Cidades do amor: IBGE revela cidades com maior número de uniões conjugais na Bahia
Por Eduarda Pinto
Em algumas cidades baianas, o amor ainda está no ar. Os dados do índice de “nupcialidade” do Censo do IBGE de 2022, divulgados nesta quarta-feira (5), revelam as três cidades baianas que possuem os maiores índices de uniões conjugais, sejam elas formais ou informais. Segundo o levantamento, a Bahia possui 48% de sua população com mais de 10 anos de idade vivendo relacionamentos conjugais, registrados em cartório ou não, mas três cidades superam a média estadual e se tornam a “cidade do amor”.
Na Bahia, em 2022, 193 dos 417 municípios tinham mais da metade da população de 10 anos ou mais de idade vivendo em união conjugal, mas os principais eram Feira da Mata, na região do Velho Chico, com 60,0% da população com mais de 10 anos vivendo em uniões conjugais. Em seguida, vem Brejo Velho (59,0%), na Bacia do Rio Corrente, e Rio do Antônio (58,8%), no sertão produtivo. Na lanterna dos casamentos, Anguera (40,6%) e Teodoro Sampaio (40,6%) e Tanquinho (40,4%), todas na região do Portal do Sertão, tinham os menores percentuais.
Por outro lado, existem aqueles municípios em que o amor ficou mais esquecido. O mesmo levantamento do IBGE destaca as cidades que possuem o maior número de pessoas “descasadas” ou “solteironas” e Salvador é uma delas.
No Brasil, a capital baiana fica de fora da “trilha do amor” e é considerada a principal entre os “descasados”, ou seja, pessoas que já viveram uniões conjugais mas não vivem mais. Esse grupo representava 23,8% da população soteropolitana em 2022, ou 511.638 pessoas. Ou seja, 1 em cada 5 moradores de 10 anos ou mais de idade em Salvador já haviam vivido em união conjugal, mas não viviam mais.
A participação do grupo de “descasados” na população soteropolitana ficava discretamente acima da de Porto Alegre no Rio Grande do Sul (23,7%); em 3º lugar vinha o Rio de Janeiro (RJ) (22,7%). Quando analisadas variações de porcentagem, entre os censos de 2010 e 2022, Salvador foi a capital que teve o maior ganho de participação de pessoas “descasadas”: o índice foi de 18,3% em 2010, para 23,8% em 2022, registrando mais 5,5% pontos percentuais.
Além de ter a maior proporção de “descasados”, a capital baiana possui a 2ª menor proporção, entre as capitais, de pessoas “casadas”, ou seja, pessoas de 10 anos ou mais que viviam em união conjugal. Ao todo, eram 963.209 mil baianos, sendo 44,7% da população. Nesse sentido, Salvador só ficava acima de São Luís no Maranhão (44,5%).
Salvador também possui uma grande população de “solteirões”, aquelas que não viviam e nunca viveram em união conjugal. Em 2022, 3 de cada 10 moradores da capital (31,5%), o equivalente a 679.425 pessoas, nunca tinham vivido em união conjugal. No entanto, o número caiu significativamente em comparação a 2010, quando os “solteirões” somavam 877.876 pessoas, ou 37,7% da população.
Mas para além da capital, se destacam entre os “descasados” as cidades de Almadina (27,0%), no Litoral sul; Gongogi (26,7%), no Médio Rio de Contas; e Cachoeira (26,5%), no Recôncavo baiano. Por outro lado, os menores índices de pessoas que já viveram uniões conjugais, mas não vivem mais estavam localizadas em Lagoa Real (11,6%), no Sertão baiano; Tabocas do Brejo Velho (11,2%), na Bacia do Rio Corrente; e Tanque Novo (10,3%) também no sertão baiano.
No caso dos “solteirões”, os municípios com maior porcentagem da população que nunca viveu em união conjugal na população de 10 anos ou mais eram Ipecaetá (38,2%), no Portal do Sertão; Mansidão (37,9%), na Bacia do Rio Grande; e Antônio Cardoso (37,3%), também no Portal do Sertão. Os menores percentuais estavam em Nova Ibiá (26,1%), Mutuípe (26,0%) e Várzea do Poço (25,4%).
