Otto Filho sinaliza Daniel Alencar para "herdar" vaga na Câmara e nega indicação como estratégia política
Por Leonardo Almeida / Victor Hernandes
Após ter o nome aprovado ao cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-BA), o deputado federal Otto Alencar Filho (PSD), comentou quem pode herdar sua vaga no Congresso Nacional. Em entrevista à imprensa depois da sabatina que aprovou o seu nome para o cargo, nesta quarta-feira (10), o parlamentar comentou da possibilidade de seu irmão, Daniel Alencar, sucedê-lo como deputado federal, no lugar de sua irmã, Isadora Alencar que estava sendo cotada para a vaga.
Segundo o deputado, a decisão de quem vai ficar com os votos da família na Câmara será tomada pelo o senador Otto Alencar.
“Essa é uma decisão que vai passar pela cabeça e pela avaliação do nosso senador, Otto Alencar. Acredito que não está certo, mas eu acho que meu irmão Daniel Alencar, possa chegar no meu lugar. Se isso acontecer, tenho certeza que será muito bem-vindo. Ele é um médico, um cara trabalhador, muito honesto. Mas isso aí realmente vai passar primeiro pela decisão do senador Otto e da decisão do próprio Daniel, que sabe, como todos aqui, como é a vida política, como a gente tem que trabalhar muito, se sacrificar por um bem maior. Desejo, se for o caso da decisão do meu pai e dele, que ele tenha muito sucesso e também uma vida de bons resultados, de boas realizações”, contou o parlamentar.
Na sequência, o deputado tratou ainda sobre sua indicação ocorrer para apaziguar a relação do Partido dos Trabalhadores com o PSD, em decorrência da disputa pela chapa majoritária nas eleições de 2026. Ângelo Coronel da sigla disputa encabeçar o grupo nas eleições para o senado concorrendo ao posto com o senador Jaques Wagner e o ministro Rui Costa (PT).
“Em nenhum momento, nem ele [Coronel], nem o senador Otto Alencar e nem ninguém do partido discutiu a questão da chapa majoritária. O que o PSD acha, é o que a gente já falou. Fomos importantes para a vitória do nosso governador e do presidente Lula. O partido tem a grande vontade de continuar ao lado do governador Jerônimo e do nosso presidente Lula. Espero que isso aconteça, espero que o governador, que é o responsável por essa condução desse processo e ainda não falou sobre o assunto e não chamou para conversar os partidos. Além do nosso senador Ângelo Coronel, também tem o senador Jaques Wagner, o ex-governador Rui Costa. Espero que eles cheguem a um denominador comum, a uma solução”, observou.
