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Hilton Coelho vê importância em “unidade contra a extrema-direita”, mas descarta federação entre PT e PSOL

Por Leonardo Almeida

Hilton Coelho vê importância em “unidade contra a extrema-direita”, mas descarta federação entre PT e PSOL
Foto: Leonardo Almeida / Bahia Notícias | Reprodução / AL-BA

O deputado estadual Hilton Coelho (PSOL) avaliou como improvável a formação de uma federação entre PT e PSOL, apesar de considerar positiva a sinalização pública feita por setores petistas. Em entrevista ao Bahia Notícias, o parlamentar afirmou que há limites estruturais e programáticos para uma unificação entre as duas legendas para as eleições de 2026.

 

Hilton destacou que há convergências na disputa política cotidiana, especialmente diante do avanço da extrema-direita. Segundo ele, “é importante destacar elementos de unidade, na prática, na luta política cotidiana, especialmente o enfrentamento à extrema-direita, onde precisa ser feito de maneira vigorosa”.

 

Apesar disso, o deputado disse não enxergar viabilidade para uma federação. Ele argumentou que, para além do cenário atual, existem diferenças profundas entre as formulações estratégicas de PSOL e PT. “Eu não acredito ser possível um processo de unificação, porque para além dessa situação momentânea, que é grave, nós temos também diferenças importantes com as elaborações mais estratégicas do PT”, afirmou.

 

Hilton também avaliou que uma federação poderia gerar incoerências no dia a dia das decisões políticas. “Causaria uma situação de artificialidade na hora de fazer uma intervenção prática. Nós poderemos ter posições bastante diferenciadas no cotidiano”, disse.

 

O parlamentar reforçou que reconhece o gesto político vindo do PT, mas reafirmou seu ceticismo quanto à concretização da proposta. “Valorizo essa sinalização, mas não acho viável que essa federação entre PT e PSOL se viabilize na prática”.

 

Vale destacar que nesta semana, o diretório nacional do Partido dos Trabalhadores realizou à sigla socialista uma proposta para o partido aderir à Federação Brasil da Esperança (FE Brasil), que hoje é integrada pelo próprio pelo PT e mais o PCdoB e o PV.

 

Conforme a CNN, a movimentação faz parte de uma estratégia a legenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a criação de uma grande coalização da centro-esquerda. A ideia seria, ainda, convidar o PSB e o PDT para formarem a nova federação.

 

O PSOL
O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) foi fundado em 2005 a partir de um rompimento entre membros do PT. Dois anos antes, a sigla petista expulsou quatro membros do partido: a senadora Heloísa Helena e os deputados João Fontes, Luciana Genro e João Batista de Araújo, conhecido como Babá. 

 

A movimentação ocorreu quando os quatro votaram contra o projeto do governo para a reforma da previdência, revelando divergências na cúpula do partido. Cerca de 67% dos membros do Diretório Nacional votaram pela expulsão em uma reunião conturbada. Após 15 meses recolhendo assinaturas, os quatro dissidentes fundaram o PSOL, registrado no TSE em 15 de setembro de 2005. 

 

Apesar da fissura entre os partido, atualmente, o PSOL possui membros compondo o governo Lula. A exemplo do deputado federal licenciado, Guilherme Boulos, que recentemente assumiu ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, e Sônia Guajajara, atual ministra dos Povos Indígenas.