Após expressiva votação em 2022, Ceuci Nunes descarta nova candidatura para eleições de 2026
Por Victor Hernandes
O Partido dos Trabalhadores (PT) não deve contar com o nome da infectologista, Ceuci Nunes, para às eleições de 2026. Isso porque, a médica, que foi candidata a deputada estadual pela sigla petista em 2022, revelou ao Bahia Notícias que não será candidata no próximo pleito, que vai eleger nomes para a Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Câmara dos Deputados, Senado Federal, e para o Governo da Bahia e presidência da República.
Atual presidente da Fundação Baiana de Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico, Fornecimento e Distribuição de Medicamentos (Bahiafarma), Ceuci apontou à reportagem que não almeja disputar um cargo nas urnas do próximo ano.
“Estou gostando muito do que estou fazendo. Minha prioridade agora é cumprir esses compromissos da BahiaFarma. Temos compromissos assinados com o Ministério da Saúde, com as universidades, com parceiros nacionais e internacionais que não quero interromper. Então assim, não está na minha perspectiva essa questão de candidatura neste momento”, afirmou.
Mesmo contabilizando 36.992 votos, com maioria em Salvador e Amargosa, a dirigente da BahiaFarma, descartou colocar seu nome na disputa em uma candidatura e indicou que não tem o desejo de participar do processo eleitoral.
“Não tenho pensado [em eleições], meu desejo agora é concretizar todos esses projetos que eu e minha equipe nos dedicamos muito, e botar a BahiaFarma para fazer medicamento para o SUS. O meu principal desejo agora é exatamente este", garantiu.
A médica ainda avaliou seus dois anos de gestão à frente da farmacêutica e laboratório público do estado. “Acho que se a BahiaFarma produzir os medicamentos para vender para o SUS e funcionar totalmente, eu sei que realizei o meu sonho. Tem sido uma construção coletiva, claro que estou na liderança, mas temos uma equipe muito capacitada e que realmente veste a camisa da e todos apaixonados pelo SUS”, concluiu.
COTADA PARA VICE
No ano passado, durante os debates para a composição da chapa de oposição ao prefeito de Salvador, Bruno Reis (União), o nome de Ceuci surgiu para ocupar a candidatura de vice-prefeita, do grupo composto por Geraldo Jr. (MDB). No entanto, Nunes, vinculada ao grupo petista, não cedeu à pressão e recusou o convite para ser vice na chapa encabeçada por Geraldo Jr. (MDB).
Segundo informações apuradas pela reportagem, nos bastidores a médica teria dito a amigos que sofreu pressão do senador Jaques Wagner (PT) e do deputado federal Jorge Solla (PT) para aceitar a vaga, mas recuou e não quis aceitar a missão.
Com isso, o nome da secretária de Assistência e Desenvolvimento Social (Seades), Fabya Reis (PT), foi escolhido para ser candidata a vice. Após não aceitar o convite, ela divulgou uma nota de agradecimento ao governador Jerônimo Rodrigues (PT) e aos partidos que compõem o grupo, aproveitando para reforçar que a escolha do nome de Fabya Reis foi um acerto, exaltando outras grandes mulheres que também estavam na lista.
Ceuci disse na época que não seguiu no projeto após avaliar todos os compromissos profissionais já assumidos, tanto na função de médica, como na de professora de medicina e trabalhos de assistência à população.
A médica, é uma das mais renomadas e obteve o trabalho reconhecido durante o período mais agudo da pandemia da Covid-19, quando comandava o Instituto Couto Maia, um dos hospitais mais modernos, especializado em doenças infectocontagiosas do Brasil. Ela também era coordenadora nacional do movimento “Médicas e Médicos pela Democracia”.
Ela também foi um dos nomes cotados para assumir a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) no governo Jerônimo Rodrigues (PT). Todavia, a vaga ficou com Roberta Santana.