaldo também foi presidente da CUT-Cacaueira, dirigente da CUT-Bahia e coordenador da Troca de Informações de Trabalhadores sobre Multinacionais – Tie/Holanda. Ele foi também presidente do Diretório do PT de Ilhéus, vereador de Itabuna, candidato a vice-governador em 1998 e diretor-geral adjunto da CEPLAC durante o governo do ex-presidente Lula.
Ele assumiu a vice-presidência do PT nacional no dia 20 de março de 2025, na vaga do senador Humberto Costa que assumiu a presidência do partido, interinamente, diante do afastamento da deputada federal Gleisi Hoffmann, que assumiu a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República.
O sepultamento ocorre nesta quinta-feira (21) no cemitério Jardim da Saudade, no bairro de Campinas de Brotas, em Salvador. A cerimônia de cremação está prevista para às 16h30.
Atualizada às 11h14 com informções do sepultamento.
O deputado estadual Hassan (PP) comentou, nesta terça-feira (19), a oficialização da Federação União Progressista. Em entrevista ao Bahia Notícias, ele afirmou que os parlamentares do PP continuam integrando a base do governador Jerônimo Rodrigues (PT) e desconversou sobre qualquer decisão de mudança neste momento.
“Nós ainda não temos uma posição firmada, até porque a janela só se abrirá no próximo ano, em março, e vamos aguardar o desenrolar de toda essa questão do governo junto à questão do partido, das bases, da formação das bases. É fato que hoje nós somos base do governo do Estado e que ele deve estar acenando para nós com algum direcionamento de partidos para que possamos discutir isso. Mas eu acho que ainda é precoce”, disse.
O parlamentar reforçou que qualquer decisão será tomada de forma coletiva.
“É fato que nós aqui, a bancada do PP, os quatro deputados, eu, o Niltinho, o deputado Eduardo e o deputado Antônio Henrique Júnior, tomaremos a decisão em conjunto, seja ela qual for”, comentou.
Hassan também comentou a ausência do deputado Mário Negromonte Júnior, presidente estadual do PP, na cerimônia de oficialização da federação.
“Ainda não tive a oportunidade de sentar com o presidente Mário Júnior, não sei o motivo dele não estar presente. Não sei se por alguma razão específica, não tenho essa informação, e, infelizmente, não posso emitir nenhuma opinião a respeito por conta disso”, concluiu.
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), liderada pelo deputado Robinson Almeida (PT), apreciou dez projetos de lei e um pedido de vista, nesta terça-feira (19). Entre os principais textos estavam o “Projeto de Lei dos Cartórios”, como ficou conhecido o projeto de Lei nº 25.851/2025, no qual a comissão manteve o veto integral do governador Jerônimo Rodrigues.
A proposta tratava da redistribuição dos valores arrecadados pelos cartórios por meio do Documento de Arrecadação Judiciária e Extrajudicial (DAJE). O texto reduzia a porcentagem destinada ao Fundo de Compensação dos Cartórios (FECOM), responsável por manter cartórios deficitários e garantir serviços gratuitos à população.
Segundo Robinson Almeida, a decisão da comissão foi fundamental para assegurar a legalidade da matéria e evitar prejuízos sociais. “Esse veto preserva a funcionalidade do sistema e impede o fechamento de cartórios, especialmente no interior do estado, o que garantiria a continuidade de serviços essenciais e gratuitos para a população baiana”, destacou o parlamentar.
A Zion Produções, produtora que ganhou repercussão ao criar a versão em gênero neutro do Hino Nacional utilizada na campanha de Guilherme Boulos (PSol) à prefeitura de São Paulo em 2024, recebeu mais de R$ 1,2 milhão do Partido dos Trabalhadores (PT) em 2025. Os dados constam no sistema de prestação de contas da Justiça Eleitoral.
Segundo informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o PT realizou quatro pagamentos à empresa neste ano: três em fevereiro e um em março. Em todas as movimentações, a legenda registrou como justificativa a realização de “eventos promocionais”.
A produtora havia sido desligada da campanha de Boulos após a repercussão negativa do episódio envolvendo o chamado “hino neutro”, em agosto de 2024. Naquele pleito, a Zion recebeu R$ 450 mil pelos serviços prestados à candidatura. O deputado do PSOL terminou a eleição em segundo lugar na disputa pela prefeitura paulistana.
O senador Jaques Wagner (PT) se pronunciou, nesta quinta-feira (14), sobre o procedimento ortopédico realizado nesta manhã. Segundo ele, a realização ocorreu com sucesso.
Além disso, o senador agradeceu as mensagens que recebeu, relatou que iniciou o processo de recuperação e, mesmo debilitado, vai acompanhar as discussões e decisões do Congresso Nacional.
"Tudo correu bem com o meu procedimento ortopédico, realizado na manhã de hoje. Agora tem início o processo de recuperação. Agradeço as mensagens de apoio e espero retomar as atividades presenciais o mais rápido possível. Seguirei acompanhando, remotamente, as discussões e decisões do Congresso Nacional", escreveu ele.
O senador baiano é líder do PT no Senado Federal e, enquanto permanecer fora, o seu colega, o senador Rogério Carvalho (PT-SE), torna-se líder do Planalto na Casa Alta, de forma interina.
O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT), vem articulando para que o presidente estadual do PT-BA, Éden Valadares, assuma o comando da secretaria de comunicação do diretório nacional do partido. O cargo é considerado um dos mais importantes do PT e cobiçado por diferentes correntes petistas.
Segundo informações da coluna Igor Gadelha, do Metrópoles, Wagner já começou a trabalhar pela escolha de Éden Valadares, que integra o grupo político do senador na Bahia.
No início de julho, Valadares foi eleito para compor a Direção Nacional do partido durante o 17º Encontro Nacional do Partido dos Trabalhadores, realizado em Brasília.
O dirigente já presidiu o PT da Bahia e coordenou campanhas políticas de Wagner e do atual ministro da Casa Civil, Rui Costa. Valadares também já foi chefe de gabinete do senador.
A deputada federal Camila Jara (PT-MS), em vídeo postado nas suas redes sociais, negou que tivesse agredido o colega parlamentar Nikolas Ferreira (PL-MG) com um “soco no saco”. O deputado do PL acusou a petista de tê-lo agredido durante a noite da última quarta-feira (6), no plenário, logo depois que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), encerrou seu pronunciamento após ter recuperado a cadeira que era ocupada por parlamentares da oposição.
Em vídeo que circula nas redes sociais, é possível ver que Nikolas, que estava atrás de Hugo Motta, cai ao chão após o presidente da Câmara empurrar a cadeira para trás. O vídeo mostra uma movimentação da deputada Camila Jara, que estava ao lado de Nikolas e foi acusada por ele de ter dado “um soco no saco” pelas costas.
A deputada do Mato Grosso do Sul negou as acusações. Segundo ela, havia um grande empurra-empurra junto à Mesa da presidência, e ela tentou se colocar atrás do deputado Hugo Motta quando ele retomou sua cadeira. A petista disse que Nikolas tentou a afastar com empurrões, e que quando o presidente da Câmara se levantou, ela teria também empurrado o deputado, mas não dado um soco.
Além do vídeo em que explica a situação, em nota divulgada à imprensa, Camila Jara afirma que reagiu ao empurra-empurra “da mesma forma que qualquer mulher reagiria em um tumulto, quando um homem a pressiona contra a multidão”.
“Não houve soco ou qualquer outro ato de violência deliberada, como alardeado nas redes sociais por publicações direcionadas”, esclarece a deputada, que disse ainda que a direita direcionou a sua “máquina de ódio” contra ela.
Devido ao episódio, que vem tendo forte repercussão nas redes sociais, a deputada Camila Jara disse que passou a sofrer perseguição e acionou a Polícia Legislativa para garantir sua segurança. A escolta policial será solicitada também em Mato Grosso do Sul durante atividades parlamentares da deputada no Estado.
A nota divulgada pela equipe da deputada Camila destacou que ela tem 1,60 metro de altura, pesa 49 quilos e está atualmente em tratamento contra um câncer.
Do lado da oposição, o deputado federal Rodolfo Nogueira (PL-MS) disse que ingressará com uma representação no Conselho de Ética da Câmara, denunciando a deputada petista por agressão.
O deputado estadual Marcinho Oliveira (União) tem intensificado sua aproximação com o grupo do governador Jerônimo Rodrigues (PT) e organizado a adesão de prefeitos da oposição à gestão petista. De malas prontas para deixar o União Brasil, principal legenda oposicionista ao governo do estado, Marcinho ainda não conseguiu viabilizar uma saída negociada do partido, mas já se prepara para migrar rumo ao PRD a partir de 2026.
O deputado aguarda a formalização de uma expulsão – que já chegou a ser requerida por um filiado – ou a abertura da janela partidária, em março de 2026. A movimentação visa deixar o União Brasil sem perder seu mandato na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) por infidelidade partidária.
Apesar de Marcinho já "andar vestido de vermelho", como brincam os colegas de AL-BA, o presidente do União Brasil na Bahia, deputado federal Paulo Azi, tem feito "jogo duro", negando liberar a saída do parlamentar estadual do partido. No interior, a presença de Marcinho no palanque do governador se tornou comum desde 2023, causando desgastes entre a bancada do partido.
Em abril deste ano, inclusive, o filiado Leonardo Barreto de Pinho, do diretório de Araci, encaminhou ao Diretório Estadual do partido um ofício solicitando a exclusão e desfiliação do parlamentar, conforme documento obtido com exclusividade pelo Bahia Notícias. No documento, Leonardo Pinho, também conhecido como Léo de Garcia, afirma que o deputado adotou a postura de "privilegiar a preferência política pelo governador Jerônimo Rodrigues, do PT, adversário ferrenho do União Brasil".
Segundo o filiado, a conduta do deputado em se aproximar do governador Jerônimo pode ser classificada como "transgressão disciplinar" por violar um dos fundamentos partidários previstos no estatuto do União Brasil, notadamente a "infidelidade partidária".
FUTURO NO PRD
No final de junho, Marcinho Oliveira admitiu ter conversas para se filiar ao PRD após participar do anúncio da formação da federação do partido com o Solidariedade em um evento realizado em Brasília. Durante o encontro, transmitido ao vivo, o parlamentar foi citado como "representante" do PRD na Bahia pelo presidente nacional da legenda, Ovasco Resende.
Atualmente, a presidência do PRD na Bahia é exercida pelo chefe de Gabinete da Prefeitura de Salvador, Francisco Elde, que ainda tenta se manter no posto, mas deve enfrentar entraves para permanecer na liderança.
Marcinho tem mantido conversas frequentes com o deputado federal Fred Costa, do PRD mineiro, de quem é muito próximo e que fez o convite para que o parlamentar baiano assuma o comando da legenda.
Após o anúncio da federação, o colega de Assembleia de Marcinho, o deputado estadual Pancadinha (Solidariedade), afirmou que a tendência é que o presidente da nova composição seja o parlamentar atualmente filiado ao União Brasil. No entanto, isso ocorreria em parceria com o atual presidente estadual do Solidariedade, o deputado federal Luciano Araújo. Ambos devem liderar a construção dos próximos passos da federação.
A estratégia de Marcinho, que espera mais uma vez ultrapassar a marca dos 100 mil votos na busca pela reeleição, é atrair candidatos para o PRD em todo o estado, inclusive ex-prefeitos. Apontado como o "puxador" da legenda, ele tem dito a aliados que a estratégia é montar o partido capaz de eleger deputados com o menor número de votos possível.
O presidente do Partido dos Trabalhadores da Bahia, Éden Valadares as críticas feitas pelo ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União), sobre a formação da chapa governista para o pleito estadual de 2026. Em declaração na noite desta sexta-feira (18), Éden ironizou as alianças de Neto e afirmou que ele “pode falar sobre alijar com propriedade”.
Segundo o petista, descartar aliados é uma "prática comum" do ex-prefeito da capital baiana e não das lideranças petistas no estado.
"Taí alguém que pode falar sobre alijar seus aliados com enorme propriedade: ACM Neto. É só lembrar o que ele fez com João Leão, Marcelo Nilo, o próprio José Ronaldo… a lista é grande. O apelido ‘mandacaru’ é certeiro. Não dá sombra nem encosto. É 'bloco do eu sozinho'", concluiu.Éden Valadares.
Nesta sexta, Neto, afirmou que o senador Ângelo Coronel (PSD) está sendo alijado das articulações do PT para a eleição estadual de 2026. A declaração foi feita durante a missa em comemoração ao aniversário de 74 anos do prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo (União).
“É claro que ele está sendo alijado, isso não há dúvida. Quando os petistas defendem uma chapa puro sangue, desconsideram a contribuição que foi dada ao longo desse tempo pelo PSD e pelo próprio senador Angelo Coronel”, disse Neto.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Jerônimo Rodrigues
"É uma indicação condicionada, inclusive judicial. Nós fizemos tudo o que a justiça pediu. Encaminhamos o projeto de lei para abrir a vaga no TCE e Dialogamos com o TCE. A combinação toda cumprida no campo da política. Então, eu espero que Josias esteja aí dialogando com a Assembleia. É a vez da Assembleia fazer o papel dela. Meu papel enquanto indicador da vaga foi feito".
Disse o governador Jerônimo Rodrigues ao comentar sobre a indicação do deputado federal Josias Gomes (PT) para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE-BA). O pronunciamento chega após o gestor enviar à Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), a indicação do parlamentar à cadeira do TCE, na última sexta-feira (12).