Bahia é o estado com maior aumento no acesso ao saneamento em 2024, mas segue atrás da média nacional
Por Redação
A Bahia foi o estado com maior avanço no acesso ao saneamento básico. É o que aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) 2024, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística nesta sexta-feira (22). Segundo o levantamento, a Bahia garantiu o acesso esgotamento sanitário ligado a rede geral a 8,1 milhões de pessoas entre 2023 e 2024, em números absolutos.
O número representa 55,5% dos baianos com acesso a banheiro, sanitário ou buraco para dejeções que possuíam ligação à rede geral ou rede pluvial de esgoto em 2024. Entre 2023 e 2024, a proporção de moradores em domicílios com banheiro e ligados à rede geral de esgoto avançou 3,9%, ou seja, mais 580 mil pessoas atendidas pelo serviço, em um ano, o maior aumento absoluto do país.
No entanto, apesar dos resultados positivos, em termos proporcionais, a Bahia ainda fica atrás da média nacional, em que 62,3% das pessoas moravam em domicílios com banheiro e ligados à rede coletora de esgoto em 2024 no Brasil. A Bahia ficou em 9º lugar entre os estados brasileiros, com São Paulo (91,4%), Distrito Federal (89,2%) e Minas Gerais (83,0%) liderando a lista.
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Para o IBGE, o saneamento básico é composto pelos seguintes índices: esgotamento, coleta de lixo e abastecimento de água. Os resultados da PNADC também registram os demais índices. Na Bahia, no último ano, 85,6% das pessoas tinham o seu lixo doméstico coletado por serviço de limpeza, cerca de 12,693 milhões de baianos. Entre eles, a maioria (75,7%), cerca de 11,227 milhões, tem o lixo coletado diretamente porta a porta, e, e outros 1,466 milhão (9,9%) são atendidos indiretamente, por meio de caçamba.
De um ano para o outro, 2023 e 2024, a proporção de moradores em domicílios com coleta direta ou indireta de lixo cresceu de 83,0% para 85,6%. Assim, mais 398 mil pessoas atendidas, a Bahia também liderou o crescimento nacional em números absolutos.
Apesar das altas taxas, o índice baiano segue atrás do nacional. Em todo o país, 92,5% das pessoas possuem acesso à coleta de lixo, colocando a Bahia na 21ª posição entre os 27 estados, ou a 7ª menor no cenário nacional. Os melhores indicadores estão em São Paulo (99,2%), Distrito Federal (99,1%), e Rio de Janeiro (98,9%).
Já o abastecimento por rede geral de água é o que menos avança na Bahia, segundo o IBGE. Entre 2023 e 2024, o estado cai do 15º para o 16º percentual de população atendida entre os estados. No primeiro ano em questão, 84,3% dos baianos tinham acesso ao saneamento básico, ou seja, cerca de 12,598 milhões e no ano seguinte, a taxa subiu para apenas 85%, com 118 mil a mais de um ano para o outro.
A proporção de pessoas abastecidas por água da rede ainda se manteve ligeiramente menor do que a nacional, que é de 85,7%, deixando o estado na 16ª maior taxa entre os 27 estados. Os maiores percentuais de moradores com acesso à rede de água estavam em São Paulo (96,5%), Distrito Federal (96,3%), e Mato Grosso do Sul (90,4%).