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A história de Antônio Luís Alves de Souza, mais conhecido como Neguinho do Samba, criador do samba-reggae e fundador de um dos grupos percussivos mais famosos do mundo, o Olodum, e da Didá, pode ser marcada para além da música e da mudança social promovida na capital baiana.
Um projeto de indicação foi apresentado na Câmara de Vereadores de Salvador e sugere a instalação de uma estátua de Neguinho do Samba no Pelourinho.
De acordo com a proposta, o ato "representa um importante ato de justiça histórica e cultural, pois ao eternizar a imagem de Antônio Luís Alves de Souza no coração do centro histórico da cidade, reconhece-se não apenas o legado de um músico extraordinário, mas também a força de um movimento que deu nova vida à cultura afro-baiana".
Foto: @zumviarquivofotografico
"A presença da sua estátua no Pelourinho não é apenas uma homenagem; é um gesto de reconhecimento da contribuição de Neguinho do Samba para a construção da identidade baiana e brasileira."
No texto de justificativa para a estátua, é ressaltado ainda a transformação musical promovida por Neguinho na Bahia, além do fortalecimento das comunidades negras da capital.
"Sua estátua no Pelourinho não é apenas uma homenagem; é um gesto de reconhecimento da contribuição de Neguinho do Samba para a construção da identidade baiana e brasileira, pois é também um convite à reflexão sobre a importância da preservação da memória cultural e da valorização dos artistas que transformam a realidade com arte, coragem e criatividade."
Entre as criações do músico estão, além do Olodum e do samba-reggae, está a Didá Escola de Música, espaço de formação musical e cidadã para meninas e mulheres negras.
"Considerando que a instalação da estátua em ponto estratégico do Pelourinho, território de referência da cultura afro-baiana e espaço de atuação contínua da Didá, do Olodum e de outros blocos afro, poderá ainda integrar projetos culturais, como o projeto 'Encontro de Tambores', criando uma ligação entre a homenagem física e o calendário cultural da cidade; Considerando que este projeto pretende estimular o turismo cultural, a educação patrimonial, o orgulho da negritude baiana, e criar um legado simbólico de luta, criatividade e transformação social deixado por Neguinho do Samba."
SAMBA-REGGAE COMO PATRIMÔNIO IMATERIAL DE SALVADOR
O gênero musical criado por Neguinho é considerado uma das células-mãe do Axé, o samba-reggae, e tem outro grande projeto de indicação correndo na Câmara de Salvador para o reconhecimento do ritmo.
Proposto por Silvio Humberto (PSOL), a ideia é transformar o estilo, uma fusão entre o reggae da Jamaica e o samba, patrimônio cultural do Brasil, um Patrimônio Imaterial da Cidade de Salvador.
Entende-se por patrimônio cultural imaterial as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas, instrumentos, objetos, artefatos e lugares culturais que as comunidades, os grupos e, em alguns casos, os indivíduos reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural, e são transmitidos de geração em geração.
Foto: YouTube
Ao Bahia Notícias, o cantor, compositor, músico e capoeirista Tonho Matéria, ex-Olodum e ex-Ara Ketu, falou sobre a importância de marcar o estilo como algo feito em Salvador e algo a ser preservado. Para o artista, o reconhecimento como patrimônio imaterial e a possibilidade do título mostra como o ritmo modificou o fazer musical e também teve impacto social.
"Isso é um brinde para a cultura percussiva da Bahia. Porque isso não só perpassa pelo Olodum, teve origem com o Neguinho do Samba, Mestre Jackson. Mas são os blocos que dão continuidade, os artistas que dão continuidade, os compositores. O samba-reggae hoje é um instrumento que sustenta uma cadeia produtiva muito gigante. E a gente precisa fortalecer mesmo."
O estilo único criado por Neguinho ultrapassou as fronteiras geográficas e se tornou apreciado em outros cantos do mundo, sendo associado a nomes como Paul Simon, o primeiro grande nome internacional a levar o Olodum para o mundo; Michael Jackson, Jimmy Clif e mais.
O samba-reggae também rendeu ao Olodum um exclusivo Grammy na categoria World Music em 1991, e consagrou a criação de mestre Neguinho do Samba no cenário musical internacional.
Caso a proposta apresentada pelo vereador Silvio Humberto (PSOL), seja aceita, o samba-reggae terá através do título de Patrimônio Imaterial de Salvador:
- A salvaguarda do patrimônio;
- O respeito ao patrimônio cultural imaterial das comunidades, grupos e indivíduos envolvidos;
- A conscientização no plano local, nacional e internacional da importância do patrimônio cultural imaterial e de seu reconhecimento recíproco;
- E a cooperação e a assistência internacionais.
A música não é o único talento de Paulinho Moska, 57 anos, que desembarca em Salvador nesta quinta-feira (14), para a abertura do Festival Palco Brasil, projeto promovido pela CAIXA e pelo Governo Federal, que traz para a capital baiana grandes nomes da Música Popular Brasileira.
Um dos talentos do carioca, apesar de viver a 1.631 km de distância da capital baiana, envolve a Bahia e a culinária. Filho de baianos e "casado" novamente com a bênção de Carlinhos Brown em pleno Carnaval de Salvador, o cantor, compositor e ator, se tornou o mestre das moquecas entre os amigos, “dom” conquistado pelas férias vividas no estado ao longo da infância e adolescência.
“Eu tenho milhões de histórias sobre Salvador. Meus pais são baianos. Eu nasci no Rio, mas meu sangue é baiano, minha genética é baiana. O meu indivisível é muito baiano. Tenho muitas histórias. Dos 0 aos 10 anos, eu passei meus verões em Mata de São João, que é ali, um pouco, duas horas para o interior da Praia do Forte, em Busca Vida, que era a praia que eu também ia com a minha família e vou até hoje para encontrar irmãos. [...] Eu cozinho uma moqueca para meus amigos aqui em casa, eles chamam de ‘Mosqueca’, já é tradicional no meu aniversário, faço há anos. E eu volto de viagem sempre com isopor cheio de quitutes baianos, do dendê à farofa, passando pela ostra e pelo siri catado”, contou.
Foto: Instagram
Já na música, sua área há mais de 30 anos, Moska viu o nascimento de um dos movimentos mais importantes da cultura baiana. “Pulei muitos carnavais, vi o Axé Music nascer diretamente na rua, na pipoca. Os primeiros trios de Luiz Caldas, o grupo Eva, Daniela, vi Chiclete. As minhas primas me mandavam as fitas das músicas novas para eu já chegar cantando e dançando, fazendo a coreografia”.
E assim como as transformações da própria música baiana, Moska pauta a vida, dentro e fora dos palcos, nas mudanças constantes, mas sem perder a essência. Questionado pelo Bahia Notícias quantas vidas ele tem, em uma referência a um dos clássicos do cantor, de 2010, além da vida na Bahia, o artista pontua que o interessante de estar vivo é justamente poder apresentar várias versões de si e se encontrar por diversas vezes.
“Eu acho que não só a minha vida, mas a vida de cada um de nós carrega muitas vidas, muitos fins e muitos recomeços. A vida é diversa, a natureza é diversa. Então, para a gente estar vivo dentro da natureza, a gente também precisa exercer e exercitar dentro da nossa trajetória de vida, essa experiência das mudanças, de ser vários. Que prisão horrorosa é essa de ser uma pessoa presa dentro do seu corpo? Acho que o retrato principal da minha carreira/obra/vida, é de estar o tempo inteiro procurando novidades através de uma curiosidade crônica que só melhora a minha relação com a vida. Eu estou sempre surpreso, eu estou sempre empolgado, porque estou sempre cercado de novidades. Eu mudo meus hábitos, então, eu mudo também a maneira do meu artista se manifestar a partir da consequência da minha curiosidade como ser humano. Eu não enxergo a vida como algo estagnado.”
Moska, que já é considerado de uma geração anterior, entendendo como “nova geração” os artistas que surgiram nos últimos 10 anos, falou sobre a oportunidade de compartilhar experiências com o público e com novos artistas em projetos como o Festival Palco Brasil e ao redor do país com outros shows.
“Eu também já fui uma nova geração e fui abraçado por muitos de gerações antigas e depois reverenciado por gerações novas, então eu acho que a música ela constrói uma família paralela, sabe? Porque os músicos vão se conhecendo, vão se admirando, vão aprendendo uns com os outros. É um abraço que festeja esse mesmo caminho escolhido para amar, sabe? O artista demonstra o seu amor pela vida quando ele pratica a sua experiência artística. E é nessa prática que ele estabelece essas relações de admiração e amizade familiar.”
Pai de dois filhos, o artista conta que conheceu diversos nomes da nova geração através dos herdeiros e está sempre conhecendo novos artistas. Para Moska, não existe a possibilidade de não estar conectado com o mundo musical para ninguém.
“Eu tenho dois filhos, um de 28 e outro de 14. Eles escutam músicas diferentes, por causa das gerações. E os dois me apresentam novidades. Eu conheci muita gente, da nova geração, através da série que eu apresentei por 10 anos no Canal Brasil, Zoombido. Então, eu só posso agradecer esse abraço que lhe dão e o abraço que eu dei também, e que dou porque é isso, a música é uma mola, algo que impulsiona a vida de todo mundo. Ninguém vive sem música, a música é como o ar que a gente respira, ele está aí flutuando e frequentemente nos emocionando.”
Foto: Evelyn Kosta/TV Globo
Com mais de 286 obras registradas no Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), além das regravações disponíveis nos serviços de streaming que ultrapassam 100, Paulinho falou sobre a possibilidade de parar na música, seja compondo ou cantando.
Questionado pelo site sobre a principal motivação para seguir com a carreira musical, o artista afirma que a música faz parte do que ele é.
“Eu acho que o maior motivo, e essa palavra é muito importante para mim, eu acho que ela está sempre em oposição ao objetivo. Porque quando a gente [diz]: ‘Você tem que ter um objetivo na vida, senão você não chega a lugar nenhum’, eu discordo. O que a gente tem que ter é motivo, o objetivo é que causa frustração, porque quando você coloca um objetivo e você não o alcança, isso te deixa frustrado. Quando você avança na vida é porque tem um motivo, ou seja, algo te move. Já não interessa onde você vai chegar. Você está feliz por estar se movendo. Então, assim, para mim, o grande motivo de escrever canções é justamente o movimento que ela me oferece em relação à vida. Se eu parar de compor, eu paro de viver. Para mim, não existe isso de parar de compor. Enquanto eu tiver vida, eu estou compondo.”
“Entre tanto tic-tac e tanto big bang, nós realmente somos um grão de sal no mar do céu. Mas, calma. Tudo está em calma…”
Para encerrar a entrevista, a repórter que vos escreve decidiu brincar, mais uma vez, com um dos maiores sucessos da carreira de Paulinho Moska, 'A Seta e O Alvo', de (1997) e repetir a pergunta do milhão feita pelo compositor na canção: "Me diz qual é a graça de já saber o fim da estrada, quando se parte rumo ao nada?"
Para Paulinho, a pergunta não tem uma resposta correta para a questão. "Qualquer um pode criar o seu próprio sentido com as frases. Eu não sou dono do sentido dos outros [...] A metáfora é isso, uma frase que você constrói e onde cada um pode dar o seu sentido porque ela não é fechada", diz o artista.
Ao site, o cantor explicou a versão dele para a metáfora e a lição que tirou da própria canção: viva o agora.
"No fundo, nós todos estamos, quando nascemos, estamos indo ao nada. O nada, para mim, nessa frase, o nada é o fim. A morte, o nada. Eu sou ateu, eu não acredito em vida depois da morte. E isso não é um defeito. Isso para mim é uma qualidade, porque a partir do momento que eu não acredito que existe a vida depois da morte, eu faço dessa vida uma vida maravilhosa. Eu faço dessa vida finita uma vida onde o bem, o amor, a paixão, a felicidade, a alegria, a amizade, tudo tem que acontecer agora, porque eu não terei outra chance. A finitude me oferece a melhor vida. De concreto mesmo, só o agora. É no agora que a gente tem que colocar a intensidade da vida.”
Com ingressos esgotados para as duas apresentações em Salvador neste final de semana, Paulinho Moska revelou ao site que promete voltar para a capital em um futuro próximo. “Tá na hora de eu ir mais para a Bahia, né?”, disse aos risos, mas com firmeza para cumprir a promessa.
A festa Quintal Du Samba, que acontecerá em Salvador neste final de semana, ganhou um novo local.
O evento, que será realizado no sábado (9), e tinha como endereço a Igreja e Convento de Santa Clara do Desterro, em Nazaré, agora irá acontecer no Porto Salvador, no Comércio.
A mudança acontece por questões de logísticas, já que no mesmo dia, a capital baiana receberá o jogo Bahia x Fluminense, pela 19º rodada do Campeonato Brasileiro, na Fonte Nova.
"Ser o maior samba itinerante da cidade tem seus percalços. Mas até nas dificuldades, o próximo vai ser sempre o melhor! Sábado temos encontro marcado no Porto Salvador", informou a equipe.
A festa contará com shows de Mary Correia, do cantor e compositor Diggo com o projeto 'PagoDiggo', além do show de Beto Jamaica com o projeto 'Movimento do Beto'.
O público também poderá curtir a discotecagem de Gabi da OXE, que comandará o esquenta e irá agitar o espaço nos intervalos de cada banda.
O ‘Quintal du Samba’ é uma realização da LABentretenimento, Pinguim ICE e Isé; e conta com o patrocínio da Beefeater London, Amstel, Pernod Ricard e Raízen Açaí. Os ingressos estão sendo vendidos no site Bilheteria Digital e custam R$ 85 no 4º lote.
O samba de roda e o partido alto darão o tom do sábado (9) no Convento da Santa Clara do Desterro, com mais uma edição da festa 'Quintal Du Samba'.
A festa, que se tornou queridinha entre o público soteropolitano, contará com atração de Sergipe para agitar o evento, que terá ainda apresentações de do Movimento do Beto e do PagoDiggo.
Antes do samba rolar, a DJ Gabi da OXE comanda o esquenta a partir das 18h, retornando durante os intervalos entre artistas e no ‘after’ da edição.
A estreante da vez, que sobe ao palco às 19h, é a cantora sergipana Mary Correia, que abre a roda de samba em 360º, cantando os clássicos do pagode romântico e do samba-canção brasileiro.
Na sequência, é a vez do cantor e compositor Diggo agitar a festa, e a última atração com banda será do veterano Beto Jamaica, com o projeto Movimento do Beto, ao lado de Jean Oliver, Negão Jamaica, Pagode da Choca, Caboquinho e Juninho Movimento.
Os ingressos para a festa estão sendo vendidos no site Bilheteria Digital, e custam R$ 80 no terceiro lote.
A capital baiana receberá no próximo dia 15 de agosto o show da banda cuiabana Vanguart, um dos nomes mais expressivos da música alternativa brasileira.
Com a turnê “Dois Cantos”, o grupo se apresenta em Salvador no Teatro Jorge Amado, a partir das 19h, em formato acústico e intimista, sendo a primeira cidade do Nordeste a receber o evento.
Os músicos Hélio Flanders e Reginaldo Lincoln se revezam entre voz e instrumentos como violão, bandolim, trompete, gaita e piano, em interpretações que ressaltam a poesia e o som folk característico do Vanguart.
Para a banda, essa nova proposta consegue convidar o público a uma imersão nas histórias, melodias e emoções que marcaram gerações.
No repertório, canções emblemáticas como Semáforo, Oceano Rubi, Meu Sol e Demorou pra Ser ganham versões acústicas e emocionantes. “Sempre funcionou para nós esse formato mais despojado, onde as canções saltam à frente dos arranjos, com urgência”, diz Hélio.
“A existência dessas músicas se confunde com a nossa própria, e sentir que o público as reverbera com tanta intensidade é de uma grandeza imensurável”, completa Reginaldo.
Os ingressos estão sendo vendidos no Sympla e custam a partir de R$ 55.
O projeto ‘Imersão Som por Elas’, promovido pela plataforma Pagode por Elas, realiza a segunda edição neste sábado (26), a segunda edição com atividades formativas gratuitas para mulheres que atuam na indústria musical, com foco especial na gestão de carreira, financeira e de eventos.
A programação, que acontecerá no Espaço Xisto Bahia, em Barris, às 14h, inclui oficinas e mesas de debate, e um dos destaques é a participação da empresária da música e produtora cultural Marcela Silva, que ministrará a Oficina de Gestão de Carreiras e participará do debate sobre "Sustentabilidade Criativa de Carreiras e Projetos Independentes". As inscrições podem ser feitas no site Sympla.
Natural de Inhambupe, Bahia, Marcela é reconhecida por sua experiência em gestão artística e produção cultural. Com formação em Administração de Empresas, especialização em Finanças e MBA em Marketing e Planejamento Estratégico, ela tem se destacado na cena cultural baiana por seu trabalho com artistas negros, periféricos e da comunidade LGBTQIAPN+.
A trajetória da produtora inclui a produção e articulação da programação musical do Salvador Black Film Festival em 2019, a participação no projeto "Pocket da Virada", e a gestão de artistas como Melly, Nêssa e Felipe Barros. Atualmente, Marcela gerencia as carreiras da cantora Cinara, indicada ao Prêmio R&B Brasil, e do cantor e compositor Zai.
"Esses trabalhos consolidaram minha atuação na gestão artística e abriram caminho para projetos mais autorais e estruturantes", afirma Marcela. "Hoje, à frente dessas produções, sigo fortalecendo narrativas que ressignificam o mercado da música brasileira com afeto, estratégia e representatividade."
Ainda na programação do evento, as participantes terão a oportunidade de aprofundar seus conhecimentos na Oficina de Gestão de Eventos Complexos e na dinâmica de Gestão Financeira para Negócios da Música, além de debaterem sobre Projetos Criativos e Artísticos.
Deixar a Bahia para conseguir tocar nas rádios de todo o Brasil não é mais uma necessidade para quem vive de música. A realidade é outra, ainda que em passos lentos, mas já é percebida por quem precisou fazer este caminho para conquistar o país.
Convidada do 'Negritudes', evento promovido pela Globo em Salvador nesta quinta-feira (24), a cantora Luedji Luna fez uma análise do cenário atual da música baiana e aponta uma evolução quando se fala em exportar a música para o país.
Ao Bahia Notícias, a artista relembrou que precisou sair do estado para conquistar o espaço que ocupa atualmente, mas percebe que novos nomes estão fazendo um outro caminho e que tem dado bons frutos.
"Eu precisei sair de Salvador para fazer a música que eu faço. E hoje a gente tem, por exemplo, a Melly, que mora aqui em Salvador e faz uma música que só ela faz, muito original, com várias referências, com referência de Bahia, com referência da diáspora negra norte-americana, na R&B, etc, rap. Então, sim, eu acho que em passos lentos, mas sim, houve muita mudança", contou.
No evento, a artista divide espaço com outros grandes nomes da potente música baiana, como Melly, com quem ela pensa em uma parceria musical, e Mariene de Castro.
Mas, para além do palco no debate desta quinta (24), Luedji irá dividir o palco na música com outros nomes em um show gratuito para o público em Salvador que acontecerá no domingo (27), e contará com a participação de Larissa Luz, Majur, Mariene de Castro e Rachel Reis.
Ao BN, a cantora celebrou o convite feito por Larissa, que dirigiu o projeto e reuniu a força feminina baiana, algo que é forte para Luedji em seu discurso musical e pessoal.
"Eu acho muito bonito a gente poder ter como referências as nossas contemporâneas e perceber que a gente faz parte de uma geração muito rica que está conseguindo se realizar. Uma geração de mulheres negras que estão conseguindo prosperar na música, se realizar, ter visibilidade em várias áreas. Eu fico muito feliz, muito honrada de estar participando desse show e de fazer parte dessa geração, que é uma geração assim, que eu digo que é continuidade, sabe? Continuidade de uma história anterior à nossa."
O Lollapalooza Brasil anunciou nesta terça-feira (22) as datas da edição de 2026 do festival. Mais um ano sendo realizado no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, o evento acontecerá nos dias 20, 21 e 22 de março.
Outra grande novidade anunciada para o público foi uma nova modalidade de ingressos. De acordo com a organização do festival, a modalidade 'LollaLovers' foi pensada na experiência do fã que quer curtir os 3 dias de evento.
O LollaLovers é uma entrada pessoal, limitada a um ingresso por CPF, e intransferível. Além da isenção da taxa de conveniência e do valor mais acessível para o evento, a modalidade contará também com acesso preferencial ao festival, 20% de desconto na compra antecipada de bebidas pelo aplicativo oficial e um pôster comemorativo do Lollapalooza Brasil 2026.
Será possível adquirir também o Lolla Pass, o passe para os 3 dias de festival. Os ingressos estão sendo vendidos no site da Ticketmaster Brasila partir de R$ 792.
Na última edição, o Lollapalooza Brasil trouxe ao público shows de Olivia Rodrigo, Justin Timberlake, Alanis Morissette, Shawn Mendes, Jão, Tate McRae, Benson Boone, Jovem Dionisio, Terno Rei, Marina Lina, Inhaler e outros.
A grade de atrações da edição de 2026 deve ser anunciada nos próximos meses.
A cantora Marília Mendonça completaria 30 anos nesta terça-feira, 22 de julho, se não fosse uma das vítimas do trágico acidente aéreo que vitimou outras 4 pessoas em novembro de 2021.
Eterna em suas músicas, a artista, que se transformou na Rainha da Sofrência, deixou um legado impactante para a música brasileira.
De acordo com o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição, a artista tinha 349 obras musicais registradas e 520 gravações cadastradas no banco de dados.
A música 'Todo Mundo Menos Você', em parceria com Maiara e Maraisa, lidera o ranking de execuções públicas no país, incluindo rádios, shows e eventos.
Enquanto a canção 'O que Falta em Você Sou Eu', com 26 regravações, é a obra mais reinterpretada por outros artistas.
Segundo o Ecad, entre as músicas mais tocadas da cantora estão 'Presepada', 'Troca de Calçada', e 'Infiel', que também é uma das mais regravadas.
Já nessa lista de regravações, chama a atenção músicas que a sertaneja fez para outros artistas, como 'Calma', popularizada na voz de Jorge e Mateus, e 'Cuida Bem Dela' ou 'Faça Ela Feliz', gravada pela dupla Henrique e Juliano.
Confira lista completa das músicas mais regravadas
1- "O Que Falta em Você Sou Eu" – Marília Mendonça / Del Vecchio / Juliano Tchula / Frederico Nunes
2- "Infiel" – Marília Mendonça
3- "Até Você Voltar" – Marília Mendonça / Juliano Tchula
4- "Faça Ela Feliz" – Marília Mendonça / Maraísa / Daniel Rangel / Juliano Tchula
5- "De Quem É a Culpa" – Marília Mendonça / Juliano Tchula
6- "Calma" – Marília Mendonça / Elcio di Carvalho / Fred Willian / Daniel Gustavo
Confira lista completa das músicas mais tocadas em shows:
1- "Todo Mundo Menos Você" – Marília Mendonça / Maiara / Maraísa
2- "Presepada" – Marília Mendonça / Maraísa
3- "Troca de Calçada" – Marília Mendonça / Vitor / Juliano Tchula
4- "Infiel" – Marília Mendonça
5- "A Flor e o Beija-Flor" – Marília Mendonça / Juliano Tchula
6- "De Quem É a Culpa" – Marília Mendonça / Juliano Tchula
7- "Até Você Voltar" – Marília Mendonça / Juliano Tchula
8- "Quero Você do Jeito que Quiser" – Maiara / Marília Mendonça / Maraísa
9- "Faça Ela Feliz" – Marília Mendonça / Maraísa / Daniel Rangel / Juliano Tchula
10- "Rosa Embriagada" – Marília Mendonça / Juliano Tchula
O cantor Jamil Chaim Alves, conhecido popularmente como Diumbanda, nome artístico do ex-soldado Zacarias, anunciou a saída da banda Companhia do Pagode.
Por meio de um comunicado divulgado nesta segunda-feira (21), nas redes sociais, o grupo de pagode, um dos mais tradicionais da música baiana, responsável pelo sucesso 'Boquinha da Garrafa', informou a saída do veterano.
VÍDEO: Diumbanda anuncia saída da Cia do Pagode para seguir carreira solo com novo projeto
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) July 21, 2025
CONFIRA??????? pic.twitter.com/OD5Ln2do7P
"Hoje encerramos um ciclo com muita gratidão. Obrigado Diumbanda! Desejamos muito sucesso em sua caminhada", diz a legenda da postagem.
A última apresentação do artista a frente da banda aconteceu em Paranã, no Tocantins, no último final de semana. Segundo o artista, em sua nova etapa, ele estará nos palcos com um projeto solo de samba de roda.
"Só tive alegrias e vou sair com alegrias. Aprendi muito com a Companhia do Pagode [...] Hoje encerra o meu ciclo aqui, graças a Deus, em paz, venho com um projeto novo, Diumbanda canta samba de roda e aguardo todos vocês. Só agradecer a Deus e aos orixás por poder trabalhar com esse elenco sensacional."
O grupo segue com a agenda de shows tendo Negão Jamaica como vocalista.
"Duas sanfonadas e acabou o forró...". A frase, que tem a música como objeto - mas é utilizada por internautas para falar sobre a brevidade das coisas, mais especificamente sobre relações sexuais -, aplica-se também ao objeto original da oração: a canção.
Você piscou e a música acabou. Não, não é uma impressão. As músicas realmente ficaram mais curtas nos últimos anos, e estudos, como o da Universidade da Califórnia mostram que a tendência é que as canções continuem a ter o tempo reduzido, similar ao de um jingle em uma campanha publicitária, por exemplo.
Mas esqueça 'Cheiro de Amor', interpretada por Maria Bethânia, pensada por Duda Mendonça como jingle do Motel Le Royale, de Salvador. As músicas tendem a ser mais curtas do que os 2:22 minutos da canção de Bethânia, com uma minutagem que não chega, por vezes, nem aos 60 segundos.
Ao Bahia Notícias, Marcelinho Oliveira, produtor musical, arranjador, diretor musical e compositor da Banda EVA, pontuou que a mudança na duração da música tem ligação com a adaptação ao mercado atual no sentido do consumo.
“Acho que mudou drasticamente nos últimos anos. Eu tenho 23 anos de carreira, o comportamento mudou muito, e eu acho que a forma que se escuta a música também. Antigamente as pessoas paravam para ouvir um disco e escutavam o disco durante um mês inteiro, escutavam a música em CD players. Hoje em dia as pessoas escutam 3, 4, 5 álbuns em um dia ou uma playlist com dezenas de músicas em um dia, isso já é uma mudança de comportamento. E com relação às plataformas de streaming, como TikTok, Instagram, principalmente, se dá porque as pessoas não têm tempo para poder escutar uma introdução, as pessoas têm que resolver isso de uma forma extremamente rápida.”
Marcelinho Oliveira (Foto: Instagram)
Para o cantor Gustavo Mioto, em entrevista ao site no início do ano, é uma prova do imediatismo da geração. “Hoje, temos músicas mais curtas, e antes eram mais longas. A nova geração não tem paciência para nada. Se não foi consertado na raiz, é impossível reverter. Precisamos descobrir maneiras novas de prender a atenção em três minutos, com textos mais curtos e profundos”.
O artista acredita que este seja um caminho sem volta. Dados do relatório Chartmetric 2024 Year in Music Report, divulgados no início deste ano, mostraram que a duração média das faixas executadas no Spotify caiu para aproximadamente 3 minutos, uma redução de 15 segundos em relação ao ano anterior e 30 segundos a menos que em 2019.
Já os estudiosos norte-americanos da Universidade da Califórnia, que analisaram 160 mil faixas disponíveis no Spotify, constataram que a duração média das músicas diminuiu um minuto e três segundos entre as décadas de 1990 e 2020.
Foto: Chartmetric
Músicas longas chegaram a ser um problema para grandes artistas, como a banda Queen, por exemplo, que foi aconselhada a não colocar 'Bohemian Rhapsody' como single por ter 5:52, algo incomum para as rádios. O plot twist? A canção é um dos maiores sucessos da banda britânica.
Em 2024, isso não é mais um problema. A música mais curta registrada no Spotify foi a faixa 'clip 1' da banda A-Reece, com 00:32. No Brasil, das cinco músicas mais ouvidas no TOP Brasil do Spotify no mês de julho, apenas uma consegue chegar a 3 minutos:
- FAMOSINHA - Dj Caio Vieira, MC Keno K, Mc Rodrigo do CN (2:12)
- P do Pecado - Grupo Menos É Mais, Simone Mendes (3:10)
- Tubarões - Diego & Victor Hugo (2:42)
- Artista Genérico - Veigh, Supernova Ent (2:30)
- Eu Vou na Sua Casa - Felipe Amorin, Vitão, BIN, Malibu (2:57)
Entre os motivos elencados por especialistas estão a forma como os serviços de streaming contam a reprodução da canção. Em algumas plataformas, a execução de uma música é contada após cerca de 30 segundos. Desta forma, uma música curta tem mais chances de ser ouvidas várias vezes, tornando ela um hit “orgânico”, mesmo ela tendo sido pensada com a finalidade de ser viral.
Para Marcelinho, esta é uma questão geracional: “Tem gente que não curte muito essa rapidez, mas é uma galera que também não adere a esse comportamento, são pessoas mais velhas, que escutam música com mais tempo, param para poder escutar. Às vezes eu quero escutar uma música pop, eu acabo me deparando com essa realidade e às vezes eu quero escutar uma música mais MPB, mais antiga, que tem uma introdução bacana, que tem um solo bacana também e tal. Isso vai muito desse poder de escolha que a gente tem de uma forma geral”.
Ao Bahia Notícias, o cantor e compositor Diggo fez uma análise do mercado. Responsável por sucessos como 'Dengo' (2:34), 'Abaixa Que É Tiro' (2:37), e 'Xuxu' (2:52), o artista acredita que a redução na duração da música tem a ver com o consumo do público.
"Eu acho que isso vai piorar. Porque com o avanço da tecnologia, como tudo é muito rápido, para você mudar uma música hoje é frações de segundos, então, se realmente essa música não for... a música não começar logo, ou se a música não for rápida, ele vai passar a música. Se ele não gostar, ele vai passar logo, é tudo muito prático", afirma.
Para o artista, o "tempo de vida" da canção, com o advento das redes sociais, também se tornou mais curto; dessa forma, os cantores e produtores passaram a trabalhar cada vez mais em canções mais curtas, mas com possibilidades de se tornarem virais, para conseguirem sobreviver no "hype".
"Antigamente para você ouvir uma música tinha que ser na rádio, você tinha um CD. Então, para a gente é ruim. É ruim porque acaba que a gente tem que lançar coisas em pouco tempo, né? Enquanto a música durava 6 meses, 1 ano, hoje a música dura 1 mês, 2 meses. E a gente não tem muito que fazer, né? Tem que se ajustar", avalia Diggo.
Marcelinho cita que um dos maiores desafios atualmente é se adaptar ao tempo curto de uma canção para prender o público sem perder a identidade do artista.
“Como produtor musical é um desafio também você compactar as ideias. Acaba, em parte, perdendo uma construção musical, mas é o que está acontecendo. Em 20 segundos você tem que ter um refrão no mundo atual, o pop. As pessoas estão consumindo rápido, a gente tem que fazer uma coisa mais rápida também, e tentar bater de frente com isso é desleal. Porque é como as pessoas se comportam atualmente.”
Rafinha RSQ (Foto: Instagram)
O tópico já era pauta no Bahia Notícias desde 2021. Naquele ano, o site fez uma entrevista com o produtor musical Rafinha RSQ, compositor de grandes hits da atualidade, que falou sobre como as novas tecnologias interferiam na produção de músicas, e citou justamente a questão apontada por Diggo: o sucesso quase passageiro das canções.
"A nova forma de fazer música, da parte positiva, é que muitas pessoas anônimas e muitos artistas alternativos e independentes, que não têm grandes produtores e empresários, conseguem ter a possibilidade de estourar. A parte negativa é que está tudo indo embora muito rápido, e eu estou ficando desesperado com isso. A fase negativa é: você fica uma semana vendo a mesma música, chega uma hora que sua cabeça já está cansada da mesma música. E aí o que acontece? As pessoas param de dar play, tomam pavor da música. É muito desesperador", disse ao site na época.
O fenômeno das músicas curtas chama atenção no gênero Pop e tem forte influência das redes sociais, que limitam a duração dos vídeos a 60 segundos, fazendo com que seja escolhido o trecho mais impactante da canção para servir de trilha sonora do registro.
A repetição exaustiva de um trecho faz com que ela viralize, conquistando o amor de alguns e o ódio de outros. E em questão de dias, em alguns casos, de semanas, a canção já é datada como algo velho para a rapidez da internet, que, neste meio tempo, já encontrou outro sucesso viral com menos de 3 minutos para chamar de novo amor.
Não é mentira quando se fala de música "para caber nos stories”. Faixas com introduções longas já não prendem mais a nova geração e tem menos chance de viralizar. Já as que vão direto ao ponto, podem encaixar perfeitamente nos 60 segundos de um vídeo para o TikTok e se tornar o novo hit do momento.
Ao Bahia Notícias, o cantor, compositor e multi-instrumentista Jorge Vercillo já tinha deixado uma dica para a nova geração: a busca por um bom trabalho e não apenas o foco na popularidade das redes sociais, a se restringir a um trabalho guiado pela nova tecnologia.
Foto: Instagram
"Quero que eles se concentrem na qualidade da música que eles querem fazer e não apenas na quantidade de seguidores, de plays. Porque a quantidade não é a qualidade, e é muito mais importante; o que vai garantir que esse conteúdo vai perdurar é a qualidade. O que vai definir a permanência dele no mercado é esse diferencial. Tem muitos jovens talentosos que vêm me procurar, mas sempre em busca de um hit, e eu acho que acaba ficando na mesmice. Os jovens têm muitas ideias boas e essas músicas não necessariamente precisam ser apenas sintéticas."
No entanto, no meio de tudo isso, o lado bom das plataformas digitais, citado por Rafinha RSQ em 2021, segue tendo grande impacto para os artistas. Um relatório feito pela Luminate, divulgado em fevereiro deste ano, apontou que "o TikTok é um impulsionador-chave para a descoberta de músicas, monetização e sucesso nas paradas".
Os dados indicaram ainda que 84% das músicas que entraram na Billboard Global 200 em 2024 viralizaram no TikTok primeiro, além de apontar que os usuários do TikTok nos EUA têm 74% mais chances de descobrir e compartilhar novas músicas em plataformas sociais e de vídeo curto do que o usuário médio de plataformas de vídeos curtos.
“Eu tenho uma filha e eu vejo que ela escuta muito a música em muito pouco tempo, ela tem nove anos de idade. É uma quantidade de informações que a gente tem hoje que, se comparado ao que se tinha há 10, 20, 30 anos, é um absurdo. Então, acho que hoje se dá muito por isso também, pelo comportamento de quem consome o pop. Não é só sobre uma pessoa, é sobre uma geração”, avalia Marcelinho.
O fato é que, sendo curta ou sendo longa, se uma música é para ser sucesso, ela vai conseguir brilhar: “Existem vários motivos para que uma música seja sucesso por vários ingredientes que a própria música tem”, garante o produtor.
Netinho, de 59 anos, emocionou os fãs ao compartilhar o primeiro registro em um ensaio de banda após o tratamento contra o câncer linfático. O cantor se reuniu com parte da banda na última quinta-feira (17), em Salvador e celebrou a retomada da carreira musical.
No texto, o intérprete de 'Capricho dos Deuses' falou sobre as dificuldades encontradas para retomar a rotina, entre elas a questão da voz, que ficou "parada" para este tipo de exercício, e revelou estar empolgado para o reencontro com o público nos shows.
"Foi ontem à tarde o primeiro ensaio com minha banda depois de 5 meses sem cantar. Ainda superando dois desafios: 1 - recuperando meu tônus muscular de antes da quimioterapia. Como as cordas vocais são músculos, ainda não tenho a potência de voz que tinha antes do tratamento, pois toda a musculatura do corpo sofre com a quimioterapia. Logo terei! 2 - minha voz ainda está com rouquidão por causa do ar condicionado muito gelado da semi-UTI onde fiquei 5 meses. Aos poucos essa rouquidão está indo embora", contou.
O cantor explicou que se sentiu um pouco perdido pela ausência do guitarrista dele no ensaio. "Meu guitarrista não pode ir ao ensaio ontem. Cantei sem minha referência, pois, desde sempre, me baseei na guitarra para cantar. Que saudade eu estava sentindo dos ensaios".
Netinho ainda não anunciou quando será o primeiro show dele após a "cura" do câncer. O termo está entre aspas porque a remissão total de um tumor só pode ser dada após cinco anos do tratamento.
Os planos são para que o show aconteça em Aracaju, com "Axé raiz PURO, sem qualquer vulgaridade ou baixaria".
A cantora norte-americana Connie Francis, dona do sucesso 'Pretty Little Baby', lançado nos anos 60, e que voltou a viralizar nas redes sociais em 2025, teve a morte confirmada nesta quinta-feira (17).
Em um comunicado compartilhado pelo amigo e repostado pela página oficial da cantora, foi informado que a artista faleceu na quarta (16), após um período internada com dor extrema.
“É com o coração pesado e extrema tristeza que informo o falecimento da minha querida amiga Connie Francis na noite passada. Eu sei que Connie aprovaria que seus fãs estivessem entre os primeiros a saber desta triste notícia. Mais detalhes serão divulgados posteriormente”, escreveu Ron Roberts.
Connie se tornou uma sensação no Tiktok após mais de 60 anos depois do lançamento da canção. A música 'Pretty Little Baby', lançada quando ela tinha 23 anos, chegou a ser reproduzida mais de 2 milhões de vezes na plataforma chinesa.
Em junho, Connie agradeceu nominalmente a alguns artistas pela viralização da música, entre eles, Timothée Chalamet, Ariana Grande e Taylor Swift.
"Meus agradecimentos a todos pela enorme recepção que deram a 'Pretty Little Baby'. Tenho o prazer de me juntar à comunidade TikTok e compartilhar esse momento com vocês."
Entre as gravações de Connie está uma versão da música "Deixa isso pra lá", do brasileiro Jair Rodrigues.
A cantora e compositora Liniker, reconhecida como cidadã soteropolitana pela Câmara Municipal de Salvador, anunciou o lançamento de uma música inédita composta por Gilberto Gil.
Intitulada “When The Wind Blows”, a faixa foi escrita pelo Imortal há quase quatro décadas.
Nas redes sociais, Liniker compartilhou um áudio enviado por Gil, com o convite para dar voz a canção. "Eu fiquei me lembrando de uma música que há muitos anos eu pensei em gravar e acabei não gravando. Acho que vai ficar muito interessante com seu jeito próprio de cantar", diz o baiano.
Liniker, que subiu ao palco da turnê Tempo Rei como convidada de Gil, ainda celebrou a colaboração com o artista e falou sobre a relação entre ela e o cantor. "Começou como referência e admiração, e virou parceria musical. Que honra poder escrever mais um capítulo da minha e da sua história, Gilberto Gil".
A canção será lançada nesta quarta-feira (16), com direito a videoclipe no canal de Liniker, a partir das 19h. Já nas plataformas de streaming, a música estará disponível às 21h.
A despedida de Gilberto Gil dos palcos se tornou destaque internacional com uma reportagem no The New York Times, prestigiado jornal dos Estados Unidos.
A matéria assinada pela jornalista Jill Langlois fala sobre a turnê 'Tempo Rei', que teve início em Salvador e já foi apresentada 13 vezes em diversos estados do Brasil. No texto, a repórter fala sobre a experiência de ter assistido ao show no Allianz Parque, em São Paulo, no mês de abril.
"E ao longo dos anos, seja sua imagem como um incentivador da juventude ou um filósofo perspicaz, ele o fez. Mesmo quando Gilberto Gil esteve no palco em São Paulo, em abril, durante sua turnê de despedida, foi a eloquência de suas palavras e as memórias que sua música evocava que cativaram 50 mil fãs.”
Gil fala sobe a despedida e afirma que apesar de ser um último capítulo da carreira, a música dele permanece, como diz o título da publicação.
"As classificações de ‘última turnê’, ‘último capítulo’, ‘fim de carreira’ são todas válidas. Estou essencialmente em uma excursão que encerrará um ciclo que durou mais de 60 anos [...] Mas a decisão de se afastar das apresentações ao vivo não é um retrocesso em relação à música. É uma forma de se reconectar com ela."
A turnê Tempo Rei, realização da 30e em parceria com a Gege Produções Artística, ainda tem 10 datas, sendo 6 delas, extra em cidades onde ele já se apresentou, com exceção de Recife. Salvador, que foi a cidade que recebeu o primeiro show, ainda não ganhou uma nova data.
Além dos shows em estádios, o artista terá uma edição do show em alto mar com o 'Navio Tempo Rei', que acontecerá entre os dias 1º a 4 de dezembro de 2025.
A cantora Claudia Leitte celebra nesta quinta-feira (10), 45 anos de vida e mais de duas décadas de música, e desse tempo nos palcos e trios, a artista, que tem mais de 820 gravações cadastradas no Escritório Central de Arrecadação e Distribuição, parte delas tem o nome da artista como compositora.
Em celebração a mais um ciclo de vida da artista, o Ecad fez um levantamento especial com as músicas de autoria de Claudia mais tocadas e regravadas no país nos últimos cinco anos.
A canção composta por Claudia mais executada no país é “Perigosinha”, escrita em parceria com Felipe Amorim e Kaleb Junior, que foi lançada em 2019. Já o título mais regravado da artista é “Eu Fico”, lançada em 2004, na época que a artista cantava no Babado Novo. A faixa teve 23 gravações registradas.
Confira a lista completa:
Ranking das músicas de autoria de Claudia Leitte mais tocadas nos últimos cinco anos no Brasil nos principais segmentos de execução pública
1 - Perigosinha: Claudia Leitte / Felipe Amorim / Kaleb Junior / Vitinho Sanfoneiro / Matheus Kennedy / Breno Casagrande
2 - Lirirrixa: Claudia Leitte / Luciano Pinto / Sérgio Rocha
3 - Saudade: Claudia Leitte / Xixinho / Tatau
4 - Taquita: Claudia Leitte / Tierry / Samir Trindade / Luciano Pinto / Cabrera
5 - Agradece: Claudia Leitte / Cabrera / Breno Casagrande
6 - Dekole: Claudia Leitte / Cabrera / Cabrera Music / Samir Trindade
7 - Bandera: Claudia Leitte / Marco Borrero / Paulo Jeveaux / Tierry / Samir Trindade / Luciano Pinto
8 - Eu fico: Claudia Leitte / Luciano Pinto / Sérgio Rocha
9 - Matimba: Claudia Leitte / Luciano Pinto / Samir Trindade / Duller / Buja Ferreira
10 - Famosa: Claudia Leitte / Bruno Mars / Phillip Lawrence / Ari Levine / Sergio Santos / Samir Trindade / Luciano Pinto / Tierry
Top 5 das músicas de autoria de Claudia Leitte mais regravadas
1 - Eu fico: Claudia Leitte / Luciano Pinto / Sérgio Rocha
2 - Lirirrixa: Claudia Leitte / Luciano Pinto / Sérgio Rocha
2 - Preto se você me der amor: Claudia Leitte / Luciano Pinto
2 - Taquita: Claudia Leitte / Tierry / Samir Trindade / Luciano Pinto / Cabrera
3 - Matimba: Claudia Leitte / Luciano Pinto / Samir Trindade / Duller / Buja Ferreira
4 - Bem vindo amor: Claudia Leitte / Luciano Pinto / Sérgio Rocha
4 - Beijar na boca: Claudia Leitte / Luciano Pinto / Sérgio Rocha
5 - Agradece: Claudia Leitte / Cabrera / Breno Casagrande
O Salvador Fest anunciou nesta quarta-feira (9) três novas atrações da edição de 2025 da festa. O evento, que acontecerá no dia 14 de setembro no WET, na Paralela, contará com shows de Pablo, Parangolé e Aila Menezes.
Os artistas se juntam aos já anunciados O Kannalha, Xanddy Harmonia, Robyssão, Oh Polêmico, Bob na Voz, Natanzinho Lima, Léo Santana, Tony Salles, Pagodart e Matuê.
De acordo com a organização do evento, a edição de 2025 promete ser especial. A produção afirma que o retorno da festa para o calendário baiano após um ano de hiato irá marcar a união do pagodão raiz, com a diversidade de ritmos que caracteriza o evento.
Os ingressos para o Salvador Fest estão sendo vendidos na loja do Bora Tickets, localizada no 2º piso do Shopping da Bahia, ou por meio do site oficial, e custam a partir de R$ 60.
Neste ano, a festa contará com três setores: Arena, Camarote Open Bar e FrontBack, onde o público terá uma vista privilegiada do palco e poderá ver os artistas de perto.
Expressão famosa no futebol, a frase "deu a lógica" pode se aplicar no balanço do São João da Bahia de 2025 para falar sobre as atrações musicais que se apresentaram no estado.
Recordista em 2024, a banda Toque Dez, liderada por Milsinho, manteve o título em 2025, e encerrou a temporada de shows do São João com 45 contratações, totalizando R$ 13.050.000,00. A maioria dos contratos da banda foi no valor de R$ 300 mil, e o maior valor recebido pelo grupo de arrocha foi R$ 350 mil em Serra do Ramalho.
Foto: Divulgação
Quanto ao artista que mais faturou em 2025, o forrozeiro Wesley Safadão levou a melhor. O artista realizou cinco apresentações na Bahia e recebeu R$ 5.500.000,00. Cada show do artista custou ao contratante R$ 1.100.000,00.
Desta forma, na comparação com a Toque Dez, o artista precisou fazer menos shows para conseguir quase a metade do que a banda baiana recebeu se apresentando 45 vezes. Para receber o exato valor da banda, o artista poderia se apresentar apenas 12 vezes e ainda conseguiria R$ 150 mil de "troco".
Foto: Divulgação
Em 2024, a Toque Dez já liderava o ranking. O grupo baiano se apresentou 44 vezes, faturando um total de R$ 8.380.000. Na época, o valor médio do cachê da banda era de R$ 190.454,00.
No ano anterior, o cearense faturou R$ 8.200.000,00 por nove shows na Bahia. Em 2024, o valor médio do cachê do artista era R$ 900 mil, e o valor mais alto recebido pelo cantor foi R$ 1 milhão.
O valor mais caro de 2024 foi o cachê de Gusttavo Lima, que cobrou R$ 1.100.000,00 por uma apresentação em Luis Eduardo Magalhães. No entanto, o sertanejo fez apenas um show, desta forma, Safadão faturou mais.
Os dados foram extraídos do Painel da Transparência dos Festejos Juninos feito pelo Ministério Público da Bahia.
Confira o top 10 das atrações mais contratadas no São João da Bahia 2025:
- Toque Dez com 45 shows (R$ 13.050.000,00)
- Tayrone com 27 shows (R$ 8.080.000,00)
- Batista Lima com 26 shows (R$ 4.680.000,00)
- Devinho Novaes com 25 shows (R$ 5.770.000,00)
- Theuzinho com 23 shows (R$ 3.080.000,00)
- Iguinho e Lulinha com 22 shows (R$ 8.800.000,00)
- Natanzinho Lima com 21 shows (R$ 12.700.000,00)
- Silfarley com 21 shows (R$ 3.880.000,00)
- Tarcísio do Acordeon com 21 shows (R$ 9.450.000,00)
- Thiago Aquino com 21 shows (R$ 6.690.000,00)
MAIOR INVESTIMENTO
Quanto a cidade que mais investiu na festa em 2025, o município de Cruz das Almas, um dos destinos mais procurados por baianos e turistas durante os festejos juninos, foi a cidade que mais destinou verba para a festa.
Diferente de 2024, que ocupou a 3ª colocação do ranking, com um investimento de R$ 6.026.000,00, em 2025, o município investiu R$ 9.500.000,00 para seis dias de festa. O valor foi mais alto. No entanto, o número de atrações caiu de um ano para o outro.
Enquanto no ano passado a cidade contava com 78 atrações musicais, em 2025 o valor investido nas contratações cobriu 29 apresentações.
Foto: Secom
De acordo com a prefeitura de Cruz das Almas, a edição de 2025 superou as expectativas e atraiu um público de mais de 700 mil pessoas, um recorde de público.
O prefeito Ednaldo Ribeiro estima que os festejos tenham rendido a economia da cidade R$ 60 milhões. A festa contou com diversos patrocínios, entre eles da cerveja Amstel, da Coca-Cola, Esportes da Sorte, O Boticário, Embasa, Ministério do Turismo, Governo Federal, Governo da Bahia e Banco do Nordeste.
"É visível o quanto a economia do município foi movimentada, fortalecendo o comércio local e gerando renda para as famílias."
Os ingressos para o novo projeto de Ivete Sangalo, o show de samba 'Ivete Clareou', começaram a ser vendidos nesta terça-feira (8). A apresentação, que acontecerá no dia 30 de novembro, no WET, na Paralela, tem entradas a partir de R$ 80 no primeiro lote.
Quem for curtir a festa na capital baiana poderá escolher entre dois setores, Arena e Open Bar, a visão dos dois espaços é a mesma, Ivete investiu em um palco 360º para o projeto, a diferença são os benefícios dados pela área Open, com serviço de bebidas, bares e banheiros exclusivos.
O setor mais caro é o Open Bar, que no primeiro lote tem ingresso a R$ 290 + taxas.
De acordo com Ivete Sangalo, a ideia do projeto 'Ivete Clareou' é proporcionar ao público um mergulho no samba com uma experiência diferenciada, oferecendo aos fãs o combo de música e vivência.
Para isso, a artista optou pela festa ao ar livre. "Eu acho que a experiência do show começa quando você fala 'eu vou'. E você nunca decide se vai sem ligar para alguém e perguntar 'Fulano, você vai?'. E essas experiências conectam pessoas. Você já liga, já vê que dia é, qual é o seu look, onde vai ser. E o nosso esquenta vai ser na própria festa, o show e o pós".
Nas redes sociais, Ivete vem instigando o público com indícios do repertório. "Minha relação com o samba é desde criança, desde Nelson Cavaquinho, ao Cartola, Pixinguinha, as coisas novas como Ferrugem, Sorriso Maroto", disse durante a coletiva.
A artista já convocou o cantor Belo para uma parceria, e em uma playlist de inspirações, colocou Sorriso Maroto, Ferrugem, Diogo Nogueira, além, é claro, de Clara Numes, homenageada com o título do projeto.
“Ô Belo, mande seu número para mim pelo direct. Tou precisando perguntar um negócio pra você. Me manda agora!”, disse a cantora no Instagram.
O novo projeto de Ivete, que tem direção musical de Bóris Farias, contará com um registro audiovisual. A cantora ainda não definiu se uma só cidade será a sede ou se cada um dos cinco pontos escolhidos para receber o projeto contará com uma gravação.
O cantor Netinho, de 58 anos, presenteou os fãs com uma gravação quase inédita após um período delicado, um vídeo dele voltando a cantar após o tratamento contra o câncer no sistema linfático.
No registro, o artista surge cantando 'Beija-Me', presente no álbum 'Um Beijo pra Você', lançado por ele em 1993.
Segundo o artista, foram quase cinco meses alternando entre casa e hospital para fazer o tratamento, o que prejudicou a voz.
"Fui deixando de fazer meus exercícios diários de voz porque o ar condicionado da semi UTI era muito gelado e fui ficando rouco, gripado, com nariz escorrendo, com catarro, tosse seca e com a garganta arranhando."
Netinho conta que o período antes da alta definitiva, quando teve a possibilidade de ficar mais de 1 semana em casa, foi essencial para que pudesse recuperar a voz.
"Depois de duas semanas em casa, agora sem gripe nem nada que incomode minha laringe, minha voz está aos poucos voltando ao normal com fonoterapia três vezes por dia. DEUS TUDO PODE", afirmou.
O momento rendeu elogios dos fãs, que celebraram a retomada. "Que afinação é essa? Se vi maior ou melhor, não lembro", escreveu uma internauta. "Ah meu amor, que emoção. Coisa mais linda. Vou chorar tanto, pra variar, quando te ver de novo pessoalmente cantando pra mim", comentou outra. "Você está ótimo", elogiou um fã. "Contando os dias pra assistir um show seu!", disse um seguidor.
Na última semana, o artista celebrou a retomada dos exercícios vocais em preparação para o retorno aos palcos.
"É a fase de recuperação de tudo, e vou fazer isso com muito amor, e a vontade imensa de voltar ao meu trabalho, minha música, minha banda. Em breve a gente vai estar na estrada fazendo tudo o que vinha fazendo antes."
Netinho precisou parar a agenda de shows às vésperas do Carnaval após o mal-estar que o levou a ser internado e posteriormente diagnosticado com o câncer.
Para o retorno aos palcos, o artista planeja um show em Aracaju, no entanto, não foi definido quando a apresentação irá acontecer e se a cidade sergipana será realmente a primeira dele na grande retomada da carreira.
O músico Miguel Freitas, o Migga, integrante do grupo Filhos da Bahia e da banda que acompanha a cantora Marina Sena, estreou o projeito solo com o lançamento do audiovisual gravado durante o Festival Ubaque, em Salvador.
Apresentado em 2024, o show está disponível no canal do Ubaque no Youtube. Para o audiovisual, ele leva canções autorais como “Pedra Salgada”.
“É uma música que tenho um carinho e um apego especial e é um ótimo ponto de partida e ponto final de um momento”, explica o músico, que acrescenta ainda ao repertório algumas canções que farão parte do seu primeiro disco solo, além de outros singles já disponíveis nas plataformas.
Com um repertório autoral focado no reggae, Migga colabora com outros nomes da cena independente, como Pugah, Rafa Chagas, Gibi, Tainã Troccoli, atataBatata.
Ao lado do pai, Carlinhos Brown, Migga gravou “E.C.T.” para a terceira edição do disco “Cássia Reggae”, que apresenta versões das músicas consagradas na voz de Cássia Eller em arranjos do ritmo.
“Me descobrir nesse espaço foi interessante, e sou feliz por ter feito essa estreia no festival Ubaque. Tem músicas autorais e com parcerias luxuosíssimas de amigos e família”, pontua o artista sobre a estreia do seu primeiro projeto solo.
O grupo DiDengo, liderado pelo cantor Biel Brito, aposta em um xote romântico para a temporada junina. A banda lançou nesta sexta-feira (16) o single autoral ‘Tantão’, gravado em parceria com o cantor Rodrigo de Lara.
A faixa tem influências do xote e do forró pé de serra, que para a banda, dá uma sonoridade única e gostosa, ideal para o São João.
“A canção é muito gostosa de cantar e mais ainda de escutar. Tô muito feliz em poder lançar mais um single autoral e ainda mais em ter Rodrigo de Lara comigo. Ele é um artista incrível e a junção das nossas vozes deu um toque único à canção. Espero que a galera curta muito e dance coladinho curtindo ‘Tantão’.”, comentou animado o cantor Biel Brito, líder da DiDengo.
Com produção musical e composição de Marcelinho Oliveira, a música ‘Tantão’ está disponível em todas as plataformas de música.
A carreira gospel passou a ser especulada para alguns artistas que ficaram conhecidos por cantar músicas do movimento Axé Music, mas passaram a criticar o Carnaval, entre eles, o cantor Netinho.
Por meio das redes sociais, o intérprete de 'Beijo na Boca', que está internado no Hospital Aliança Star, em Salvador, onde dá continuidade ao tratamento contra o câncer no sistema linfático, rechaçou das sugestões de seguir carreira gospel feita por alguns internautas.
Aos 58 anos, o artista afirmou que não enxerga uma mudança no caminho musical que sempre seguiu e reforçou que sempre manteve uma conexão com Deus.
“Algumas pessoas escrevem dizendo que agora eu deveria cantar para Deus. Mas eu sempre cantei para Deus, sempre cantei para Jesus Cristo. As músicas que escolhi para gravar são positivas, sempre gravei sorrindo, feliz, com amor. Considero um total desperdício de tempo alguém vir nas minhas redes sociais me dizer o que devo fazer com a minha música. Isso revela uma profunda ignorância sobre a minha trajetória”, disse.
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O artista, que precisou abandonar a agenda de shows que faria no Carnaval devido ao quadro de câncer, diagnosticado dias após a folia, afirmou que cantar na festa é uma forma de evangelizar as pessoas.
"Se eu cantar só para quem já é positivo, não mudo nada. Mas se levo minha música para um ambiente misto, como o Carnaval, posso tocar alguém negativamente e ajudar essa pessoa a mudar. Minha religião é Jesus Cristo. Acredito nas palavras dele que estão na Bíblia e sou um homem de fé desde pequeno”, afirmou.
No início do ano, em meio as comemorações dos 40 anos de Axé Music, o artista polemizou ao fazer críticas ao Carnaval de Salvador. Netinho, que foi um dos principais artistas do movimento, afirmou que iria manter a decisão tomada em 2012 de não participar mais da folia baiana por estar "tão infestada por músicas estranhas".
Questionado por internautas sobre ter se arrependido de algo feito ao longo da carreira, o artista foi direto: "Faria tudo que fiz na vida outra vez! Os erros nos fazem aprender e fugir deles é fugir de aprendizado".
A passagem de Lady Gaga pelo Brasil despertou em Daniela Mercury uma sede de "protesto" em busca de mais espaço para os artistas nacionais em projetos como o 'Todo Mundo No Rio', que levou a estrela norte-americana a se apresentar para um público de mais de 1.5 milhão de pessoas.
Por meio das redes sociais, Mercury fez questionamentos sobre o espaço dado as divas pop, como Gaga e Madonna, a primeira a se apresentar no projeto, e reforçou a capacidade dos artistas brasileiros de promoverem shows tão grandiosos quanto.
"Assistir a shows grandiosos de artistas norte-americanos, como Madonna e Lady Gaga, no Brasil, é incrível — nos alegra e enriquece cultural e economicamente. Vejo esses eventos como exemplos para que a população e os políticos brasileiros compreendam a importância das artes na promoção da imagem das cidades, dos estados e do país, fortalecendo o turismo, gerando empregos, impulsionando serviços e aumentando a arrecadação de impostos municipais e estaduais."
Mercury, que em Salvador tem o projeto 'Pôr do Som', no qual se apresenta gratuitamente para o público no primeiro pôr do sol do ano, afirmou que por anos caminhou sozinha para levar o trabalho dela para o exterior, e pediu para que as marcas se atentassem aos trabalhos nacionais.
"Há anos invisto por conta própria para levar meu trabalho ao exterior. E se tivéssemos a oportunidade de realizar grandes shows de artistas brasileiros fora do Brasil? E se empresas brasileiras patrocinassem nossas turnês internacionais?", questionou.
A artista ainda pediu a aprovação de leis que isentasse a cultura brasileira de impostos na exportação de nossos espetáculos. "Enquanto centenas de produtos brasileiros usufruem desses incentivos, a cultura não tem acesso a benefícios similares: pagamos altas taxas para exportar nossos shows, sem patrocínios, editais ou leis de incentivo que nos permitam promover a arte brasileira globalmente".
Para a baiana, que chegou a homenagear Lady Gaga e Madonna nas redes sociais, é importante que se olhe para o que vem sendo produzido no país.
"Nós, artistas brasileiros, realizamos espetáculos tão grandiosos, quanto os de Madonna e Lady Gaga, com públicos tão grandiosos quanto os delas. Para muitos estrangeiros, esses shows deles são considerados os maiores de suas carreiras. Por que, então, não há interesse em tornar o Brasil mais relevante e respeitado no mundo por meio de nossa cultura e arte?."
Um dos maiores expoentes da música baiana, o soteropolitano Dorival Caymmi comemoraria 111 anos, nesta quarta-feira (30). Cantor, compositor, poeta e ator, Caymmi nasceu em 30 de abril de 1914, tendo falecido em 16 de agosto de 2008, há 16 anos. O artista que levou o nome do bairro de Itapuã para o mundo viveu em Salvador até os 24 anos, quando em 1938, resolveu se mudar para o Rio de Janeiro.
Admirador da cultura negra, Caymmi se destacou no final dos anos 30 pela forma única de tocar violão e lirismo de suas composições, influenciando amplamente o movimento musical da Bossa Nova. Com letras que demonstram a sua saudade e profunda conexão com a Bahia, relembre os maiores sucessos do artista:
- O Mar (1937)
Antes de se mudar para as terras cariocas, Caymmi compôs, no bairro de Itapuã - onde passou parte de sua infância, a música “O Mar” em 1937. Esta foi a primeira música da série de Canções Praieiras, coletânea lançada oficialmente em 1954, e se tornaria um grande sucesso.
- Maracangalha (1955)
“Maracangalha” foi composta por Caymmi em 1955 e se tornou um sucesso entre o público e a crítica carioca. A música compõe o álbum “Eu Vou Pra Maracangalha” lançado em 1957, recheado de influência no samba de roda baiano.
- Saudades da Bahia (1957)
Um ano após ter sido considerado um dos maiores compositores do país pela crítica de todo o país, Dorival compôs “Saudades da Bahia” em 1957, como um tributo às raízes baianas, quase 20 anos após sua chegada ao Rio de Janeiro. Conforme jornalistas da época, a música bateu recordes de vendas no ano em questão.
- Oração de Mãe Menininha (1972)
A música “Oração de Mãe Menininha” é uma homenagem à ialorixá Menininha do Gantois, líder do Terreiro Ilê Iyá Omi Axé Iyamassê no bairro da Federação, de quem era filho. Lançada em 1972, a canção foi regravada posteriormente por Maria Bethânia e Gal Costa em uma de suas versões mais reconhecidas.
- Modinha para Gabriela (1975)
Trilha sonora da novela, “Gabriela”, lançada pela TV Globo em abril de 1975, “Modinha para Gabriela” é baseada no romance “Gabriela, Cravo e Canela”, de Jorge Amado. Um dos hinos da música brasileira, a música voltou a vida na voz de Gal Costa, na década de 90 - versão que foi trilha sonora da segunda formatação do romance Jorge Amado nas novelas, exibida em 2012.
A dupla Sá & Guarabyra surpreendeu o público ao anunciar a dissolução após 53 anos de estrada. Por meio de um comunicado divulgado nas redes sociais, os artistas informaram que a decisão partiu de causas naturais.
No texto para o público, Luiz Carlos Sá e Guttemberg Guarabyra, responsáveis por grandes sucessos da música brasileira, entre eles canções que marcaram novelas, como 'Roque Santeiro' e 'Verdades e Mentiras', além de terem sido responsáveis pela composição de 'Dona', hit na voz do grupo Roupa Nova, reforçaram que não houve conflitos.
"O fato de morarmos há bastante tempo em cidades e estados diferentes acabou por nos fazer criar raízes diversas com outros parceiros mais frequentes e próximos. Portanto, antes que alguma desinformação aconteça, esclarecemos que a decisão ocorreu de forma espontânea e sem nenhuma interferência de questões discordantes."
Apesar do anúncio, a dupla ainda tem quatro shows agendados pelo Brasil, passando por São Paulo, São Bernardo, Belo Horizonte e Itajaí.
Segundo os artistas, a última vez que o público poderá acompanhar os dois juntos será no dia 25 de setembro, no Teatro Adelaide Konder, em Santa Catarina.
"Desnecessário dizer o quanto agradecemos a todos pela companhia, apoio e momentos incríveis nesses tantos anos de dupla. Mas nem por isso deixaremos de caminhar juntos, e em breve daremos notícias sobre os shows solo."
O retorno do Salvador Fest em 2025 animou o público do evento após um verdadeiro balde de água fria em 2024, e os primeiros passos foram dados pela organização do evento, que divulgou uma pesquisa para entender o que o público da festa quer ver neste ano.
Na pesquisa divulgada no perfil oficial da festa no Instagram, entre as opções de atrações estão Ivete Sangalo, que já cantou no festival, Anitta, Baiana System, Claudia Leitte, Ebony, Olodum, Gloria Groove e Tati Quebra Barraco, e a cantora Liniker.
Os nomes chamaram a atenção do público do evento pela possibilidade de uma nova proposta para a festa.
O Salvador Fest surgiu no calendário baiano em 2005, em uma proposta do empresário Marcelo Brito, de mobilizar a capital com um festival de música popular com a mesma qualidade dos grandes eventos ao redor do país, no entanto, acessível ao público.
Na grade de atrações, a presença de nomes do pagode baiano sempre foi a certeza do público, e chamariz, assim como a camisa colorida, que era a grande marca do evento.
A característica foi tão forte que o Salvador Fest passou a ser conhecido como “A Maior Festa de Camisa Colorida do Mundo”.
Após anos pintando a cidade de cores em neon no mês de setembro, a organização decidiu "abolir" as camisas coloridas, dando espaço para tons mais neutros. A mudança também refletiu na grade de atrações, com a chegada de nomes da música pop e do sertanejo.
Apesar da enquete para descobrir a opinião do público sobre as possíveis novas atrações, a organização do Salvador Fest esclareceu que o resultado da pesquisa não define oficialmente a line-up do evento.
O projeto de lei proposto pelo vereador Alexandre Aleluia (PL) para dar fim a contratação de artistas com letras consideradas +18 em eventos financiados com recursos públicos, que vem sendo considerada como “prima da antibaixaria” foi sancionado pelo prefeito Bruno Reis (União).
A lei nº 9.844/2025, publicada no Diário Oficial do Município, que já está em vigor, dispõe sobre a vedação de contratação, pela Prefeitura Municipal de Salvador, de artistas que promovam, em suas produções musicais, conteúdos de teor sexual explícito, apologia a crimes ou incentivo ao consumo de drogas, e dá outras providências.
Conforme a lei, fica sob responsabilidade da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), a avaliação do conteúdo artístico dos contratados para eventos financiados com recursos públicos, além de apurar eventuais descumprimentos da lei.
Em caso de descumprimento, a Prefeitura está autorizada a reter o cachê ou pagamento ainda não efetuado à banda até a conclusão da apuração, reter definitivamente o pagamento do artista ou restituição do valor já pago e impedir a contratação direta ou indireta com recursos públicos pelo prazo de 3 anos.
"Se ficar comprovado que, durante a apresentação que resultou no descumprimento desta Lei, havia menores presentes no local, a proibição de contratação do artista ou banda com a Prefeitura Municipal de Salvador será ampliada para o prazo de 04 (quatro) anos."
Foto: Câmara dos Vereadores
Na proposta apresentada pelo edil no final de 2024, foi citado o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a presença de crianças e adolescentes, em eventos públicos, a exemplo do Carnaval de Salvador, como um ponto de atenção dos órgãos competentes para que o desenvolvimento ético, psicológico e social não seja comprometido através dessa expressão artística.
"Este Projeto de Lei promove um alinhamento entre a política cultural do município, o uso responsável dos recursos públicos e o compromisso com a proteção dos direitos dos menores", afirmou na época o autor.
O PL proposto por Aleluia chamou atenção pela semelhança com a lei estadual 12.573/2012, conhecida como Lei Antibaixaria, que sancionada em abril de 2012 pelo então governador do estado, Jaques Wagner.
Na época, a proposta feita pela deputada estadual Luiza Maia (PT) pedia a proibição da contratação de artistas que levassem para os palcos músicas que incentivassem a violência ou exponham as mulheres a situação de constrangimento, fizessem apologia ao uso de drogas ilícitas, ou tivessem manifestações de homofobia, ou discriminação racial.
Entre os ritmos mais afetados pelas duas leis está o pagode baiano cantado por nomes como La Fúria, Oh Polêmico, O Kannalha, Cirilo Teclas, Rick Ralley, Black Style, Ah Chapa, O Erótico, Malafaia, nomes que configuram entre os mais ouvidos em Salvador no levantamento feito pelo Bahia Notícias através do YouTube Music.
O estilo também é o mais tocado no Carnaval. Neste ano, a Prefeitura de Salvador contratou a banda La Fúria, A Dama, O Poeta, que trazem em suas canções letras consideradas “proibidas” quando aplicada a nova lei.
Para o cantor Igor Kannário, o pagode com letras explícitas se tornou uma porta de entrada para a nova geração no estilo, mas não significa que é um caminho definitivo.
"Acho que tudo é arte, tudo é cultura. Ainda com o esse conteúdo, a gente tem que valorizar e lapidar isso. Até porque todo mundo canta aqui. Todo mundo começa cantando merda, vamos supor assim. A gente vai se melhorando, vai aprimorando as letras. E eu tenho certeza que a galera nova que tá cantando, né, algumas músicas que eles chamam de proibidão, eu tenho na mente que eles estão passando por uma fase de transformação, assim como eu passei também. E daqui a pouco eles vão cantar coisa boa."
Eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ex-presidente Jair Bolsonaro têm um gosto em comum: consideram como seu gênero musical mais apreciado o sertanejo. Essa conclusão pode ser apurada na pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (16).
De acordo com os resultados, para 28% dos entrevistados que dizem ter votado em Lula ou no PT, o sertanejo é o tipo de música mais ouvida. Esse número chega a 30% entre os bolsonaristas.
Entre os eleitores dos dois políticos, há também uma igualdade de gostos no estilo musical que ficou em segundo lugar como o mais apreciado. Enquanto 15% dos que dizem ter votado em Lula têm como segundo gênero mais ouvido a música religiosa, cristã ou gospel, o percentual chega a 23% em meio aos bolsonaristas.
Para os seguidores do líder petista, o forró/piseiro/arrocha empata com o gospel (15% de citações). Já para 9% dos eleitores de Jair Bolsonaro, o gênero forró/piseiro/arrocha teve apenas 9% de menções, mesmo percentual do samba/pagode (que vem em quarto lugar na avaliação de quem diz ter votado em Lula, com 12%).
Na pesquisa agregada, sem distinção de eleitorados específicos de líderes políticos, 26% dos entrevistados afirmam que o sertanejo é o seu gênero musical preferido. Em segundo lugar na lista aparece a música religiosa/golspel/cristã, com 19% das menções.
Em ordem, do terceiro lugar em diante, aparecem os seguintes gêneros musicais: forró/piseiro/arrocha - 9%; samba/pagode - 9%; MPB - 6%; Rock internacional - 4%; Funk - 4%; Pop internacional - 4%; Rock Nacional - 3%; Rap/Hip Hop - 3%; Pop nacional - 3%; Clássica/Erudita - 2%; Outro - 8%.
A pesquisa da Genial/Quaest foi realizada de 27 a 31 de março, com 2.004 pessoas entrevistadas. A margem de erro estimada do levantamento é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.
A possibilidade do reconhecimento do samba-reggae como Patrimônio Imaterial de Salvador acende em quem faz a cultura a esperança da propagação da arte.
O projeto de indicação do vereador Silvio Humberto (PSOL), apresentado em 2024, que voltou a ser movimentado na Câmara Municipal de Salvador, pode fazer com que o ritmo, célula importante para a criação do movimento Axé Music e referência para tantos outros estilos musicais da Bahia e do Brasil, seja preservado e assistido pelas autoridades.
Ao Bahia Notícias, o cantor, compositor, músico e capoeirista Tonho Matéria, falou sobre a importância de marcar o estilo como algo feito em Salvador e algo a ser preservado. Para o artista, o reconhecimento como patrimônio imaterial e a possibilidade do título mostra como o ritmo modificou o fazer musical e também teve impacto social.
"Isso é um brinde para a cultura percussiva da Bahia. Porque isso não só perpassa pelo Olodum, teve origem com o Neguinho do Samba, Mestre Jackson. Mas são os blocos que dão continuidade, os artistas que dão continuidade, os compositores. O samba-reggae hoje é um instrumento que sustenta uma cadeia produtiva muito gigante. E a gente precisa fortalecer mesmo."
Para o ex-Olodum e ex-Ara Ketu, que colaborou diretamente para o gênero criado por Neguinho e Mestre Jackson, o título, caso consiga se concretizar, chega para somar aos dias em que o gênero já é lembrado localmente, como o dia 31 de outubro, data da morte de Neguinho, que em 2013 teve uma lei aprovada na Câmara Municipal de Salvador como o Dia do Samba-reggae.
"É um título importantíssimo, um momento importantíssimo para concretizar de fato e de direito o samba-reggae enquanto patrimônio nosso, porque hoje o mundo inteiro usa essa clave do samba-reggae. Esse movimento, na verdade, do samba-reggae com suas variações e ritmos criados pelo nosso saudoso Neguinho do Samba é bem lembrado também no dia 31 de outubro. A gente tendo o samba-reggae como patrimônio de Salvador, não vai só fortalecer a cultura de Salvador. Eu acho que deveria ser também [um movimento] da Bahia e do Brasil. Quem sabe, do mundo."
Tonho ainda alerta para a necessidade de uma movimentação rápida para as pessoas conseguirem entender a origem do objeto antes que ele seja apropriado por outro lugar.
"É muito importante para mim, como compositor, que esse gênero seja realmente reconhecido. Porque se a gente não fizer isso daqui a pouco, pessoas vêm, pegam, levam para outros lugares. A gente viu aí o acarajé, a gente está vendo aí tantas coisas que estão pegando nossas e transformando em deles. Não tem um documento que legitime isso, então, eu acho de suma importância o reconhecimento."
O artista, que atualmente apresenta diversos shows, entre eles o com a banda Os Autorais, formado por ele, Tenison Del Rey e Jorge Zarath, além dos projetos solos, sugeriu ainda que a capital baiana, que já foi reconhecida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como "Cidade da Música", homenageasse Neguinho do Samba com outros atos, a exemplo de um busto do músico em algum espaço da cidade, além de uma assistência maior aos blocos afro e bandas percussivas na Bahia.
"Ele realmente foi um instrumento poderoso nesse lugar. Então, é preciso que, além desse reconhecimento do ritmo, mas também tem o reconhecimento da memória dele. A obra, a maior obra que ele deixou é a banda Didá, que não precise estar passando por editais e que precise ter prêmios diariamente. Porque a música que Neguinho do Samba fez, o ritmo que Neguinho do Samba criou potencializou muito as empresas, potencializou como o governo, de todas as esferas, porque esse ritmo mexe o coração do mundo."
Na proposta, apresentada pelo vereador Silvio Humberto (PSOL), caso seja aceita, o samba-reggae terá através do título de Patrimônio Imaterial de Salvador:
- A salvaguarda do patrimônio;
- O respeito ao patrimônio cultural imaterial das comunidades, grupos e indivíduos envolvidos;
- A conscientização no plano local, nacional e internacional da importância do patrimônio cultural imaterial e de seu reconhecimento recíproco;
- E a cooperação e a assistência internacionais.
A criatura todos conhecem. O criador ainda é incerto mesmo após 40 anos de existência. Mas a essência do Axé Music, um dos maiores movimentos musicais de Salvador, ainda busca um selo importante para o reconhecimento de sua história, como aconteceu para o aniversariante do ano. E o samba-reggae segue nessa caminhada.
Considerada quase como uma das células-mãe do Axé, o samba-reggae, criado na Bahia entre as décadas de 1980 e 1990, por um dos maiores nomes da música estadual, Neguinho do Samba, segue na luta pelo título de Patrimônio Imaterial da Cidade de Salvador.
O gênero teve registrado em 2024 um projeto de indicação na Câmara Municipal de Salvador pelo vereador Silvio Humberto (PSOL). Na proposta, o edil reforça a importância da inclusão do ritmo no patrimônio a ser preservado pelo Estado em parceria com a sociedade.
A indicação de Silvio Humberto chegou a ser encaminhada para supervisão na Comissão de Constituição e Justiça e passou por diversas etapas, antes de ser arquivado em janeiro deste ano. A ida para a gaveta obedece ao artigo 184 do Regimento Interno da Câmara, que ordena o ato de todas as proposições apresentadas na Legislatura anterior que estejam sem parecer ou com parecer contrário das Comissões competentes.
No entanto, em março deste ano, o projeto voltou a ser movimentado. No dia 24, a indicação foi encaminhada a supervisão de tramitação para supervisão de Gestão de Documentos, isto é, ele passa por uma fase de organização e preservação. Como Silvio Humberto se manteve como vereador, o projeto ainda se mantém ativo.
Entende-se por patrimônio cultural imaterial as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas, instrumentos, objetos, artefatos e lugares culturais que as comunidades, os grupos e, em alguns casos, os indivíduos reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural, e são transmitidos de geração em geração.
Criado por Antônio Luís Alves de Souza, mais conhecido como mestre Neguinho do Samba, o ritmo é uma fusão entre o reggae da Jamaica e o samba, patrimônio cultural do Brasil, que originou uma sonoridade única e cheia de personalidade com o selo soteropolitano.
Entre os principais "embaixadores" do samba reggae estão o Olodum, grupo percussivo que Neguinho fez parte por anos, além de Margareth Menezes, que deu voz a uma das canções mais emblemáticas do gênero, 'Faraó (Divindade do Egito)', composição de Luciano Gomes, primeira música de samba-reggae a ser gravada no país. Entram no rol de divulgadores do gênero nomes como os blocos afro Didá, Muzenza e Ilê Aiyê, além de Carlinhos Brown e Daniela Mercury.
Foto: Arquivo/ Site Carlinhos Brown
Em entrevistas, Neguinho conta que teve como inspiração para o ritmo, além do reggae e do samba, a dança das mulheres do Ilê Aiyê.
"Quando eu vi aquelas coroas [pessoas mais velhas] de 60, 70 anos dançando, aquilo ia me inspirando, a maneira como elas iam dançando, como mudavam os passos, e eu ia fazendo aquilo com o tambor", contou à TV Bahia no ano 2000.
Com formação instrumental que inclui tambores, atabaques, agogô, pandeiro, trazendo a potência da música baiana, o samba-reggae coloca em suas canções a cultura negra no centro, sempre com as expressões de origem africana para dar espaço ao protagonismo de quem é de direito, além de cantar, também, a realidade local, fazendo jus ao ato político que é a arte.
Na dissertação apresentada em 2016 na Ufba pela jornalista e pesquisadora Víviam Caroline, que também é percussionista e cantora no projeto Águas de Sambas, o samba-reggae foi capaz de "possibilitar um novo paradigma musical no país", além de conseguir:
"Se estabelecer como ferramenta de afirmação de uma identidade afro-brasileira incrementando vivências no cotidiano da comunidade e de seus agentes, capaz de rasurar, ratificar e acrescentar novos lugares de fala e de poder não apenas para os sujeitos diretamente afetados pelo processo criativo, mas de toda a cidade que encontra em seus novos processos rítmicos boas chances de evidenciar sua riqueza cultura."
O estilo único da Bahia conquistou não só quem consumia a música de forma local. O samba-reggae ultrapassou as fronteiras geográficas e se tornou apreciado em outros cantos do mundo, sendo associado a nomes como Paul Simon, o primeiro grande nome internacional a levar o Olodum para o mundo; Michael Jackson, que gravou uma versão da música 'They Don't Care About Us' ao lado do Olodum no Pelourinho, além de Jimmy Clif. O samba-reggae também rendeu ao Olodum um exclusivo Grammy na categoria World Music em 1991, e consagrou a criação de mestre Neguinho do Samba no cenário musical internacional.
Foto: Divulgação/ Olodum
"Considerando a importância do registro do Samba Reggae como patrimônio imaterial da cidade de Salvador, com o objetivo de realizar a identificação e produção de conhecimento sobre o bem cultural pelos meios técnicos mais adequados e amplamente acessíveis ao público, permitindo a continuidade dessa forma de patrimônio", pediu Silvio Humberto no documento que propõe o reconhecimento.
A convenção do título de 'Patrimônio Imaterial' dará ao samba-reggae: a salvaguarda do patrimônio; o respeito ao patrimônio cultural imaterial das comunidades, grupos e indivíduos envolvidos; a conscientização no plano local, nacional e internacional da importância do patrimônio cultural imaterial e de seu reconhecimento recíproco; e a cooperação e a assistência internacionais.
O documentário “WR Discos - Uma invenção cultural”, de Nuno Penna e Maira Cristina e o curta-metragem Ymburana”, de Mamirawá com a co-direção de Rômulo G. Pankararu e Maria K. Tucumã, vencedores da Competitiva Baiana do XX Panorama Internacional Coisa de Cinema, serão reprisados no Cine Glauber Rocha, em Salvador, neste sábado (12).
A sessão que irá exibir os vencedores acontecerá às 18h, e os ingressos custam R$14 (inteira) e R$7 (meia-entrada).
O filme de Nuno e Maira conta a história do WR - maior estúdio de gravação do Norte e Nordeste durante as décadas de 80 e 90 - e seu papel fundamental na criação de uma sonoridade nova para a música da Bahia.
No domingo (13), 18h, o espaço será dos premiados na Competitiva Nacional. O longa “Mambembe”, de Fábio Meira, transita entre a ficção e o documentário na retomada de uma filmagem de 2010 sobre um topógrafo errante e seu encontro com três mulheres de um circo mambembe. A sessão inclui a animação baiana “Como nasce um rio”, de Luma Flôres, que mostra a jornada de descoberta de uma mulher.
O XX Panorama Internacional Coisa de Cinema aconteceu entre os dias 2 e 9 de abril, em Salvador e Cachoeira. O festival foi contemplado pelo edital Gregórios Ano IV com recursos financeiros da Fundação Gregório de Mattos - Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Prefeitura de Salvador - e da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB) - Ministério da Cultura, Governo Federal.
O Panorama conta com apoio institucional do Centro Cultural Banco do Brasil Salvador e patrocínio do Instituto Flávia Abubakir e do Banco do Brasil, além de apoio financeiro do Governo do Estado, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura da Bahia.
A partir de 2025, o mês de abril marcará um renascimento para o rapper Wall Cardozo. O artista, que está há mais de 10 anos no mercado da música, lançou no último dia 10 de abril o álbum 'Homem Menino', primeiro disco dele, resultado de dois anos de trabalho.
Com conceito de 'Yin e Yang', como o próprio artista diz, o álbum é considerado um divisor de águas para a carreira de Wall e conta com 10 faixas autorais.
“Meu primeiro álbum é fruto do meu amadurecimento enquanto artista. Trago uma nova proposta musical, mas que ainda tem a minha cara. Eu queria lançar em 2023, mas o álbum levou o tempo que tinha que levar para amadurecer, e isso reflete o próprio conceito que estamos apresentando, em que o Tempo é o fio condutor da narrativa”, explica Wall, que deu início ao projeto do álbum há dois anos, com o lançamento do single ‘Padrão Discarado’.
No álbum, o rapper afirmou que procurou explorar diversos sentidos e sentimentos, além de estilos musicais variados que mostram o quanto ele se desenvolveu como artista ao longo dos anos de carreira.
“O meu primeiro trabalho solo foi o EP ‘EHLO’, em 2020. Com uma estrutura mínima e de maneira artesanal, consegui concluí-lo praticamente sozinho. Agora, o álbum chega num momento mais maduro da minha carreira. Sinto que estou entregando uma obra mais completa, amarradinha, em que tudo foi pensado e executado com muito carinho.”
Nas músicas, Wall buscou contar histórias através de vivências pessoais e em observações do mundo ao redor, sob o viés dos próprios processos de amadurecimento ao longo do tempo.
"No começo, confesso que tive medo do desconhecido. Este álbum me deu a oportunidade de aprender, experimentar e explorar a minha musicalidade de outras formas. Tudo isso foi possível porque pude contar com profissionais que admiro e que me ajudaram a chegar no resultado que agora, finalmente, o público pode conferir”, enfatizou o rapper.
Todas as canções do álbum são autorais. ‘Itapuã’, dueto com a cantora Liz Kaweria, fala do amor entre duas pessoas que pretendem viver um romance em um dos bairros mais famosos de Salvador. A faixa foi lançada três semanas antes do restante do álbum, como forma de aquecer os fãs e as plataformas para o que estava por vir.
Ao todo, o disco conta com cinco feats inéditos, com destaque para ‘Não Era Pra Ser’, colaboração com Hiran que mistura o rap com o arrocha, ritmo originalmente baiano que desde sempre faz muito sucesso nas periferias.
Wall ainda colabora com Nininha em 'Joga', com a sergipana Lari Lima em 'Tempo', faixa de abertura do álbum, e com Makonnen Tafari, um dos pioneiros do trap no Brasil, na canção 'Deve Nada’.
O álbum 'Homem Menino' contou com a colaboração do produtor e diretor musical, Manigga, que foi indicado ao Grammy Latino 2024 com o disco ‘Amaríssima’, da cantora Melly.
“Nós nos entendemos desde o primeiro encontro. Wall já tinha as ideias e um objetivo para cada música. Faltava ele mesmo explorar e encontrar as respostas para algumas questões. Nosso trabalho foi testar lugares, ritmos, vozes e sabores que ele ainda não tinha experimentado”, disse.
O álbum foi lançado na capital baiana com um evento exclusivo na Casa do Hip Hop, no Pelourinho. O desejo para os próximos passos na carreira é de agenda cheia, oportunidades e espaços, não só para ele, como para a cena, de mostrar a potência do rap baiano.
No dia 6 de maio, o artista apresenta o show de lançamento do álbum na Sala do Coro do Teatro Castro Alves. Os ingressos já estão sendo vendidos no site Sympla e custam a partir de R$ 10 no primeiro lote.
Livro que conta histórias de plágio e falsas acusações na música brasileira será lançado em Salvador
O Dia Mundial do Livro será celebrado com um lançamento especial pela Edufba. Na data, que marca também o dia do Direito de Autor, será lançado o livro 'Você diz que o meu samba é plágio: histórias de plágio (ou não) na música popular brasileira', escrito pelos advogados, músicos e compositores Rodrigo Moraes e Juca Novaes.
A obra traz relatos de casos, ou falsas acusações de plágio na história da MPB entre 1929 e 2024.
Para o lançamento do livro, será realizado um evento na Sala da Congregação da Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia no dia 23 de abril, às 17h, que contará ainda com uma
mesa redonda com as participações dos autores e os compositores baianos Alfredo Moura, Gerônimo Santana, Manno Góes, Marcelo Timbó, Paquito e Tatau.
“Este é um livro único. Fala com definitiva autoridade sobre um problema que pode destruir reputações artísticas, condenar canções à morte e nos privar do prazer de ouvir algo que amamos. Juca Novaes e Rodrigo Moraes não são apenas advogados especialistas em Direito Autoral. São também compositores e músicos – sabem ler partituras. A eles, sim, ninguém engana!”, avalia o jornalista Ruy Castro.
O livro inclui a análise de obras jurídicas, decisões judiciais, biografias de compositores brasileiros, matérias jornalísticas e obras sobre a história da música popular brasileira.
O evento integra a programação festiva da Faculdade de Direito da Ufba, que completa, no dia 15 de abril, 134 anos, sendo a terceira faculdade de Direito mais antiga do país.
De acordo com Rodrigo Moraes, a ideia, ainda que o livro traga casos do direito, é atingir artistas, compositores, músicos, editores, produtores fonográficos, empresários, jornalistas e amantes da música em geral. Por isso, os autores escolheram uma linguagem simples.
“Tentou-se evitar o ‘juridiquês’, linguagem jurídica que acaba afastando o tema do público”, explica Moraes.
“O livro traz muitas informações e histórias interessantíssimas sobre o assunto. Recomendadíssimo para qualquer pessoa que se interessa por direito autoral e por boas histórias da nossa música”, comenta Roberto Frejat, cantor e compositor da banda
Barão Vermelho.
SERVIÇO - Lançamento do livro: “Você diz que o meu samba é plágio: histórias de plágio (ou não) na música popular brasileira” (Edufba)
Quando: 23 de abril de 2025 (quarta-feira)
Horário: Das 17h às 21h
Local: Sala da Congregação da Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia
(Rua da Paz, s/n, Graça)
O longa 'WR Discos - Uma Invenção Musical', de Nuno Penna e Maíra Cristina, se consagrou como um dos grandes campeões do XX Panorama Internacional Coisa de Cinema. A produção, que conta a história do estúdio de Wesley Rangel, que marcou a música feita na Bahia, foi exaltada pelo Júri Oficial como um dos destaques da Competitiva Baiana.
“Ao afirmar a potência do seu lugar e dos seus, e insistir, um estúdio de gravação em Salvador criou as condições para a invenção de uma música baiana que conquistou o mundo e deixou um legado inestimável para a cultura musical de todo um povo”, justificou o júri, afirmando que os diretores “reconstroem essa história desde dentro, dos bastidores”.
Foto: Milena Palladino
Outra produção destaque na 20ª edição do festival foi o documentário 'Quem é essa mulher?', de Mariana Jaspe que resgata a história da baiana que foi a primeira médica negra do Brasil. O longa foi escolhido pelo Júri das Associações (Apan, APC e Autorais) e pelo voto popular em Cachoeira.
“Pela direção precisa e inventiva que transforma uma investigação histórica em uma jornada cinematográfica de descobertas e revelações”, afirmou o júri. O filme ganhou ainda por melhor roteiro, escrito por Mariana Jaspe e Muriel Alves com a colaboração de Ricardo Gomes e Flávia Vieira.
Entre os curtas da Competitiva Baiana, os destaques foram Ymburana (Mamirawá com a co-direção de Rômulo G. Pankararu e Maria K. Tucumã), escolhido pelo júri oficial; e Tigrezza (Vinicius Eliziário) vencedor da categoria pelo júri das associações e pelo voto popular em Cachoeira.
WR Discos e Ymburana ganharão um prêmio em dinheiro concedido pelo Instituto Flávia Abubakir, no valor de R$ 50 mil e R$ 10 mil, respectivamente.
Os demais vencedores escolhidos pelos júris oficiais das competitivas Nacional e Baiana ganham prêmios em serviços oferecidos pelas empresas Mistika, Naymovie, Griot e MD Filmes, além do troféu do Panorama Internacional Coisa de Cinema.
O Panorama Internacional Coisa de Cinema foi contemplado pelo edital Gregórios Ano IV com recursos financeiros da Fundação Gregório de Mattos - Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Prefeitura de Salvador - e da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB) - Ministério da Cultura, Governo Federal.
O festival conta com apoio institucional do Centro Cultural Banco do Brasil Salvador e patrocínio do Instituto Flávia Abubakir e do Banco do Brasil, além de apoio financeiro do Governo do Estado, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura da Bahia.
CONFIRA LISTA COMPLETA DOS PREMIADOS
JÚRI OFICIAL
Competitiva Nacional
Longa-metragem
- Melhor Filme: Mambembe, de Fábio Meira
- Melhor Direção: Milena Times por Ainda não é Amanhã
- Melhor Roteiro: Bernard Lessa por O Deserto de Akin, de Bernard Lessa
- Melhor Fotografia: Petrus Cariry por O Silêncio das Ostras, de Marcos Pimentel
- Melhor atuação: Mayara Santos por Ainda não é Amanhã, de Milena Times
- Melhor Montagem: Affonso Uchôa, Fabio Meira e Juliano Castro por Mambembe, de Fábio Meira
- Melhor Direção de Arte: Juliana Lobo, por O Silêncio das Ostras, de Marcos Pimentel
- Melhor Som: Marcos Lopes por A Queda do céu, de Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha
Curta-metragem
- Melhor Filme: Como Nasce Um Rio, de Luma Flôres
Competitiva Baiana
- Melhor longa: WR Discos - Uma invenção Cultural, de Nuno Penna e Maira Cristina
- Melhor curta: Ymburana, de Mamirawá com a co-direção de Rômulo G. Pankararu e Maria K. Tucumã
- Prêmio de Direção: DF Fiuza, por Palavra
- Prêmio de Roteiro: Mariana Jaspe e Muriel Alves com a colaboração de Ricardo Gomes e Flávia Vieira, por Quem é Essa Mulher? De Mariana Jaspe
- Prêmio de Fotografia: Gabriel Teixeira, por Na volta eu te encontro, de Urânia Munzanzu
- Prêmio de atuação: Gilson Ferreira e Durval Braga, por Amor não cabe na sala, de Marcelo Matos de Oliveira e Wallace Nogueira
- Prêmio de Montagem: Igor Caiê Amaral, por Catadoras, de Dayse Porto
- Prêmio de Direção de Arte: Alice Braz, por Meu Pai e A Praia, de Marcos Alexandre
- Prêmio de Som: Dudoo Caribe, Nuno Penna e Danilo Duarte, por Na volta eu te encontro, de Urânia Munzanzu
Competitiva Internacional
- Melhor Longa: Caminhando no Escuro, de Kinshuk Surjan (ÍNDIA, BÉLGICA, NLD)
- Melhor Curta: Sal Marinho, de Leila Basma (LÏBANO E QAT)
JÚRI JOVEM
Competitiva Nacional
- Melhor Longa: Ainda não é Amanhã, de Milena Times
- Melhor Curta: Vollúpya, de Éri Sarmet e Jocimar Dias Jr.
Competitiva Baiana
- Melhor Longa: Catadoras, de Dayse Porto
- Melhor Curta: Bárbara, de Vilma Carla Martins
PRÊMIO CANAL BRASIL
- Melhor Curta: Fenda, de Lis Paim
JÚRI DAS ASSOCIAÇÕES (APAN, APC, AUTORAIS)
Competitiva Nacional
- Melhor Longa: O Silêncio das Ostras, de Marcos Pimentel
- Melhor Curta: Como Nasce Um Rio, de Luma Flôres
Competitiva Baiana
- Melhor Longa: Quem é essa mulher?, de Mariana Jaspe
- Melhor Curta: Tigrezza, de Vinicius Eliziário
JÚRI POPULAR CACHOEIRA
- Melhor Longa Baiano: Quem é essa mulher?, de Mariana Jaspe
- Melhor Curta Baiano: Tigrezza, de Vinicius Eliziário
PRÊMIO IGUALE (PanLab de Montagem)
- Ama Mba’é Taba Ama, montado por Maurizio Morelli e dirigido por Gal Solaris e Nádia Akawã Tupinambá, ganhou recurso de acessibilidade (legendagem descritiva ou Libras).
PRÊMIO ATELIER RURAL (PanLab de Montagem)
- Ópera dos Sapos, montado por Daniel Correia e Higor Gomes, e dirigido por Ulisses Arthur Bomfim Macedo, ganhou uma semana de pós-produção, com hospedagem no local.
PRÊMIO PARADISO MULTIPLICA (PanLab de Roteiro)
- O longa Colmeias (Bruna Laboissière) e os curtas Dois reais e um sonho (Isadora Lis) e Pra quando ela chegar (Antonio Victor Simas) ganharam uma consultoria pela Rede Paradiso Multiplica de Talentos
PRÊMIO AEXIB (Seminário de Exibição)
- O último azul, de Gabriel Mascaro, tem exibição garantida em pelo menos 40 salas de cinema.
PRÊMIO PROJETO PARADISO
- O silêncio das ostras, de Marcos Pimentel, ganhou R$ 10 mil para investimento em distribuição
Esqueça o glamour dos palcos retratados pelos grandes artistas ao falar da carreira. Os holofotes estão voltados para os bastidores da música. Quem faz o som acontecer é que protagoniza o documentário 'WR Discos – Uma Invenção Musical', que levou 12 anos para ser produzido e teve a primeira exibição em Salvador no domingo (6).
A produção, que foi premiada com uma menção honrosa no LABRIFF - Los Angeles Brazilian Film Festival, integrou a competitiva baiana de longa-metragem no XX Panorama Internacional Coisa de Cinema, e foi ovacionado pelo público que compareceu ao Cine Glauber Rocha para prestigiar a história do estúdio de Wesley Rangel, criado em 1975, ser contada.
Segundo Nuno Penna, diretor do longa, o foco do filme foi mostrar a ficha técnica dos maiores álbuns já gravados em Salvador. A produção é para quem gosta de música, da essência, do fazer musical e de quem sempre foi curioso para saber como roda a engrenagem das gravadoras e tem a sorte de ter um depoimento forte do criador de tudo, Wesley Rangel, que faleceu em 2016.
Nuno Penna e Maira Cristina, diretores do longa | Foto: Bianca Andrade
“Como eu trabalhei na WR, na verdade, eu estou contando a história para os meus colegas que fizeram aquela história. Então a carga emocional é muito maior. A gente fica bem nervoso, mas muito feliz também, porque foram 12 anos produzindo e agora eu acho que é o momento de celebrar, de encontrar os amigos, abraçar, e sentar e ver, e espero que curtir esse momento", contou o diretor ao Bahia Notícias.
O longa mostra como a WR mudou para sempre o jeito de produzir música na capital baiana através dos depoimentos de técnicos como Nestor Madrid, Vivaldo Menezes, produtores, músicos como Cesinha, Tony Mola, Carlinhos Marques, Silvinha Torres, Paulinho Caldas, que formaram a banda Acordes Verdes, além dos intérpretes dos grandes hits como Carlinhos Brown, Daniela Mercury, Bell Marques, Luiz Caldas, Gerônimo, Lazzo Matumbi, Margareth Menezes, Roberto Mendes e Olodum.
Foto: Registro cedido pela equipe do documentário
A exibição do filme trouxe gosto de casa para o público, majoritariamente formado por quem ajudou a escrever a história ao lado de Rangel. No evento estavam presentes parte dos funcionários da WR, que se juntaram a família de Rangel e a equipe do documentário, formada por: Nuno, Maíra, Jásio Velásquez, Igor Penna, Igor Caiê Amaral, Álvaro Ribeiro, David Júnior, Juan Penna, Cristina Lima, Ana Luiza Penna, Rickson Bala, Marquinho Carvalho, Paulo Hermida, Og Marcelo, Claudio Moraes, Isaac Souto, Antonio Jorge, Tete Porto e a lembrança de Mina Ishikawa.
Sem spoilers sobre a produção, quem for assistir ao filme 'WR Discos – Uma Invenção Musical' ficará por dentro de como a mágica acontecia na música e terá noção de que a gravadora foi mais do que a "casa do axé". O estúdio de Rangel foi, por anos, a casa da música baiana, com portas abertas e oportunidade para quem quisesse entrar.
Nestor Madrid e Carlinhos Marques em debate pós-sessão | Foto: Bianca Andrade
Em meio aos depoimentos dos bastidores, as grandes estrelas da música se dividiram em falar sobre a generosidade de Rangel e em como alguns atos do empresário fizeram a diferença na carreira, a exemplo de Brown com a criação da Timbalada, e Bell, que revelou ter colocado uma cláusula no contrato do Chiclete para ter liberdade de produção, e, desta forma, gravar todos os discos da banda na WR, por acreditar que o estúdio era o único capaz de entregar a energia da música que ele queria passar.
No documentário, é dada a dimensão da WR para a música baiana para além do axé, abrindo espaço para a gravação de discos de reggae, todos de Edson Gomes, para o rock da Camisa de Vênus, o jazz do grupo Garagem, o samba-chula de Roberto Mendes e o forró temperado de Zelito Miranda.
É também mostrado como o estúdio em Salvador conseguia captar com a essência da música baiana e todas as suas nuances, algo que gravadoras ao redor do mundo não conseguiam fazer, a exemplo de um disco do Olodum que foi gravado nos Estados Unidos, no estúdio de Prince, mas finalizado em Salvador, nas mãos dos profissionais do estúdio de Rangel.
Foi o olhar de WR, que conseguiu desenvolver uma técnica específica para gravar a percussão baiana, permitindo que a música dos blocos afro fosse registrada de forma adequada e ecoada aos quatro cantos do mundo.
Diferente dos parques da Disney, que não pode mostrar os bastidores dos personagens para não estragar o encanto da terra mágica, no documentário, Nuno e Maíra conseguem mostrar nos 79 minutos de duração da película, como é possível a música continuar tendo o toque de mágica quando se dá voz a quem faz ela acontecer.
Foto: Bianca Andrade
Para Alexandre Rangel, filho do WR e da WR, ver a história do pai sendo contada nos cinemas mostra como a música baiana entrou para a história da música brasileira e impactou internacionalmente a indústria.
"É uma emoção gigante estar aqui com todo esse pessoal que fez junto com o meu pai essa história, que ajudou ele a desenvolver essa história. Eu também que estava lá nos bastidores com o Nuno e ter esse momento aqui é uma coisa indescritível. Meu pai não está aqui com a gente, mas eu sei que ele está lá em cima olhando por todos nós, vendo essa coisa que o carnaval, que o axé se tornou, essa coisa linda que atrai multidões do mundo inteiro, e saber que essa história está sendo perpetuada com esse filme me deixa muito feliz."
Sem rodeios, da mesma forma que o filme mostra a ascensão, traz também um panorama da queda, algo que aconteceu não só com a WR, como afetou também outros estúdios com a mesma proposta de Rangel. O momento, com ar melancólico, emocionou o público e levantou o questionamento sobre o cenário da música na Bahia atualmente.
A WR segue funcionando e pulsando música, ainda que não esteja nos tempos áureos. Para os herdeiros de Rangel, o estúdio segue com o mesmo ideal do pai, abrir portas e dar oportunidades para quem quer fazer o nome na música.
"Realmente ele abriu portas. Ele abriu portas para todo mundo que queria, que tinha vontade de se expressar na música. A vontade dele era ter um espaço para qualquer expressão artística. Então, assim, o meu sonho, quem sabe, é abrir um espaço desse, onde todo mundo possa se expressar artisticamente, dançando, cantando, fazendo poesia, o que for. Porque ele fez isso para o Axé, e eu, como compositor, sei o quanto é bom ter alguém pra te estimular e fazer você conseguir chegar lá e divulgar seu trabalho", afirma Alexandre.
O filme 'WR Discos - Uma Invenção Musical' ainda busca financiamento para ser exibido em mais salas de cinema da Bahia. Nesta semana, a produção terá uma nova exibição dentro do Panorama Internacional Coisa de Cinema, no dia 08 de abril, na terça, às 18h, Sala Walter da Silveira.
“A gente está fazendo há 12 anos um filme. Então, quer dizer, é difícil, sem incentivo, sem grana, a gente bancando, as pessoas da equipe colando no projeto. Mas, assim, no final a gente vê que, mesmo assim, é possível a gente contar uma história importante para a Bahia, importante para a música da Bahia, para a música do Brasil. Está sendo muito importante mostrar esse projeto aqui no Panorama, mas a gente ainda precisa de mais incentivo para o cinema, para o audiovisual, sim, para que outras iniciativas como essa possam caminhar mais facilmente, porque a gente está mostrando no Festival, muitos amigos, muitos técnicos, pessoas que trabalharam na WR, pessoas da música vão ver. Mas a gente quer que mais pessoas assistam", afirmou Maira Cristina.
Ao Bahia Notícias, Maira e Nuno ainda revelaram que o projeto com o longa sobre a WR fez com que a dupla e outros integrantes do filme se empolgassem para contar novas histórias sobre a Bahia: "Tem história, mas aí é segredo. Espero que não tenha mais 12 anos. Espero que no ano que vem eu já lance outro. Com fé em Deus a gente vai conseguir".
Ah, apesar de não ser filme da Disney, assim como os longas de super-heróis da Marvel, a produção baiana tem uma cena pós-crédito. Não deixe o cinema antes do filme acabar!
Vida longa a música baiana, a música preta da Bahia que deu origem a tudo que se faz por aqui, ao cinema independente e a quem ainda acredita na arte como agente transformador da sociedade, afinal, como já cantava Lazzo Matumbi e Margareth Menezes:
"Apesar de tanto não, tanta dor que nos invade, somos nós a alegria da cidade. Apesar de tanto não, tanta marginalidade, somos nós a alegria da cidade."
Ficha Técnica do filme - 'WR Discos – Uma Invenção Musical'
Produção Executiva: Nuno Penna
Dirigido por: Maira Cristina e Nuno Penna
Roteiro: Maira Cristina
Direção de Fotografia: Jásio Velásquez
Produção: Val Benvindo, Mina Ishikawa e Igor Penna
Montagem: Igor Caiê Amaral, Álvaro Ribeiro e Nuno Penna
Colorista: David Júnior
Mixagem: Nuno Penna
Trilha Sonora: Marquinho Carvalho
Som Direto: Juan Penna, Cristina Lima, Ana Luiza Penna e Rickson Bala
Fotografia adicional: Paulo Hermida, Og Marcelo, Claudio Moraes, Isaac Souto, Antonio Jorge e Tete Porto
O cantor Ed Sheeran já definiu qual será a sua nova era após o fim dos "símbolos matemáticos". A explicação é que o britânico lançou os cinco primeiros álbuns da carreira com referência aos símbolos, foram eles '+' (2011), '×' (2014), '÷' (2017), '=' (2021) e '–' (2023), seguirá uma nova linha para os próximos discos.
O anúncio foi feito por Ed durante a participação no 'The Tonight Show Starring Jimmy Fallon'. Sheeran escolheu o álbum 'Play' para estrear a nova era, dando o spoiler que desta vez, a sequência seria relacionada aos botões de tocadores de música.
“Quando eu tinha tipo 18 anos, tive uma ideia para dez álbuns: ‘+, ‘x’, ‘÷’, ‘-‘, ‘=’ e depois ‘Play’, ‘Pause’, ‘Fast Foward’, ‘Rewind’ e ‘Stop'”, ele contou no programa “The Tonight Show Starring Jimmy Fallon”.
A tradução dos títulos fica: Play, para tocar; Pause, para pausar; Fast Foward, para acelerar; Rewind, para rebobinar; e Stop, para pausar.
Sem data de lançamento para o projeto completo, o artista revelou que o primeiro single chegará aos streamings de música no dia 4 de abril, a faixa 'Azizam', palavra que significa “meu amor” na língua persa.
Segundo o intérprete de 'Perfect', a inspiração para o modo de trabalhar com a música veio do cinema, com Quentin Tarantino.
“Eu queria fazer dez [álbuns]. Eu sou meio obcecado por Tarantino, e ouvi que ele faria dez filmes, e ele tem projetos paralelos como ‘Grindhouse’ e coisas assim. Então, eu queria fazer os meus dez e, de vez em quando, fazer um projeto paralelo”, contou ele.
O artista pensa tão a frente que confessou que tem interesse de ter um álbum póstumo. "Meio que quero fazer um álbum durante toda minha vida, e você coloca no seu testamento que ele sai no dia que você morrer. O título é ‘Eject’. Imagine se quando McCartney morrer, houver um disco que ele fez com uma música de quando tinha 16 anos, uma de quando tinha 20, uma de quando tinha 30… seria fascinante", divagou.
O longa 'WR Discos – Uma Invenção Musical', dirigido por Nuno Penna e Maira Cristina, que conta a história do estúdio fundado por Wesley Rangel, que é considerado por muitos como o berço da Axé Music, terá uma sessão especial em abril.
A produção, que foi premiada com uma menção honrosa no LABRIFF - Los Angeles Brazilian Film Festival, marca presença no XX Panorama Internacional Coisa de Cinema e faz parte da competitiva baiana de longa-metragem, com exibição nos dias 6 e 8 de abril em Salvador e 5 em Cachoeira. Os ingressos podem ser adquiridos presencialmente no Cine Glauber Rocha e na Sala Walter da Silveira em Salvador, e no Cine Theatro Cachoeirano em Cachoeira.
O documentário, uma produção totalmente independente que levou mais de 12 anos para ser produzido, mostra como grandes nomes da música baiana, como Carlinhos Brown, Daniela Mercury, Bell Marques, Luiz Caldas, Lazzo Matumbi, Margareth Menezes, Roberto Mendes, Olodum e tantos outros nomes se juntaram no estúdio WR para criar a cena da axé music e transformar a música brasileira.
Com uma visão de bastidor, o documentário mostra através de músicas, imagens de arquivo e depoimentos de técnicos, artistas e do próprio Wesley Rangel, como o estúdio fez nascer em Salvador uma cena musical pulsante, rica e diversa, que refletia a identidade e a cultura do povo baiano.
CONFIRA OS DIAS DE EXIBIÇÃO:
Sessões do filme WR Discos – Uma Invenção Musical
Dia 05/04 (sábado) às 17h - Cine Theatro Cachoeirano (Cachoeira) debate após a sessão
Dia 06/04 (domingo) às 20h – Cine Glauber Rocha (Salvador) debate após a sessão
Dia 08/04 (terça) às 18h – Sala Walter da Silveira (Salvador)
Ficha Técnica do filme - 'WR Discos – Uma Invenção Musical'
Produção Executiva: Nuno Penna
Dirigido por: Maira Cristina e Nuno Penna
Roteiro: Maira Cristina
Direção de Fotografia: Jásio Velásquez
Produção: Val Benvindo Mina Ishikawa e Igor Penna
Montagem: Igor Caiê Amaral, Álvaro Ribeiro e Nuno Penna
Colorista: David Júnior
Mixagem: Nuno Penna
Trilha Sonora: Marquinho Carvalho
Som Direto: Juan Penna, Cristina Lima Ana Luiza Penna e Rickson Bala
Fotografia adicional: Paulo Hermida, Og Marcelo, Claudio Moraes, Isaac Souto Antonio Jorge e Tete Porto
Ivete Sangalo tem deixado os fãs cada dia mais animados com a possibilidade de um novo projeto em 2025 após postagens nas redes sociais. Após o Carnaval que rendeu bons frutos, entre eles o prêmio de 'Música do Carnaval', a artista já indicou os novos caminhos que tem seguido com dias na web.
A artista fez duas postagens sobre samba e reacendeu a chama do projeto "Ivete Samba", registrado por ela no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual em 2024. A primeira postagem foi um registro de quando ela estava grávida do primogênito, Marcelo, e cantou ao lado de Zeca Pagodinho.
No segundo registro, a artista escolheu um trecho de 2007, onde divide os vocais com Rosa Passos na música 'Dunas'. A legenda foi a mesma utilizada para a postagem com Zeca, "samba", e uma identificação da artista.
Durante a participação no Desfile das Campeãs, Ivete surpreendeu os fãs ao apresentar 'O Canto das Três Raças', de Clara Nunes.
A promessa de Ivete Sangalo de investir no samba é antiga. Em 2023, os fãs chegaram a brincar com a situação após a cantora confirmar que faria o disco. “Após cantar 'Falta Você' de Thiaguinho e 'Derê' de Belo, Ivete Sangalo anunciou que fará um álbum de samba em 2024. Essa é a milésima vez que a cantora faz esse anúncio”, escreveu um perfil dedicado a artista.
Simplesmente Ivete Sangalo ao som de “O Canto das Três Raças” na Sapucaí
— Acesso Sangalo (@AcessoSangalo) March 9, 2025
Eu vivi por esse momento! pic.twitter.com/DSxeTi13h9
A cantora também já gravou com grandes nomes do gênero, como Jorge Aragão na música 'Loucuras de uma Paixão', Sorriso Maroto na música 'E Agora Nós?', além de já ter feito duetos com Péricles, Thiaguinho, Mumuzinho, Alcione, Nelson Rufino, Zeca Pagodinho, Ju Moraes e outros.
A irmã de Ivete Sangalo, Cynthia Sangalo, que também atua como empresária da cantora, atiçou ainda mais os fãs ao comentar sobre a possibilidade da cantora lançar um projeto no gênero.
Nos comentários das postagens atuais, os fãs pedem pelo projeto e personalidades especularam novidades no repertório da cantora. "Hummmmm, tô prevendo coisa boa", escreveu a jornalista Rita Batista. "Você está querendo nos dizer ALGOOOO?????", questionou Jude Paula. "Quando Ivete lançar um álbum de samba ela não dirá nada, mas haverá sinais", brincou um fã.
A versão censurada do hit 'Resenha do Arrocha' deu o que falar nas redes sociais. Convidado do 'Domingão com Huck' no último domingo (9), o baiano J. Eskine apresentou uma versão "light" do hit que se tornou uma febre no verão e surpreendeu o público que esperava ouvir as palavras mais pesadas da boca do jovem.
Ao invés do xingamento, o artista substituiu as expressões por um verso que acabou ficando da seguinte forma: "Solta a carta, baralho, tigrinho filho me ajuda, pra eu pegar o meu dinheiro e apanhar umas quatro dicas".
o j. eskine cantando resenha do arrocha toda censurada no domingão
— matheus (@whomath) March 9, 2025
“SOLTA A CARTA, BARALHO” kkkkkkkkkkkkkk pic.twitter.com/s0O1JG5KhJ
Na web, a nova versão não agradou o público. "É como tirar as asas de um anjo", comentou uma internauta. "Imagina o nervosismo e a concentração dele em não esquecer e cantar a versão normal kkkkkk", disse outro aos risos. "Eu acho um crime essa pedrada ser censurada, não tem o mesmo sabor", escreveu um terceiro no X, antigo Twitter.
No entanto, a versão leve da Resenha do Arrocha não é uma novidade. Ao se apresentar em uma rádio de Salvador em 2024, Eskine precisou adaptar toda a canção, caso quisesse ouvir o hit tocar nas ondas do rádio.
O veto as canções como 'Resenha do Arrocha' acontecem por ter nas letras um conteúdo de teor sexual ou de incentivo ao uso de drogas. Em outros casos, as músicas precisam ganhar novas versões por seu conteúdo político ou de crítica social.
Nos Estados Unidos, a FCC (Comissão Federal de Comunicações) proíbe certos conteúdos durante o horário de pico, das 6h às 22h, para "proteger as crianças" e por decoro. A comissão afirma que é um exemplo clássico de como seu direito à liberdade de expressão pode ser reduzido para não prejudicar a liberdade dos outros.
Em Salvador, diversas canções do pagode, por exemplo, não chegam nas rádios, apesar de fazer sucesso nos paredões. Ao BN em 2024, o cantor Danrlei Orrico, O Kannalha, falou sobre o veto implícito ao pagode explícito.
"Eu acho que ainda tem uma discriminação forte, acho que o artista sabe o que ele quer passar para o público e o público sabe o que quer ouvir e busca consumir isso. Através da discriminação, algumas pessoas acabam se fechando de fato e acabam indo pela cabeça dos outros. Se você gosta e você não coloca as palavras mais picantes na música pelo fato de estar sendo discriminado, você não tá sendo você. As pessoas chegam para mim e falam que gostam das músicas do jeito que elas são."
A letra de 'Resenha do Arrocha' foi totalmente retirada dos pagodes que não foram para as rádios. No pout-pourri, Eskine reúne trechos das seguintes músicas:
- Bloco dos amigos - DDL 071
- Ela Faz D*sgr*ç* no Pau do Ladrão - Papo de Cria
- Passinho do Romano - MC Crash
- Bloquinho do Naipe - Oh Gerente
- Bloquinho dos amigos - Bergui071
- Pau nas Canjhangas - Banda do Truta
- Joga pro Coroa - Oh Playba
- Bloquinho conexão RJ x BA - Deene
- Bloquinho 3.0 do PR - PR Black
- Modinha - Novo Assunto
A reunião dos versos deu a Eskine o 8º lugar na lista da Billboard, ranking disputado por grandes artistas. A fama foi tamanha, que o cantor se apresentou praticamente em todos os dias do Carnaval de Salvador, puxou trio elétrico, fez participações em camarotes, conquistou Anitta e a TV. A ideia do "Gângster do Arrocha" é manter a relevância após o verão, com novos medleys.
Dos 30 anos de 'Troféu Bahia Folia', a música baiana teve uma caneta de ouro favorita para o título de Música do Carnaval. Dono de um acervo com mais de 900 obras musicais registradas no Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), Carlinhos Brown é o artista que mais venceu como compositor o prêmio organizado pela TV Bahia que determina, através de votação do público, qual foi o hit da folia na capital baiana.
A primeira grande conquista de Carlinhos Brown no Troféu Bahia Folia foi em 1996, com a música 'Margarida Perfumada', interpretada pela Timbalada de Xexéu, Patrícia e Ninha. Na canção, o Cacique divide a composição com Cicero Menezes. A música se tornou uma das mais famosas da banda percussiva criada por Brown em 1991 e segue como um dos sucessos da folia.
O cantor dominou a premiação vencendo em 1997, com 'Rapunzel', interpretada por Daniela Mercury. Na canção, que faz parte do disco 'Feijão com Arroz', Brown divide a composição com Alaim Tavares, que também foi o parceiro do artista em 1998, quando o músico ganhou o título com 'A Latinha', da Timbalada.
Brown voltou a aparecer como vencedor na competição em 2004, em outra parceria com Daniela Mercury. A música 'Maimbe Dandá', que Brown compôs com Mateus Aleluia, foi um dos grandes hits do ano e segue como uma das favoritas do público no repertório de Daniela.
A última aparição de Brown na premiação foi ao lado de Alaim Tavares em 2009, quando deu a Ivete Sangalo um dos maiores sucessos da artista naquele ano, 'Cadê Dalila'.
Fora do Troféu Bahia Folia, Margareth é uma das artistas que mais gravaram músicas de Brown, com destaque para 'Dandalunda', presente do Cacique para a atual ministra da Cultura.
Atrás dela vem Daniela Mercury, com duas músicas campeãs do título, 'Maimbe Dandá' e 'Rapunzel'. Em terceiro lugar fica o Chiclete com Banana, que gravou um dos maiores sucessos da história de Brown como compositor, 'Selva Branca'.
Lançada em 1987 no LP 'Fé Brasileira', a composição feita em parceria com Vevé Calazans, já foi considerada pelos foliões como "a música do arrebatamento" pela potência sonora.
Nos bastidores do show 'Chame Gente', evento realizado por Armandinho Macêdo, Brown contou a história do sucesso eternizado na voz de Bell Marques, e que teve a primeira versão gravada em um dueto com Silvinha Torres. A faixa não concorreu ao título porque o troféu só foi existir sete anos depois.
"Eu estava vivendo um dos momentos mais lindos da minha vida, que era um romance com a mãe da minha filha Nina, na qual eu chamava de Selva Branca. Eu estava tão apaixonado, e Vevé escrevia para Fafá de Belém, Gonzaguinha, para vários outros grandes nomes, e eu falava 'Vevé, eu só vou até aqui, eu não consigo'. Eu tinha o 'Oooooo', mas não conseguia terminar. E eu disse para ele, 'Vevé, eu tenho certeza, se eu fizer essa música eu vou casar com essa mulher que eu amo tanto'. E não foi diferente, a história aconteceu, mas o olhar de Bell para essa música foi importante."
O topo da lista de maiores intérpretes de Brown fica com o “filho” do cantor, a banda Timbalada. De acordo com o Instituto Memória Musical Brasileira (Immub), o grupo percussivo criado em 1991 pelo artista tem mais de 100 músicas gravadas por eles.
Um dos destaques é a canção ‘Toneladas de Desejo’, que não ganhou o título de Música do Carnaval, mas é sempre lembrada pelo público como uma das grandes canções da festa. A composição solo de Brown integrou o LP ‘Cada Cabeça É um Mundo’, de 1994, e teve a primeira versão gravada com Marisa Monte. 'Ashansu', em parceria com Mateus Aleluia, lançada em 2008, no disco 'Serviço de Animação Popular', também se tornou símbolo da folia.
Em 2025, Brown aparece como compositor apenas de uma música, ‘Nega Meiguice’, aposta do artista para a festa. Quem domina a lista com mais composições no Troféu Bahia Folia é Samir Trindade com quatro músicas, seguido de Ed Nobre e Arthur Ramos, com três composições cada. Diggo, Rafinha RSQ, Gigi Cerqueira, Escandurras, Fábio Almeida e Adriel Max estão empatados com 2 composições.
Confira a lista completa:
(CLIQUE NAS MÚSICAS PARA OUVIR/ os artistas sem link não disponibilizaram a canção nas plataformas digitais até o momento)
- Algodão Doce - Vinny Nogueira Feat Igor Kannário (composição de Iatta Compositor, João Mariano, Kaio Oliveira, Luan Sacada e Lucca Lyra)
- Amor Preto - Araketu (composição de Fabio Anderson Silva e Marieli de Jesus)
- Aposta - Tony Salles (composição de Ed Nobre, Diggo, Rafinha RSQ, Adriel Max)
- Axé Salvador - Daniela Mercury (composição de Aila Menezes, Daniela Mercury, Edu Casanova, Escandurras, Gabriel Mercury, Juliano Valle, Malú Mercury, Pierre Onassis e Topera)
- Bateu a Ideia - Xanddy Feat Tomate (composição de Tomate e Hullax)
- Botadinha de Verão - Renanzinho CBX (composição de Renanzinho CBX, Rafinha RSQ e Fábio Gonçalves)
- Carta ao Axé - Tatau (composição de Tatau)
- Dobrar o Verão - Alinne Rosa (composição de Alinne Rosa)
- É a Bahia - La Fúria, Parangolé e Escandurras (composição de Filipe Escandurras e Bruno Magnata)
- É o Naipe - Cirilo Teclas (composição de Eric Santos e Danilo Cowboy)
- Em Você - Olodum Feat Pedro Pondé e Saulo (composição de Pedro Pondé)
- Êta Novinha - Léo Santana (composição de Gabriel Cantini, Patrick Ferreira, Sueldo Lima, Lee Pockriss e Paul Vance)
- Eu Deixo Pra Lá - Carla Cristina Feat Banda Eva (composição de Vicka e Nathan Carvalho)
- Eu, Fevereiro e Você - Claudia Leitte (composição de Adenilson Peluso, Cláudia Leitte, Luciano Pinto e Roberto Moura)
- Fervo na Cidade - Timbalada (composição de Diggo, Ed Nobre, Samir Trindade e Adriel Max)
- Jogadinha - É o Tchan (composição de Duller, Fábio Alcântara, Beto Jamaica, Compadre Washington e Pio Medrado)
- Mexer Mexer - Pagodart Feat Léo Santana (composição de Léo Santana, Luciano Chaves, Ed Nobre)
- Moda Baiana - Durval Lélys (composição de Fabio O'brian, Gigi Cerqueira, Dan Kambaiah)
- Molen-Molen - Psirico Feat É o Tchan, Rubinho, Pagodart e Guig Ghetto (composição de Artur Moura, Jota Telles, Marcio Victor Brito Santos, Uedson Péricles)
- Nêga Meiguice - Carlinhos Brown (composição de Carlinhos Brown)
- No Seu Corre - Jammil Feat Filhos de Jorge (composição de Manno Góes)
- O Verão Bateu em Minha Porta - Ivete Sangalo (composição de Samir Trindade, Radamés Venancio, Ivete Sangalo e Gigi Cerqueira)
- Olodum Reggae Blues - Banda Mel (composição de Lande Onawale e Carlinhos Maracanã)
- Pipoca, Povo, Presente - Saulo (composição de Saulo Fernandes)
- Pula Alto - Banda Eva (composição de Vini Rodrigues, Magary Lord, Samir Trindade e Arthur Ramos)
- Puro Suco de Bahia - Alexandre Peixe (composição de Alexandre Peixe e Arthur Ramos)
- Resenha do Arrocha - J. Eskine (composição de Alef Donk, Bergui Compositor, Deene Compositor, Jonathan Eskine, Levi Amidia, Luan Lucas, Lá Furia Compositor, Novo Assunto, OGerente Compositor, OPLAYBA Compositor, OPredileto Compositor, OTruta Compositor e PRBlack Compositor)
- Só o Básico - Guig Ghetto (composição de Luciano Chaves, Magno Sant'anna, Samir Trindade)
- Sol, Verão, Relaxa - Parangolé Feat É o Tchan (composição de Lincoln Senna, Marlon Nunes, Rodrigo Hit, Webert Jesus)
- Subindo Que Nem Foguete - Edcity (composição de Edcity e Psico Compositor)
- Subo o Morro - Filhos de Jorge (composição de Gileno Gomes, Arthur Ramos, Dan Vasco, Fábio Alcântara, Ingrid Lara de Souza Santos e Milton Sergio da Rocha Silva)
- Trio do Amor - Cheiro de Amor (composição de Arthur Ramos, Lukinhas, Noug, Segundinho e Xaand)
- Ventilador - Papazoni Feat É o Tchan (composição de Marron, Luciano e Pé de Pato)
Faltando um mês para o Carnaval, Tony Salles está se preparando para sua primeira folia em carreira solo. O cantor anunciou o "Ensaio do Pai", um show especial de pré-Carnaval, que acontecerá no dia 16 de fevereiro no Museu de Arte Moderna (MAM) em Salvador.
Tony Salles promete um show inesquecível, com um repertório que celebra sua trajetória musical, incluindo sucessos de suas passagens por bandas como Pintas de Pagode, É o Tchan, Raghatoni e Parangolé, além de seus novos lançamentos, como "Vetinha", sua primeira música nesta nova fase.
O evento contará com participações especiais do grupo Revelação e de Renanzinho CBX, prometendo uma tarde de muita música e animação, com o belíssimo pôr do sol da Baía de Todos os Santos como cenário.
Os ingressos para o "Ensaio do Pai" já estão à venda na plataforma Bora Tickets, com valores a partir de R$ 60 (meia-entrada). Há também a opção de adquirir lounges para grupos de 15 pessoas, no valor de R$ 3.000.
Confira os valores dos ingressos
Setor único
R$ 60,00 (meia-entrada)
R$ 70,00 (meia solidária)
R$ 140,00 (inteira)
Lounge
R$ 3.000,00 (para 15 pessoas)
O carinho de Márcio Victor por Ivete Sangalo vai além da admiração de um músico por uma cantora. O pagodeiro revelou que 'Mainha' foi uma das responsáveis pela carreira dele no Psirico.
Convidado do programa 'Sem Censura', que está sendo transmitido de Salvador em uma temporada especial de verão, o artista relembrou o início da carreira como vocalista.
É a Bahia! Márcio Victor contou que Ivete Sangalo entregou a chave do estúdio de música dela para ele gravar, no início da carreira, quando ele não tinha nenhuma oportunidade ou recurso financeiro.
— Acesso Sangalo (@AcessoSangalo) January 21, 2025
Outra coisa que tem dedo da Ivete! pic.twitter.com/8VzI8HOLwA
Márcio, que é percussionista e deu os primeiros passos na carreira como músico de Carlinhos Brown em 1996, no álbum 'Alfagamabetizado', contou que Ivete o ajudou com a banda. Segundo o artista, a cantora deu a chave do estúdio dela para que ele pudesse gravar, quando ainda não tinha recursos para produzir o Psi.
"Ivete foi uma das primeiras pessoas a acreditar no Psirico. A gente tinha músicos que sabiam ali do Psirico, e ela tinha uma produtora. Ai eu fiz 'Pô, Ivete, vê se consegue ali uma oportunidade para colocar a gente'. E ela 'Meu filho, toma aqui a chave, vai lá agora pro estúdio'. Eu cheguei lá, a Cynthia preparou uns doces, preparou umas comidas lá. Tratou a gente bem, a gente preparou a base rítmica, tudo. Mas é assim que tem que ser. É uma pessoa diferenciada", disse.
A obra do cantor e compositor Gerônimo, será retratada em um musicbook. Com produção de Rowney Scott e prefácio de Gil Vicente Tavares, o musicbook é uma realização da Escola de Música da Universidade Federal da Bahia e apresenta grandes canções do artista, um dos maiores representantes da música baiana no Brasil.
O lançamento acontece no dia 22 de janeiro, às 17h, na Reitoria da UFBA. O evento contará com a presença de artistas, comunidade acadêmica e nomes da cena cultural soteropolitana.
Além da cerimônia institucional de lançamento, a noite será brindada com a apresentação de uma banda composta por estudantes da Escola de Música; no repertório, grandes hinos de Gerônimo cujas partituras podem ser encontradas no e-book.
Com download gratuito, o livro traz a escrita de todos os instrumentos presentes nas músicas de Gerônimo. Além de uma homenagem ao artista, o livro é um instrumento potente de estudo e fortalecimento da Música Popular Brasileira.
O artista agradeceu o trabalho que se debruça sobre a sua carreira, que completou 50 anos em 2023. “Eu quero dizer que a universidade agora está de frente para o povo. Antes, não existia muito essa sintonia entre o que o povo produzia e o que era estudado lá. Então, ter minha obra como motivo de estudo hoje, eu me sinto muito honrado”, declarou Gerônimo.
Rowney Scott, idealizador e produtor do projeto, explica que o livro é consequência de um trabalho atravessado pelos três pilares que sustentam a Universidade Federal da Bahia: ensino, pesquisa e extensão.
“Tudo começou com a disciplina Oficina de Estilos, onde a cada semestre escolhemos um autor, tema ou gênero para estudar. Nessa investigação de obras artísticas, fazíamos o exercício de transcrever as músicas, na riqueza de cada instrumento. Em 2018, segui com essa pesquisa em um pós-doc que fiz na Holanda. Portanto, esse musicbook é um trabalho de muitos anos, exigiu bastante dedicação e acho que é uma contribuição real para o legado da música baiana”, relatou Rowney.
O professor ressaltou a participação de Ricardo Sibaldi, com quem dividiu ao longo de 2024, um processo intenso e detalhado de revisão e lapidação do livro.
Dentre as músicas do musicbook, alguns clássicos sem os quais não existiria a música baiana: É d’Oxum, Abafabanca, Eu Sou Negão e Jubiabá.
Carlinhos Brown terá um encontro especial com um parceiro do começo da carreira do Cacique na Enxaguada de Yemanjá 2025, que acontece no dia 2 de fevereiro na Vila Caramuru, no Rio Vermelho. A organização do evento confirmou nesta segunda-feira (6) a participação de Luiz Caldas, considerado, o pai da Axé Music.
Com uma trajetória marcada por inovações e sucessos que revolucionaram a música baiana, Luiz Caldas é um dos grandes nomes das celebrações dos 40 anos do Axé Music, inspiração da edição deste ano da Enxaguada, que tem como tema 'Muito Obrigado Axé'.
Brown e Carlinhos foram parceiros no Acordes Verdes, nos anos 80, banda formada no estúdio WR, de Wesley Ranghel, em Salvador, que é considerada a primeira banda de axé da história.
Ao lado de Toni Mola, Paulinho Caldas, Cesinha, Carlinhos Marques, Silvinha Torres, o maestro Alfredo Moura, os músicos gravavam jingles publicitários, e com o tempo, a banda passou a acompanhar Luiz Caldas em shows, tendo lançado o primeiro disco com dois grandes sucessos, ’Como um raio’ e ‘O beijo’, composta para o bloco Beijo e virou hino do bloco.
A Enxaguada de Yemanjá 2025 ainda recebe Margareth Menezes, e primete celebrar as raízes culturais da Bahia com muita música, alegria e conexão. Os ingressos já estão disponíveis na Bilheteria Digital e no Balcão de Ingressos Bahia, no Shopping Barra, sem taxa de serviço e custam a partir de R$ 150.
A cantora Anitta ficou irritada e perde a paciência com um fã durante show realizado na cidade de Timbau do Sul, no interior do Rio Grande do Norte, no último sábado (28). Em um vídeo que viralizou nas redes sociais, é possível ver o momento em que fãs começam a gritar para que a artista cante uma música, que até então não estava presente no repertório da apresentação.
?? Anitta se revolta com fã que pediu música em show: "Você é insuportável"
— Metrópoles (@Metropoles) December 29, 2024
Anitta perdeu a paciência durante um show no último sábado (28/12). Um fã da cantora reclamou do setlist da e acabou levando uma bronca da diva, que não leva desaforo para casa.
Nas imagens, Anitta… pic.twitter.com/Lce0qHxyo5
Após as solicitações, a cantora não gostou da atitude de seus entusiastas e interrompeu o show e reclamou por conta dos pedidos. Na ocasião, a carioca se referiu a uma dessas pessoas e chamou de “insuportável” por conta da insistência de seu seguidor.
“Você é insuportável, [porque] fica querendo mandar em que música eu canto ou não. Está querendo mandar que música eu canto e que música não. Vai lá pegar uma bebida, vai para o bar”,
Depois da bronca, a vocalista continuo seu show normalmente. Internautas comentaram sobre o assunto nas redes sociais.
“Eu gosto da Anitta, mas era só ignorar”, comentou uma internauta. “Errada não está”, opinou outra. “O fã já tinha pedido várias músicas e, por isso, ela se estressou. Ele ficou gritando e mandando ela cantar a música que ele queria”, falou mais uma.
A aposta do Carnaval está na rua. Ivete Sangalo lançou nesta sexta-feira (20) em todas as plataformas digitais a gravação oficial da música 'Energia de Gostosa'.
Quase um ano após o lançamento oficial do clipe de 'Macetando', extraído do show feito pela artista no Maracanã, a cantora disponibilizou a faixa, que tem sido tratada pelo público como a grande música da artista para o verão.
Composta pelos baianos Rafa Lemos, Lari Tavares, Luana Matos e Tássia Moraes, a música viralizou nas redes sociais logo após a primeira apresentação, que aconteceu no Carnatal, micareta de Natal, no início de dezembro. A música segue o estilo já cantado pela artista em outras temporadas, um pagodão de empoderamento feminino.
É esperado ainda que a artista lance um "clipe" da canção, que consiste em um vídeo gravado com Lore Improta ensinando a coreografia da faixa, feita por Lucas Souza, coreografo oficial da artista e responsável pela dança feita em 'Macetando'. O mesmo foi feito em 2023, porém, na ocasião, Ivete gravou a coreografia com Sthe Matos e Vanessa Lopes.
Um dos últimos atos da Câmara Municipal de Salvador em 2024 foi a aprovação do Projeto de Lei 167/2024, que veda a contratação de artistas e bandas pela Prefeitura para apresentações financiadas com recursos públicos, caso suas produções contenham teor sexual explícito, apologia a crimes ou incentivo ao uso de drogas ilícitas.
A proposta foi aprovada no “pacotão” que envolvia mais de 40 projetos, entre eles a desapropriação de terrenos e imóveis na capital. O PL, de autoria do vereador Alexandre Aleluia (PL), que tem sido considerada uma prima da Lei Antibaixaria, sancionada em 2012, agora segue para sanção do Executivo Municipal.
De acordo com o texto do projeto de lei, protocolado no dia 18 de novembro, a proposta visa "promover e preservar a cultura local, a moralidade administrativa e o compromisso com a proteção integral de crianças e adolescentes, estabelecendo critérios para a contratação de artistas em eventos financiados com recursos públicos pela Prefeitura de Salvador".
Segundo o edil, a medida se aplica a eventos custeados total ou parcialmente com verba pública, incluindo convênios, parcerias e patrocínios. Desta forma, a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (SECULT) ficará responsável por fiscalizar o cumprimento da lei, realizando a avaliação dos conteúdos e recebendo eventuais denúncias da população sobre apresentações que violem as disposições previstas.
Em caso de descumprimento da lei, a banda deverá ter o cachê retido até a apuração dos fatos; caso o pagamento já tenha sido efetuado, deverá solicitar a restituição do valor pago com correção monetária; e ter a contratação vetada pelo prazo de 3 (três) anos.
Na justificativa do projeto, Aleluia destaca que a lei busca proteger crianças e adolescentes, citando o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), além de reforçar a moralidade administrativa e valorizar a cultura local.
Ê, tá na mulher. A razão, o alô, o amor, a visão e o que mais Alaim Tavares e Carlinhos Brown quiseram falar quando compuseram ‘Tá Na Mulher’, música que está no primeiro disco da Timbalada, em 1994.
Mas em 2024, trinta anos depois, os papeis se inverteram e para falar sobre a mulher e sua força, razão, amor e visão, não é necessário ter um porta-voz na mídia, já que a força que vem da mulher nos palcos também é capaz de mobilizar os bastidores e dar a quem quer que seja uma faixa potente o suficiente para conquistar o título mais sonhado do verão baiano, o de ‘Música do Carnaval’.
Foi dessa força e da união feminina, com o empurrão do cantor e compositor baiano Rafa Lemos, que nasceu uma das apostas para o título. Em menos de uma semana, a música ‘Energia de Gostosa’, apresentada por Ivete Sangalo durante o Carnatal, já conseguiu ganhar o favoritismo dos ‘zamuris’ e balançar o coração de três baianas, que assinam a composição da faixa junto com Rafa, são elas: Lari Tavares, de 29; Luana Matos, de 36; e Tássia Moraes, de 25 anos, que fazem parte do coletivo ‘Escrito por Elas'.
ENERGIA DE GOSTOSA! Ivete Sangalo cantando sua nova aposta para o carnaval de 2025
— Acesso Sangalo (@AcessoSangalo) December 8, 2024
Já estamos totalmente energizadas aqui! pic.twitter.com/GzldHIQZUK
“A gente sempre tem reuniões, se encontra para compor, e uma dessas reuniões foi aqui em casa. Infelizmente nem todas puderam estar presentes nesse dia somente nós três (Lari, Tássia e Lu), e aí acabou vindo outro parceiro nosso que é o Rafa Lemos”, contou Lari.
O cantor, que já compôs músicas para o arrocha, entrou na vibe do trio de produzir para uma das temporadas mais esperadas pelo mercado do entretenimento baiano. Segundo Tássia, a ideia era pensar em uma música forte para o verão. No entanto, Ivete ainda não era o nome pensado pelo grupo até a canção ficar pronta e as compositoras perceberem que a artista combinaria com a faixa.
“A gente estava pensando mesmo em uma música para o verão, para empoderar as mulheres e veio essa ideia de fazer ela. As meninas não conheciam Lemos, e ele sempre falava comigo,’Velho, esse projeto de vocês é muito legal, de mulheres compondo, pô, me leva um dia’. Ele chegou lá com o tema, de ‘Energia de Gostosa’, disse que estava vendo nas redes sociais a galera falar sobre esse tema, e pensou que a gente poderia viralizar com uma música assim para o verão. A gente fez a música e depois a gente ficou ouvindo e a primeira pessoa, a primeira artista que veio na nossa mente foi Ivete. Depois de alguns contatos a música acabou ela chegando nela e ela gostou, se identificou bastante e decidiu gravar.”
Tássia Moraes | Foto: Instagram
Na web, Rafa comemorou a recepção do público com a faixa, que em menos de poucos horas de apresentada, já tinha viralizado na web. "Hoje estou realizando mais um sonho de ser gravado pela maior artista do país e sem dúvida alguma uma das maiores do mundo!! Só tenho a agradecer a DEUS por mais essa conquista, e as minhas parceiras nessa composição que com fé em Deus será um hit nesse carnaval de 2025".
Se depender dos fãs, a música já ganhou o título de Música do Carnaval, mas para o quarteto, é preciso ter calma para não fazer pressão. “A repercussão tá grande nas redes sociais, mas no final das contas quem decide é o público. É difícil controlar essa ansiedade, mas ainda tem muita água para rolar. Para a gente é uma grande realização ser gravada por Ivete Sangalo”, afirma Tássia.
Para Indy, que participa do coletivo e celebra a conquista das parceiras, a recepção do público e o pedido para que a canção seja a aposta da artista para a festa, ajuda a dar uma luz para as compositoras. “Está todo mundo ligado no carnaval. Outros artistas, produtores, enfim, todo mundo, a população também, o público ligado. Então é uma oportunidade da gente mostrar mesmo nosso nome, crescer como compositor, como artista, enfim. É uma vitrine imensa”, disse a artista sobre a conquista dos parceiros.
COMO SURGE O ESCRITO POR ELAS?
Idealizado por Lari Tavares, o projeto nasceu como a proposta de dar vez as mulheres na música antes mesmo de chegar no palco. “Ela veio para gente com essa proposta de fazer com que o cenário que é atualmente masculino da composição se transformasse num cenário similar, igual. Não é que as mulheres sejam superiores ou nada, que sejam iguais”, conta Luana.
Luana Matos | Foto: Divulgação
Indy frisa que o projeto não tem como proposta excluir ou negar a participação de homens na composição, até porque a grande aposta do grupo para 2025 tem a participação de Rafa Lemos.
“Queremos mostrar o quanto é importante essa união para proporcionar ambientes acolhedores. Que esse espaço seja para a reverberação das mulheres compositoras que vieram antes de nós, Chiquinha Gonzaga, Amelinha, a própria Marília Mendonça, que é sempre lembrada, e que, também, a gente possa ser incentivo para outras mulheres que queiram ingressar ou crescer nesse mercado”.
Indy | Foto: Instagram
Através da composição, e da composição feminina, não só o quarteto, como outras grandes compositoras brasileiras, conseguiram dar voz aos sentimentos e desejos que antes eram escritos por homens, mas tentando passar o que acontecia na cabeça feminina.
“Por ser um ambiente muito masculino, é muito comum a gente ver mulheres cantando músicas que foram escritas por homens falando da traição, sempre com a visão do homem da coisa, porque são homens escrevendo para mulheres. E aí, eu queria reiterar a importância desse projeto que o Lari propôs para a gente do ‘Escrito por Elas’, que é a gente também trazer essa visão de mulheres escrevendo para mulheres. Mulheres falando de mulheres. E furar um pouquinho essa bolha, onde tem muitos homens, e falando da dor feminina mesmo, porque eu via as composições antes, como o homem sofre, o homem chora, e a mulher aceita, a mulher amante, ela volta. Então, assim, era um tipo de composição que era mais voltado para o homem do que para a dor feminina, de fato.”
Lari Tavares | Foto: Instagram
A prova de que o projeto não é exclusivo é como os compositores têm se comportado com a chegada firme das mulheres. O quarteto conta que o ‘Escrito por Elas’ passou a funcionar como uma consultoria para alguns parceiros.
“Geralmente nos campings ou quando a gente senta para compor, os meninos acabam perguntando a nossa opinião sobre o tema, sobre determinada coisa, para sentir se estão no caminho certo. A gente acaba sendo um filtro, né? Exatamente. Um filtro de algumas narrativas que já não cabem mais também”, afirma Lari.
VIRADA DE CHAVE PARA SE DEDICAR A COMPOSIÇÃO
Para o quarteto, a composição veio de forma inesperada, ainda que a música fizesse parte da vida de cada uma delas. A mais nova do grupo, Tássia, contou ao BN que não imaginava que compor pudesse ser uma profissão e teve a virada de chave na área quando viu a primeira música ser gravada.
“Para mim, a música veio muito do nada. Primeiro, eu não sabia nem que composição era uma profissão. Eu escrevo desde que eu tenho 11 anos, mas achava que era brincadeira. Não sabia que isso poderia ser uma profissão de fato. Em 2019, a vida me levou a caminhos e conheci pessoas, e em 2020, minha primeira música foi gravada por Márcia Fellipe, ‘A Mãe Tá On’. A sensação da primeira música gravada é algo que não dá nem pra explicar, ali eu falei assim, ‘pô, é isso que eu quero para minha vida’. No ano seguinte eu fui agraciada com o Condenado, que Unha Pintada gravou e desde então, tô seguindo firme e forte.”
Nascida em uma família de músicos, Lari via em casa todo processo de composição e produção musical e chegou a ter dúvidas se realmente queria seguir na área pelas dificuldades enfrentadas pelos familiares.
“Sempre quis cantar em primeiro lugar, comecei tocando, cantando e depois, a virada de chave mesmo na minha carreira foi durante a pandemia, eu ficava vendo as lives e comecei a pensar em compor para fora. Ficava receosa, mas acabei gravando minha primeira música com a ‘Timbalada’ e o momento mais marcante foi a nossa primeira música em grupo, ‘Você Sabia’, de Raphaela Santos. Foi a primeira música nossa que logo de cara bombou, tem mais de 30 milhões views no Youtube, e isso que me motivou a seguir na carreira.”
O marco para Indy veio com uma composição para ela mesma, a faixa ‘Chá de Alecrim’, que faz parte do primeiro EP como artista independente. “Na época, ouvi muitos comentários de produtores e músicos que estavam ao meu redor dizendo essa música poderia ser gravada por vários artistas. E eu acho que esse foi o momento que eu comecei a entender a possibilidade de compor para outros artistas”.
A canção escolhida pela artista foi ‘Você Sabia’, que ganhou uma regravação por outra cantora após o sucesso de Raphaela Santos e já chegou a ser cantada por Ludmilla durante um show.
Luana citou a banda Torres da Lapa, que era liderada por Rode Torres, como a responsável por entender que a composição era o destino dela. A artista, que fazia faculdade de engenharia, deixou o curso para se dedicar integralmente a música.
“Eu pensava na música só como cantar. Eu já fazia algumas letras, algumas composições desde os 16 anos, mas não levava isso muito a sério. Só que em um determinado momento, a banda Torres da Lapa, gravou uma música minha que foi a minha primeira música gravada por um artista e isso fez uma virada de chave na minha cabeça. E quando eu decidi me empenhar na composição de fato, minha música foi gravada por Mariana Fagundes e Léo Santana. ‘TU TU TU’ mudou minha vida completamente e fez com que eu entendesse que a composição também era uma vertente para mim musical.
REALIZADAS?
A música chegou para fazer o quarteto feliz. Não que a felicidade não existisse antes, mas a transformação que a composição fez na vida de Lari, Luana, Indy e Tássia, mostrou que não teve arrependimento ao deixar a engenharia e odontologia de lado para seguir na música, por exemplo.
“Eu me formei odontologia, mas a música sempre foi meu amor, desde pequenina. Eu me sinto muito realizada nessa profissão, e para quem canta e compõe sabe que o sentimento é diferente de ver alguém cantando uma música sua, acho que talvez seja até mais forte, porque é algo que você tirou ali de dentro de você”, afirma Lari.
Para Tássia, foi a música que escolheu ela e é na área da composição que ela quer estar, apesar do desejo de amigos de vê-la no palco. “Quando a gente tem o sangue da música não tem jeito a música dá um jeito de encontrar a gente num dos caminhos da vida e depois de já com 20 tantos anos nas costas, a música bateu na minha porta e falou assim ei, você é minha!”.
Indy pontua a importância da garantia dos direitos de compositores na valorização e realização dos profissionais. “Me sinto muito feliz e realizada por fazer parte do grupo,m mas acho que a gente precisa falar da forma como os nossos direitos são cuidados, como eles são repassados, aos compositores. Tem muita coisa que precisa ser revista nesse sistema e eu acho que quanto mais a gente caminha e mais a gente ganha destaque nesse meio a gente também pode sonhar e buscar meios para que todos os compositores e compositores estejam mais seguros e valorizadas nessa profissão que é tão importante.”
O primeiro lançamento do Parangolé sob o comando de Lincoln Senna foi lançado nesta sexta-feira (13), com a participação do grupo É O Tchan. A faixa "Sol, Verão, Relaxa" contou ainda com o ballet do FitDance na gravação do videoclipe.
“Fizemos essa música pensando justamente nessa entidade que é o ‘Tchan’. Quando convidei e eles toparam fiquei muito feliz. Foi a realização de um sonho! Uma atmosfera de muita alegria tomou conta do estúdio e de toda a equipe envolvida”, afirmou Lincoln.
Com o ritmo característico do pagode baiano, a música é um convite para o verão, trazendo um refrão envolvente que inspira o público a entrar na dança.
Disponível em todas as plataformas digitais, "Sol, Verão, Relaxa" é uma composição assinada por Lincoln Senna, Marlon Nunes, Rodrigo Hit e Webert Jesus, marcando o início de uma nova fase do Parangolé. O videoclipe foi dirigido pelo produtor Sucre. A produção de moda do clipe foi assinada pela stylist Jéssica Arnhold.
Confira o videoclipe:
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luiz Inácio Lula da Silva
"O meu time não tem medo de brigar. Se for preciso brigar, a gente vai brigar. Mas antes de brigar, a gente quer negociar".
Disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre as negociações com Donald Trump para o fim do tarifaço.