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Preta, jovem e alfabetizada: Estudo do IBGE traça perfil da população em Unidades de Conservação na Bahia

Por Eduarda Pinto

Preta, jovem e alfabetizada: Estudo do IBGE traça perfil da população em Unidades de Conservação na Bahia
Foto: Tânia Rego / Agência Brasil

Um estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta sexta-feira (11), traçou o perfil dos 1.354.144 baianos que vivem nas áreas de Unidades de Conservação (UCs) no estado. Conforme o Censo de 2022, a população dessas áreas é mais preta, jovem e alfabetizada que as demais na Bahia. 

 

No que tange ao perfil de gênero, 693.559 pessoas que vivem nas UCs são mulheres, o que representa 51,2% do total dessas áreas. A proporção é levemente menor que a registrada na população total do estado, que 51,7% de residentes do sexo feminino.

 

“Se a população das UCs baianas é levemente menos feminina do que a população geral do estado, ela é, por outro lado, mais jovem e mais preta”, é o que indica o IGBE. Segundo o levantamento, 22,2% das unidades de conservação possuem entre 0 e 14 anos, cerca de 2% a mais que o percentual geral do estado. Consequentemente, a proporção de pessoas idosas com 60 anos ou mais é menor nas Unidades de Conservação: sendo de 12,9%, frente ao percentual estadual que é de 15,3% da população.

 

Em relação à cor ou raça, nas Unidades de Conservação baianas, a maioria da população, cerca de 56,8%, se autodeclarou parda, assim como no estado na totalidade, 57,3%. Porém, a proporção de pessoas pretas era maior nessas áreas, o equivalente a 26,1% dos habitantes, frente aos 22,4% do total da população.

 

Ao contrário do que ocorreu no cenário nacional, na Bahia, a taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais dentro das UCs era inferior à do total do estado. Nas unidades baianas, 118.837 moradores nessa faixa de idade não eram alfabetizados, 11,3% do total. No estado, essa taxa era de 12,6%. Nacionalmente, a taxa de analfabetismo nas UCs era de 8,8% enquanto a total era 7,0%, em 2022.

 

MEIO AMBIENTE E SANEAMENTO
O IBGE apontou ainda que o acesso ao saneamento básico é um dos principais gargalos na realidade de quem vivem em Unidades de Conservação. Na Bahia, 4 em cada 10 moradores (39,1%) de Unidades de Conservação possuem alguma precariedade em relação ao saneamento básico.

 

O Censo de 2022 mapeou o acesso ao abastecimento de água, esgotamento sanitário e coleta de lixo. Ao total, 527.087 moradores das Unidades de Conservação da Bahia possuíam alguma precariedade em relação a algum desses serviços. O número representa 39,1% dos moradores de domicílios particulares dessas áreas.

 

A taxa baiana é levemente inferior à nacional, onde 40,3% dos moradores das UCs (ou 4.725.613 pessoas) possuem ao menos uma precariedade em relação a estes serviços. Em números absolutos, 

 

  • Esgotamento sanitário: 35% dos moradores de UCs baianas (471.954) utilizavam fossa rudimentar, buraco, vala, córrego, mar ou outra forma, ou não tinham esgotamento devido à inexistência de banheiro, ou sanitário.
  • Abastecimento de água: 123.866 baianos (9,2%) que viviam em UCs não possuíam água canalizada até o domicílio proveniente de rede geral, poço, fonte, nascente ou mina
  • Coleta de lixo: 14,5% dos moradores dessas áreas na Bahia (195.771) não tinham o seu lixo coletado, tendo ele queimado ou enterrado na propriedade, jogado em terreno baldio, encosta ou área pública, ou com outro destino.