Salvador passa a ter menos da metade da população católica; capital tem maior proporção de público sem religião
Por Redação
Salvador passou, pela primeira vez, em 2022, a ter menos da metade de sua população católica. Os católicos somavam 947.032 na capital baiana, representando 44,0% das pessoas de 10 anos ou mais de idade.
A população católica soteropolitana é a 6ª maior entre os municípios brasileiros (Salvador tem a 5ª maior população total), e a sua participação no geral (44,0%) é apenas a 23ª, entre as 27 capitais, ou seja, a 5ª menor, num ranking liderado por Teresina/PI (70,2% de católicos), Aracaju/SE (60,4%) e Fortaleza/CE (60,0%).
Depois dos católicos, em Salvador, os evangélicos eram o grupo religioso mais representativo, somando 523.449 pessoas ou 24,3% da população de 10 anos ou mais de idade. Salvador tinha a 7ª maior população evangélica do país, mas a proporção no total era apenas a 22ª ou a 6ª menor entre as capitais.
As pessoas adeptas de umbanda ou candomblé vinham a seguir, na capital baiana, somando 59.925, que representavam 2,8% da população de 10 anos ou mais de idade. Salvador tinha a 4ª maior população adepta de religiões de matriz africana, abaixo de São Paulo/SP (233.027), Rio de Janeiro/RJ (196.313) e Porto Alegre/RS (75.744). Em termos percentuais, ficava em 3º lugar entre as capitais, atrás de Porto Alegre/RS (6,4%) e Rio de Janeiro/RJ (3,6%).
Já os espíritas somavam 51.765 ou 2,4% da população de 10 anos ou mais de idade em Salvador, que tinha, entre as capitais, o 6º maior número absoluto, mas apenas a 14ª participação de pessoas dessa religião no total de habitantes.
Assim como ocorria no estado em geral, em Salvador, os sem religião formavam o terceiro grupo mais numeroso, depois de católicos e evangélicos: 398.068 pessoas, representando 18,5% da população de 10 anos ou mais (quase 2 em cada 10).
O município tinha a 3ª maior população sem religião do país, atrás apenas de São Paulo/SP (1,4 milhão) e Rio de Janeiro/RJ (889 mil), e foi, pelo terceiro Censo Demográfico consecutivo, a capital com maior proporção de pessoas sem religião no total de habitantes de 10 anos ou mais de idade (já havia liderado em 2000 e 2010).