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A Calcinha Preta anunciou os novos nomes da banda após a saída de Silvânia Aquino. O grupo contará com o retorno de um velho conhecido, Marlus Viana, e a chegada de Mika Rodrigues.
O casal se junta a Daniel Diau, Bell Oliver e O'hara Ravick, que foi apontada como motivo para saída de Silvânia após mais de 20 anos com o grupo.
Mika, que assume o espaço deixado por Silvânia, tem 29 anos e é do Ceará. A artista passou a ter destaque no circuito do forró e integrava a banda tradicional Noda de Caju antes do convite para a CP.
Do outro lado, Silvânia já passou a investir na nova fase da carreira. A artista foi contratada pela Camarote Shows, empresa de Wesley Safadão, e passará a se apresentar ao lado do ex-parceiro de banda, Berg Rabello, com o projeto 'Duas Paixões'.
A terceira edição do 'Ensaios do Pagod'art' acontecerá um dia antes do início oficial do verão e promete esquentar o corpo de quem está ansioso para a temporada mais quente e desejada do ano.
A banda, liderada por Flavinho, sobe ao palco do Clube Espanhol no dia 20 de dezembro, e leva para a festa o cantor Alex Max, ex-vocalista do Saiddy Bamba, em participação especial que resgata o pagode dos anos 2000.
Além do show do Pagod'art, o público poderá curtir ainda um show completo de Escandurras.
Os ingressos estão à venda exclusivamente pelo site Meu Bilhete e custam a partir de R$ 40.
O Prêmio Multishow anunciou os indicados a edição de 2025 da premiação e a Bahia marca a presença em diversas categorias.
Para a 32ª edição da premiação, cinco categorias serão decididas pelo voto do público com o voto através do Gshow. As outras serão definidas pelo juri especializado.
Entre os destaques baianos na premiação estão O Kannalha, Ivete Sangalo, Léo Santana, Theuzinho, Caetano Veloso e Maria Bethânia, Duquesa, Luedji Luna e BaianaSystem.
O Kannalha disputa o prêmio de 'Axé e Pagodão do Ano' com 'O Baiano Tem o Molho', contra Ivete que conta com duas canções na categoria 'Energia de Gostosa' e 'O Verão Bateu em Minha Porta', e Léo Santana que tem três faixas na categoria, sendo 'Surra de Toma', 'Desliza ("Ólhinho" No Corpinho)' com Melody, e 'Hoje Eu Vou Te Usar' em parceria com Tilia, Kadu Martins, MC Daniel, DG e Batidão Stronda.
A Bahia está presente em MPB do Ano com 'Apocalipse' de Luedji Luna feat Seu Jorge e Arthur Verocai e Fejuca, e 'Fé (ao vivo)' de Caetano Veloso e Maria Bethânia.
Em Rock do Ano, Duquesa aparece com a música 'toda garota como eu =( =)' em parceria com Iorigun e também em Música Urbana do Ano com 'Fuso', o cantor J. Eskine concorre em Arrocha do Ano com 'Resenha do Arrocha' e 'Mãe Solteira', e Theuzinho aparece com 'Vou Começar a Não Prestar'.
Tem Bahia ainda em Samba/Pagode do Ano com Simone Mendes que participa da faixa 'P do Pecado' de Menos É Mais e também em Sertanejo do Ano com as faixas 'Saudade Proibida' e 'Saudade Burra' em parceria com Lauana Prado, em Pop do Ano com 'Despacha' de Melly.
BaianaSystem está em Capa do Ano com 'O Mundo da Voltas', álbum que ganhou Grammy Latino recentemente e em Álbum do Ano, contra Luedji Luna com 'Um Mar Pra Cada Um'.
Caetano, Marisa Monte e mais artistas se unem em campanha pela regulamentação do uso da IA na música
Caetano Veloso, Marisa Monte e outros artistas se juntaram a União Brasileira de Compositores (UBC) e a Pró-Música Brasil em uma campanha a favor da regulamentação do uso da Inteligência Artificial na música.
Com o mote “Toda criação tem dono. Quem usa, paga”, a campanha busca garantir que a revolução da inteligência artificial aconteça com transparência, remuneração justa e respeito a quem cria.
“É urgente garantir condições éticas para o uso da inteligência artificial no Brasil", afirma Caetano Veloso.
Um dos pilares da campanha é esclarecer que a tecnologia de IA não é, em si, o problema, mas sim, o uso da IA por grandes empresas que se apropriam de criações humanas sem autorização, sem transparência e sem pagamento, tratando obras, interpretações e produções artísticas como se fossem apenas dados disponíveis, e não resultado de trabalho intelectual, investimento e risco.
“Com uma regulamentação justa, criatividade e tecnologia podem caminhar juntas”, afirma Marisa Monte.
A campanha parte da seguinte ideia: a arte revela o que ainda não existe, escreve o que ainda não tem nome, canta o que a alma não sabe calar.
O grupo pede para que seja construído um marco regulatório que exija transparência das ferramentas de IA e das grandes plataformas, obrigando-as a declarar o uso de obras protegidas em treinamentos e ofertas de serviços, e a firmar contratos ou pagar licenças sempre que houver utilização.
"Se há empresas ganhando bilhões, precisam arcar com as consequências”, pontua Marina Sena.
Na campanha, ainda é defendido que titulares de direitos autorais e conexos tenham o poder de autorizar ou proibir o uso de suas obras em treinamentos de IA, que haja clareza total sobre quais fontes são utilizadas, quando e como as criações são usadas, e que, se uma música está treinando e alimentando padrões de algoritmos que geram lucro, seus titulares recebam parte desse retorno.
Em votação simbólica, a Câmara dos Deputados aprovou na sessão desta terça-feira (11) o projeto de lei 5.660/2023, que cria o Dia Nacional do Hip-Hop e a Semana de Valorização da Cultura Hip-Hop. O projeto agora segue para o Senado.
A proposta foi apresentada pelo governo federal, e estabelece a data de 11 de agosto como o Dia Nacional do Hip-Hop. Se o projeto for aprovado pelo Senado e posteriormente sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, junto ao dia nacional será promovida uma semana de celebrações voltadas à cultura urbana.
O governo anunciou o projeto no dia 20 de novembro de 2023, em uma cerimônia no Palácio do Planalto em celebração ao Dia Nacional da Consciência Negra. Naquela ocasião, o presidente Lula assinou um pacote de medidas pela igualdade racial, entre eles, o Decreto de Valorização e Fomento à Cultura Hip-Hop e o projeto prevendo a criação do Dia Nacional do Hip-Hop.
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Ambas as medidas foram elaboradas em parceria entre o Ministério da Cultura (MinC), a sociedade civil e a Construção Nacional da Cultura Hip-Hop. A ministra da Cultura, Margareth Menezes, que atuou para garantir as ações, falou na solenidade sobre o simbolismo das propostas assinadas por Lula.
“Esse é um dia histórico para nós, para a população negra desse país, para a cultura, e também, o dia de grande coroação das ações que temos construído no MinC ao longo deste ano para que a Cultura Hip-Hop seja reconhecida e valorizada como deve ser”, afirmou a ministra.
O rapper e facilitador da Construção Nacional da Cultura Hip-Hop, Rafa Rafuagi, também destacou na ocasião a importância para a cultura do estabelecimento da data de valorização do movimento musical.
“Chegamos até aqui para garantir que nossos filhos saibam que não estarão sozinhos na batalha, e que a construção nacional da cultura Hip-Hop seguirá honrando quem veio antes, aprendendo com quem está agora, e construindo a unidade para assegurar um futuro digno”, afirmou Rafa.
Ainda segundo Rafa, “há 40 anos somos vanguarda política e artística no continente, fruto da luta ancestral e milenar, unindo gerações através do breaking, de base e olímpico, do DJ, do grafite, do MC e a música rap e do conhecimento, fazendo a manutenção e a projeção de um plano de década para as periferias, com a garantia de vida e paz dentro das periferias e favelas brasileiras”.
A articulação em torno do projeto que agora foi aprovado na Câmara foi fruto de um debate realizado pelo MinC em audiência pública, que ouviu a população sobre a Proposta Dia Nacional do Movimento Hip-Hop. A homenagem faz referência ao 11 de agosto, data que marca o surgimento do movimento cultural.
O governo justificou a apresentação do projeto afirmando que a comemoração do Dia do Hip-Hop tem o objetivo de desenvolver uma agenda colaborativa de iniciativas para promover ações e programas da administração pública federal e entes federados para dar visibilidade, fomentar e difundir esta cultura em todo o país.
Em seu parecer pela aprovação da proposta, o relator, deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), afirmou que “a cultura Hip-Hop é um dos fenômenos mais marcantes e transformadores da história contemporânea da humanidade”. Ele lembrou que o movimento nasceu “como uma resposta da juventude negra e latina à exclusão, à pobreza e à violência do racismo estrutural” e destacou sua importância como ferramenta de expressão e resistência.
Segundo o deputado, o Hip-Hop “encontrou solo fértil nas periferias e favelas, que há séculos produzem cultura mesmo sob as marcas da exclusão”. Nessas comunidades, explicou Orlando Silva, a arte se transformou em espaço de denúncia e afirmação.
“O Hip-Hop é o grito coletivo de quem sempre foi invisibilizado. É o quilombo urbano que resiste à exclusão e afirma a beleza da favela como lugar de produção de saber, estética e futuro”, disse o deputado do PCdoB.
O voto de Orlando Silva, aprovado de forma simbólica no plenário, cita artistas como Racionais MCs, Sabotage, Emicida, Negra Li, MV Bill e Criolo, apontados como referências de uma trajetória que, segundo ele, deu ao país “uma nova gramática de cidadania e estética: 'a favela venceu virou mais do que slogan, é filosofia de vida”.
Nesta quarta-feira, 12 de novembro, em que é celebrado o Dia Mundial do Hip-Hop, o Bahia Notícias publicou matéria especial, de autoria das repórteres Laiane Apresentação e Eduarda Pinto, com os resultados de uma pesquisa que ambas fizeram junto a artistas, professores e especialistas, para que a sociedade possa compreender como esse movimento cultural se manifesta na capital baiana. Clique aqui para ler a matéria.
Em um ano e meio de carreira, o cantor Uel, de 24 anos, pode se considerar um rapaz realizado. O artista, uma das apostas do samba soteropolitano, conseguiu conquistar alguns espaços e já está confirmado mais uma vez no Carnaval de Salvador como atração no Camarote Glamour.
Para o artista, que abandonou a vida nos mares como oficial da Marinha para seguir o sonho de se dedicar a música, cada conquista, independente do tamanho, é um motivo para celebrar. Em entrevista ao Bahia Notícias durante o evento de lançamento do Camarote Glamour, o artista falou sobre a fase que vive atualmente.
"Tem sido um ano intenso, tenho um ano e meio na rua, e fui escalado para participar de eventos como o Quintal du Samba, o ensaio do Pagod'art, estar em lugares ao lado dos meus ídolos, estou em espaços que eu sempre almejei", conta.
Foto: Aline Araújo
A mudança foi tanta que Uel chegou a brincar com a agitação da agenda: "No começo a gente tinha ali na nossa agenda três a quatro shows, agora são 13, 14, 15. E as coisas estão andando, a gente fica assim 'rapaz, isso aqui cansa hein?' (risos), mas é tudo que eu sempre sonhei para mim".
E o artista já cresce solo com a estreia do projeto 'Tem Que Aproveitar', uma parceria do artista com a LAB Entretenimento, que acontecerá no dia 9 de novembro, no Clube Espanhol, e chega cheia de conceito.
"Nossa ideia é celebrar com o público os bons momentos da vida, aproveitar o agora e também, celebrar a chegada do verão, que logo logo tá aí."
Para o show, o público poderá conferir um novo repertório, com base no audiovisual recém-gravado no restaurante Pereira. Entre as novas canções estão 'Modo Alerta' e 'Sigilo Gostoso'.
"Esse projeto tem seis músicas autorais, compostas com Renato Lantyer, que é um grande parceiro meu e a gente tem feito coisas bacanas para apresentar ao público a minha essência. Dá um tempo um pouco em cantar música dos outros e pensar um pouco no nosso trabalho também", afirmou.
Os ingressos para a estreia do artista com o projeto 'Tem Que Aproveitar', esto à venda a partir no TicketMaker, e custam R$ 40 na pré-venda.
Um dia após a comemoração do Dia Nacional da Música Popular Brasileira (MPB), em 17 de outubro, o Bahia Notícias questiona: “O que é MPB?”. A pergunta permeou, por 38 anos, as aulas de História da Música Popular Brasileira da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e tiveram início com o mesmo debate sobre o que seria “Música Popular Brasileira”.
A pergunta também chegou a discussões entre artistas e internautas nas redes sociais, pode não ter uma resposta “certa”, mas para o professor de música da UFBA, Tom Tavares, é um conceito simples.
“Eu considero que a Música Popular Brasileira é tudo em termos de música que é produzido no Brasil ou por brasileiros. A música é um produto. Não é que eu queira colocar isso de forma mercantilista, não, de maneira alguma. É que é um produto, verdadeiramente”, defendeu o músico.
Ele conta que as respostas durante a “o que é MPB?” na sua aula variavam de aluno para aluno. Alguns respondiam samba, outros, maracatu ou até mesmo samba-reggae, mas, para o estudioso, se juntasse tudo estariam certos.
O conceito ainda diverge do que as plataformas tentam emplacar nos serviços de música e streaming. A exemplo do Spotify, o segmento MPB é classificado como um “gênero” e suas playlists estão vinculadas, principalmente, aos artistas mais conhecidos de movimentos como o Rock, Bossa Nova e Tropicália, por volta dos anos 60 e 70. Na plataforma, uma série de playlists surgem com sucessos de cantores como Maria Bethânia e Gilberto Gil, Elis Regina, Milton Nascimento e Erasmo Carlos.
“Canções que ajudaram a escrever a História da Música Popular Brasileira”, é o que diz a descrição. O mesmo acontece em outras plataformas populares como Apple e YouTube Music. Para Tavares, que também atuou como radialista por décadas, o termo MPB surge com o Festival de Música Popular Brasileira, um concurso anual de canções originais e inéditas criado em 1960, no Guarujá, em São Paulo.
Foi através do festival que o país conheceu, em 1967, figuras como os baianos Gilberto Gil, que apresentou “Domingo no Parque” e Caetano Veloso, com “Alegria Alegria”. O festival ocorreu ininterruptamente de 1965 a 1969. Talvez por isso, as figuras como os baianos, além de nomes como Elis Regina, Chico Buarque e Nana Caymmi se tornaram referência do que ficou conhecido no imaginário brasileiro como MPB.
A MAESTRINA BRASILEIRA
Mas a MPB vem antes mesmo dos festivais de música. A data foi instituído em 9 de maio de 2012, em decreto pela então presidente do Brasil, Dilma Rousseff (PF), e homenageia da artista Chiquinha Gonzaga, nascida em 17 de outubro de 1847. Francisca Edwiges Neves Gonzaga nasceu no Rio de Janeiro, fruto da união de José Basileu Neves Gonzaga, militar no Segundo Império, com a forra Rosa, filha de escravizada.
Após passar por dois casamentos e três gravidezes, sempre mantendo a música como seu refúgio e agrado pessoal, Chiquinha passou a se dedicar plenamente a música na década de 1870. Compondo choros, músicas para teatro de variedades e atuando como regente, o sucesso chegou em 1899, com a marcha “Ó Abre Alas”. Chiquinha foi a fundadora, sócia e patrona da Sociedade Brasileira de Autores Teatrais (SBAT), ocupando a cadeira n.º 1. Chiquinha Gonzaga faleceu no Rio de Janeiro, no dia 28 de fevereiro de 1935.
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Foto: Reprodução / Acervo
Para Tom, Chiquinha possui uma importância para a música brasileira como instrumentista, compositora e também a pessoa que criou a primeira sociedade de arrecadação de direitos autorais no Brasil, a Sociedade Brasileira de Autores Teatrais (Sbat). “Ela foi uma pessoa que mandou ver, passou por cima de obstáculos, criados pela sociedade de então”, defendeu.
“Ela foi, além de tudo, uma mulher que enfrentou todo o preconceito da sociedade, porque até então uma mulher se arriscar a fazer o que ela fez poderia sucumbir, né? Mas ela conseguiu, enfrentou e venceu essa sociedade preconceituosa do século, do começo do século XX (20)”, completou o professor.
E A “NOVA MPB”?
Quando trazemos a discussão para a atualidade, nomes como Liniker, Anavitória, Lagum e os Gilsons despontam repetitivamente nas coletâneas de músicas. Para o professor, a denominação “Nova MPB” existe apenas em função do “marketing”. “É o marketing dizendo: ‘Ó, esses são os novos produtores de música popular brasileira’. O que não quer dizer que os demais não existam”, afirmou.
No entanto, Tom alerta: “Você quer se classificar como novo, trate de fazer alguma coisa nova”, o que o professor admite não estar vendo ultimamente. Um dos fatores para essa falta de novidade seria a “ausência de autenticidade”.
O que estes e outros artistas possuem em comum é um grande apelo a composição, referências da bossa nova, neo-soul e R&B, e as músicas mais melódicas. Inevitavelmente, fãs e consumidores os relacionam aos artistas mais velhos, criando correlações e até comparações.
“Olha como a coisa é interessante: eles são os novos, mas a produção deles mira a produção dos velhos. Então, tem muita gente na Bahia que está produzindo ‘nova MPB’ na Bahia, mas tem como referência Caetano Veloso, Gilberto Gil, o tempo todo. Para a pessoa realmente produzir algo novo, ela tem que se desvincular desses grilhões”, explicou o músico.
Caso a “libertação” da música não ocorra, Tavares afirma que o que acontecerá será a “repetição do que já aconteceu”. “Parece coisa de IA. Parece coisa de Inteligência Artificial. Na verdade, a IA não produz nada novo. Ela apenas junta ideias de coisas que já aconteceram. Então, esses compositores estão agindo de maneira semelhante. Estão usando os mesmos signos musicais utilizados pelos seus ídolos”, completa.
O músico Paul Daniel 'Ace' Frehley, guitarrista fundador da banda Kiss, teve a morte confirmada aos 74 anos, em decorrência de complicações devido a uma queda sofrida no último mês.
Por meio de um comunicado, a família lamentou o falecimento do artista e afirmou que os últimos dias de vida de Paul foram cercados de amor e orações.
"Estamos completamente devastados e com o coração partido. Em seus últimos momentos, tivemos a sorte de poder cercá-lo com palavras, pensamentos, orações e intenções amorosas, carinhosas e pacíficas enquanto ele deixava esta terra."
De acordo com o site norte-americano TMZ, Paul teria sofrido uma hemorragia cerebral após levar uma queda no estúdio há algumas semanas.
O veterano estava hospitalizado em estado grave, e parti da família a decisão de desligar os aparelhos que mantinham o guitarrista vivo.
"A magnitude de sua partida é de proporções épicas e além da compreensão. Refletindo sobre todas as suas incríveis conquistas de vida, a memória de Ace continuará a viver para sempre!", dizia a mensagem da família.
O baiano Jovem Dex está de volta a cena do rap com novidades na carreira. Após um período afastado da cena, o artista retorna com o projeto 'Safe', que marca a nova fase do artista.
Dex retorna ao mercado com a proposta de reafirmar seu espaço e mostrar evolução artística. Para o artista, a nova canção representa um recomeço mais maduro, sem perder a essência que o consagrou.
Além de 'Safe', Dex prepara outros dois singles inéditos, todos acompanhados de clipes oficiais que estão previstos para serem lançados ainda em 2025.
Natural de Feira de Santana, o artista aproveita o lançamento para retornar também aos palcos com shows pelo país. Lauro de Freitas recebe a apresentação do cantor no dia 24 de outubro, e no dia 25, Dex se apresenta em Fortaleza.
O artista tem datas confirmadas para São Paulo, Natal, João Pessoa, Recife, Aracaju, Florianópolis, Maceió e Curitiba.
O encontro de Dex com o público da cidade natal acontecerá no dia 5 de dezembro, no Ária Hall.
Férias não significa menos trabalho para Margareth Menezes. De folga do cargo de Ministra da Cultura do Governo Lula, a baiana decidiu aproveitar o tempo "longe do trabalho" para trabalhar um pouco mais.
A artista anunciou nas redes sociais que as férias serão dedicadas a maior paixão, a música. Margareth inicia uma turnê pela Europa com duas apresentações, uma em Lisboa e outra em Oslo, na Noruega.
"Os próximos dias serão de reencontros com os palcos e com o público europeu que me é tão querido!", afirmou a artista.
Em 2024, Margareth aproveitou as férias para fazer o mesmo e fez uma turnê com 7 datas pela Europa em julho.
No início deste ano, Margareth fez um show em Salvador em homenagem aos 40 anos do Axé e falou sobre a saudade de se dedicar a carreira musical.
"Eu tenho buscado me equilibrar nessa missão. Eu recebi o convite do presidente Lula, mas também não posso deixar a minha carreira e não fazer, prestigiar e fortalecer esses momentos pontuais e importantes", disse ela na época.
Os fãs da eterna Rainha da Sofrência serão presenteados com uma faixa inédita na voz da artista. A equipe da cantora Marília Mendonça anunciou o lançamento de uma nova música da sertaneja para o dia 23 de outubro.
A faixa 'Segundo Amor da Sua Vida' faz parte do acervo de gravações deixadas pela cantora, e é o primeiro lançamento póstumo desde o álbum 'Decretos Reais', de 2023.
"Os decretos da rainha ecoaram... e o tempo mostrou que nada foi em vão. "Segundo Amor da Sua Vida" Porque o primeiro... todo mundo já sabe quem é", diz o perfil dedicado a cantora.
A música já está disponível para pré-save e faz parte do projeto 'Manuscritos Reais'.
O lançamento surpreende o público que estava acompanhando os bastidores da briga judicial envolvendo Murilo Huff e Ruth Moreira, mãe de Marília e pai do único filho da cantora.
De acordo com o programa 'Fofocalizando', do SBT, o artista, que também foi parceiro de Marília em composições, teria vetado o lançamento de conteúdos envolvendo a artista.
Huff, que obteve na Justiça a guarda unilateral do pequeno Léo, teria optado pelo veto como uma forma de proteger o filho. Segundo a publicação, o sertanejo queria que a utilização do material da artista fosse uma decisão do filho quando ele já tiver 18 anos.
O show do cantor D4vd no Lollapalooza Brasil 2026 foi cancelado após a polêmica envolvendo o norte-americano e o corpo de uma adolescente encontrado em um carro registrado no nome dele.
D4vd foi anunciado no último mês como uma das grandes estrelas do festival, que acontecerá em março de 2026.
No entanto, desde a descoberta do corpo de Celeste Rivas em um carro modelo Tesla, no nome do cantor, o rapper se afastou dos palcos e afirma estar colaborando com as autoridades para a investigação do crime.
Desde a revelação, o nome do artista passou a ser associado ao de Celeste. A mãe da adolescente afirmou que a filha mantinha um relacionamento com um rapaz chamado David, e os dois tinham a mesma tatuagem na mão.
Segundo o site TMZ, as autoridades encontraram uma foto íntima e um vídeo em que o artista e Rivas aparecem juntos, durante uma operação de 12 horas na casa de D4vd.
LOLA YOUNG CANCELA SHOW NO BRASIL
Além de D4vd, o show da artista Lola Young no Lolla também foi cancelado. A artista anunciou o cancelamento da agenda após desmaiar durante uma apresentação.
Em comunicado postado nas redes sociais, Lola afirmou que cuidaria da saúde e pediu a compreensão do público.
"Sinto muito por decepcionar quem comprou ingresso para me ver, isso me dói mais do que vocês imaginam. Obviamente, todos terão direito a reembolso integral. Espero de coração que vocês me deem uma segunda chance quando eu tiver tido um tempo para cuidar de mim mesma e voltar mais forte."
São 67 anos de vida, sendo deles mais de 30 dedicados à música. Para Durval Lelys, estar nos palcos é algo natural. No entanto, em meio a essa caminhada, a carreira do eterno vocalista do Asa de Águia quase foi interrompida.
Convidado do podcast Elas em Cena, apresentado pelas irmãs Gabi, Nanda e Dani Brito, a estrela do axé revelou um dos momentos mais delicados da carreira, quando enfrentou um problema nas cordas vocais.
O episódio, ocorrido em 2003, fez com que Durval ficasse mais atento à própria saúde. Segundo o artista, o momento ligou um "alerta laranja" nele.
"Eu tive um problema de voz em 2003, 2004. Foi na passagem de 2003 para 2004, e eu precisei. Eu não tinha técnica nenhuma de cantar, quando eu fui em São Paulo, a fono, doutora Silvia Pinho, disse: 'você fala errado e canta errado'. E ela tinha razão, eu não sabia postura de respirar, não sabia quase nada", relembrou.
Durval conta que passou a conversar com outros artistas para que tomassem o mesmo cuidado que ele passou a tomar após o susto.
"A maioria dos artistas é assim. Tem que se preocupar com isso, porque chega uma hora que a garganta acende um sinal laranja, e eu tive esse problema em 2003/2004. Fui de 15 em 15 dias para São Paulo, fui muito disciplinado, então, com oito meses eu já estava zerado. As cordas vocais estavam bastante 'caceteadas', digamos assim. E aí eu aprendi a falar, aprendi a respirar, exercícios e nunca mais eu tive."
Para o artista, o retorno aos palcos após o susto foi um dos momentos mais emocionantes da carreira: "Eu não sabia se eu cantava ou se eu chorava".
O episódio completo do Elas em Cena com Durval Lelys vai ao ar nesta quarta-feira (24), às 19h, no canal do Bahia Notícias no YouTube. Clique no link abaixo para ativar a notificação sobre o episódio:
Salvador será palco da gravação do novo audiovisual da banda Benzadeus, e a escolha da capital baiana para esse momento especial para o grupo não foi em vão. A cidade recebe nesta quarta-feira (17), a partir das 16h, o grupo brasiliense para uma nova etapa da carreira.
A ligação entre a banda e Salvador é ancestral. Nascida em Brasília, a quase 1.500 km de Salvador, a banda formada por Magrão (vocal), Vinícius de Oliveira (reco e voz), Neném (pandeiro), Pedro das Sortes (surdo e voz) e Diego Pedigree (banjo e voz), acredita que a música fez com que a relação dos cinco integrantes com a cidade fosse ainda mais forte.
"Além da história incrível que existe dentro da Bahia, desde o primeiro momento em que pisamos aqui sentimos uma conexão muito forte com essa terra: o carinho do povo, a receptividade de todos. Sem falar na culinária, que é maravilhosa. Mas a música é o que mais nos envolve: o samba, o pagode, o axé. Então, quem não é fã de Salvador, bom sujeito não é", contou Magrão ao Bahia Notícias.
Em Salvador, a banda irá misturar o pagode brasiliense com os tons que fazem sentido por aqui, para além do samba. Entre os convidados especiais do projeto audiovisual que será gravado na capital estão Mari Fernandez, Suel, Pixote e os baianos Filipe Escandurras, J. Eskine e a banda Olodum.
Para o grupo, a mistura dos ritmos combina com a proposta da banda atualmente: alcançar pessoas. Com mais de 2 milhões de ouvintes mensais no Spotify, a banda quer atingir novos públicos em outros lugares.
Foto: Divulgação
"Acreditamos que a música é infinita, como um número. E quando conseguimos juntar artistas de gêneros diferentes para criar um único estilo, conseguimos agregar públicos distintos e gerar coisas novas. Essa soma sempre resulta em algo único", pontua Neném.
Nascido na pandemia, o grupo Benzadeus precisou andar com as próprias pernas rápido demais e entender como sair da tela do celular do público, em uma era de lives, para receber o calor no presencial, com shows em todo o Brasil.
Questionados sobre essa transição, Pedro das Sortes contou que a experiência foi enriquecedora e pouco amedrontadora.
"O calor do público é o que comanda os shows. Assim como existem as redes sociais e as plataformas digitais, no presencial a gente sente a energia de verdade. Ter as pessoas nos nossos shows, curtindo de perto, é uma das maiores realizações para nós. A transição da internet para os palcos foi muito importante, até porque hoje estamos viajando para outros lugares, conhecendo pessoas que também tinham essa vontade de ver o Benza a Deus de perto."
Comparado aos grandes nomes do pagode, a banda Benzadeus se torna um "neném", mas que vem caminhando a passos largos.
Apadrinhados pelos conterrâneos, o grupo Menos É Mais, a banda Benzadeus reforça a importância do apoio dentro da própria cena do pagode para o ritmo continuar em alta após tantos anos de história.
"O apadrinhamento sempre existiu no samba. Assim como o Exaltasamba tinha suas referências, e o Fundo de Quintal, que é pai da matéria para muita gente, sempre houve essa troca de carinho e reverência. É muito importante ter alguém que já chegou a um certo patamar e olha para trás para apoiar quem está começando, seja com palavras, com um convite ou simplesmente citando o nome. Isso ajuda muito. Como diz o ditado: “quem não é visto, não é lembrado”. Esse movimento de trazer para perto e fortalecer laços musicais faz toda a diferença", afirma Magrão.
O DVD que será gravado nesta quarta contará com oito faixas inéditas e a regravação de quatro clássicos. "Gravar no Pelourinho é a realização de um sonho antigo do grupo. Poder registrar nosso DVD nesse espaço é histórico para nós e para nossos fãs", pontua o vocalista.
Estar de volta a língua materna é motivo de comemoração para Wagner Moura. E ser uma das sensações do cinema mundial se tornou um bônus.
Estrela da produção 'O Agente Secreto', aposta brasileira para a campanha do Oscar em 2026, o baiano comemorou o fato de poder voltar a fazer um filme falando em português.
Wagner Moura acaba de chegar no Festival de Toronto. ???? pic.twitter.com/XMF5X5wLTE
— Acervo Wagner Moura (@acervowagmoura) September 8, 2025
Momentos antes da exibição do longa em no Tiff, o Festival de Cinema de Toronto, no Canadá, o artista falou sobre a experiência e comemorou os bons frutos que o filme de Klebber Mendonça Filho tem colhido.
"O caminho com esse filme tem sido tão incrível para mim. Eu estava incomodado que eu não tinha feito nada falando em português, minha língua, por 12 anos. E este filme foi a melhor forma de fazer isso, e com o Kleber (Mendonça Filho, o diretor), um cineasta que admiro tanto. É uma celebração, é o Recife... Ver o que aconteceu em Cannes (Wagner ganhou o prêmio de Melhor ator e Kleber ganhou como Melhor diretor), o filme tem sido muito bem recebido. Estou feliz por estar aqui."
Moura foi recebido no espaço ao som da música 'O Baiano', de O Kannalha, e brincou com a situação, ansiando pela estreia do filme em Salvador. "Você viu a Bahia ali? Ó... Se eu fosse você, eu ia na pré-estreia em Salvador. Aí é a Bahia, viu pai?", disse ele ao convencer Klebber Mendonça a ir no evento na capital baiana.
Salvador foi o cenário escolhido pela banda brasiliense Benzadeus, formado por Magrão (vocal), Vinícius de Oliveira (reco e voz), Neném (pandeiro), Pedro das Sortes (surdo e voz) e Diego Pedigree (banjo e voz), para gravar um projeto audiovisual que promete ser histórico para o grupo.
O show 'Na Rota do Benza no Pelô' acontecerá no dia 17 de setembro, a partir das 16h, no Largo do Pelourinho, com entrada gratuita.
“Estamos preparando um show muito especial, com músicas inéditas, releituras e convidados que admiramos demais. Queremos que o público viva uma experiência inesquecível com a gente, em um momento de energia e conexão única”, afirma Neném.
Para o show, o grupo convidou atrações de peso que farão participações especiais, entre eles estão Mari Fernandez, Olodum e Filipe Escandurras. De acordo com a produção, o público ainda será surpreendido com uma participação que só será revelada no dia da festa.
A escolha do Pelourinho como cenário não foi por acaso. Para os integrantes, o espaço carrega uma simbologia que dialoga diretamente com a história e a essência do pagode.
“Gravar no Pelourinho é a realização de um sonho antigo do grupo. Esse lugar respira arte, resistência e celebração, tudo aquilo que o pagode também representa. Poder registrar nosso DVD nesse espaço é histórico para nós e para os nossos fãs”, pontua Magrão, vocalista.
O cantor Jau irá celebrar o aniversário de 55 anos em grande estilo. O artista é uma das estrelas que irá se apresentar na Lavagem de la Madeleine, em Paris, uma das principais manifestações afro-brasileiras fora do país.
Jau embarca ao lado da banda Olodum e do cantor Armandinho Macêdo para participar da 24ª edição do evento, que acontece entre os dais 9 e 14 de setembro.
A agenda do artista para o mês de setembro conta ainda com shows em São Paulo na Casa de Francisca, no dia 25 de setembro, e uma edição especial do projeto 'Pôr do Jau', que será realizado no Museu de Arte Moderna da Bahia.
O evento, que acontecerá um dia após o aniversário do artista, no domingo, 28 de setembro, contará com uma apresentação especial do anfitrião e um show completo do sambista Jorge Aragão.
Os ingressos para a festa estão sendo vendidos no site TicketMaker e custam a partir de R$ 110 no segundo lote.
A cantora Cláudia Ferreira Lemos Oliveira, conhecida como Claudinha, destaque do forró na década de 2010, teve a morte confirmada no último final de semana aos 43 anos.
Claudinha, que ao longo da carreira integrou as bandas Desejo Musical, Superid e Contágio Musical, enfrentava um câncer e morreu em casa, cercada por familiares.
Por meio de nota compartilhada nas redes sociais, a família da cantora comunicou o falecimento.

"Recordaremos sua vida com carinho, compartilhando histórias e encontrando consolo na união. Que a Igreja seja um espaço de reflexão e acolhimento durante este momento difícil. Que o Espírito Santo de Deus e o legado e história da Nossa Miss. Cláudia, permaneça viva em nossas memórias."
Há alguns anos a artista deixou a carreira na música "secular", como é chamada a música não gospel, para seguir um caminho voltado à religião, atuando na Assembleia de Deus Ministério Madureira.
Shaquille O’Neal, um dos maiores nomes da história da NBA, virá ao Brasil em 2026 em um contexto diferente das quadras. O ex-jogador, quatro vezes campeão da liga e tricampeão como MVP das finais, foi confirmado como uma das atrações musicais do Lollapalooza de 2026, que acontece em março no Autódromo de Interlagos, em São Paulo.
No festival, O’Neal se apresentará como DJ Diesel, nome artístico inspirado em um de seus apelidos nos tempos de atleta. A participação foi divulgada nesta quinta-feira (28), na lista oficial da terceira edição do evento.
SHAQUILLE O'NEIL NA MÚSICA
A ligação de Shaq com a música começou antes da carreira como DJ, iniciada em 2015. Em 1993, durante sua segunda temporada na NBA, ele lançou o álbum de rap Shaq Diesel, que ultrapassou a marca de um milhão de cópias vendidas. Depois, gravou outros quatro discos e chegou a colaborar com artistas renomados, como Michael Jackson.
Desde 2023, DJ Diesel passou a se apresentar em grandes festivais internacionais e, no próximo ano, fará sua primeira performance no Brasil.
Fora das quadras, após a aposentadoria em 2011, O’Neal diversificou seus projetos. Foi acionista minoritário do Sacramento Kings entre 2013 e 2022, trabalhou como policial reserva na Flórida e investiu em diferentes negócios, incluindo redes de alimentação, academias e lava-jatos.
Durante sua trajetória na NBA, defendeu seis franquias: Orlando Magic, Los Angeles Lakers, Miami Heat, Phoenix Suns, Cleveland Cavaliers e Boston Celtics. Conquistou quatro títulos, disputou 15 All-Star Games e encerrou a carreira com 28.596 pontos e 13.099 rebotes. Pela seleção dos Estados Unidos, foi campeão olímpico em Atlanta 1996 e mundial em 1994, no Canadá.
A história de Antônio Luís Alves de Souza, mais conhecido como Neguinho do Samba, criador do samba-reggae e fundador de um dos grupos percussivos mais famosos do mundo, o Olodum, e da Didá, pode ser marcada para além da música e da mudança social promovida na capital baiana.
Um projeto de indicação foi apresentado na Câmara de Vereadores de Salvador e sugere a instalação de uma estátua de Neguinho do Samba no Pelourinho.
De acordo com a proposta, o ato "representa um importante ato de justiça histórica e cultural, pois ao eternizar a imagem de Antônio Luís Alves de Souza no coração do centro histórico da cidade, reconhece-se não apenas o legado de um músico extraordinário, mas também a força de um movimento que deu nova vida à cultura afro-baiana".
Foto: @zumviarquivofotografico
"A presença da sua estátua no Pelourinho não é apenas uma homenagem; é um gesto de reconhecimento da contribuição de Neguinho do Samba para a construção da identidade baiana e brasileira."
No texto de justificativa para a estátua, é ressaltado ainda a transformação musical promovida por Neguinho na Bahia, além do fortalecimento das comunidades negras da capital.

"Sua estátua no Pelourinho não é apenas uma homenagem; é um gesto de reconhecimento da contribuição de Neguinho do Samba para a construção da identidade baiana e brasileira, pois é também um convite à reflexão sobre a importância da preservação da memória cultural e da valorização dos artistas que transformam a realidade com arte, coragem e criatividade."
Entre as criações do músico estão, além do Olodum e do samba-reggae, está a Didá Escola de Música, espaço de formação musical e cidadã para meninas e mulheres negras.
"Considerando que a instalação da estátua em ponto estratégico do Pelourinho, território de referência da cultura afro-baiana e espaço de atuação contínua da Didá, do Olodum e de outros blocos afro, poderá ainda integrar projetos culturais, como o projeto 'Encontro de Tambores', criando uma ligação entre a homenagem física e o calendário cultural da cidade; Considerando que este projeto pretende estimular o turismo cultural, a educação patrimonial, o orgulho da negritude baiana, e criar um legado simbólico de luta, criatividade e transformação social deixado por Neguinho do Samba."
SAMBA-REGGAE COMO PATRIMÔNIO IMATERIAL DE SALVADOR
O gênero musical criado por Neguinho é considerado uma das células-mãe do Axé, o samba-reggae, e tem outro grande projeto de indicação correndo na Câmara de Salvador para o reconhecimento do ritmo.
Proposto por Silvio Humberto (PSOL), a ideia é transformar o estilo, uma fusão entre o reggae da Jamaica e o samba, patrimônio cultural do Brasil, um Patrimônio Imaterial da Cidade de Salvador.
Entende-se por patrimônio cultural imaterial as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas, instrumentos, objetos, artefatos e lugares culturais que as comunidades, os grupos e, em alguns casos, os indivíduos reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural, e são transmitidos de geração em geração.
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Ao Bahia Notícias, o cantor, compositor, músico e capoeirista Tonho Matéria, ex-Olodum e ex-Ara Ketu, falou sobre a importância de marcar o estilo como algo feito em Salvador e algo a ser preservado. Para o artista, o reconhecimento como patrimônio imaterial e a possibilidade do título mostra como o ritmo modificou o fazer musical e também teve impacto social.
"Isso é um brinde para a cultura percussiva da Bahia. Porque isso não só perpassa pelo Olodum, teve origem com o Neguinho do Samba, Mestre Jackson. Mas são os blocos que dão continuidade, os artistas que dão continuidade, os compositores. O samba-reggae hoje é um instrumento que sustenta uma cadeia produtiva muito gigante. E a gente precisa fortalecer mesmo."
O estilo único criado por Neguinho ultrapassou as fronteiras geográficas e se tornou apreciado em outros cantos do mundo, sendo associado a nomes como Paul Simon, o primeiro grande nome internacional a levar o Olodum para o mundo; Michael Jackson, Jimmy Clif e mais.
O samba-reggae também rendeu ao Olodum um exclusivo Grammy na categoria World Music em 1991, e consagrou a criação de mestre Neguinho do Samba no cenário musical internacional.
Caso a proposta apresentada pelo vereador Silvio Humberto (PSOL), seja aceita, o samba-reggae terá através do título de Patrimônio Imaterial de Salvador:
- A salvaguarda do patrimônio;
- O respeito ao patrimônio cultural imaterial das comunidades, grupos e indivíduos envolvidos;
- A conscientização no plano local, nacional e internacional da importância do patrimônio cultural imaterial e de seu reconhecimento recíproco;
- E a cooperação e a assistência internacionais.
A música não é o único talento de Paulinho Moska, 57 anos, que desembarca em Salvador nesta quinta-feira (14), para a abertura do Festival Palco Brasil, projeto promovido pela CAIXA e pelo Governo Federal, que traz para a capital baiana grandes nomes da Música Popular Brasileira.
Um dos talentos do carioca, apesar de viver a 1.631 km de distância da capital baiana, envolve a Bahia e a culinária. Filho de baianos e "casado" novamente com a bênção de Carlinhos Brown em pleno Carnaval de Salvador, o cantor, compositor e ator, se tornou o mestre das moquecas entre os amigos, “dom” conquistado pelas férias vividas no estado ao longo da infância e adolescência.
“Eu tenho milhões de histórias sobre Salvador. Meus pais são baianos. Eu nasci no Rio, mas meu sangue é baiano, minha genética é baiana. O meu indivisível é muito baiano. Tenho muitas histórias. Dos 0 aos 10 anos, eu passei meus verões em Mata de São João, que é ali, um pouco, duas horas para o interior da Praia do Forte, em Busca Vida, que era a praia que eu também ia com a minha família e vou até hoje para encontrar irmãos. [...] Eu cozinho uma moqueca para meus amigos aqui em casa, eles chamam de ‘Mosqueca’, já é tradicional no meu aniversário, faço há anos. E eu volto de viagem sempre com isopor cheio de quitutes baianos, do dendê à farofa, passando pela ostra e pelo siri catado”, contou.
Foto: Instagram
Já na música, sua área há mais de 30 anos, Moska viu o nascimento de um dos movimentos mais importantes da cultura baiana. “Pulei muitos carnavais, vi o Axé Music nascer diretamente na rua, na pipoca. Os primeiros trios de Luiz Caldas, o grupo Eva, Daniela, vi Chiclete. As minhas primas me mandavam as fitas das músicas novas para eu já chegar cantando e dançando, fazendo a coreografia”.
E assim como as transformações da própria música baiana, Moska pauta a vida, dentro e fora dos palcos, nas mudanças constantes, mas sem perder a essência. Questionado pelo Bahia Notícias quantas vidas ele tem, em uma referência a um dos clássicos do cantor, de 2010, além da vida na Bahia, o artista pontua que o interessante de estar vivo é justamente poder apresentar várias versões de si e se encontrar por diversas vezes.
“Eu acho que não só a minha vida, mas a vida de cada um de nós carrega muitas vidas, muitos fins e muitos recomeços. A vida é diversa, a natureza é diversa. Então, para a gente estar vivo dentro da natureza, a gente também precisa exercer e exercitar dentro da nossa trajetória de vida, essa experiência das mudanças, de ser vários. Que prisão horrorosa é essa de ser uma pessoa presa dentro do seu corpo? Acho que o retrato principal da minha carreira/obra/vida, é de estar o tempo inteiro procurando novidades através de uma curiosidade crônica que só melhora a minha relação com a vida. Eu estou sempre surpreso, eu estou sempre empolgado, porque estou sempre cercado de novidades. Eu mudo meus hábitos, então, eu mudo também a maneira do meu artista se manifestar a partir da consequência da minha curiosidade como ser humano. Eu não enxergo a vida como algo estagnado.”
Moska, que já é considerado de uma geração anterior, entendendo como “nova geração” os artistas que surgiram nos últimos 10 anos, falou sobre a oportunidade de compartilhar experiências com o público e com novos artistas em projetos como o Festival Palco Brasil e ao redor do país com outros shows.
“Eu também já fui uma nova geração e fui abraçado por muitos de gerações antigas e depois reverenciado por gerações novas, então eu acho que a música ela constrói uma família paralela, sabe? Porque os músicos vão se conhecendo, vão se admirando, vão aprendendo uns com os outros. É um abraço que festeja esse mesmo caminho escolhido para amar, sabe? O artista demonstra o seu amor pela vida quando ele pratica a sua experiência artística. E é nessa prática que ele estabelece essas relações de admiração e amizade familiar.”
Pai de dois filhos, o artista conta que conheceu diversos nomes da nova geração através dos herdeiros e está sempre conhecendo novos artistas. Para Moska, não existe a possibilidade de não estar conectado com o mundo musical para ninguém.
“Eu tenho dois filhos, um de 28 e outro de 14. Eles escutam músicas diferentes, por causa das gerações. E os dois me apresentam novidades. Eu conheci muita gente, da nova geração, através da série que eu apresentei por 10 anos no Canal Brasil, Zoombido. Então, eu só posso agradecer esse abraço que lhe dão e o abraço que eu dei também, e que dou porque é isso, a música é uma mola, algo que impulsiona a vida de todo mundo. Ninguém vive sem música, a música é como o ar que a gente respira, ele está aí flutuando e frequentemente nos emocionando.”
Foto: Evelyn Kosta/TV Globo
Com mais de 286 obras registradas no Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), além das regravações disponíveis nos serviços de streaming que ultrapassam 100, Paulinho falou sobre a possibilidade de parar na música, seja compondo ou cantando.
Questionado pelo site sobre a principal motivação para seguir com a carreira musical, o artista afirma que a música faz parte do que ele é.
“Eu acho que o maior motivo, e essa palavra é muito importante para mim, eu acho que ela está sempre em oposição ao objetivo. Porque quando a gente [diz]: ‘Você tem que ter um objetivo na vida, senão você não chega a lugar nenhum’, eu discordo. O que a gente tem que ter é motivo, o objetivo é que causa frustração, porque quando você coloca um objetivo e você não o alcança, isso te deixa frustrado. Quando você avança na vida é porque tem um motivo, ou seja, algo te move. Já não interessa onde você vai chegar. Você está feliz por estar se movendo. Então, assim, para mim, o grande motivo de escrever canções é justamente o movimento que ela me oferece em relação à vida. Se eu parar de compor, eu paro de viver. Para mim, não existe isso de parar de compor. Enquanto eu tiver vida, eu estou compondo.”
“Entre tanto tic-tac e tanto big bang, nós realmente somos um grão de sal no mar do céu. Mas, calma. Tudo está em calma…”
Para encerrar a entrevista, a repórter que vos escreve decidiu brincar, mais uma vez, com um dos maiores sucessos da carreira de Paulinho Moska, 'A Seta e O Alvo', de (1997) e repetir a pergunta do milhão feita pelo compositor na canção: "Me diz qual é a graça de já saber o fim da estrada, quando se parte rumo ao nada?"
Para Paulinho, a pergunta não tem uma resposta correta para a questão. "Qualquer um pode criar o seu próprio sentido com as frases. Eu não sou dono do sentido dos outros [...] A metáfora é isso, uma frase que você constrói e onde cada um pode dar o seu sentido porque ela não é fechada", diz o artista.
Ao site, o cantor explicou a versão dele para a metáfora e a lição que tirou da própria canção: viva o agora.
"No fundo, nós todos estamos, quando nascemos, estamos indo ao nada. O nada, para mim, nessa frase, o nada é o fim. A morte, o nada. Eu sou ateu, eu não acredito em vida depois da morte. E isso não é um defeito. Isso para mim é uma qualidade, porque a partir do momento que eu não acredito que existe a vida depois da morte, eu faço dessa vida uma vida maravilhosa. Eu faço dessa vida finita uma vida onde o bem, o amor, a paixão, a felicidade, a alegria, a amizade, tudo tem que acontecer agora, porque eu não terei outra chance. A finitude me oferece a melhor vida. De concreto mesmo, só o agora. É no agora que a gente tem que colocar a intensidade da vida.”
Com ingressos esgotados para as duas apresentações em Salvador neste final de semana, Paulinho Moska revelou ao site que promete voltar para a capital em um futuro próximo. “Tá na hora de eu ir mais para a Bahia, né?”, disse aos risos, mas com firmeza para cumprir a promessa.
A festa Quintal Du Samba, que acontecerá em Salvador neste final de semana, ganhou um novo local.
O evento, que será realizado no sábado (9), e tinha como endereço a Igreja e Convento de Santa Clara do Desterro, em Nazaré, agora irá acontecer no Porto Salvador, no Comércio.
A mudança acontece por questões de logísticas, já que no mesmo dia, a capital baiana receberá o jogo Bahia x Fluminense, pela 19º rodada do Campeonato Brasileiro, na Fonte Nova.
"Ser o maior samba itinerante da cidade tem seus percalços. Mas até nas dificuldades, o próximo vai ser sempre o melhor! Sábado temos encontro marcado no Porto Salvador", informou a equipe.
A festa contará com shows de Mary Correia, do cantor e compositor Diggo com o projeto 'PagoDiggo', além do show de Beto Jamaica com o projeto 'Movimento do Beto'.
O público também poderá curtir a discotecagem de Gabi da OXE, que comandará o esquenta e irá agitar o espaço nos intervalos de cada banda.
O ‘Quintal du Samba’ é uma realização da LABentretenimento, Pinguim ICE e Isé; e conta com o patrocínio da Beefeater London, Amstel, Pernod Ricard e Raízen Açaí. Os ingressos estão sendo vendidos no site Bilheteria Digital e custam R$ 85 no 4º lote.
O samba de roda e o partido alto darão o tom do sábado (9) no Convento da Santa Clara do Desterro, com mais uma edição da festa 'Quintal Du Samba'.
A festa, que se tornou queridinha entre o público soteropolitano, contará com atração de Sergipe para agitar o evento, que terá ainda apresentações de do Movimento do Beto e do PagoDiggo.
Antes do samba rolar, a DJ Gabi da OXE comanda o esquenta a partir das 18h, retornando durante os intervalos entre artistas e no ‘after’ da edição.
A estreante da vez, que sobe ao palco às 19h, é a cantora sergipana Mary Correia, que abre a roda de samba em 360º, cantando os clássicos do pagode romântico e do samba-canção brasileiro.
Na sequência, é a vez do cantor e compositor Diggo agitar a festa, e a última atração com banda será do veterano Beto Jamaica, com o projeto Movimento do Beto, ao lado de Jean Oliver, Negão Jamaica, Pagode da Choca, Caboquinho e Juninho Movimento.
Os ingressos para a festa estão sendo vendidos no site Bilheteria Digital, e custam R$ 80 no terceiro lote.
A capital baiana receberá no próximo dia 15 de agosto o show da banda cuiabana Vanguart, um dos nomes mais expressivos da música alternativa brasileira.
Com a turnê “Dois Cantos”, o grupo se apresenta em Salvador no Teatro Jorge Amado, a partir das 19h, em formato acústico e intimista, sendo a primeira cidade do Nordeste a receber o evento.
Os músicos Hélio Flanders e Reginaldo Lincoln se revezam entre voz e instrumentos como violão, bandolim, trompete, gaita e piano, em interpretações que ressaltam a poesia e o som folk característico do Vanguart.
Para a banda, essa nova proposta consegue convidar o público a uma imersão nas histórias, melodias e emoções que marcaram gerações.
No repertório, canções emblemáticas como Semáforo, Oceano Rubi, Meu Sol e Demorou pra Ser ganham versões acústicas e emocionantes. “Sempre funcionou para nós esse formato mais despojado, onde as canções saltam à frente dos arranjos, com urgência”, diz Hélio.
“A existência dessas músicas se confunde com a nossa própria, e sentir que o público as reverbera com tanta intensidade é de uma grandeza imensurável”, completa Reginaldo.
Os ingressos estão sendo vendidos no Sympla e custam a partir de R$ 55.
O projeto ‘Imersão Som por Elas’, promovido pela plataforma Pagode por Elas, realiza a segunda edição neste sábado (26), a segunda edição com atividades formativas gratuitas para mulheres que atuam na indústria musical, com foco especial na gestão de carreira, financeira e de eventos.
A programação, que acontecerá no Espaço Xisto Bahia, em Barris, às 14h, inclui oficinas e mesas de debate, e um dos destaques é a participação da empresária da música e produtora cultural Marcela Silva, que ministrará a Oficina de Gestão de Carreiras e participará do debate sobre "Sustentabilidade Criativa de Carreiras e Projetos Independentes". As inscrições podem ser feitas no site Sympla.

Natural de Inhambupe, Bahia, Marcela é reconhecida por sua experiência em gestão artística e produção cultural. Com formação em Administração de Empresas, especialização em Finanças e MBA em Marketing e Planejamento Estratégico, ela tem se destacado na cena cultural baiana por seu trabalho com artistas negros, periféricos e da comunidade LGBTQIAPN+.
A trajetória da produtora inclui a produção e articulação da programação musical do Salvador Black Film Festival em 2019, a participação no projeto "Pocket da Virada", e a gestão de artistas como Melly, Nêssa e Felipe Barros. Atualmente, Marcela gerencia as carreiras da cantora Cinara, indicada ao Prêmio R&B Brasil, e do cantor e compositor Zai.
"Esses trabalhos consolidaram minha atuação na gestão artística e abriram caminho para projetos mais autorais e estruturantes", afirma Marcela. "Hoje, à frente dessas produções, sigo fortalecendo narrativas que ressignificam o mercado da música brasileira com afeto, estratégia e representatividade."
Ainda na programação do evento, as participantes terão a oportunidade de aprofundar seus conhecimentos na Oficina de Gestão de Eventos Complexos e na dinâmica de Gestão Financeira para Negócios da Música, além de debaterem sobre Projetos Criativos e Artísticos.
Deixar a Bahia para conseguir tocar nas rádios de todo o Brasil não é mais uma necessidade para quem vive de música. A realidade é outra, ainda que em passos lentos, mas já é percebida por quem precisou fazer este caminho para conquistar o país.
Convidada do 'Negritudes', evento promovido pela Globo em Salvador nesta quinta-feira (24), a cantora Luedji Luna fez uma análise do cenário atual da música baiana e aponta uma evolução quando se fala em exportar a música para o país.
Ao Bahia Notícias, a artista relembrou que precisou sair do estado para conquistar o espaço que ocupa atualmente, mas percebe que novos nomes estão fazendo um outro caminho e que tem dado bons frutos.
"Eu precisei sair de Salvador para fazer a música que eu faço. E hoje a gente tem, por exemplo, a Melly, que mora aqui em Salvador e faz uma música que só ela faz, muito original, com várias referências, com referência de Bahia, com referência da diáspora negra norte-americana, na R&B, etc, rap. Então, sim, eu acho que em passos lentos, mas sim, houve muita mudança", contou.
No evento, a artista divide espaço com outros grandes nomes da potente música baiana, como Melly, com quem ela pensa em uma parceria musical, e Mariene de Castro.
Mas, para além do palco no debate desta quinta (24), Luedji irá dividir o palco na música com outros nomes em um show gratuito para o público em Salvador que acontecerá no domingo (27), e contará com a participação de Larissa Luz, Majur, Mariene de Castro e Rachel Reis.
Ao BN, a cantora celebrou o convite feito por Larissa, que dirigiu o projeto e reuniu a força feminina baiana, algo que é forte para Luedji em seu discurso musical e pessoal.
"Eu acho muito bonito a gente poder ter como referências as nossas contemporâneas e perceber que a gente faz parte de uma geração muito rica que está conseguindo se realizar. Uma geração de mulheres negras que estão conseguindo prosperar na música, se realizar, ter visibilidade em várias áreas. Eu fico muito feliz, muito honrada de estar participando desse show e de fazer parte dessa geração, que é uma geração assim, que eu digo que é continuidade, sabe? Continuidade de uma história anterior à nossa."
O Lollapalooza Brasil anunciou nesta terça-feira (22) as datas da edição de 2026 do festival. Mais um ano sendo realizado no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, o evento acontecerá nos dias 20, 21 e 22 de março.
Outra grande novidade anunciada para o público foi uma nova modalidade de ingressos. De acordo com a organização do festival, a modalidade 'LollaLovers' foi pensada na experiência do fã que quer curtir os 3 dias de evento.
O LollaLovers é uma entrada pessoal, limitada a um ingresso por CPF, e intransferível. Além da isenção da taxa de conveniência e do valor mais acessível para o evento, a modalidade contará também com acesso preferencial ao festival, 20% de desconto na compra antecipada de bebidas pelo aplicativo oficial e um pôster comemorativo do Lollapalooza Brasil 2026.
Será possível adquirir também o Lolla Pass, o passe para os 3 dias de festival. Os ingressos estão sendo vendidos no site da Ticketmaster Brasila partir de R$ 792.
Na última edição, o Lollapalooza Brasil trouxe ao público shows de Olivia Rodrigo, Justin Timberlake, Alanis Morissette, Shawn Mendes, Jão, Tate McRae, Benson Boone, Jovem Dionisio, Terno Rei, Marina Lina, Inhaler e outros.
A grade de atrações da edição de 2026 deve ser anunciada nos próximos meses.
A cantora Marília Mendonça completaria 30 anos nesta terça-feira, 22 de julho, se não fosse uma das vítimas do trágico acidente aéreo que vitimou outras 4 pessoas em novembro de 2021.
Eterna em suas músicas, a artista, que se transformou na Rainha da Sofrência, deixou um legado impactante para a música brasileira.
De acordo com o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição, a artista tinha 349 obras musicais registradas e 520 gravações cadastradas no banco de dados.
A música 'Todo Mundo Menos Você', em parceria com Maiara e Maraisa, lidera o ranking de execuções públicas no país, incluindo rádios, shows e eventos.
Enquanto a canção 'O que Falta em Você Sou Eu', com 26 regravações, é a obra mais reinterpretada por outros artistas.
Segundo o Ecad, entre as músicas mais tocadas da cantora estão 'Presepada', 'Troca de Calçada', e 'Infiel', que também é uma das mais regravadas.
Já nessa lista de regravações, chama a atenção músicas que a sertaneja fez para outros artistas, como 'Calma', popularizada na voz de Jorge e Mateus, e 'Cuida Bem Dela' ou 'Faça Ela Feliz', gravada pela dupla Henrique e Juliano.
Confira lista completa das músicas mais regravadas
1- "O Que Falta em Você Sou Eu" – Marília Mendonça / Del Vecchio / Juliano Tchula / Frederico Nunes
2- "Infiel" – Marília Mendonça
3- "Até Você Voltar" – Marília Mendonça / Juliano Tchula
4- "Faça Ela Feliz" – Marília Mendonça / Maraísa / Daniel Rangel / Juliano Tchula
5- "De Quem É a Culpa" – Marília Mendonça / Juliano Tchula
6- "Calma" – Marília Mendonça / Elcio di Carvalho / Fred Willian / Daniel Gustavo
Confira lista completa das músicas mais tocadas em shows:
1- "Todo Mundo Menos Você" – Marília Mendonça / Maiara / Maraísa
2- "Presepada" – Marília Mendonça / Maraísa
3- "Troca de Calçada" – Marília Mendonça / Vitor / Juliano Tchula
4- "Infiel" – Marília Mendonça
5- "A Flor e o Beija-Flor" – Marília Mendonça / Juliano Tchula
6- "De Quem É a Culpa" – Marília Mendonça / Juliano Tchula
7- "Até Você Voltar" – Marília Mendonça / Juliano Tchula
8- "Quero Você do Jeito que Quiser" – Maiara / Marília Mendonça / Maraísa
9- "Faça Ela Feliz" – Marília Mendonça / Maraísa / Daniel Rangel / Juliano Tchula
10- "Rosa Embriagada" – Marília Mendonça / Juliano Tchula
O cantor Jamil Chaim Alves, conhecido popularmente como Diumbanda, nome artístico do ex-soldado Zacarias, anunciou a saída da banda Companhia do Pagode.
Por meio de um comunicado divulgado nesta segunda-feira (21), nas redes sociais, o grupo de pagode, um dos mais tradicionais da música baiana, responsável pelo sucesso 'Boquinha da Garrafa', informou a saída do veterano.
VÍDEO: Diumbanda anuncia saída da Cia do Pagode para seguir carreira solo com novo projeto
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) July 21, 2025
CONFIRA??????? pic.twitter.com/OD5Ln2do7P
"Hoje encerramos um ciclo com muita gratidão. Obrigado Diumbanda! Desejamos muito sucesso em sua caminhada", diz a legenda da postagem.
A última apresentação do artista a frente da banda aconteceu em Paranã, no Tocantins, no último final de semana. Segundo o artista, em sua nova etapa, ele estará nos palcos com um projeto solo de samba de roda.
"Só tive alegrias e vou sair com alegrias. Aprendi muito com a Companhia do Pagode [...] Hoje encerra o meu ciclo aqui, graças a Deus, em paz, venho com um projeto novo, Diumbanda canta samba de roda e aguardo todos vocês. Só agradecer a Deus e aos orixás por poder trabalhar com esse elenco sensacional."
O grupo segue com a agenda de shows tendo Negão Jamaica como vocalista.
"Duas sanfonadas e acabou o forró...". A frase, que tem a música como objeto - mas é utilizada por internautas para falar sobre a brevidade das coisas, mais especificamente sobre relações sexuais -, aplica-se também ao objeto original da oração: a canção.
Você piscou e a música acabou. Não, não é uma impressão. As músicas realmente ficaram mais curtas nos últimos anos, e estudos, como o da Universidade da Califórnia mostram que a tendência é que as canções continuem a ter o tempo reduzido, similar ao de um jingle em uma campanha publicitária, por exemplo.
Mas esqueça 'Cheiro de Amor', interpretada por Maria Bethânia, pensada por Duda Mendonça como jingle do Motel Le Royale, de Salvador. As músicas tendem a ser mais curtas do que os 2:22 minutos da canção de Bethânia, com uma minutagem que não chega, por vezes, nem aos 60 segundos.
Ao Bahia Notícias, Marcelinho Oliveira, produtor musical, arranjador, diretor musical e compositor da Banda EVA, pontuou que a mudança na duração da música tem ligação com a adaptação ao mercado atual no sentido do consumo.
“Acho que mudou drasticamente nos últimos anos. Eu tenho 23 anos de carreira, o comportamento mudou muito, e eu acho que a forma que se escuta a música também. Antigamente as pessoas paravam para ouvir um disco e escutavam o disco durante um mês inteiro, escutavam a música em CD players. Hoje em dia as pessoas escutam 3, 4, 5 álbuns em um dia ou uma playlist com dezenas de músicas em um dia, isso já é uma mudança de comportamento. E com relação às plataformas de streaming, como TikTok, Instagram, principalmente, se dá porque as pessoas não têm tempo para poder escutar uma introdução, as pessoas têm que resolver isso de uma forma extremamente rápida.”
Marcelinho Oliveira (Foto: Instagram)
Para o cantor Gustavo Mioto, em entrevista ao site no início do ano, é uma prova do imediatismo da geração. “Hoje, temos músicas mais curtas, e antes eram mais longas. A nova geração não tem paciência para nada. Se não foi consertado na raiz, é impossível reverter. Precisamos descobrir maneiras novas de prender a atenção em três minutos, com textos mais curtos e profundos”.
O artista acredita que este seja um caminho sem volta. Dados do relatório Chartmetric 2024 Year in Music Report, divulgados no início deste ano, mostraram que a duração média das faixas executadas no Spotify caiu para aproximadamente 3 minutos, uma redução de 15 segundos em relação ao ano anterior e 30 segundos a menos que em 2019.
Já os estudiosos norte-americanos da Universidade da Califórnia, que analisaram 160 mil faixas disponíveis no Spotify, constataram que a duração média das músicas diminuiu um minuto e três segundos entre as décadas de 1990 e 2020.
Foto: Chartmetric
Músicas longas chegaram a ser um problema para grandes artistas, como a banda Queen, por exemplo, que foi aconselhada a não colocar 'Bohemian Rhapsody' como single por ter 5:52, algo incomum para as rádios. O plot twist? A canção é um dos maiores sucessos da banda britânica.
Em 2024, isso não é mais um problema. A música mais curta registrada no Spotify foi a faixa 'clip 1' da banda A-Reece, com 00:32. No Brasil, das cinco músicas mais ouvidas no TOP Brasil do Spotify no mês de julho, apenas uma consegue chegar a 3 minutos:
- FAMOSINHA - Dj Caio Vieira, MC Keno K, Mc Rodrigo do CN (2:12)
- P do Pecado - Grupo Menos É Mais, Simone Mendes (3:10)
- Tubarões - Diego & Victor Hugo (2:42)
- Artista Genérico - Veigh, Supernova Ent (2:30)
- Eu Vou na Sua Casa - Felipe Amorin, Vitão, BIN, Malibu (2:57)

Entre os motivos elencados por especialistas estão a forma como os serviços de streaming contam a reprodução da canção. Em algumas plataformas, a execução de uma música é contada após cerca de 30 segundos. Desta forma, uma música curta tem mais chances de ser ouvidas várias vezes, tornando ela um hit “orgânico”, mesmo ela tendo sido pensada com a finalidade de ser viral.
Para Marcelinho, esta é uma questão geracional: “Tem gente que não curte muito essa rapidez, mas é uma galera que também não adere a esse comportamento, são pessoas mais velhas, que escutam música com mais tempo, param para poder escutar. Às vezes eu quero escutar uma música pop, eu acabo me deparando com essa realidade e às vezes eu quero escutar uma música mais MPB, mais antiga, que tem uma introdução bacana, que tem um solo bacana também e tal. Isso vai muito desse poder de escolha que a gente tem de uma forma geral”.
Ao Bahia Notícias, o cantor e compositor Diggo fez uma análise do mercado. Responsável por sucessos como 'Dengo' (2:34), 'Abaixa Que É Tiro' (2:37), e 'Xuxu' (2:52), o artista acredita que a redução na duração da música tem a ver com o consumo do público.
"Eu acho que isso vai piorar. Porque com o avanço da tecnologia, como tudo é muito rápido, para você mudar uma música hoje é frações de segundos, então, se realmente essa música não for... a música não começar logo, ou se a música não for rápida, ele vai passar a música. Se ele não gostar, ele vai passar logo, é tudo muito prático", afirma.
Para o artista, o "tempo de vida" da canção, com o advento das redes sociais, também se tornou mais curto; dessa forma, os cantores e produtores passaram a trabalhar cada vez mais em canções mais curtas, mas com possibilidades de se tornarem virais, para conseguirem sobreviver no "hype".
"Antigamente para você ouvir uma música tinha que ser na rádio, você tinha um CD. Então, para a gente é ruim. É ruim porque acaba que a gente tem que lançar coisas em pouco tempo, né? Enquanto a música durava 6 meses, 1 ano, hoje a música dura 1 mês, 2 meses. E a gente não tem muito que fazer, né? Tem que se ajustar", avalia Diggo.
Marcelinho cita que um dos maiores desafios atualmente é se adaptar ao tempo curto de uma canção para prender o público sem perder a identidade do artista.
“Como produtor musical é um desafio também você compactar as ideias. Acaba, em parte, perdendo uma construção musical, mas é o que está acontecendo. Em 20 segundos você tem que ter um refrão no mundo atual, o pop. As pessoas estão consumindo rápido, a gente tem que fazer uma coisa mais rápida também, e tentar bater de frente com isso é desleal. Porque é como as pessoas se comportam atualmente.”
Rafinha RSQ (Foto: Instagram)
O tópico já era pauta no Bahia Notícias desde 2021. Naquele ano, o site fez uma entrevista com o produtor musical Rafinha RSQ, compositor de grandes hits da atualidade, que falou sobre como as novas tecnologias interferiam na produção de músicas, e citou justamente a questão apontada por Diggo: o sucesso quase passageiro das canções.
"A nova forma de fazer música, da parte positiva, é que muitas pessoas anônimas e muitos artistas alternativos e independentes, que não têm grandes produtores e empresários, conseguem ter a possibilidade de estourar. A parte negativa é que está tudo indo embora muito rápido, e eu estou ficando desesperado com isso. A fase negativa é: você fica uma semana vendo a mesma música, chega uma hora que sua cabeça já está cansada da mesma música. E aí o que acontece? As pessoas param de dar play, tomam pavor da música. É muito desesperador", disse ao site na época.
O fenômeno das músicas curtas chama atenção no gênero Pop e tem forte influência das redes sociais, que limitam a duração dos vídeos a 60 segundos, fazendo com que seja escolhido o trecho mais impactante da canção para servir de trilha sonora do registro.
A repetição exaustiva de um trecho faz com que ela viralize, conquistando o amor de alguns e o ódio de outros. E em questão de dias, em alguns casos, de semanas, a canção já é datada como algo velho para a rapidez da internet, que, neste meio tempo, já encontrou outro sucesso viral com menos de 3 minutos para chamar de novo amor.
Não é mentira quando se fala de música "para caber nos stories”. Faixas com introduções longas já não prendem mais a nova geração e tem menos chance de viralizar. Já as que vão direto ao ponto, podem encaixar perfeitamente nos 60 segundos de um vídeo para o TikTok e se tornar o novo hit do momento.
Ao Bahia Notícias, o cantor, compositor e multi-instrumentista Jorge Vercillo já tinha deixado uma dica para a nova geração: a busca por um bom trabalho e não apenas o foco na popularidade das redes sociais, a se restringir a um trabalho guiado pela nova tecnologia.
Foto: Instagram
"Quero que eles se concentrem na qualidade da música que eles querem fazer e não apenas na quantidade de seguidores, de plays. Porque a quantidade não é a qualidade, e é muito mais importante; o que vai garantir que esse conteúdo vai perdurar é a qualidade. O que vai definir a permanência dele no mercado é esse diferencial. Tem muitos jovens talentosos que vêm me procurar, mas sempre em busca de um hit, e eu acho que acaba ficando na mesmice. Os jovens têm muitas ideias boas e essas músicas não necessariamente precisam ser apenas sintéticas."
No entanto, no meio de tudo isso, o lado bom das plataformas digitais, citado por Rafinha RSQ em 2021, segue tendo grande impacto para os artistas. Um relatório feito pela Luminate, divulgado em fevereiro deste ano, apontou que "o TikTok é um impulsionador-chave para a descoberta de músicas, monetização e sucesso nas paradas".
Os dados indicaram ainda que 84% das músicas que entraram na Billboard Global 200 em 2024 viralizaram no TikTok primeiro, além de apontar que os usuários do TikTok nos EUA têm 74% mais chances de descobrir e compartilhar novas músicas em plataformas sociais e de vídeo curto do que o usuário médio de plataformas de vídeos curtos.
“Eu tenho uma filha e eu vejo que ela escuta muito a música em muito pouco tempo, ela tem nove anos de idade. É uma quantidade de informações que a gente tem hoje que, se comparado ao que se tinha há 10, 20, 30 anos, é um absurdo. Então, acho que hoje se dá muito por isso também, pelo comportamento de quem consome o pop. Não é só sobre uma pessoa, é sobre uma geração”, avalia Marcelinho.
O fato é que, sendo curta ou sendo longa, se uma música é para ser sucesso, ela vai conseguir brilhar: “Existem vários motivos para que uma música seja sucesso por vários ingredientes que a própria música tem”, garante o produtor.
Netinho, de 59 anos, emocionou os fãs ao compartilhar o primeiro registro em um ensaio de banda após o tratamento contra o câncer linfático. O cantor se reuniu com parte da banda na última quinta-feira (17), em Salvador e celebrou a retomada da carreira musical.
No texto, o intérprete de 'Capricho dos Deuses' falou sobre as dificuldades encontradas para retomar a rotina, entre elas a questão da voz, que ficou "parada" para este tipo de exercício, e revelou estar empolgado para o reencontro com o público nos shows.
"Foi ontem à tarde o primeiro ensaio com minha banda depois de 5 meses sem cantar. Ainda superando dois desafios: 1 - recuperando meu tônus muscular de antes da quimioterapia. Como as cordas vocais são músculos, ainda não tenho a potência de voz que tinha antes do tratamento, pois toda a musculatura do corpo sofre com a quimioterapia. Logo terei! 2 - minha voz ainda está com rouquidão por causa do ar condicionado muito gelado da semi-UTI onde fiquei 5 meses. Aos poucos essa rouquidão está indo embora", contou.
O cantor explicou que se sentiu um pouco perdido pela ausência do guitarrista dele no ensaio. "Meu guitarrista não pode ir ao ensaio ontem. Cantei sem minha referência, pois, desde sempre, me baseei na guitarra para cantar. Que saudade eu estava sentindo dos ensaios".
Netinho ainda não anunciou quando será o primeiro show dele após a "cura" do câncer. O termo está entre aspas porque a remissão total de um tumor só pode ser dada após cinco anos do tratamento.
Os planos são para que o show aconteça em Aracaju, com "Axé raiz PURO, sem qualquer vulgaridade ou baixaria".
A cantora norte-americana Connie Francis, dona do sucesso 'Pretty Little Baby', lançado nos anos 60, e que voltou a viralizar nas redes sociais em 2025, teve a morte confirmada nesta quinta-feira (17).
Em um comunicado compartilhado pelo amigo e repostado pela página oficial da cantora, foi informado que a artista faleceu na quarta (16), após um período internada com dor extrema.
“É com o coração pesado e extrema tristeza que informo o falecimento da minha querida amiga Connie Francis na noite passada. Eu sei que Connie aprovaria que seus fãs estivessem entre os primeiros a saber desta triste notícia. Mais detalhes serão divulgados posteriormente”, escreveu Ron Roberts.
Connie se tornou uma sensação no Tiktok após mais de 60 anos depois do lançamento da canção. A música 'Pretty Little Baby', lançada quando ela tinha 23 anos, chegou a ser reproduzida mais de 2 milhões de vezes na plataforma chinesa.
Em junho, Connie agradeceu nominalmente a alguns artistas pela viralização da música, entre eles, Timothée Chalamet, Ariana Grande e Taylor Swift.
"Meus agradecimentos a todos pela enorme recepção que deram a 'Pretty Little Baby'. Tenho o prazer de me juntar à comunidade TikTok e compartilhar esse momento com vocês."
Entre as gravações de Connie está uma versão da música "Deixa isso pra lá", do brasileiro Jair Rodrigues.
A cantora e compositora Liniker, reconhecida como cidadã soteropolitana pela Câmara Municipal de Salvador, anunciou o lançamento de uma música inédita composta por Gilberto Gil.
Intitulada “When The Wind Blows”, a faixa foi escrita pelo Imortal há quase quatro décadas.
Nas redes sociais, Liniker compartilhou um áudio enviado por Gil, com o convite para dar voz a canção. "Eu fiquei me lembrando de uma música que há muitos anos eu pensei em gravar e acabei não gravando. Acho que vai ficar muito interessante com seu jeito próprio de cantar", diz o baiano.
Liniker, que subiu ao palco da turnê Tempo Rei como convidada de Gil, ainda celebrou a colaboração com o artista e falou sobre a relação entre ela e o cantor. "Começou como referência e admiração, e virou parceria musical. Que honra poder escrever mais um capítulo da minha e da sua história, Gilberto Gil".
A canção será lançada nesta quarta-feira (16), com direito a videoclipe no canal de Liniker, a partir das 19h. Já nas plataformas de streaming, a música estará disponível às 21h.
A despedida de Gilberto Gil dos palcos se tornou destaque internacional com uma reportagem no The New York Times, prestigiado jornal dos Estados Unidos.
A matéria assinada pela jornalista Jill Langlois fala sobre a turnê 'Tempo Rei', que teve início em Salvador e já foi apresentada 13 vezes em diversos estados do Brasil. No texto, a repórter fala sobre a experiência de ter assistido ao show no Allianz Parque, em São Paulo, no mês de abril.
"E ao longo dos anos, seja sua imagem como um incentivador da juventude ou um filósofo perspicaz, ele o fez. Mesmo quando Gilberto Gil esteve no palco em São Paulo, em abril, durante sua turnê de despedida, foi a eloquência de suas palavras e as memórias que sua música evocava que cativaram 50 mil fãs.”
Gil fala sobe a despedida e afirma que apesar de ser um último capítulo da carreira, a música dele permanece, como diz o título da publicação.
"As classificações de ‘última turnê’, ‘último capítulo’, ‘fim de carreira’ são todas válidas. Estou essencialmente em uma excursão que encerrará um ciclo que durou mais de 60 anos [...] Mas a decisão de se afastar das apresentações ao vivo não é um retrocesso em relação à música. É uma forma de se reconectar com ela."
A turnê Tempo Rei, realização da 30e em parceria com a Gege Produções Artística, ainda tem 10 datas, sendo 6 delas, extra em cidades onde ele já se apresentou, com exceção de Recife. Salvador, que foi a cidade que recebeu o primeiro show, ainda não ganhou uma nova data.
Além dos shows em estádios, o artista terá uma edição do show em alto mar com o 'Navio Tempo Rei', que acontecerá entre os dias 1º a 4 de dezembro de 2025.
A cantora Claudia Leitte celebra nesta quinta-feira (10), 45 anos de vida e mais de duas décadas de música, e desse tempo nos palcos e trios, a artista, que tem mais de 820 gravações cadastradas no Escritório Central de Arrecadação e Distribuição, parte delas tem o nome da artista como compositora.
Em celebração a mais um ciclo de vida da artista, o Ecad fez um levantamento especial com as músicas de autoria de Claudia mais tocadas e regravadas no país nos últimos cinco anos.
A canção composta por Claudia mais executada no país é “Perigosinha”, escrita em parceria com Felipe Amorim e Kaleb Junior, que foi lançada em 2019. Já o título mais regravado da artista é “Eu Fico”, lançada em 2004, na época que a artista cantava no Babado Novo. A faixa teve 23 gravações registradas.
Confira a lista completa:
Ranking das músicas de autoria de Claudia Leitte mais tocadas nos últimos cinco anos no Brasil nos principais segmentos de execução pública
1 - Perigosinha: Claudia Leitte / Felipe Amorim / Kaleb Junior / Vitinho Sanfoneiro / Matheus Kennedy / Breno Casagrande
2 - Lirirrixa: Claudia Leitte / Luciano Pinto / Sérgio Rocha
3 - Saudade: Claudia Leitte / Xixinho / Tatau
4 - Taquita: Claudia Leitte / Tierry / Samir Trindade / Luciano Pinto / Cabrera
5 - Agradece: Claudia Leitte / Cabrera / Breno Casagrande
6 - Dekole: Claudia Leitte / Cabrera / Cabrera Music / Samir Trindade
7 - Bandera: Claudia Leitte / Marco Borrero / Paulo Jeveaux / Tierry / Samir Trindade / Luciano Pinto
8 - Eu fico: Claudia Leitte / Luciano Pinto / Sérgio Rocha
9 - Matimba: Claudia Leitte / Luciano Pinto / Samir Trindade / Duller / Buja Ferreira
10 - Famosa: Claudia Leitte / Bruno Mars / Phillip Lawrence / Ari Levine / Sergio Santos / Samir Trindade / Luciano Pinto / Tierry
Top 5 das músicas de autoria de Claudia Leitte mais regravadas
1 - Eu fico: Claudia Leitte / Luciano Pinto / Sérgio Rocha
2 - Lirirrixa: Claudia Leitte / Luciano Pinto / Sérgio Rocha
2 - Preto se você me der amor: Claudia Leitte / Luciano Pinto
2 - Taquita: Claudia Leitte / Tierry / Samir Trindade / Luciano Pinto / Cabrera
3 - Matimba: Claudia Leitte / Luciano Pinto / Samir Trindade / Duller / Buja Ferreira
4 - Bem vindo amor: Claudia Leitte / Luciano Pinto / Sérgio Rocha
4 - Beijar na boca: Claudia Leitte / Luciano Pinto / Sérgio Rocha
5 - Agradece: Claudia Leitte / Cabrera / Breno Casagrande
O Salvador Fest anunciou nesta quarta-feira (9) três novas atrações da edição de 2025 da festa. O evento, que acontecerá no dia 14 de setembro no WET, na Paralela, contará com shows de Pablo, Parangolé e Aila Menezes.
Os artistas se juntam aos já anunciados O Kannalha, Xanddy Harmonia, Robyssão, Oh Polêmico, Bob na Voz, Natanzinho Lima, Léo Santana, Tony Salles, Pagodart e Matuê.

De acordo com a organização do evento, a edição de 2025 promete ser especial. A produção afirma que o retorno da festa para o calendário baiano após um ano de hiato irá marcar a união do pagodão raiz, com a diversidade de ritmos que caracteriza o evento.
Os ingressos para o Salvador Fest estão sendo vendidos na loja do Bora Tickets, localizada no 2º piso do Shopping da Bahia, ou por meio do site oficial, e custam a partir de R$ 60.
Neste ano, a festa contará com três setores: Arena, Camarote Open Bar e FrontBack, onde o público terá uma vista privilegiada do palco e poderá ver os artistas de perto.
Expressão famosa no futebol, a frase "deu a lógica" pode se aplicar no balanço do São João da Bahia de 2025 para falar sobre as atrações musicais que se apresentaram no estado.
Recordista em 2024, a banda Toque Dez, liderada por Milsinho, manteve o título em 2025, e encerrou a temporada de shows do São João com 45 contratações, totalizando R$ 13.050.000,00. A maioria dos contratos da banda foi no valor de R$ 300 mil, e o maior valor recebido pelo grupo de arrocha foi R$ 350 mil em Serra do Ramalho.
Foto: Divulgação
Quanto ao artista que mais faturou em 2025, o forrozeiro Wesley Safadão levou a melhor. O artista realizou cinco apresentações na Bahia e recebeu R$ 5.500.000,00. Cada show do artista custou ao contratante R$ 1.100.000,00.
Desta forma, na comparação com a Toque Dez, o artista precisou fazer menos shows para conseguir quase a metade do que a banda baiana recebeu se apresentando 45 vezes. Para receber o exato valor da banda, o artista poderia se apresentar apenas 12 vezes e ainda conseguiria R$ 150 mil de "troco".
Foto: Divulgação
Em 2024, a Toque Dez já liderava o ranking. O grupo baiano se apresentou 44 vezes, faturando um total de R$ 8.380.000. Na época, o valor médio do cachê da banda era de R$ 190.454,00.
No ano anterior, o cearense faturou R$ 8.200.000,00 por nove shows na Bahia. Em 2024, o valor médio do cachê do artista era R$ 900 mil, e o valor mais alto recebido pelo cantor foi R$ 1 milhão.
O valor mais caro de 2024 foi o cachê de Gusttavo Lima, que cobrou R$ 1.100.000,00 por uma apresentação em Luis Eduardo Magalhães. No entanto, o sertanejo fez apenas um show, desta forma, Safadão faturou mais.
Os dados foram extraídos do Painel da Transparência dos Festejos Juninos feito pelo Ministério Público da Bahia.
Confira o top 10 das atrações mais contratadas no São João da Bahia 2025:
- Toque Dez com 45 shows (R$ 13.050.000,00)
- Tayrone com 27 shows (R$ 8.080.000,00)
- Batista Lima com 26 shows (R$ 4.680.000,00)
- Devinho Novaes com 25 shows (R$ 5.770.000,00)
- Theuzinho com 23 shows (R$ 3.080.000,00)
- Iguinho e Lulinha com 22 shows (R$ 8.800.000,00)
- Natanzinho Lima com 21 shows (R$ 12.700.000,00)
- Silfarley com 21 shows (R$ 3.880.000,00)
- Tarcísio do Acordeon com 21 shows (R$ 9.450.000,00)
- Thiago Aquino com 21 shows (R$ 6.690.000,00)
MAIOR INVESTIMENTO
Quanto a cidade que mais investiu na festa em 2025, o município de Cruz das Almas, um dos destinos mais procurados por baianos e turistas durante os festejos juninos, foi a cidade que mais destinou verba para a festa.
Diferente de 2024, que ocupou a 3ª colocação do ranking, com um investimento de R$ 6.026.000,00, em 2025, o município investiu R$ 9.500.000,00 para seis dias de festa. O valor foi mais alto. No entanto, o número de atrações caiu de um ano para o outro.
Enquanto no ano passado a cidade contava com 78 atrações musicais, em 2025 o valor investido nas contratações cobriu 29 apresentações.
Foto: Secom
De acordo com a prefeitura de Cruz das Almas, a edição de 2025 superou as expectativas e atraiu um público de mais de 700 mil pessoas, um recorde de público.
O prefeito Ednaldo Ribeiro estima que os festejos tenham rendido a economia da cidade R$ 60 milhões. A festa contou com diversos patrocínios, entre eles da cerveja Amstel, da Coca-Cola, Esportes da Sorte, O Boticário, Embasa, Ministério do Turismo, Governo Federal, Governo da Bahia e Banco do Nordeste.
"É visível o quanto a economia do município foi movimentada, fortalecendo o comércio local e gerando renda para as famílias."
Os ingressos para o novo projeto de Ivete Sangalo, o show de samba 'Ivete Clareou', começaram a ser vendidos nesta terça-feira (8). A apresentação, que acontecerá no dia 30 de novembro, no WET, na Paralela, tem entradas a partir de R$ 80 no primeiro lote.
Quem for curtir a festa na capital baiana poderá escolher entre dois setores, Arena e Open Bar, a visão dos dois espaços é a mesma, Ivete investiu em um palco 360º para o projeto, a diferença são os benefícios dados pela área Open, com serviço de bebidas, bares e banheiros exclusivos.
O setor mais caro é o Open Bar, que no primeiro lote tem ingresso a R$ 290 + taxas.

De acordo com Ivete Sangalo, a ideia do projeto 'Ivete Clareou' é proporcionar ao público um mergulho no samba com uma experiência diferenciada, oferecendo aos fãs o combo de música e vivência.
Para isso, a artista optou pela festa ao ar livre. "Eu acho que a experiência do show começa quando você fala 'eu vou'. E você nunca decide se vai sem ligar para alguém e perguntar 'Fulano, você vai?'. E essas experiências conectam pessoas. Você já liga, já vê que dia é, qual é o seu look, onde vai ser. E o nosso esquenta vai ser na própria festa, o show e o pós".
Nas redes sociais, Ivete vem instigando o público com indícios do repertório. "Minha relação com o samba é desde criança, desde Nelson Cavaquinho, ao Cartola, Pixinguinha, as coisas novas como Ferrugem, Sorriso Maroto", disse durante a coletiva.

A artista já convocou o cantor Belo para uma parceria, e em uma playlist de inspirações, colocou Sorriso Maroto, Ferrugem, Diogo Nogueira, além, é claro, de Clara Numes, homenageada com o título do projeto.
“Ô Belo, mande seu número para mim pelo direct. Tou precisando perguntar um negócio pra você. Me manda agora!”, disse a cantora no Instagram.
O novo projeto de Ivete, que tem direção musical de Bóris Farias, contará com um registro audiovisual. A cantora ainda não definiu se uma só cidade será a sede ou se cada um dos cinco pontos escolhidos para receber o projeto contará com uma gravação.
O cantor Netinho, de 58 anos, presenteou os fãs com uma gravação quase inédita após um período delicado, um vídeo dele voltando a cantar após o tratamento contra o câncer no sistema linfático.
No registro, o artista surge cantando 'Beija-Me', presente no álbum 'Um Beijo pra Você', lançado por ele em 1993.
Segundo o artista, foram quase cinco meses alternando entre casa e hospital para fazer o tratamento, o que prejudicou a voz.
"Fui deixando de fazer meus exercícios diários de voz porque o ar condicionado da semi UTI era muito gelado e fui ficando rouco, gripado, com nariz escorrendo, com catarro, tosse seca e com a garganta arranhando."
Netinho conta que o período antes da alta definitiva, quando teve a possibilidade de ficar mais de 1 semana em casa, foi essencial para que pudesse recuperar a voz.
"Depois de duas semanas em casa, agora sem gripe nem nada que incomode minha laringe, minha voz está aos poucos voltando ao normal com fonoterapia três vezes por dia. DEUS TUDO PODE", afirmou.
O momento rendeu elogios dos fãs, que celebraram a retomada. "Que afinação é essa? Se vi maior ou melhor, não lembro", escreveu uma internauta. "Ah meu amor, que emoção. Coisa mais linda. Vou chorar tanto, pra variar, quando te ver de novo pessoalmente cantando pra mim", comentou outra. "Você está ótimo", elogiou um fã. "Contando os dias pra assistir um show seu!", disse um seguidor.
Na última semana, o artista celebrou a retomada dos exercícios vocais em preparação para o retorno aos palcos.
"É a fase de recuperação de tudo, e vou fazer isso com muito amor, e a vontade imensa de voltar ao meu trabalho, minha música, minha banda. Em breve a gente vai estar na estrada fazendo tudo o que vinha fazendo antes."
Netinho precisou parar a agenda de shows às vésperas do Carnaval após o mal-estar que o levou a ser internado e posteriormente diagnosticado com o câncer.
Para o retorno aos palcos, o artista planeja um show em Aracaju, no entanto, não foi definido quando a apresentação irá acontecer e se a cidade sergipana será realmente a primeira dele na grande retomada da carreira.
O músico Miguel Freitas, o Migga, integrante do grupo Filhos da Bahia e da banda que acompanha a cantora Marina Sena, estreou o projeito solo com o lançamento do audiovisual gravado durante o Festival Ubaque, em Salvador.
Apresentado em 2024, o show está disponível no canal do Ubaque no Youtube. Para o audiovisual, ele leva canções autorais como “Pedra Salgada”.
“É uma música que tenho um carinho e um apego especial e é um ótimo ponto de partida e ponto final de um momento”, explica o músico, que acrescenta ainda ao repertório algumas canções que farão parte do seu primeiro disco solo, além de outros singles já disponíveis nas plataformas.
Com um repertório autoral focado no reggae, Migga colabora com outros nomes da cena independente, como Pugah, Rafa Chagas, Gibi, Tainã Troccoli, atataBatata.
Ao lado do pai, Carlinhos Brown, Migga gravou “E.C.T.” para a terceira edição do disco “Cássia Reggae”, que apresenta versões das músicas consagradas na voz de Cássia Eller em arranjos do ritmo.
“Me descobrir nesse espaço foi interessante, e sou feliz por ter feito essa estreia no festival Ubaque. Tem músicas autorais e com parcerias luxuosíssimas de amigos e família”, pontua o artista sobre a estreia do seu primeiro projeto solo.
O grupo DiDengo, liderado pelo cantor Biel Brito, aposta em um xote romântico para a temporada junina. A banda lançou nesta sexta-feira (16) o single autoral ‘Tantão’, gravado em parceria com o cantor Rodrigo de Lara.
A faixa tem influências do xote e do forró pé de serra, que para a banda, dá uma sonoridade única e gostosa, ideal para o São João.
“A canção é muito gostosa de cantar e mais ainda de escutar. Tô muito feliz em poder lançar mais um single autoral e ainda mais em ter Rodrigo de Lara comigo. Ele é um artista incrível e a junção das nossas vozes deu um toque único à canção. Espero que a galera curta muito e dance coladinho curtindo ‘Tantão’.”, comentou animado o cantor Biel Brito, líder da DiDengo.
Com produção musical e composição de Marcelinho Oliveira, a música ‘Tantão’ está disponível em todas as plataformas de música.
A carreira gospel passou a ser especulada para alguns artistas que ficaram conhecidos por cantar músicas do movimento Axé Music, mas passaram a criticar o Carnaval, entre eles, o cantor Netinho.
Por meio das redes sociais, o intérprete de 'Beijo na Boca', que está internado no Hospital Aliança Star, em Salvador, onde dá continuidade ao tratamento contra o câncer no sistema linfático, rechaçou das sugestões de seguir carreira gospel feita por alguns internautas.
Aos 58 anos, o artista afirmou que não enxerga uma mudança no caminho musical que sempre seguiu e reforçou que sempre manteve uma conexão com Deus.
“Algumas pessoas escrevem dizendo que agora eu deveria cantar para Deus. Mas eu sempre cantei para Deus, sempre cantei para Jesus Cristo. As músicas que escolhi para gravar são positivas, sempre gravei sorrindo, feliz, com amor. Considero um total desperdício de tempo alguém vir nas minhas redes sociais me dizer o que devo fazer com a minha música. Isso revela uma profunda ignorância sobre a minha trajetória”, disse.
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O artista, que precisou abandonar a agenda de shows que faria no Carnaval devido ao quadro de câncer, diagnosticado dias após a folia, afirmou que cantar na festa é uma forma de evangelizar as pessoas.
"Se eu cantar só para quem já é positivo, não mudo nada. Mas se levo minha música para um ambiente misto, como o Carnaval, posso tocar alguém negativamente e ajudar essa pessoa a mudar. Minha religião é Jesus Cristo. Acredito nas palavras dele que estão na Bíblia e sou um homem de fé desde pequeno”, afirmou.
No início do ano, em meio as comemorações dos 40 anos de Axé Music, o artista polemizou ao fazer críticas ao Carnaval de Salvador. Netinho, que foi um dos principais artistas do movimento, afirmou que iria manter a decisão tomada em 2012 de não participar mais da folia baiana por estar "tão infestada por músicas estranhas".
Questionado por internautas sobre ter se arrependido de algo feito ao longo da carreira, o artista foi direto: "Faria tudo que fiz na vida outra vez! Os erros nos fazem aprender e fugir deles é fugir de aprendizado".
A passagem de Lady Gaga pelo Brasil despertou em Daniela Mercury uma sede de "protesto" em busca de mais espaço para os artistas nacionais em projetos como o 'Todo Mundo No Rio', que levou a estrela norte-americana a se apresentar para um público de mais de 1.5 milhão de pessoas.
Por meio das redes sociais, Mercury fez questionamentos sobre o espaço dado as divas pop, como Gaga e Madonna, a primeira a se apresentar no projeto, e reforçou a capacidade dos artistas brasileiros de promoverem shows tão grandiosos quanto.
"Assistir a shows grandiosos de artistas norte-americanos, como Madonna e Lady Gaga, no Brasil, é incrível — nos alegra e enriquece cultural e economicamente. Vejo esses eventos como exemplos para que a população e os políticos brasileiros compreendam a importância das artes na promoção da imagem das cidades, dos estados e do país, fortalecendo o turismo, gerando empregos, impulsionando serviços e aumentando a arrecadação de impostos municipais e estaduais."
Mercury, que em Salvador tem o projeto 'Pôr do Som', no qual se apresenta gratuitamente para o público no primeiro pôr do sol do ano, afirmou que por anos caminhou sozinha para levar o trabalho dela para o exterior, e pediu para que as marcas se atentassem aos trabalhos nacionais.
"Há anos invisto por conta própria para levar meu trabalho ao exterior. E se tivéssemos a oportunidade de realizar grandes shows de artistas brasileiros fora do Brasil? E se empresas brasileiras patrocinassem nossas turnês internacionais?", questionou.
A artista ainda pediu a aprovação de leis que isentasse a cultura brasileira de impostos na exportação de nossos espetáculos. "Enquanto centenas de produtos brasileiros usufruem desses incentivos, a cultura não tem acesso a benefícios similares: pagamos altas taxas para exportar nossos shows, sem patrocínios, editais ou leis de incentivo que nos permitam promover a arte brasileira globalmente".
Para a baiana, que chegou a homenagear Lady Gaga e Madonna nas redes sociais, é importante que se olhe para o que vem sendo produzido no país.
"Nós, artistas brasileiros, realizamos espetáculos tão grandiosos, quanto os de Madonna e Lady Gaga, com públicos tão grandiosos quanto os delas. Para muitos estrangeiros, esses shows deles são considerados os maiores de suas carreiras. Por que, então, não há interesse em tornar o Brasil mais relevante e respeitado no mundo por meio de nossa cultura e arte?."
Um dos maiores expoentes da música baiana, o soteropolitano Dorival Caymmi comemoraria 111 anos, nesta quarta-feira (30). Cantor, compositor, poeta e ator, Caymmi nasceu em 30 de abril de 1914, tendo falecido em 16 de agosto de 2008, há 16 anos. O artista que levou o nome do bairro de Itapuã para o mundo viveu em Salvador até os 24 anos, quando em 1938, resolveu se mudar para o Rio de Janeiro.
Admirador da cultura negra, Caymmi se destacou no final dos anos 30 pela forma única de tocar violão e lirismo de suas composições, influenciando amplamente o movimento musical da Bossa Nova. Com letras que demonstram a sua saudade e profunda conexão com a Bahia, relembre os maiores sucessos do artista:
- O Mar (1937)
Antes de se mudar para as terras cariocas, Caymmi compôs, no bairro de Itapuã - onde passou parte de sua infância, a música “O Mar” em 1937. Esta foi a primeira música da série de Canções Praieiras, coletânea lançada oficialmente em 1954, e se tornaria um grande sucesso.
- Maracangalha (1955)
“Maracangalha” foi composta por Caymmi em 1955 e se tornou um sucesso entre o público e a crítica carioca. A música compõe o álbum “Eu Vou Pra Maracangalha” lançado em 1957, recheado de influência no samba de roda baiano.
- Saudades da Bahia (1957)
Um ano após ter sido considerado um dos maiores compositores do país pela crítica de todo o país, Dorival compôs “Saudades da Bahia” em 1957, como um tributo às raízes baianas, quase 20 anos após sua chegada ao Rio de Janeiro. Conforme jornalistas da época, a música bateu recordes de vendas no ano em questão.
- Oração de Mãe Menininha (1972)
A música “Oração de Mãe Menininha” é uma homenagem à ialorixá Menininha do Gantois, líder do Terreiro Ilê Iyá Omi Axé Iyamassê no bairro da Federação, de quem era filho. Lançada em 1972, a canção foi regravada posteriormente por Maria Bethânia e Gal Costa em uma de suas versões mais reconhecidas.
- Modinha para Gabriela (1975)
Trilha sonora da novela, “Gabriela”, lançada pela TV Globo em abril de 1975, “Modinha para Gabriela” é baseada no romance “Gabriela, Cravo e Canela”, de Jorge Amado. Um dos hinos da música brasileira, a música voltou a vida na voz de Gal Costa, na década de 90 - versão que foi trilha sonora da segunda formatação do romance Jorge Amado nas novelas, exibida em 2012.
A dupla Sá & Guarabyra surpreendeu o público ao anunciar a dissolução após 53 anos de estrada. Por meio de um comunicado divulgado nas redes sociais, os artistas informaram que a decisão partiu de causas naturais.
No texto para o público, Luiz Carlos Sá e Guttemberg Guarabyra, responsáveis por grandes sucessos da música brasileira, entre eles canções que marcaram novelas, como 'Roque Santeiro' e 'Verdades e Mentiras', além de terem sido responsáveis pela composição de 'Dona', hit na voz do grupo Roupa Nova, reforçaram que não houve conflitos.
"O fato de morarmos há bastante tempo em cidades e estados diferentes acabou por nos fazer criar raízes diversas com outros parceiros mais frequentes e próximos. Portanto, antes que alguma desinformação aconteça, esclarecemos que a decisão ocorreu de forma espontânea e sem nenhuma interferência de questões discordantes."
Apesar do anúncio, a dupla ainda tem quatro shows agendados pelo Brasil, passando por São Paulo, São Bernardo, Belo Horizonte e Itajaí.
Segundo os artistas, a última vez que o público poderá acompanhar os dois juntos será no dia 25 de setembro, no Teatro Adelaide Konder, em Santa Catarina.
"Desnecessário dizer o quanto agradecemos a todos pela companhia, apoio e momentos incríveis nesses tantos anos de dupla. Mas nem por isso deixaremos de caminhar juntos, e em breve daremos notícias sobre os shows solo."
O retorno do Salvador Fest em 2025 animou o público do evento após um verdadeiro balde de água fria em 2024, e os primeiros passos foram dados pela organização do evento, que divulgou uma pesquisa para entender o que o público da festa quer ver neste ano.
Na pesquisa divulgada no perfil oficial da festa no Instagram, entre as opções de atrações estão Ivete Sangalo, que já cantou no festival, Anitta, Baiana System, Claudia Leitte, Ebony, Olodum, Gloria Groove e Tati Quebra Barraco, e a cantora Liniker.
Os nomes chamaram a atenção do público do evento pela possibilidade de uma nova proposta para a festa.
O Salvador Fest surgiu no calendário baiano em 2005, em uma proposta do empresário Marcelo Brito, de mobilizar a capital com um festival de música popular com a mesma qualidade dos grandes eventos ao redor do país, no entanto, acessível ao público.
Na grade de atrações, a presença de nomes do pagode baiano sempre foi a certeza do público, e chamariz, assim como a camisa colorida, que era a grande marca do evento.
A característica foi tão forte que o Salvador Fest passou a ser conhecido como “A Maior Festa de Camisa Colorida do Mundo”.
Após anos pintando a cidade de cores em neon no mês de setembro, a organização decidiu "abolir" as camisas coloridas, dando espaço para tons mais neutros. A mudança também refletiu na grade de atrações, com a chegada de nomes da música pop e do sertanejo.
Apesar da enquete para descobrir a opinião do público sobre as possíveis novas atrações, a organização do Salvador Fest esclareceu que o resultado da pesquisa não define oficialmente a line-up do evento.
O projeto de lei proposto pelo vereador Alexandre Aleluia (PL) para dar fim a contratação de artistas com letras consideradas +18 em eventos financiados com recursos públicos, que vem sendo considerada como “prima da antibaixaria” foi sancionado pelo prefeito Bruno Reis (União).
A lei nº 9.844/2025, publicada no Diário Oficial do Município, que já está em vigor, dispõe sobre a vedação de contratação, pela Prefeitura Municipal de Salvador, de artistas que promovam, em suas produções musicais, conteúdos de teor sexual explícito, apologia a crimes ou incentivo ao consumo de drogas, e dá outras providências.
Conforme a lei, fica sob responsabilidade da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), a avaliação do conteúdo artístico dos contratados para eventos financiados com recursos públicos, além de apurar eventuais descumprimentos da lei.
Em caso de descumprimento, a Prefeitura está autorizada a reter o cachê ou pagamento ainda não efetuado à banda até a conclusão da apuração, reter definitivamente o pagamento do artista ou restituição do valor já pago e impedir a contratação direta ou indireta com recursos públicos pelo prazo de 3 anos.
"Se ficar comprovado que, durante a apresentação que resultou no descumprimento desta Lei, havia menores presentes no local, a proibição de contratação do artista ou banda com a Prefeitura Municipal de Salvador será ampliada para o prazo de 04 (quatro) anos."
Foto: Câmara dos Vereadores
Na proposta apresentada pelo edil no final de 2024, foi citado o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a presença de crianças e adolescentes, em eventos públicos, a exemplo do Carnaval de Salvador, como um ponto de atenção dos órgãos competentes para que o desenvolvimento ético, psicológico e social não seja comprometido através dessa expressão artística.
"Este Projeto de Lei promove um alinhamento entre a política cultural do município, o uso responsável dos recursos públicos e o compromisso com a proteção dos direitos dos menores", afirmou na época o autor.
O PL proposto por Aleluia chamou atenção pela semelhança com a lei estadual 12.573/2012, conhecida como Lei Antibaixaria, que sancionada em abril de 2012 pelo então governador do estado, Jaques Wagner.
Na época, a proposta feita pela deputada estadual Luiza Maia (PT) pedia a proibição da contratação de artistas que levassem para os palcos músicas que incentivassem a violência ou exponham as mulheres a situação de constrangimento, fizessem apologia ao uso de drogas ilícitas, ou tivessem manifestações de homofobia, ou discriminação racial.
Entre os ritmos mais afetados pelas duas leis está o pagode baiano cantado por nomes como La Fúria, Oh Polêmico, O Kannalha, Cirilo Teclas, Rick Ralley, Black Style, Ah Chapa, O Erótico, Malafaia, nomes que configuram entre os mais ouvidos em Salvador no levantamento feito pelo Bahia Notícias através do YouTube Music.
O estilo também é o mais tocado no Carnaval. Neste ano, a Prefeitura de Salvador contratou a banda La Fúria, A Dama, O Poeta, que trazem em suas canções letras consideradas “proibidas” quando aplicada a nova lei.
Para o cantor Igor Kannário, o pagode com letras explícitas se tornou uma porta de entrada para a nova geração no estilo, mas não significa que é um caminho definitivo.
"Acho que tudo é arte, tudo é cultura. Ainda com o esse conteúdo, a gente tem que valorizar e lapidar isso. Até porque todo mundo canta aqui. Todo mundo começa cantando merda, vamos supor assim. A gente vai se melhorando, vai aprimorando as letras. E eu tenho certeza que a galera nova que tá cantando, né, algumas músicas que eles chamam de proibidão, eu tenho na mente que eles estão passando por uma fase de transformação, assim como eu passei também. E daqui a pouco eles vão cantar coisa boa."
Eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ex-presidente Jair Bolsonaro têm um gosto em comum: consideram como seu gênero musical mais apreciado o sertanejo. Essa conclusão pode ser apurada na pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (16).
De acordo com os resultados, para 28% dos entrevistados que dizem ter votado em Lula ou no PT, o sertanejo é o tipo de música mais ouvida. Esse número chega a 30% entre os bolsonaristas.
Entre os eleitores dos dois políticos, há também uma igualdade de gostos no estilo musical que ficou em segundo lugar como o mais apreciado. Enquanto 15% dos que dizem ter votado em Lula têm como segundo gênero mais ouvido a música religiosa, cristã ou gospel, o percentual chega a 23% em meio aos bolsonaristas.
Para os seguidores do líder petista, o forró/piseiro/arrocha empata com o gospel (15% de citações). Já para 9% dos eleitores de Jair Bolsonaro, o gênero forró/piseiro/arrocha teve apenas 9% de menções, mesmo percentual do samba/pagode (que vem em quarto lugar na avaliação de quem diz ter votado em Lula, com 12%).
Na pesquisa agregada, sem distinção de eleitorados específicos de líderes políticos, 26% dos entrevistados afirmam que o sertanejo é o seu gênero musical preferido. Em segundo lugar na lista aparece a música religiosa/golspel/cristã, com 19% das menções.
Em ordem, do terceiro lugar em diante, aparecem os seguintes gêneros musicais: forró/piseiro/arrocha - 9%; samba/pagode - 9%; MPB - 6%; Rock internacional - 4%; Funk - 4%; Pop internacional - 4%; Rock Nacional - 3%; Rap/Hip Hop - 3%; Pop nacional - 3%; Clássica/Erudita - 2%; Outro - 8%.
A pesquisa da Genial/Quaest foi realizada de 27 a 31 de março, com 2.004 pessoas entrevistadas. A margem de erro estimada do levantamento é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.
A possibilidade do reconhecimento do samba-reggae como Patrimônio Imaterial de Salvador acende em quem faz a cultura a esperança da propagação da arte.
O projeto de indicação do vereador Silvio Humberto (PSOL), apresentado em 2024, que voltou a ser movimentado na Câmara Municipal de Salvador, pode fazer com que o ritmo, célula importante para a criação do movimento Axé Music e referência para tantos outros estilos musicais da Bahia e do Brasil, seja preservado e assistido pelas autoridades.
Ao Bahia Notícias, o cantor, compositor, músico e capoeirista Tonho Matéria, falou sobre a importância de marcar o estilo como algo feito em Salvador e algo a ser preservado. Para o artista, o reconhecimento como patrimônio imaterial e a possibilidade do título mostra como o ritmo modificou o fazer musical e também teve impacto social.
"Isso é um brinde para a cultura percussiva da Bahia. Porque isso não só perpassa pelo Olodum, teve origem com o Neguinho do Samba, Mestre Jackson. Mas são os blocos que dão continuidade, os artistas que dão continuidade, os compositores. O samba-reggae hoje é um instrumento que sustenta uma cadeia produtiva muito gigante. E a gente precisa fortalecer mesmo."

Para o ex-Olodum e ex-Ara Ketu, que colaborou diretamente para o gênero criado por Neguinho e Mestre Jackson, o título, caso consiga se concretizar, chega para somar aos dias em que o gênero já é lembrado localmente, como o dia 31 de outubro, data da morte de Neguinho, que em 2013 teve uma lei aprovada na Câmara Municipal de Salvador como o Dia do Samba-reggae.
"É um título importantíssimo, um momento importantíssimo para concretizar de fato e de direito o samba-reggae enquanto patrimônio nosso, porque hoje o mundo inteiro usa essa clave do samba-reggae. Esse movimento, na verdade, do samba-reggae com suas variações e ritmos criados pelo nosso saudoso Neguinho do Samba é bem lembrado também no dia 31 de outubro. A gente tendo o samba-reggae como patrimônio de Salvador, não vai só fortalecer a cultura de Salvador. Eu acho que deveria ser também [um movimento] da Bahia e do Brasil. Quem sabe, do mundo."
Tonho ainda alerta para a necessidade de uma movimentação rápida para as pessoas conseguirem entender a origem do objeto antes que ele seja apropriado por outro lugar.
"É muito importante para mim, como compositor, que esse gênero seja realmente reconhecido. Porque se a gente não fizer isso daqui a pouco, pessoas vêm, pegam, levam para outros lugares. A gente viu aí o acarajé, a gente está vendo aí tantas coisas que estão pegando nossas e transformando em deles. Não tem um documento que legitime isso, então, eu acho de suma importância o reconhecimento."
O artista, que atualmente apresenta diversos shows, entre eles o com a banda Os Autorais, formado por ele, Tenison Del Rey e Jorge Zarath, além dos projetos solos, sugeriu ainda que a capital baiana, que já foi reconhecida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como "Cidade da Música", homenageasse Neguinho do Samba com outros atos, a exemplo de um busto do músico em algum espaço da cidade, além de uma assistência maior aos blocos afro e bandas percussivas na Bahia.

"Ele realmente foi um instrumento poderoso nesse lugar. Então, é preciso que, além desse reconhecimento do ritmo, mas também tem o reconhecimento da memória dele. A obra, a maior obra que ele deixou é a banda Didá, que não precise estar passando por editais e que precise ter prêmios diariamente. Porque a música que Neguinho do Samba fez, o ritmo que Neguinho do Samba criou potencializou muito as empresas, potencializou como o governo, de todas as esferas, porque esse ritmo mexe o coração do mundo."
Na proposta, apresentada pelo vereador Silvio Humberto (PSOL), caso seja aceita, o samba-reggae terá através do título de Patrimônio Imaterial de Salvador:
- A salvaguarda do patrimônio;
- O respeito ao patrimônio cultural imaterial das comunidades, grupos e indivíduos envolvidos;
- A conscientização no plano local, nacional e internacional da importância do patrimônio cultural imaterial e de seu reconhecimento recíproco;
- E a cooperação e a assistência internacionais.
A criatura todos conhecem. O criador ainda é incerto mesmo após 40 anos de existência. Mas a essência do Axé Music, um dos maiores movimentos musicais de Salvador, ainda busca um selo importante para o reconhecimento de sua história, como aconteceu para o aniversariante do ano. E o samba-reggae segue nessa caminhada.
Considerada quase como uma das células-mãe do Axé, o samba-reggae, criado na Bahia entre as décadas de 1980 e 1990, por um dos maiores nomes da música estadual, Neguinho do Samba, segue na luta pelo título de Patrimônio Imaterial da Cidade de Salvador.
O gênero teve registrado em 2024 um projeto de indicação na Câmara Municipal de Salvador pelo vereador Silvio Humberto (PSOL). Na proposta, o edil reforça a importância da inclusão do ritmo no patrimônio a ser preservado pelo Estado em parceria com a sociedade.
A indicação de Silvio Humberto chegou a ser encaminhada para supervisão na Comissão de Constituição e Justiça e passou por diversas etapas, antes de ser arquivado em janeiro deste ano. A ida para a gaveta obedece ao artigo 184 do Regimento Interno da Câmara, que ordena o ato de todas as proposições apresentadas na Legislatura anterior que estejam sem parecer ou com parecer contrário das Comissões competentes.
No entanto, em março deste ano, o projeto voltou a ser movimentado. No dia 24, a indicação foi encaminhada a supervisão de tramitação para supervisão de Gestão de Documentos, isto é, ele passa por uma fase de organização e preservação. Como Silvio Humberto se manteve como vereador, o projeto ainda se mantém ativo.
Entende-se por patrimônio cultural imaterial as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas, instrumentos, objetos, artefatos e lugares culturais que as comunidades, os grupos e, em alguns casos, os indivíduos reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural, e são transmitidos de geração em geração.
Criado por Antônio Luís Alves de Souza, mais conhecido como mestre Neguinho do Samba, o ritmo é uma fusão entre o reggae da Jamaica e o samba, patrimônio cultural do Brasil, que originou uma sonoridade única e cheia de personalidade com o selo soteropolitano.
Entre os principais "embaixadores" do samba reggae estão o Olodum, grupo percussivo que Neguinho fez parte por anos, além de Margareth Menezes, que deu voz a uma das canções mais emblemáticas do gênero, 'Faraó (Divindade do Egito)', composição de Luciano Gomes, primeira música de samba-reggae a ser gravada no país. Entram no rol de divulgadores do gênero nomes como os blocos afro Didá, Muzenza e Ilê Aiyê, além de Carlinhos Brown e Daniela Mercury.

Foto: Arquivo/ Site Carlinhos Brown
Em entrevistas, Neguinho conta que teve como inspiração para o ritmo, além do reggae e do samba, a dança das mulheres do Ilê Aiyê.
"Quando eu vi aquelas coroas [pessoas mais velhas] de 60, 70 anos dançando, aquilo ia me inspirando, a maneira como elas iam dançando, como mudavam os passos, e eu ia fazendo aquilo com o tambor", contou à TV Bahia no ano 2000.
Com formação instrumental que inclui tambores, atabaques, agogô, pandeiro, trazendo a potência da música baiana, o samba-reggae coloca em suas canções a cultura negra no centro, sempre com as expressões de origem africana para dar espaço ao protagonismo de quem é de direito, além de cantar, também, a realidade local, fazendo jus ao ato político que é a arte.
Na dissertação apresentada em 2016 na Ufba pela jornalista e pesquisadora Víviam Caroline, que também é percussionista e cantora no projeto Águas de Sambas, o samba-reggae foi capaz de "possibilitar um novo paradigma musical no país", além de conseguir:
"Se estabelecer como ferramenta de afirmação de uma identidade afro-brasileira incrementando vivências no cotidiano da comunidade e de seus agentes, capaz de rasurar, ratificar e acrescentar novos lugares de fala e de poder não apenas para os sujeitos diretamente afetados pelo processo criativo, mas de toda a cidade que encontra em seus novos processos rítmicos boas chances de evidenciar sua riqueza cultura."
O estilo único da Bahia conquistou não só quem consumia a música de forma local. O samba-reggae ultrapassou as fronteiras geográficas e se tornou apreciado em outros cantos do mundo, sendo associado a nomes como Paul Simon, o primeiro grande nome internacional a levar o Olodum para o mundo; Michael Jackson, que gravou uma versão da música 'They Don't Care About Us' ao lado do Olodum no Pelourinho, além de Jimmy Clif. O samba-reggae também rendeu ao Olodum um exclusivo Grammy na categoria World Music em 1991, e consagrou a criação de mestre Neguinho do Samba no cenário musical internacional.
Foto: Divulgação/ Olodum
"Considerando a importância do registro do Samba Reggae como patrimônio imaterial da cidade de Salvador, com o objetivo de realizar a identificação e produção de conhecimento sobre o bem cultural pelos meios técnicos mais adequados e amplamente acessíveis ao público, permitindo a continuidade dessa forma de patrimônio", pediu Silvio Humberto no documento que propõe o reconhecimento.
A convenção do título de 'Patrimônio Imaterial' dará ao samba-reggae: a salvaguarda do patrimônio; o respeito ao patrimônio cultural imaterial das comunidades, grupos e indivíduos envolvidos; a conscientização no plano local, nacional e internacional da importância do patrimônio cultural imaterial e de seu reconhecimento recíproco; e a cooperação e a assistência internacionais.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Léo Santana
"Vão ter que me aturar".
Disse o cantor Léo Santana sobre a responsabilidade de ser uma pessoa influente e ser considerado pelo público como uma inspiração e sobre ser representatividade para comunidade negra.