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Artigos

David Luduvice
A urgência da adoção de Governança Fiscal pelos Municípios
Foto: Divulgação

A urgência da adoção de Governança Fiscal pelos Municípios

E agora, Prefeitos, como agir diante da Resolução CNJ n.º 547/2024 e as extinções em massa das execuções fiscais abaixo de R$ 10.000,00 que já começaram pelo país? A resposta é proatividade imediata, através do que denomino de Governança Fiscal.

Multimídia

Bruno Reis rebate críticas e cita reconhecimento da Caixa por gestão sustentável: "A oposição fala o que quer"

Bruno Reis rebate críticas e cita reconhecimento da Caixa por gestão sustentável: "A oposição fala o que quer"
O prefeito Bruno Reis rebateu, nesta quinta-feira (16), críticas que recebe de opositores políticos e nas redes sociais em relação a falta de árvores e a projetos de viadutos na cidade. Reis participou nesta manhã da abertura do 2º Congresso de Direito e Sustentabilidade, que acontece até esta sexta-feira (17) no Hotel Wish da Bahia.

Entrevistas

Grupo de Trabalho estuda drenagem na região da Cidade Baixa durante fortes chuvas e maré alta em Salvador

Grupo de Trabalho estuda drenagem na região da Cidade Baixa durante fortes chuvas e maré alta em Salvador
Foto: Reprodução / TV Bahia
Tendo assumido a Secretaria de Sustentabilidade (Secis), logo no início de abril, Ivan Euller pretende, durante sua gestão, focar na atuação do melhoramento da drenagem da Cidade Baixa, em Salvador, região duramente afetada por alagamentos e inundações nos períodos chuvosos e de maré alta na capital baiana. O então subsecretário assumiu a pasta após a saída da vereadora licenciada Marcelle Moraes (União) que deve disputar, novamente, uma cadeira na Câmara Municipal de Salvador (CMS). 

apoio

Paulistas se reúnem e formam bloco para votar em Ednaldo Rodrigues na próxima eleição da CBF
Foto: Thais Magalhaes / CBF

Destituído da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues recebeu o apoio de 11 clubes paulistas para uma futura eleição. Nesta segunda-feira (18), o presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Reinaldo Carneiro Bastos, organizou um encontro das agremiações para debater a situação na entidade.

 

A reunião contou com as presenças de representantes do Botafogo-SP, Corinthians, Guarani, Ituano, Mirassol, Novorizontino, Palmeiras, Ponte Preta, Red Bull Bragantino, Santos e São Paulo. Nas eleições da CBF, os times que disputam a Série A têm peso 2 no voto, enquanto as da Série B têm peso 1. Com isso, o bloco paulista soma 15. A tendência é que eles apoiem Ednaldo Rodrigues, caso o dirigente viabilize sua candidatura.

 

Ednaldo Rodrigues foi destituído da presidência no último dia 7 por decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) que anulou o Termo de Ajuste de Conduta (TAC) celebrado entre a CBF e o Ministério Público do Rio de Janeiro, que determinava regras eleitorais da entidade. Com isso, o pleito de março de 2022, que elegeu Ednaldo, foi considerado inválido e um interventor, José Perdiz, presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), foi o escolhido para assumir a presidência para promover novas eleições.

Adolfo Viana afirma que PSDB continuará com Bruno Reis, mas irá abrir espaço para diálogo com Jerônimo
Foto: Maurício Leiro / Bahia Notícias

O deputado federal e presidente estadual do PSDB na Bahia, Adolfo Viana, detalhou qual será a posição do partido com relação ao apoio aos governos de Jerônimo Rodrigues (PT) e Bruno Reis (União). De acordo com o dirigente, em coletiva realizada neste sábado (27), a participação na base da gestão municipal permanece, de modo que outra frente de diálogo, com o grupo petista, também seja aberta.

 

O encontro com a imprensa contou com também com a participação do presidente nacional do tucanato, o governador Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul. A fala do gestor antecedeu a do parlamentar baiano. Durante a oportunidade, ele defendeu a autonomia da instância estadual e pregou que o partido, por ser de centro, tem o potencial de apoiar agendas localizadas em espectros políticos distintos.

 

"O governador Eduardo Leite acaba de ser muito claro com aquilo que a gente está colocando com muita tranquilidade. O PSDB é um partido que sabe o que quer, tem suas bandeiras muito bem definidas. Somos um partido de centro, com a capacidade de dialogar tanto com a esquerda quanto com a direita, porque entendemos que todos têm contribuições para oferecer", pontuou Adolfo Viana. 

 

Nas palavas de Viana, o intuito da agremiação em dar continuidade para a aliança com Bruno Reis e passar a apoiar Jerônimo se baseia visa "o interesse do estado da Bahia". "Não tem porque nos furtamos de sentrmos na mesa e gerar aquilo que é melhor para Salvador, para o Brasil e para o estado", argumentou.

 

"Nas pautas que a gente entender que são boas para a Bahia, vamos nos sentar com o governador e dialogar. Ele tem feito sinalizações objetivas e elegandtes para o PSDB, respeitando as nossas posições e nossas bandeiras", acrescentou o deputado logo em seguida. Segundo ele, Rodrigues tem em mente que a sua sigla tem autonomia nas decisões.

 

Ele ainda falou que o prefeito da capital baiana tem ciência do que está sendo negociado: "Minha relação com Bruno [Reis] sempre foi muito boa, madura e franca. Não há nada que não tenha sido conversado". "O PSDB aqui na Bahia vai continuar mantendo essa relação com o prefeito Bruno Reis, mas abrindo possibilidade de conversar com o governador de forma madura", concluiu.

Elmar Nascimento: União Brasil não será base de Lula e governo precisa destravar emendas ao baixo clero
Foto: Câmara dos Deputados

O União Brasil não tem condições de ser base aliada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Essa é avaliação do líder do partido na Câmara, o deputado baiano Elmar Nascimento, ainda que a legenda tenha negociado cargos de segundo escalão com o Palácio do Planalto.

 

O União Brasil indicou três ministros no governo Lula: Daniela Carneiro (Turismo), Juscelino Filho (Comunicação) e Waldez Góes (Integração), e também deve ampliar espaço em estatais como Codevasf, Dnocs e Sudene.

 

"Configuração do partido, não convém [entrar na base]. Imagine, eu dou uma declaração a vocês que sou base. Eu saio com 20 a 25 deputados me contestando. O que o governo vai ganhar com isso?", afirmou Elmar em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo.

 

Elmar também apontou o caminho para o governo construir uma base no Congresso: destravar a liberação de emendas. "O governo precisa dialogar e cumprir os compromissos. Principalmente fazer fluir o Orçamento. [Na negociação de] cargo participa a cúpula nacional. Mas 80% do Congresso, que é o baixo clero, quer saber da execução orçamentária. Quer saber de levar o posto de saúde, a pavimentação", disse.

Di Caprio vai apoiar cacica na luta pelos direitos dos povos indígenas da Amazônia
Foto: Reprodução / Redes sociais

Após encontro realizado durante a COP26, em Glasgow, na Escócia, o ator Leonardo Di Caprio se comprometeu a ajudar na luta pelos direitos dos povos indígenas da Amazônia se tornar apoiador do Instituto Juma, criado pela brasileira Juma Xipaia, cacica da aldeia Kaarimã, no Pará. A informação é da coluna de Lauro Jardim, no jornal O Globo.

 

Segundo a publicação, Juma é a primeira mulher a se tornar cacica de uma aldeia do Médio Xingu. Desde 2017, quando descobriu um esquema de corrupção envolvendo empresas de assistência a indígenas na região, começou a ser ameaçada de morte e foi alvo de cinco atentados. Ela chegou a receber oferta de exílio na Suíça, depois de denunciar a situação às Nações Unidas, mas preferiu permanecer no Pará.

 

Agora na COP26, ela tem denunciado os impactos da construção da hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu. Ainda de acordo com a coluna, em conversa com Di Caprio, Juma falou de como a usina tem comprometido a biodiversidade da região e o modo de vida dos povos originários. O ator conheceu o Xingu em 2004, e desde então prometeu apoiar ações do Instituto Juma.

Filha de Alec Baldwin diz que tem recebido ameaças após tragédia envolvendo o pai 
Foto: Reprodução/Instagram

Filha de Alec Baldwin, Ireland Baldwin, de 26 anos, revelou que tem sido ameaçada após o pai disparar uma arma cenográfica e matar, acidentalmente, a diretora de fotografia Halyna Hutchins no set de filmagem do filme “Rust”.

 

Em sua conta no Instagram, Ireland postou uma mensagem de carinho de um colega do pai e na legenda da imagem, comentou os ataques que tem recebido. "Em meio aos comentários, e-mails, mensagens de texto e áudios mais abomináveis e ameaçadores que que tenho recebido… Esse lindo comentário se destaca. Eu conheço o meu pai e vocês não. Eu te amo, papai", escreveu a jovem.

 

Além de expressar apoio e solidariedade ao ai, a declaração de Ireland é um agradecimento a uma mensagem de um seguidor que trabalhou com Baldwin durante as dublagens da animação “Thomas e Seus Amigos”. 

 

"Há um milhão de anos trabalhei no escritório em Toronto da produtora responsável por 'Thomas e Seus Amigos'. Lidei com algumas celebridades bem idiotas na minha época, mas seu pai NÃO era assim", disse o homem, que elogiou também o quando o artista era humano. "Ele só queria ter certeza que tinha leite e cereal no quarto de hotel dele enquanto a filha visitava. Ele era assim. O tempo todo. Sempre vou me lembrar disso", finalizou.

 

Setor de eventos se anima com Procultura e reabertura, mas pede mais políticas públicas
Foto: Rosilda Cruz / SecultBa

Após a prefeitura de Salvador apresentar o Projeto de Lei do Executivo que institui o Programa de Retomada do Setor Cultural do Município de Salvador (Procultura Salvador) (saiba mais), o mercado de eventos respirou um pouco mais aliviado ao ver parte de seus pleitos (clique aqui) atendidos pelo poder público. Apesar da iniciativa, os empresários acreditam que é preciso investir ainda mais em políticas públicas, a exemplo de editais com recursos próprios, para além da aplicação da verba da Lei Aldir Blanc.

 

Dentre as propostas voltadas para o setor apresentadas no PL estão a redução de 3% para 2% do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) e a isenção das taxas de vigilância sanitária, até 31 de dezembro de 2022. O projeto prevê ainda a redução de taxas cobradas aos ambulantes.

 

“De forma geral, acho muito importante salientar que qualquer ajuda nesse momento que o setor se encontra será bem vinda. E essa apresentação do PL pela prefeitura, visando mitigar os impactos da pandemia, já sinaliza preocupação com relação ao setor. Mas a gente sabe que o setor teve um sofrimento e está sofrendo aí há praticamente dois anos, então, é preciso se pensar em mais políticas públicas”, avalia o presidente da Associação Baiana das Produtoras de Eventos (Abape), Moacyr Vilas Boas.

 

Classificando a iniciativa como “louvável”, o produtor cultural pontuou que o projeto atende a muitos pleitos do setor, mas disse que existem outros ainda em aberto. “Havíamos pedido isenção de ISS para eventos de pequeno e médio porte, no prazo de dois anos, que foi o tempo em que ficamos sem trabalhar, e a redução para os grandes. O que aconteceu foi a redução para todos, sem a isenção para os menores, que não é exatamente o que pedimos. Mas também não estamos dizendo que não ajuda”, explica o presidente da Abape, que comentou ainda sobre o prazo do abatimento, previsto para dezembro de 2022.

 

“Acho que deveria ser dezembro de 2023. Já que ficamos dois anos parados, que a gente tivesse o benefício pelo mesmo período”, pondera o empresário, sem descartar a possibilidade de uma extensão do prazo ou de uma isenção para os pequenos empreendimentos. “Existem pontos que estão em negociação e que podem vir a acontecer via emendas. Estamos bastante otimistas com relação a isso”, projeta. 

 

Animado com a apresentação do PL e os decretos que permitem a reabertura do setor, o Moacyr reitera ainda a importância do diálogo permanente entre poder público e a categoria, para avançar mais nas soluções. “Além do que está sendo feito, precisamos continuar o diálogo e tentar criar novas políticas públicas. Estamos falando de um setor que estava há dois anos parado e que está começando a funcionar agora”, alerta o produtor, lembrando que, com a crise, existe uma enorme demanda por apoio governamental. Citando o Prêmio Riachão, edital lançado pela prefeitura de Salvador com recursos remanescentes da Lei Aldir Blanc, que teve recorde de inscritos - 2300 projetos apresentados para 120 contemplados -, ele sinaliza para “o quando o setor está necessitado”.

 

TRAMITAÇÃO DA MATÉRIA

Apresentada na Câmara Municipal, a proposta foi debatida em reunião conjunta das comissões de Constituição e Justiça, Finanças e Orçamento e de Cultura, nesta terça-feira (21). Após discussão preliminar, os parlamentares pediram vista coletiva para análise (saiba mais).

Arany se reúne com gestor do Cine Glauber após Rui propor articulação para salvar espaço
Foto: Reprodução / Instagram

A secretária de Cultura da Bahia, Arany Santana, se reuniu com Cláudio Marques, gestor do Cine Glauber Rocha, nesta sexta-feira (17), após o governador Rui Costa determinar o trabalho conjunto entre diversas pastas em prol de alternativas para salvar o equipamento (saiba mais).

 

“A partir da determinação do governador Rui Costa teremos uma articulação entre as secretarias da Educação, Administração, Fazenda e Cultura na busca de uma solução que viabilize o funcionamento do Cine Glauber Rocha, espaço cultural que pertence ao Estado e é administrado em sistema de concessão”, informou Arany, em publicação em sua conta oficial no Instagram.

 

“Estamos buscando outros apoios, de forma a oxigenar o Cineteatro Glauber Rocha, até a total retomada das atividades no espaço. A mobilização envolve a busca de apoio também da iniciativa privada e de outros parceiros para que a Bahia não perca esse importante equipamento que leva o nome do principal expoente do Cinema Novo no Brasil”, acrescentou.

 

A mobilização se dá após o banco Itaú anunciar que, a partir da última quinta-feira (17), fecharia as quatro salas operadas pela instituição no Cine Glauber (relembre). Em nota, na sexta (18) os empresários Adhemar Oliveira e Claudio Marques, atuais sócios do equipamento cultural, informaram  que darão continuidade à operação do espaço depois de retirar o nome do Itaú da comunicação visual. Eles também buscam apoiadores para o projeto (clique aqui).

 

A administração municipal também se manifestou após o anúncio do fechamento. O prefeito Bruno Reis citou a lucratividade e criticou o banco pela decisão (clique aqui). "Nós protestamos, foi uma decisão infeliz e nós pedimos ao banco que possa rever a posição. Sabemos os resultados que os bancos tiveram com a pandemia, a lucratividade, não é nenhum esforço dar esse apoio ao Cine Glauber Rocha”, disse.

Itaú anuncia fechamento do Cine Glauber; gestor fala em buscar apoio para 'renascer'
Foto: Reprodução / Facebook

O banco Itaú, que há mais de uma década mantinha o Espaço Itaú de Cinema - Glauber Rocha, anunciou que irá desativar as quatro salas da unidade localizada na capital baiana, a partir desta quinta-feira (16).

 

“Caros espectadores e cinéfilos de Salvador, o Espaço Itaú de Cinema comunica o fechamento de suas salas a partir de quinta-feira, 16 de setembro. Foram quase 13 anos de atividade, oferecendo uma programação que sempre incluiu títulos de várias partes do mundo, além de mostras, festivais, pré-estreias e projetos, como o Clube do Professor”, informou a instituição, que estendeu a medida também às unidades de Curitiba e Porto Alegre.

 


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O banco justificou que as unidades operadas na Bahia, Paraná e Rio Grande do Sul “vinham operando com taxa de ocupação inferior a 20% desde 2019” e atribuiu as mudanças à reorganização de “sua estratégia de difusão de audiovisual no país”, que prevê "redução da operação física" e investimento no formato online. 

 

“Agradecemos a presença de todos que puderam estar conosco e vivenciar a experiência de assistir filmes da nossa programação em nossas confortáveis salas. Estamos em tempos de adaptação a novos formatos de exibição e o Espaço Itaú de Cinema vai ampliar, para todo o país, o acesso gratuito a filmes e Mostras, através da plataforma Itaú Cultural Play, onde todos poderão acompanhar um pouco do nosso trabalho”, diz comunicado do Espaço Itaú de Cinemas.

 

 

Também por meio de nota, o gestor do Cine Glauber, Cláudio Marques, agradeceu os anos de apoio, lembrou que o prédio funciona como cinema desde 1919 e prometeu buscar alternativas para que o equipamento cultural possa ter sobrevida. 

 

“Pelo meu lado, e do meu sócio Adhemar Oliveira, nós continuamos a acreditar nas salas de exibição e no Centro Histórico de Salvador. O Cine Glauber vai renascer depois dessa pandemia, desse momento terrível, ainda com mais força. Espero realmente poder contar com o apoio de toda a nossa sociedade. Precisamos de novos parceiros e vamos atrás. Temos pouco tempo para poder viabilizar uma nova equação, mas nós estamos confiantes que esse não será o ponto final dessa bela história”, declarou.

Ancine mantém veto a apoio de filme sobre ex-presidente Fernando Henrique Cardoso
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

Em uma reunião realizada na tarde desta quinta-feira (5), a diretoria colegiada da Agência Nacional do Cinema (Ancine) decidiu manter o veto ao apoio do filme “Presidente Improvável”, sobre o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. 

 

A decisão se dá após o setor pedir uma revisão do veto anunciado em meados de julho (relembre aqui e aqui). A justificativa do órgão para não conceder apoio ao projeto da produtora Giro Filmes é que ele “dá margem a inegável promoção da imagem pessoal do ex-presidente da República homenageado no documentário, com o notório aproveitamento político, às custas dos cofres públicos”. Os argumentos apresentados pela Ancine, no entanto, são vistos internamente como uma tentativa de agradar o presidente Jair Bolsonaro (saiba mais).

 

De acordo com informações da coluna de Lauro Jardim, no jornal O Globo, a reunião desta quinta contou com a participação do diretor-presidente substituto Mauro Souza e dos diretores Vinicius Clay e Thiago Mafra. Segundo a publicação, Clay e Mafra votaram pela aprovação do projeto, enquanto Souza manteve o veto. Quem também havia votado pelo veto, antes de ser exonerado (clique aqui), foi Tutuca. Com o empate, coube ao presidente a decisão final, que foi pela manutenção do veto.

 

Segundo a coluna, a produtora do projeto pretende entrar com um mandado de segurança contra a decisão, considerada “uma violação da liberdade de expressão, como há muitos anos não se via no Brasil”.

Paulo Coelho confirma envio de R$ 145 mil para apoiar festival baiano vetado pela Funarte
Foto: Divulgação

Por meio da Fundação Coelho & Oiticica, Paulo Coelho anunciou, nesta quinta-feira (22), a transferência dos R$ 145 mil prometidos para patrocinar o Festival de Jazz do Capão (saiba mais aqui, aqui e aqui). O evento baiano é realizado há dez anos na Chapada Diamantina, e este ano teve a captação via Lei Rouanet vetada pela Fundação Nacional das Artes (Funarte) por ter se posicionado como antifascista e pró-democracia (relembre o caso).

 

“Festival do Capão, antifascista e democrático. Transferência feita, avisem quando chegar”, publicou o escritor em suas redes sociais, junto com um comprovante do depósito bancário, que tem como beneficiária a Cambuí Produções, responsável pelo festival. 

 

 

Além de receber o apoio de Paulo Coelho, a organização do evento lançou uma campanha colaborativa voltada para ajudar a comunidade local e parceiros, com vistas também a ampliar a programação com uma atração especial (clique aqui). 

Veto da Ancine a filme sobre FHC é visto como tentativa de agradar Bolsonaro por cargo
Foto: Divulgação

O indeferimento da Agência Nacional do Cinema (Ancine) ao apoio a um projeto de filme sobre o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (saiba mais) pode ter uma motivação que ultrapassa questões técnicas. 

 

De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, a iniciativa é vista internamente como uma tentativa de dois diretores da instituição de agradar ao governo Bolsonaro, já que ambos disputam a última vaga na composição da diretoria colegiada da Ancine.

 

Ainda segundo a publicação, a decisão por não liberar o projeto foi assinada pelos diretores-substitutos Edilásio Barra, o Tutuca, e Mauro Gonçalves de Souza, sob justificativa de que há “notório aproveitamento político, às custas dos cofres públicos”.?

Festival de Jazz do Capão vai judicializar caso de censura do governo federal
Foto: Reprodução / Youtube

O produtor executivo do Festival de Jazz do Capão, Tiago Tao, afirmou, em entrevista ao programa Bahia Notícias no Ar, que pretende judicializar o caso de censura envolvendo o governo federal, após a Fundação Nacional de Artes (Funarte) alegar “desvio de finalidade” e negar apoio ao evento via Lei Rouanet (saiba mais). 

 

Tao conta que recebeu o parecer da Funarte na semana passada e diz que o documento surpreende pelo tom ideologizado. “O que me chamou mais atenção, e isso é o que está repercutindo nacionalmente, é que pela primeira vez eles estão colocando num papel timbrado do ministério, ideias que eles já estão discursando há alguns meses”, pontuou, mencionando as falas do titular da Secult, Mario Frias, e do secretário Nacional de Fomento e Incentivo à Cultura, o baiano André Porciúncula. 

 

“Eles já vêm discursando há alguns meses, falando sobre essa ação que eles não vão aprovar projetos que não tenham uma identidade com o governo deles. E aí o tempo todo eles estão falando sobre essa questão da religião e como projetos que antes não eram aprovados e esse ano vão começar a aprovar. E o que chamou atenção da gente foi isso, que eles colocaram no papel ideias que já estavam sendo propagadas em lives realizadas por eles, só que a gente não acreditou que esse discurso que eles têm ideológico fosse tão forte”, disse Tiago. 

 

Diante do cenário, ele ressalta que sua equipe não está sozinha e já está em contato com outros grupos que estão discutindo a cultura do Brasil em âmbito federal. Neste sentido, o episódio específico do Festival de Jazz do Capão poderá ajudar a combater supostas ações arbitrárias do governo federal. 

 

“A gente percebe que já existe sim um movimento de judicializar algumas ações do governo federal, no sentido de tentar na Justiça, junto ao Ministério Público, pontuar algumas provas de que eles estão fazendo má gestão pública. E a gente vai se associar a isso, a gente já conversou com a Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados”, revelou Tiago Tao, segundo o qual, o que vem a somar no caso específico do festival baiano é que o governo Bolsonaro agora colocou no papel o discurso que antes era feito informalmente. “É uma prova física, um parecer emitido pela Funarte, colocando todas essas ideias ligadas a ideologia e religião”, afirmou o produtor, revelando que já existe um documento com mais de 800 páginas que reúne outras provas contra o governo federal.

 

Apesar de estar decidido a judicializar o caso, o produtor informou que as medidas não visam reverter o parecer e autorizar o patrocínio via Lei Rouanet, mas evitar que outros grupos sofram “perseguição ideológica”. “A gente não acredita que vai conseguir o patrocínio, só queremos buscar Justiça e o que é correto”, declarou.

 

VAQUINHA VIRTUAL

Durante a entrevista, Tiago Tao afirmou ainda que o festival será realizado este ano mesmo sem o apoio da Lei Rouanet e informou que ainda nesta semana será lançada uma campanha virtual para financiar o evento (clique aqui e saiba mais).

Vetado pela Funarte, Festival do Capão fará vaquinha e será realizado sem Rouanet
Foto: Reprodução / Youtube

O Festival de Jazz do Capão, que teve o apoio via Lei Rouanet negado pela Fundação Nacional de Artes (Funarte) sob alegação de “desvio de finalidade” por se posicionar como “antifascista e pró-democracia” (saiba mais), irá acontecer este ano em formato virtual, mesmo sem a patrocínio via lei de incentivo.

 

A informação foi confirmada, nesta terça-feira (13), pelo produtor executivo do evento, Tiago Tao, em entrevista ao programa Bahia Notícias no Ar, parceria do site com a rádio Salvador FM. Na ocasião, ele informou que ainda nesta semana será lançada uma campanha virtual com a meta de arrecadação de cerca de R$ 150 mil, valor aproximado do projeto submetido ao edital do governo federal. 

 

Segundo o produtor, desde 2017 o festival vinha acontecendo com apoio da Secretaria de Cultura da Bahia com complementação do financiamento via Lei Rouanet. Ele explica que, mesmo aprovado em edital, geralmente sequer conseguiam captar o valor total. 

 

Diante deste contexto, para 2021, Tiago diz que a equipe já está acostumada a lidar com o orçamento limitado, que irá lançar a vaquinha virtual, mas garante que se não conseguir os R$ 150 mil, realizará o evento “de qualquer jeito, apertando, fazendo na guerrilha, como vem fazendo ao longo dos anos”. Por outro lado, caso o valor arrecadado seja superior, o Festival de Jazz do Capão investirá na programação. “Hoje ele conta com dois dias e seis apresentações. Se conseguir financiamento, aumentamos um dia e contratamos mais bandas”, prometeu.

 

“É importante ter os festivais online acontecendo. É importante mobilizar e dinamizar a cadeia da cultura, que está parada desde o início da pandemia e não tem previsão de voltar”, destacou o produtor, lembrando que tais eventos são “opção de sobrevivência” para técnicos e artistas.

Após veto do governo, entidades assinam manifesto em apoio ao Instituto Herzog
Foto: Divulgação

Após o governo federal vetar a captação de recursos para o plano anual do Instituto Vladimir Herzog, via Lei de Incentivo à Cultura, novo nome da Lei Rouanet (saiba mais), um manifesto online em apoio à instituição teve apoio de um grupo de 176 entidades e coletivos, até a manhã desta quinta-feira (18).

 

O texto do manifesto cobra uma “justificativa plausível” da Secretaria Especial da Cultura para a determinação, visto que é a primeira vez em dez anos que o projeto é rejeitado pelo governo. “No Instagram, o filho do presidente e deputado Eduardo Bolsonaro deu a entender que a razão seria ideológica, comparando Herzog, torturado, a Ustra, torturador. Comparar o torturado ao torturador é desumano, mesmo para gente como Bolsonaro”, diz trecho, questionando o contraponto informal do governo, por meio do filho do presidente.

 

“Vladimir Herzog, jornalista judeu, foi preso, torturado e assassinado nos porões da ditadura por lutar por valores que este governo via de regra, empenha-se em enfrentar. Hoje o governo brasileiro posta-se na defesa de torturadores, daqueles que lutam contra Direitos Humanos, dos que não têm apreço pela Democracia. Este abaixo-assinado tem como objetivo manifestar apoio irrestrito ao Instituto Vladimir Herzog em sua luta incansável e cobrar do governo brasileiro por uma justificativa plausível à reprovação do projeto”, conclui o manifesto.

 

Dentre os signatários do abaixo-assinado estão os grupos Judeus pela Democracia, Comissão de Justiça e Paz de SP, Associação Brasileira de Imprensa, Instituto Brasil-Israel, Observatório Judaico dos Direitos Humanos no Brasil HENRY SOBEL, APCA - Associação Paulista de Críticos de Artes, Católicas Pelo Direito de Decidir, Igreja Evangélica Projeto Além do Nosso Olhar, Associação Nacional de Advogados Brasil Israel, Comissão de Direitos Humanos da OABRJ, Comissão de Direitos Humanos da OABSP, Instituto Patrícia Galvão e Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito (veja a lista completa).

Também sairia', diz Danilo Caymmi ao apoiar músicos que deixaram o Boca Livre
Foto: Divulgação

O cantor e compositor Danilo Caymmi manifestou publicamente apoio a David Tygel, Lourenço Baeta e Zé Renato, após os músicos decidirem deixar o Boca Livre, por divergências políticas com Maurício Maestro, considerado pelos demais como negacionista (saiba mais). 

 

"O Boca Livre se dissolveu por, essencialmente, como todos sabem,  questões políticas. Eu já tinha me posicionado para essas pessoas que saíram, para o Zé Renato, para o Lourenço Baeta e pro David Tygel, amigos de longa data, a minha solidariedade com relação a essa atitude tomada”, disse Danilo em um vídeo enviado à coluna de Ancelmo Gois, no jornal O Globo.

 

“Venho aqui reiterar essa posição, que eu estou com eles, com o Zé Renato, Lorenço e David Tygel. Eu também sairia do Boca Livre”, declarou o artista, que teve participação no primeiro disco do Boca Livre, lançado em 1979.

 

Os desentendimentos no grupo se deram após Maestro, que é apoiador de Jair Bolsonaro, dizer que não tomaria vacina contra a Covid-19. A medida segue o discurso do do presidente, que também põe em dúvida a imunização e sequer segue os protocolos contra a disseminação do novo coronavírus, como o uso de máscaras ou evitar aglomerações.

 

Veja as declarações de Danilo Caymmi:

Caetano Veloso declara apoio a Baleia Rossi para presidência da Câmara
Foto: Reprodução / Facebook

O cantor e compositor baiano Caetano Veloso declarou apoio ao deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP) na disputa pela presidência da Câmara, contra Arthur Lira (PP-AL), candidato preferido do presidente Jair Bolsonaro.

 

“Não podemos deixar o Congresso na mão do executivo. Participei da campanha de Boulos e Erundina tenho imensa admirac?a?o por Erundina, mas o momento e? da gente se unir e apoiar o opositor do candidato do governo na Ca?mara. Estou com Marcelo Freixo: acho que na?o podemos deixar o Congresso na ma?o do executivo. Temos, como defensores da democracia, de pedir aos deputados que tambe?m a defendem que votem em Baleia Rossi”, justificou Caetano, em uma publicação no Instagram. 

 

A declaração pública do músico baiano se deu após o lançamento do nome de Luiza Erundina (Psol-SP) para concorrer ao cargo, nesta terça-feira (19), e também depois do posicionamento de Freixo, que é do Psol, mas é contrário a uma candidatura independente neste momento. 

 

“O impeachment é muito importante. Mas antes, precisamos trabalhar para que uma Frente Progressista possa garantir a Presidência da Câmara dos Deputados. Esta frente tem um candidato: Baleia Rossi. Seu oponente, Arthur Lira, JAMAIS levará um processo de impeachment adiante. Além de ser o candidato da devastação do meio ambiente, dos agrotóxicos, do desrespeito aos povos originários e aos direitos humanos! O Brasil precisa entrar em um processo civilizatório. Mesmo que por um momento, tenhamos que guardar nossas diferenças para isso”, defendeu o deputado carioca. 

 

Veja declarações que motivaram apoio de Caetano:

Descapitalizados, blocos afro se reinventam para superar pandemia sem shows e Carnaval
Foto: Naiara Barros / Odú Comunicação

Cidade com vocação turística, cuja cultura é um dos seus maiores atrativos, Salvador já está há cerca de dez meses sob decretos oficiais que proíbem aglomerações e grandes eventos. O objetivo é cumprir protocolos sanitários necessários para conter o avanço do novo coronavírus (clique aqui e aqui). 

 

Enquanto espera a liberação da vacina e a consequente contenção da pandemia, o setor de eventos da capital baiana vive momentos dramáticos. Se em tempos pré-Covid a esta altura do ano a cidade já fervilhava de ensaios e estava preparada para receber os visitantes para o Carnaval no mês de fevereiro - só em 2020, de acordo com dados da prefeitura, 16,5 milhões de pessoas circularam pelas ruas de Salvador neste período -, em 2021, artistas, produtores, população, turistas e até governos trabalham com a incerteza e calculam o prejuízo causado pelo cancelamento da festa. Para se ter uma ideia, a última edição da folia momesca teve um retorno divulgado de cerca de R$ 1,8 bilhão. 

 

Diante do contexto, o secretário do Turismo da Bahia, Fausto Franco, estimou a perda de mais de R$ 1 bilhão em receitas pela não realização do Carnaval (saiba mais). O número é o mesmo calculado por Jairo da Mata, atual presidente do Conselho Municipal do Carnaval de Salvador (Comcar). “Não tenho como mensurar em números exatos globalmente, mas são milhões de reais perdidos nesse sentido. Na verdade, acredito que seja quase R$ 1 bilhão, até porque existe o pré e pós-Carnaval”, diz o dirigente.

 

Jairo da Mata - Foto: Divulgação/Comcar

 

Mata destacou ainda que o impacto negativo do cancelamento da festa se estende tanto do ponto de vista econômico, quanto cultural. “A perda econômica é muito grande, pois sabemos que a cadeia produtiva é forte, já que passa por camarotes, blocos até ambulantes e cordeiros. Tudo isso envolve a economia da cidade. Além disso, temos o impacto lúdico, pois, além de ser uma festa de atrativo cultural marcante, é também o momento - sobretudo das classes menos favorecidas - de desaguar as mágoas; é como se fosse uma terapia coletiva que nos traz um certo conforto espiritual. É sem dúvida a maior festa popular do Brasil e a Bahia tem o maior Carnaval do país”, avalia, lembrando que todo o Brasil sofre com a paralisação dos grandes eventos, especialmente Salvador, por ser uma cidade de serviço. “A não realização impacta na gastronomia, hotelaria, transporte, setor musical etc”, pontua.

 

À frente da Saltur, Empresa de Turismo vinculada à prefeitura de Salvador, Isaac Edington explica que a decisão de abortar o Carnaval se dá para “preservar a vida das pessoas”, sem desmerecer a importância do evento. “Infelizmente, a nossa maior festa, tão importante para nossa cultura, nossas tradições e, sobretudo, para nossa economia, não poderá ser realizada até que tenhamos a população vacinada. Dessa forma, por consequência, todas as ações previstas estão canceladas”, disse o presidente da Saltur, descartando a possibilidade de manter os editais e apoios do Executivo municipal específicos para a realização da festa este ano. 

 

Isaac Edington - Foto: Paulo Victor Nadal/Bahia Notícias

 

“Todo esforço da prefeitura está bastante voltado para assistência à saúde, assistência social, bem como iniciativas de combate à disseminação da pandemia e, também, do retorno responsável e gradual das atividades econômicas, sobretudo retomar o calendário de eventos, com toda segurança”, explica.

 

A Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA), por sua vez, informou por meio de nota que “diante da suspensão da realização do Carnaval em fevereiro 2021, os apoios destinados às programações artísticas/culturais ficam interrompidas até a nova definição” e estabeleceu que “as modalidades de apoio serão definidas depois que o novo modelo da festa for decidido”.


SITUAÇÃO DOS ARTISTAS

Para driblar as adversidades, o ambiente digital acabou sendo uma das alternativas paliativas de muitos artistas em 2020, mas nem todos conseguiram atrair uma audiência suficiente para monetizar o trabalho e tampouco apoios importantes da iniciativa privada. O mesmo se reflete agora no período do Carnaval. 

 

Se, por um lado, nomes como Ivete Sangalo e Claudia Leitte, dois dos maiores expoentes comerciais da música baiana, já se uniram para apresentar um show no dia 13 de fevereiro (veja aqui), assim como Léo Santana, Harmonia do Samba e Parangolé, que repetirão o projeto “O Encontro”, focados na festa do momo (veja aqui), e Bell Marques com o evento virtual no domingo de Carnaval (veja aqui), os Filhos de Gandhy, por exemplo, ainda não sabem sequer se colocarão o bloco na rua virtualmente por falta de patrocínio. 

 

“Pra Bell, pra Ivete, pra vários, eles já têm um nome, um marketing que banca. O que é o Filhos de Gandhy? É um afoxé. E o que é um afoxé? É um candomblé, é igual a casa religiosa pra se manter. Então, se a gente não tem apoio, não tem recurso próprio para fazer. A gente está conjecturando fazer uma live no domingo ou terça de Carnaval, mas pra isso a gente precisa de pelo menos um mínimo pra poder pensar em executar. Infelizmente, bloco de matriz africana sofre muito, existe uma grande discriminação”, lamenta o presidente do bloco, Gilsoney de Oliveira.

 

Gilsoney de Oliveira - Foto: André Frutuôso/Secult

 

Em 2020 o grupo tentou fazer um evento online, mas não conseguiu apoio para custear sequer os requisitos técnicos de som, iluminação e internet. E segundo o dirigente, sem a ajuda anual do governo do estado e da prefeitura, dificilmente os blocos afro e afoxés conseguiriam desfilar nos carnavais.

 

Gilsoney conta que os meses parados por conta da pandemia atingiram em cheio o bloco, que deixou de realizar mais de uma dezena de eventos de seu calendário religioso e atualmente aguarda as orientações do poder público para se preparar - ou não - para o Carnaval, seja no segundo semestre de 2021 ou apenas em 2022.

 

“Todo mês a gente tem uma responsabilidade religiosa em paralelo ao Carnaval. E quando chega no segundo semestre aí que começamos a contatar com relação às fantasias, porque o Gandhy não tem um abadá que você coloca camisa e pronto. Ele tem uma fantasia que vai do pé à cabeça, são muitos ítens. E começa no segundo semestre a construir essa questão do Carnaval. A gente tem aí evento de Santa Luzia, Santa Bárbara, Rio Vermelho, Festa de Oxossi, tem muito evento, mas parou tudo, e aí acumulou e nós não podemos fazer nada, temos que aguardar, de fato, se restabelecer essa questão do surto”, declarou Oliveira. 

 

Ele garantiu ainda que, caso até março haja alguma definição sobre a possibilidade da festa acontecer no segundo semestre, os Filhos de Gandhy estarão à postos para desfilar. Do contrário, não haveria tempo hábil para a organização.

 

O Ilê Aiyê, por sua vez, vive um momento ainda mais delicado, já que, além de lidar com os problemas da pandemia que acomete a todos, ainda precisa sanar uma dívida trabalhista de R$ 400 mil que pode fazê-lo perder a Senzala do Barro Preto, sede do bloco localizada no bairro do Curuzu, em Salvador (clique aqui e saiba mais). 

 

Com os decretos que proíbem as aglomerações, não só as atividades artísticas do Ilê foram impactadas, mas também todo o trabalho social promovido pela entidade. “A sede está parada, não tem como arcar com salários. É a maior dificuldade um espaço daqueles com conta de água, de luz... Foram suspensas as aulas da Escola Mãe Hilda, a gente tem até proposta de curso profissionalizante, mas não pode levar nada em frente, por causa da pandemia. Mas estou esperançoso, levando muita fé que isso vai passar”, declara Antônio Carlos dos Santos (Vovô), presidente do bloco. 

 

Vovô do Ilê - Foto: André Frutuôso/Secult

 

“É um impacto muito grande em tudo, nas fantasias, nos ensaios. Também para a comunidade que vem sofrendo, as pessoas que trabalham nessa época, o porteiro, seguranças, costureiras... E a gente deixa também de arrecadar com os eventos, a Noite da Beleza Negra, os shows que fazíamos durante o ano”, acrescenta, lembrando que em 2020 o Ilê teve duas apresentações nos Estados Unidos - em Washington e Chicago - canceladas, além da suspensão de uma turnê nacional que circularia por sete capitais com patrocínio da Petrobras.

 

Esperançoso, apesar de desacreditar na possibilidade de ainda este ano ocorrer a festa momesca, Vovô contou que atualmente o Ilê prepara um festival de música virtual, com apoio da Lei Aldir Blanc, e não descarta a realização de uma live no sábado de Carnaval. 

 

Com este propósito e para outros projetos, além de pagar a dívida trabalhista, ele diz que segue em constante atividade. “Está devagar, mas caminhando, não paramos de nos movimentar aqui no Brasil e fora, para que as pessoas que têm condição, para o próprio governo e a prefeitura, façam parcerias com a gente e nos ajudem”, conta Vovô, lembrando que a campanha virtual voltada para arrecadar fundos e evitar o despejo permanece aberta para colaboradores. “Efetivamente temos muito pouco, conseguimos arrecadar R$ 150 mil até agora, mas a campanha segue e nós vamos conseguir”, disse o dirigente. 

 

Enquanto o Ilê trabalha com foco na esperança, para o Cortejo Afro a palavra é planejamento. Ainda em março de 2020, o bloco percebeu os perigos da pandemia e se preparou, mantendo um lastro que lhe permite “respirar” até meados deste ano. 

 

“Antes do Carnaval [de 2020], todos sabiam que isso [a pandemia] ia chegar no Brasil. Se em outros países da Europa estava na situação que estava, quando chegasse aqui seria um estrago, como está sendo. Porque também sabíamos que não contaríamos com um governo que fosse aliado ao povo, com relação à luta contra o Covid”, lembra o presidente do bloco, Alberto Pitta. “Mensuramos [os prejuízos da pandemia e da ausência do Carnaval], o Cortejo se organizou nessa direção, fazendo frente aos seus compromissos com os credores, grupo artístico e fornecedores, e, por isso, não devemos absolutamente nada a ninguém”, frisa. Garantiu ainda que quitou por um ano as responsabilidades mensais com internet, água, luz e aluguel do espaço onde guarda o material do bloco.

 

Destacando o “impacto emocional” além do econômico gerados pelo cancelamento do Carnaval convencional, Pitta conta que o Cortejo está preparado para todos os cenários. “Os blocos afro, que sempre têm dificuldade de fazer o Carnaval, sabem como ninguém como ir para o Carnaval, mesmo com as dificuldades. Partindo dessa premissa, estou querendo dizer que é um impacto muito grande para além do financeiro. Ele se resume a um outro compromisso que nós temos com a nossa comunidade, do trabalho que é realizado junto a crianças e adolescentes nos bairros afastados dessa cidade, através dessas organizações, e que culminam no Carnaval. Ele na verdade é uma culminância de tudo isso, das ações cotidianas”, explica, classificando como “péssimo” não ter a festa, mas também admitindo que não há “a menor condição” dela ser realizada em meio à pandemia.  

 

Alberto Pitta - Foto: Betto Jr/Secom

 

Caso as autoridades venham a dar sinal verde para a folia de rua acontecer no segundo semestre, o dirigente reitera que o bloco prontamente irá trabalhar para captar recursos e desfilar. “Estamos de olho nisso, se acontecer, o Cortejo vai, mas vai bem menor. Vai como uma cerimônia de candomblé num deslocamento estético terreiro - rua, como os antigos afoxés, com o tema Asas da Liberdade”, conta, explicando que o mote se dá pela urgência por liberdade. “É o que precisamos. Estamos em tempos de cárcere, literalmente falando. Cárceres por conta da pandemia e cárceres por conta de um Brasil sombrio no dia D e na hora H”, disse ele, ironizando uma fala do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello (relembre). Por outro lado, se permanecerem os decretos que determinam a proibição das aglomerações, a alternativa será partir para o ambiente online. 

 

“O Cortejo está buscando organizar o que nós chamamos de Carnaval virtual, que é o Carnaval em tempos de ‘cárcere’. Estamos organizando, provavelmente no domingo de Carnaval, cada um em sua caverna. E as pessoas vão mandar vídeos com as fantasias do Cortejo Afro de anos anteriores. Mas também estamos trabalhando em cima de um projeto, e isso depende muito de apoio, de captação, onde cada convidado do Cortejo - e aí serão poucos - irá receber um corte do tecido e fazer em casa a sua fantasia e mandar pra nós. Vamos ver uma forma de publicizar isso”, detalha Alberto Pitta, sobre as iniciativas em audiovisual, que não serão ao vivo, mas devem sair no período que aconteceria o evento. 

 

Antes da festa momesca, o Cortejo Afro prepara uma live em homenagem à Revolta dos Malês, no dia 25 de janeiro. Paralelo a isso, o bloco executará um projeto contemplado pelo Prêmio das Artes Jorge Portugal, dentro do programa Aldir Blanc, e também foi selecionado em um edital da Sepromi, através do qual realizará a Feira da Economia do Sagrado. “São atividades online que dão essa capilaridade e garantem que as pessoas estejam atuando, trabalhando e sendo remuneradas por tal”, resume o dirigente.

 

Assim como o Cortejo, o Olodum também vem se reinventando para atravessar as turbulências. O grupo já anunciou a realização de uma live no Carnaval (clique aqui) e vem investindo no online e em parcerias para se manter em funcionamento. 

 

“As organizações [afro-brasileiras da cultura] não tinham estrutura financeira, um capital que permita investir em dois, três anos, sem voltar a ter atividades. Mesmo assim, nós fizemos alternativas de fazer várias lives durante esse período, investimos muito na música digital e estamos aguardando para ver se o Carnaval deste ano pode ser feito em julho, mas tudo indica que talvez não tenha. Então, vamos fazer uma live no Carnaval e vamos continuar brigando para existir com a música digital, com as apresentações para o mundo inteiro na forma de lives”, resume João Jorge Rodrigues, presidente da instituição.

 

João Jorge Rodrigues - Foto: Reprodução/Twitter @joaojorgeAkan

 

Para atrair o interesse do público e de investidores, o Olodum tem explorado seu acervo, oferecendo conteúdo especial sobre temas, como a história do bloco e do Carnaval, a vivência no Pelourinho, além de suas músicas. “Começamos a fazer disso um motivo de lives de debates e musicais. A do aniversário do Olodum foi um sucesso em vários lugares do mundo, depois a gente passou quase que mensalmente fazendo uma live pra contar a história da nossa música e da nossa cultura. E foi bom porque ela substituiu um pouco os shows presenciais. Assim a gente manteve o Olodum funcionando todos os dias, todos os meses, com coisas novas, com invenções de assuntos diferentes”, revela João Jorge, destacando que “vender música digital” foi essencial para o equilíbrio financeiro. 

 

“A gente tem muitos discos, músicas, muitas coisas, e também tem a questão da marca. Nós tivemos um apoio importante do TikTok para a Escola Olodum, que nos ajudou bastante. A gente foi buscando alternativas aqui e acolá, para que pudéssemos chegar agora em janeiro de 2021 com atualidade”, conta o presidente, segundo o qual, o segredo da organização é “um conjunto de coisas”, desde se adaptar ao meio digital, explorar o vasto acervo - como já citado -, até buscar apoio junto à iniciativa privada e governos, através de políticas públicas como a Lei Aldir Blanc. “Não dá pra ficar reclamando, dizendo ‘não tem apoio’, tem que ir à luta, então estamos indo à luta”, declara o gestor, que aguarda o sinal verde para que o som dos tambores e de seu samba-reggae possa voltar a soar livremente - e com segurança - nas ruas de Salvador e do mundo. 

Produtores têm até a próxima semana para inscrever projetos no Fazcultura 2020
Foto: Rafael Passos

Produtores culturais, artistas e organizadores têm até o próximo dia 1º de dezembro para inscreverem suas propostas no Programa Estadual de Incentivo ao Patrocínio Cultural (Fazcultura). As inscrições podem ser feitas pelo Sistema de Informações e Indicadores em Cultura (SIIC).

 

Serão investidos nos projetos habilitados, cerca de R$ 15 milhões. Poderão ser apoiados pelo programa propostas de qualquer segmento cultural, podendo se inscrever pessoas físicas ou jurídicas, sediadas no estado da Bahia. 

 

Poderá ser apresentada mais de uma proposta por proponente e, em caso de aprovação, deverá o interessado realizar formalmente opção observados os limites de captação definidos nesta norma. O programa tem gestão compartilhada entre as secretarias da Fazenda (Sefaz) e de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA).

 

As áreas que podem receber incentivo via Fazcultura são: Acervos públicos e de interesse público; antiquários;  arquitetura e urbanismo;  arquivos;  arte digital;  arte-educação;  arte pública;  artes artesanais;  artes cênicas;  artes gráficas;  artes plásticas;  artes visuais;  artesanato;  associações culturais; audiovisual;  bens culturais;  bibliotecas;  capacitação cultural;  capoeira;  centros culturais;  cibercultura;  cinema;  circo;  cooperação cultural;  cosmologia; culturas digitais; culturas urbanas; dança;  desenho industrial; design;  economia criativa; economia da cultura; educação cultural;  ensino da cultura; ensino das artes;  equipamentos culturais; espaços culturais; espaços preservados;  estudos da cultura;  falares;  feiras; festas populares;  formação artística;  formação cultural e formação de públicos culturais. 

 

Além disso, podem ser contemplados projetos nas áreas de formação de usuários de bens culturais;  fotografia; gastronomia; gestão cultural; impressos e outros suportes;  indústrias culturais; indústrias criativas; intercâmbio cultural; jogos eletrônicos; jornais; leitura;  linguagem; línguas; livrarias; livro; literatura; manifestações culturais de gênero; manifestações culturais de orientação sexual;  manifestações culturais etárias; manifestações étnico-culturais;  manifestações populares; memória; memória artística; memória cultural; memória histórica; memoriais; mídias colaborativas; mídias interativas;  mitos; moda; mostras culturais; museus;  música; ópera; paisagens naturais; paisagens tradicionais; patrimônio imaterial; patrimônio material; patrimônio natural; periódicos especializados; pesquisa em cultura; políticas culturais; produção cultural; produção de conteúdo para rádio, televisão, telecomunicações e outras mídias; publicidade; redes culturais; redes sociais; restauração; revistas; ritos; saberes;  salas de cinema; salas de teatro; sebos; serviços criativos; sistemas culturais; sistemas de informação culturais; sítios arqueológicos; teatro; técnicas; tecnologias culturais; tradições e vídeo.

Elenco de 'Os Vingadores' participa de evento para apoiar campanha de Biden
Foto: Divulgação

Parte do elenco da franquia “Os Vingadores” se uniu novamente por uma nova causa. De acordo com informações do jornal O Globo, atores e diretores participarão de um evento virtual, nesta terça-feira (20), com o objetivo de arrecadar fundos para a campanha de Joe Biden à presidência dos Estados Unidos. 

 

O ato contará com a participação dos atores Chris Evans (o Capitão América), Scarlett Johansson (a Viúva Negra), Mark Ruffalo (o Hulk), Paul Rudd (o Homem-Formiga), Don Cheadle (o Máquina de Combate) e Zoe Saldana (a Gamora) e dos diretores Joe e Anthony Russo, que estiveram à frente dos dois últimos filmes da franquia.

 

O evento em questão foi batizado de “Voters assemble!”, que em português significa “Eleitores Unidos!” e faz referência ao grito de guerra dos heróis da franquia, “Vingadores unidos!”. 

 

Durante a transmissão, que contará ainda com a presença da candidata à vice-presidência da chapa de Biden, Kamala Harris, os interessados poderão fazer doações de qualquer valor para a campanha política. O evento terá uma espécie de dinâmica com perguntas e respostas.

Do hospital, Manieri grava vídeo emocionado ao se recuperar de infarto: 'Foi um milagre'
Foto: Reprodução / Instagram

Após ter sofrido um infarto, o cantor Maurício Manieri divulgou, nesta quarta-feira (16), um vídeo diretamente do hospital onde está internado para agradecer a Deus e ao apoio dos fãs e equipe médica durante o processo de recuperação. 

 

"Oi meus amores, tudo bom? Tô aqui pra agradecer imensamente todas as mensagens que vocês me mandaram, viu? Nesse período tão difícil na minha vida, momento muito dramático, mas as mensagens, as orações, o grupo de oração estão ajudando a minha recuperação, viu gente?”, disse o músico, emocionado.

 

“Foi um milagre que aconteceu, os médicos aqui do Hospital São Luiz foram fantásticos, só posso agradecer a Cristo por permitir que eu esteja vivo. É bom demais estar vivo, gente! É muito bom mesmo, pra poder estar com vocês, meus amores, tá? E agora de coração novo! Brigado, Deus, brigado meus amores!”, declarou Manieri.

 

Na terça-feira (15), a produção do artista informou que o cantor havia sido submetido por um cateterismo no dia anterior e que seguia na UTI, em acompanhamento, no hospital situado na região da Grande São Paulo (clique aqui). Em nota, a equipe contou ainda que Maurício Manieri sentiu fortes dores no peito na última sexta-feira (11), depois de uma live, e foi levado às pressas ao hospital, onde realizou vários exames. 

 

Ativistas pró-democracia promovem boicote ao remake live action de 'Mulan'
Foto: Divulgação

Usuários da internet em Taiwan e na Tailândia e o ativista pró-democracia de Hong Kong Joshua Wong estão promovendo um boicote ao remake live action da animação "Mulan", no Disney+. Eles levantaram as hashtags #BoycottMulan e #BanMulan no Twitter, após o lançamento do filme na plataforma de streaming.

 

Segundo o jornal O Globo, os créditos finais do filme trazem agradecimentos a agências governamentais da região chinesa de Xinjiang, que viabilizaram as gravações no local - conhecido pelo povoamento majoritário de mulçumanos (os uigures) que estariam sofrendo inúmeras violações de direitos humanos cometidas pelo governo central da China.

 

Uma investigação divulgada por veíulos de imprensa internacionais divulgou, no ano passado, denúncias de que os moradores mulçumanos da pronvíncia de Xinjiang estariam sendo dubmetidos a regimes de doutrinação política exaustiva, trabalho forçado e processos de esterelização em campos de detenção. 

 

Rejeitando a afirmação de que estariam promovendo atos de desrespeito aos direiros humanos, o governo da China afirma que os procedimentos - inclusive os campos - denunciados têm o objetivo de pacificar e acelerar o desenvolvimento econômico.

 

Em seu Twitter, o ativista Joshua Wong foi ao Twitter teceu críticas aos agradecimentos da Disney às agências estatais. "Só piora! Agora, quando você assiste #Mulan, não só está fechando os olhos para a brutalidade policial e a injutiça racial (algo que o elenco principal defende), mas também é potencialmente cúmplice do encarceramento em massa de uigures muçulmanos. #BoicoteMulan", escreveu Wong.

 

No entanto, as críticas à produção não são tão recentes. Elas começaram no ano passado, quando a atriz principal do filme, a chinesa Liu Yifei, manifestou apoio nas redes sociais à polícia de Hong Kong que promoveu ações de repressão aos manifestantes que protestavam pela emancipação do território semiautônomo chinês.

Ferramenta detecta robôs em postagens de apoio ao secretário Mário Frias no Twitter
Foto: Reprodução / Instagram @mariofriasoficial

Um dos nomes mais comentados na manhã deste domingo (6), no Twitter, o secretário especial de Cultura, Mário Frias, contou com o apoio de perfis robôs que compartilharam a hashtag #somostodosmariofrias. De acordo com a coluna Sonar, do O Globo, a detecção dos perfis fakes foi feita pela ferramenta Bot Sentinel. 

 

Frias, que vem dominando parte das pautas políticas dos últimos dois dias, chegou a ameaçar o pré-candidato a prefeitura de Niterói, Flavio Serafini (Psol), após o político comentar sobre os ataques que o ator fez ao humorista Marcelo Adnet (relembre aqui).

 

Em seu programa de imitação, Adnet ironizou a participação do secretário em uma campanha da Secom, intitulada "Um povo heróico". O humorista fez uma paródia de um vídeo publicado pelo governo anunciando uma série "bela e grandiosa" sobre a história do Brasil (relembre aqui). 

UBC arrecada R$ 1,7 milhões para ajudar artistas afetados pela pandemia
Foto: Divulgação

Iniciada em abril deste ano, a campanha Juntos Pela Música, realizada pela União Brasileira de Compositores (UBC) em parceria com o Spotify, já arrecadou R$ 1.702.686 para ajudar artistas afetados pela pandemia do novo coronavírus. O valor representa 94% da meta estabelecida, de R$ 1,8 milhões, a ser alcançada até o dia 28 de agosto. Os interessados podem colaborar por meio da plataforma Benfeitoria, com quantias que variam de R$ 20 a R$ 5 mil (clique aqui).

 

“Com um aporte de R$ 500 mil e um sistema de matchfunding garantido pelo Spotify, o fundo já começa com valor inicial de R$ 1 milhão para ser investido nessa ação. Agora temos a possibilidade de receber doações e aumentar ainda mais o valor desse fundo e o impacto dessa ação. Para cada R$ 1 doado, o Spotify também doará R$ 1 até o limite do seu programa global de ajudas do gênero”, detalha a UBS. 

 

A distribuição do apoio entre os artistas segurá alguns critérios: estar associado à UBC há pelo menos um ano.; ter recebido uma média anual entre R$ 300 e R$ 12,5 mil nos três últimos anos (2017, 2018 e 2019) na distribuição da UBC; e passar genuinamente e comprovadamente por dificuldades financeiras devido à crise gerada pelo novo coronavírus. 

 

“Podem solicitar a ajuda pessoas físicas e microempreendedores individuais através do site spotifyrelief.ubc.org.br. O benefício, uma iniciativa humanitária e de duração limitada, será na forma de uma ajuda mensal de R$ 400 a cada contemplado. Serão quatro parcelas mensais, e centenas de associados serão incluídos na ação”, explica a instituição.

Com dificuldade financeira, Balé Folclórico da Bahia busca apoio para não encerrar atividades
Foto: Divulgação / Vinicius Lima

De portas fechadas por causa da pandemia do novo coronavírus e com contas em atraso desde fevereiro, o premiado Balé Folclórico da Bahia (BFB) busca apoio para não encerrar suas atividades. Para arrecadar fundos, a instituição lançou uma campanha de financiamento coletivo através da internet (clique aqui para colaborar), com meta de atingir R$ 200 mil até o dia 30 de setembro.

 

Criado em 1988, o Balé Folclórico desenvolve um extenso trabalho de pesquisa, manutenção e divulgação da cultura baiana no mundo. Além disso, a instituição realiza diversos projetos sociais que atendem a crianças e jovens em situação de vulnerabilidade em Salvador e Região Metropolitana, mas tudo isto está ameaçado pela falta de recursos. “O BFB apresenta-se há 25 anos no Teatro Miguel Santana, no Pelourinho, sede da companhia em Salvador. Com o fechamento do teatro em março e a liberação de seus mais de 40 componentes, a instituição e seus integrantes vêm passando por uma situação financeira extremamente delicada, inclusive correndo o risco de encerrar, definitivamente, suas atividades ainda em 2020”, diz a descrição da campanha virtual.

 

“Com os shows e turnês suspensos e sem perspectiva de volta imediata, o Balé corre o risco de encerrar suas atividades e sua história”, desabafa Vavá Botelho, fundador e diretor geral do BFB. “Esperamos conseguir mobilizar e sensibilizar a sociedade e os empresários para a manutenção da companhia neste momento tão difícil”, acrescenta. 

 

Os interessados podem doar valores a partir de R$ 25, com pagamento por boleto, cartão de crédito, Paypal, cupom ou transferência bancária. Até então foram arrecadados R$ 25.260, com contribuição de 68 apoiadores. 

Natura Musical confirma abertura de edital no segundo semestre de 2020
Diversos baianos já foram contemplados pelo edital | Foto: Divulgação

Importante iniciativa de fomento à cultura no Brasil que este ano completa 15 anos, o Edital Natura Musical 2020 foi confirmado para o segundo semestre. A previsão é que as inscrições sejam abertas entre julho e agosto, tanto no âmbito nacional, quanto para as seleções regionais, que incluem a Bahia, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Pará.

 

Diante das mudanças no cenário cultural provocadas pela pandemia do novo coronavírus, o edital passa por uma revisão, com o objetivo de adequar formatos e processos de seleção para atender de forma mais efetiva as atuais demandas do mercado da música. 

 

Ao longo de uma década e meia, o Natura Musical investiu R$ 159 milhões e apoiou 467 projetos, beneficiando diretamente 1,8 milhão de pessoas. Dentre os contemplados pelo edital estão baianos como Luedji Luna, Larissa Luz, Riachão, Russo Passapusso, Teago Oliveira, Àttooxxá, Josyara e Mateus Aleluia.

Com risco de fechar, Casa Respeita As Mina busca apoio para ter continuidade
Foto: Divulgação

Aberta em fevereiro no Pelourinho, em Salvador, para funcionar como espaço de promoção dos direitos das mulheres, a Casa Respeita As Mina pode ser fechada até o fim de julho, por falta de orçamento. 

 

A iniciativa, que é uma parceria entre a Secretaria de Políticas Para as Mulheres da Bahia (SPM-BA) e a Maré Produções Culturais, até então teve patrocínio da Bahiatursa, Goethe-Institut Salvador-Bahia e UNIDAS - Rede de Mulheres entre América Latina, Caribe e Alemanha, mas viu minar as fontes de receita com o avanço da pandemia do novo coronavírus.

 

"Quando pensamos na Casa Respeita As Mina  foi um espaço de acolhimento ao protagonismo feminino em vários setores de atividade e de forma lúdica e criativa para as mulheres, um lugar de encontro, debates, aprendizagem, troca. Estamos fazendo todos os esforços para garantirmos a continuidade de um projeto tão bonito, buscando adaptações para esse novo normal que estamos vivendo", afirma a secretária da SPM-BA, Julieta Palmeira.

 

Os eventos presenciais, como shows das cantoras Larissa Luz, Márcia Castro e Illy, ocorreram até o dia 18 de março e em seguida tiveram que ser cancelados, enquanto algumas atividades foram realizadas de forma virtual. Diante das dificuldades, os organizadores agora discutem a viabilidade da manutenção do projeto e buscam apoio para dar continuidade.

 

Uma dessas linhas de apoio, com braço internacional, chegou até o escritor George R.R. Martin, autor das “As Crônicas de Gelo e Fogo”, que inspiraram a série Game of Thrones. À pedido da atriz Sibel Kekilli, que interpretou Shae no seriado, ele gravou um vídeo para divulgar a Casa Respeita As Mina (clique aqui e saiba mais). 

Ilê faz primeira live direto do Curuzu e aguarda definições para retomar agenda pós pandemia
Foto: Divulgação

Depois de enfrentar um ano difícil, com problemas no Carnaval (saiba mais) e também patrimoniais (relembre), o Ilê Aiyê se somou às diversas iniciativas culturais realizadas virtualmente durante a pandemia do novo coronavírus, e anunciou sua primeira live. "Diante da ausência de shows, já vínhamos recebendo cobrança das pessoas, nos perguntando porque a live do Ilê ainda não tinha acontecido, então vai ser um momento de reaproximação com nosso público tanto em nível nacional quanto internacional, para matar um pouco essa fome de ouvir a batida do afro”, conta Antônio Carlos Vovô, presidente da instituição.

 

Com o objetivo de passar uma mensagem de resistência e alegria, o Ilê transmite uma apresentação em seu canal no Youtube, diretamente da Senzala do Barro Preto, no Curuzu, no dia 12 de julho, a partir das 16h.

 

Dirigida por Chico Kertész, a live “Ilê Vivo” terá apresentação do jornalista e poeta James Martins e do ator baiano Sulivã Bispo, no papel de Koanza Auandê, uma drag queen preta. Durante as duas horas de show, o público poderá acompanhar as músicas do repertório do bloco e a performance dos apresentadores, além de contribuir para a manutenção dos projetos sociais tocados pelo Ilê Aiyê, como as escolas Mãe Hilda e Band’erê, que já formaram milhares de crianças e jovens de Salvador.

 

O Ilê Vivo terá a participação de ex-alunos dos projetos sociais, que darão depoimentos sobre a presença marcante do Ilê na sua formação.  A ideia é que neste momento seja aberto um espaço para a reflexão a respeito das questões raciais e para celebrar o papel social e a história do bloco afro mais antigo do Brasil.

 

CARNAVAL, TURNÊ E INCERTEZAS
Diante da pandemia, que não tem uma previsão exata de finalizar, o futuro mais imediato para o Ilê Aiyê é cheio de incertezas. “Próximo Carnaval a gente não sabe se vai acontecer, talvez seja o caso de considerar o próximo como 2022. Mas a gente está se preparando, aguardando..., o Ilê não parou de trabalhar, temos uma turnê marcada através da Petrobras por sete capitais brasileiras, que já era para ter começado, e agora pode ser que comece em outubro ou novembro, vai ser importante para colocar o pessoal para trabalhar. Mas quanto ao verão, Beleza Negra e Carnaval 2021, realmente não sabemos se terá”, revelou Vovô. 

Secult anuncia apoio a pesquisa nacional que avaliará impacto da Covid no setor cultural
Foto: Divulgação

A Secretaria de Cultura da Bahia (Secult) anunciou apoio ao lançamento de uma pesquisa nacional que avaliará a situação das produções culturais em relação a pandemia do novo coronavírus. O levantamento intitulado “Pesquisa de Percepção do Impacto da Covid- 19 nos Setores Culturais e Criativos do Brasil” foi lançado, nesta quarta-feira (10), e surgiu a partir da união da sociedade civil, instituições e pesquisadores. 

 

Com o objetivo de reforçar os trabalhos para implementação de políticas adequadas ao setor, a pesquisa irá detalhar, nos âmbitos municipal e estadual, informações a respeito do impacto a curto e médio prazo no Brasil. Os cenários que serão capturados pelo levantamento serão enviados, em tempo real, aos gestores públicos.

 

Para participar da pesquisa é preciso preencher um formulário (clique aqui). O questionário, vale destacar, é voltado para artistas, empreendedores, gestores público e privados, técnicos, além de trabalhadores e integrantes de grupos tradicionais. No site oficial (clique aqui), será disponibilizado notícias sobre ações implementadas, além de resultados parciais e um relatório final. 

Músico do Guns, Matt Sorum envia mensagem de apoio a brasileiros: 'Amor e orações'
Foto: Reprodução / Facebook

O baterista do grupo Guns N’ Roses, Matt Sorum, enviou uma mensagem de apoio e solidariedade aos brasileiros, no momento em que o país é o segundo em número de casos confirmados do novo coronavírus. 

 

“Meu coração está com todos os meus amigos no Brasil, enviando pensamentos positivos, amor e orações”, escreveu o música, na noite desta segunda-feira (25), no Twitter.

 

Após fiasco em entrevista, pessoas próximas a Regina deixam de apoiá-la na pasta da Cultura
Foto: Reprodução / CNN

Regina Duarte perdeu apoio de pessoas próximas, após o episódio constrangedor protagonizado por ela em entrevista à CNN Brasil na última semana, quando minimizou a ditadura militar e justificou a omissão do governo em prestar homenagens póstumas a artistas como Aldir Blanc e Moraes Moreira porque a Secretaria Especial da Cultura não poderia “virar obituário” (clique aqui e relembre o caso). 


De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, até mesmo aliados de Regina na classe artística “jogaram a toalha” e gente próxima que apoiava a permanência como titular da Cultura agora diz que não tem como defender sua gestão. 


Imediatamente após a entrevista, diversos artistas expuseram sua insatisfação (clique aqui) e dias depois mais de 500 deles assinaram um manifesto no qual dizem que Regina Duarte não os representa.

Imediatamente após a entrevista, diversos artistas manifestaram sua insatisfação e no fim de semana mais de 500 deles assinaram um manifesto no qual dizem que Regina Duarte não os representa. No documento, artistas e produtores destacam a importância da democracia e da independência das instituições em respeito à Constituição de 1988 e criticam a postura da atriz na gestão cultura. 


“Fazemos parte da maioria que entende a gravidade do momento que estamos vivendo e pedimos respeito aos mortos e àqueles que lutam pela própria sobrevivência no país devastado pela pandemia e pela nefasta ineficiência do poder público”, disseram, em referência ao que consideram omissão de Regina, ainda mais exposta durante a entrevista da CNN.


“Fazemos parte da maioria de brasileiros que não tolera os crimes cometidos por qualquer governo, que repudia a corrupção e a tortura e que não deseja a volta da ditadura militar. Fazemos parte da maioria que não aceita os ataques reiterados à arte, à ciência e à imprensa, e que não admite a destruição do setor cultural ou qualquer ameaça à liberdade de expressão”, afirmaram, acrescentando que como artistas, intelectuais e produtores culturais, formam “a maioria que repudia as palavras e as atitudes de Regina Duarte como Secretária de Cultura”, concluindo que ela não os representa.
 

Dentre os signatários estão Adriana Esteves, Andrea Beltrão, Andreia Horta, Anelis Assumpção, Anna Muylaert, Caetano Veloso, Camila Morgado, Camila Pitanga, Cauã Raymond, Céu, Chico Buarque, Dado Villa Lobos,  Daniel Filho, Debora Bloch, Denise Fraga, Dinho Ouro Preto, Drica Moraes, Elisa Lucinda, Emicida, Fábio Porchat, Fafá de Belem, Jorge Furtado, Juca Kfouri, Julia Lemmertz, Lenine, Lulu Santos, Marcelo Serrado, Marcelo Tas, Maria Flor, Mariana Ximenes, Marisa Orth,  Martha Medeiros, Miguel Falabella, Paula Burlamaqui, Paulo Betti, Renata Sorrah, Regina Braga, Rita Lee, Selton Mello, Tati Bernardi, Tonico Pereira, Tony Belotto, Walcyr Carrasco, Zélia Duncan e Zeze Motta.

Maitê Proença critica postura de Regina Duarte na CNN, mas diz que colega 'é bom caráter'
Foto: Reprodução / Instagram

Após Regina Duarte reagir mal a um vídeo enviado pela colega, durante entrevista na CNN Brasil (clique aqui e saiba mais), nesta quinta-feira (7), Maitê Proença comentou o incidente. “Como a Regina foi ontem conversar com o presidente, a CNN me ligou e eu topei falar. Achei que estava na hora de fazer alguma coisa como classe. Eu acho que ela não quis ouvir. Ela presumiu que era uma coisa do passado, não era. Eu estou absolutamente viva”, disse Maitê à revista Veja. “A cultura está perplexa com esse silêncio abissal em relação à política pelo setor, nós estamos vivendo de vaquinhas. Fomos os primeiros a parar e seremos os últimos a voltar, pois nosso trabalho pressupõe uma aglomeração”, acrescentou a atriz, referindo-se à crise no setor, em decorrência da pandemia do novo coronavírus.

 

“Nossos grandes estão morrendo, como Rubem Fonseca e Flávio Migliaccio, e ela e o presidente não dizem uma palavra. Eu fui a primeira pessoa a defender a Regina ter o direito de pensar diferente. Mas agora estou clamando para ela mostrar os feitos e para conversar com a sua classe. Eu pedi para ela, mas ela não quis escutar. É isso que nós temos para hoje”, pontuou Maitê Proença, que no passado foi criticada pela esquerda, por supostamente ter apoiado a candidatura de Jair Bolsonaro. 

 

Apesar do comportamento de Regina, Maitê diz acreditar na índole da colega. “Eu gosto dela. Eu penso diferente dela, mas eu respeito o direito de enxergar o mundo de forma diferente. Eu acredito que a Regina é bom caráter”, concluiu. 

 

Ao publicar o vídeo enviado à CNN em suas redes sociais, Maitê Proença obteve apoio de outros atores. "Estamos ao seu lado! Amada!", disse Miguel Falabella. "Isso Maitê!! Perfeita", comentou Maria Padilha. Vera Fischer manifestou apoio por meio de emojis, com acenos, arco-íris e borboleta. Beth Goulart foi objetiva: "Palavras lúcidas". "E agora deve aparecer aqui uma avalanche de apoio à infeliz Regina Duarte, e críticas ao seu justo posicionamento orquestrada pelo gabinete do ódio do presidente dela", opinou Larissa Maciel. 

 

Confira o vídeo completo de Maitê Proença exibido na CNN:

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

A CNN pediu e ofereci a minha posic?a?o. Esta? aqui. E? o q tinha a dizer. Por mim. Por minha classe. Pela Cultura. Pelo Brasil desgovernado.

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Gestores e dirigentes de cultura divulgam carta aberta em apoio a aprovação de PL
Foto: Wendy Wei / Pexels / Reprodução

O Fórum dos Gestores e Dirigentes de Cultura das Capitais e Municípios Associados divulgou uma carta, nesta quarta-feira (6), em apoio ao Projeto de Lei 1089/2020, que diz respeito à “concessão de benefícios emergenciais aos trabalhadores do setor cultural a ser adotado durante o Estado de Emergência em Saúde”. Na nota, o grupo pede aos parlamentares a aprovação e sanção do PL. 

 

Assim como tem feito outros grupos culturais, o Fórum destaca que o setor foi o primeiro a parar e, provavelmente, será o último a retomar os trabalhos. Eles também reconhecem que “há agentes culturais em todas as faixas de renda, que se viram de um dia para o outro privados de seus rendimentos devido à interrupção dos serviços de seus setores”. 

 

O grupo também expõe o agravante de “não possuírem o perfil social que os enquadre nos programas sociais pré-existentes no governo, destinados aos cidadãos de baixíssima renda”. 

 

O Fórum, ao final da carta, manifestou total apoio ao projeto e ressaltou a “importância e necessidade” do PL para que os gestores e dirigentes de cultura, quando retornarem à normalidade, garantam “um sistema cultural forte e diversificado” que sempre orgulhou o grupo e que além de representar o Brasil no mundo, teve peso importante no respeito que o país tem pela comunidade internacional. 

Diante da crise na pandemia, artistas de Feira formalizam pedido de ajuda à prefeitura
Foto: Reprodução / Viva Feira

Artistas de Feira de Santana protocolaram, nesta quinta-feira (16), o manifesto #SOSFAZEDORESDECULTURA, dirigido ao prefeito Colbert Martins Filho, no intuito de pedir apoio para superarem a crise, diante da pandemia do coronavírus.

 

De acordo com informações do site Acorda Cidade, o movimento tem apoio da Arquidiocese de Feira de Santana, Uefs/Cuca, CDL, Sesc, OAB, Instituto Antônio Gasparini, Fórum Nacional de Forró de Raiz, e o documento foi protocolado pelo produtor cultural Toinho Campos, o diretor de teatro Geovane Mascarenhas e o cantor Tonho Dionorina protocolaram.

 

“Artistas das mais diversas áreas da cultura correm o risco de passarem fome. Após as publicações dos decretos municipais que visam impedir a proliferação do COVID-19, bares, casas de espetáculo, teatros, cinemas, circos, entre outros, tiveram que fechar, suspendendo assim toda e qualquer atividade, com isso, os profissionais envolvidos direta e indiretamente com esse trabalho deixaram de arrecadar o que pra a maioria é o único recurso financeiro. Devido a isso, estamos solicitando ao prefeito do município de Feira de Santana que esses profissionais sejam inseridos no plano emergencial do município e recebam um valor mínimo enquanto durarem os decretos”, diz texto de petição online que até o fim da manhã desta sexta-feira (17), conta com 954 assinaturas (clique aqui).

 

A solicitação pretende estender o apoio não só aos artistas, mas também aos demais profissionais que trabalham para o setor cultural, a exemplo de técnicos de som, roadies e contrarregras.

Covid-19: Um mês após anunciar apoio, Regina Duarte nada fez de concreto para setor cultural 
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Cerca de um mês após se reunir com secretários estaduais de Cultura (clique aqui) e anunciar medidas para diminuir os impactos da crise do coronavírus no setor, Regina Duarte não implementou qualquer iniciativa para este fim, enquanto Secretária Especial de Cultura do governo Bolsonado.

 

De acordo com informações da Folha de S. Paulo, produtores e advogados alertam que o órgão federal comandado por Regina, que chegou a publicar um vídeo no Instagram falando do que seria feito, não se adequou à urgência demandada pelo setor.

 

“O vídeo no Instagram, sozinho, para nós não tem validade. É preciso que se publique uma nova instrução normativa, do contrário, a que fica valendo é a anterior, com regras não adaptadas à crise causada pelo coronavírus”, diz a advogada Aline Akemi Freitas, autora do livro “Direito à Cultura e Terceiro Setor” e representante de produtores. No vídeo em questão, a secretária citava iniciativas como alteração de prazos de execução de projetos, mas até então nada foi formalizado.

 

Para o presidente da Opus Entretenimento e responsável pelos teatros Bradesco, Carlos Korath, a paralisação no setor cultural é inédita e a crise deve se prolongar após o fim da quarentena. À publicação, ele disse também que a omissão do governo diante da crise pode ocasionar “um risco inédito na história da cultura”. “Depois da quarentena, as pessoas permanecerão com medo de ir a grandes eventos, a tendência é que, mesmo voltando ao trabalho, elas permaneçam evitando eventos culturais”, avalia Korath, afirmando ainda que quando o governo cria medidas de socorro para as empresas, ignora o setor cultural, que é formado majoritariamente por profissionais autônomos.

 

Veja o vídeo de Regina Duarte:

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

#tamojunto ????????

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Com isolamento, governador do Maranhão anuncia edital para apresentações online
Anúncio foi feito pelo governador Flávio Dino | Foto: Divulgação

Já em crise nos últimos anos, o setor cultural do país amarga ainda mais prejuízo com o isolamento - imposto pelas autoridades ou voluntário - para prevenir a proliferação do coronavírus, que impede o funcionamento de casas de espetáculos, salas de cinema ou qualquer tipo de evento com aglomerações de pessoas (clique aqui e saiba mais sobre as dificuldades da indústria criativa). 

 

Diante deste quadro, o governo do Maranhão anunciou a criação de um edital voltado para o apoio de projetos culturais com apresentações online. “Um dos setores econômicos que já paralisou foi o de eventos culturais. Para apoiar os artistas profissionais do Maranhão, faremos um edital especial para apresentações via internet. Bom para a economia da cultura, bom para nossos corações que tem fome de beleza”, informou o governador Flávio Dino (PCdoB). Ainda não foram divulgados detalhes sobre a iniciativa. 

Após ser demitida por Regina Duarte, Jane Silva recebe mensagens de apoio
Foto: Divulgação

Demitida por Regina Duarte do cargo de adjunta da Secretaria Especial da Cultura na semana passada (clique aqui e saiba mais), a reverenda Jane Silva diz ter recebido centenas mensagens de apoio. A informação é da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo.


“Foi com enorme surpresa e frustração que recebemos a notícia de sua exoneração. Sua história de vida e sua perseverança inabalável em seguir o caminho do bem e da correção são um exemplo para todos”, diz uma das mensagem. “Creio que a senhora ainda terá espaço e importante participação no governo JB (pelo menos é meu desejo)”, diz outra.

Caso Ilê: Guerreiro cogita apoio sem edital, mas destaca princípios da administração pública
Foto: Rafael Martins / Ag. A Tarde

Fernando Guerreiro, que além de artista é também presidente da Fundação Gregório de Mattos (FGM) - órgão responsável pela gestão municipal da cultura em Salvador -, comentou sobre a polêmica envolvendo o patrocínio público de atividades culturais, em entrevista ao programa “Isso é Bahia”, transmitido nesta terça-feira (11). 


Questionado pelos apresentadores Fernando Duarte e Jefferson Beltrão sobre a provocação de Gilsoney de Oliveira, presidente dos Filhos de Gandhy, que defendeu que blocos tradicionais como o Ilê Aiyê não precisassem se inscrever em editais para obter apoio do governo (clique aqui e relembre), Guerreiro ponderou entre a importância de tais agremiações e os princípios da administração pública. 


"Eu acho que existe uma coisa chamada inexigibilidade, vamos usar o termo técnico, que são realmente blocos, instituições que pelo tempo de prestação de serviço à cidade já são considerados patrimônio cultural. Então eu acho que, realmente, não é que vá ter privilégios, mas acho que esses casos têm que ser analisados isoladamente”, avaliou Fernando Guerreiro.


Por outro lado, ele destacou também o entendimento enquanto gestor. “Em paralelo, eu quero falar de um lado que eu comecei a entender estando do lado de cá do serviço público. A questão documental. Atenção, o dinheiro do município não é meu, de Fernando Guerreiro, é um dinheiro do município. Pra esse dinheiro ser repassado para qualquer entidade, para qualquer pessoa física, MEI, o que quer que seja o grupo cultural, eu tenho que provar depois ao Tribunal de Contas pra onde esse dinheiro foi. E sem documentação isso não acontece, então a gente tem muito problema”, defendeu o presidente da FGM. “Entenda, tem um lado que diz: 'ah, a burocracia é terrível, pede um monte de documento'. A gente está tentando simplificar, mas eu não posso simplesmente passar uma verba para um grupo que não tem documento, devendo fortuna de imposto, não tem como. Não dá pra ignorar”, explicou, destacando que não está afirmando que o caso específico do Ilê Aiyê, que este ano ficou de fora do Carnaval Ouro Negro (clique aqui e entenda), se enquadra nesta situação descrita.

Após perder edital, Ilê faz apelo a empresas e critica apoio a artistas de fora no Carnaval
Foto: Divulgação

De fora do Carnaval Ouro Negro, uma das principais ferramentas para apoio de agremiações de matrizes africanas e tradicionais em Salvador (clique aqui e entenda), o Ilê Aiyê busca alternativas para garantir o desfile este ano.


O presidente do Ilê, Antônio Carlos dos Santos, Vovô, admitiu que o bloco apresentou uma certidão vencida no momento da inscrição do chamamento público, mas questionou o indeferimento do recurso. “Nós entramos com o recurso, apresentamos a certidão nova, mas não aceitaram”, argumentou Vovô. A Secretaria de Cultura da Bahia, no entanto, destaca que a ferramenta do recurso é destinada para esclarecer outras questões, não para a apresentação de documentos obrigatórios, que deveriam estar em ordem já no ato da inscrição.


A Secult pontuou ainda que este ano o processo seletivo do Carnaval Ouro Negro ficou aberto durante 30 dias, para que as entidades tivessem tempo para regularizar seus documentos, e que o recurso do Ilê não foi acatado por questões de isonomia e igualdade perante os demais concorrentes. 

 

 

PARTICIPAÇÃO DE ARTISTAS NACIONAIS
Contrariado pela perda do patrocínio, Vovô criticou a contratação de artistas de fora da Bahia e questionou o apoio do governo a estas atrações. “Eu quero saber como é que Anitta, esse pessoal que vem de fora, que tipo de edital eles participam, se eles são contratados direto. Por que os blocos como Ilê e Olodum, que são bandas notórias e fazem shows pelo mundo afora, não podem ser contratado também igual a esses artistas? Principalmente os sertanejos, o pessoal de fora, que não passa por edital. Queria saber os critérios que eles usam”, indagou o dirigente do Ilê.


Em resposta às críticas, a Secult informou que a contratação do bloco ou de outras atrações pela pasta se dá somente através dos editais, mas que o governo apoiou o Olodum e o próprio Ilê em outras ocasiões, por meio de outras secretarias. Em 2017, por exemplo, as entidades receberam R$ 300 mil da Bahiatursa, órgão vinculado à Secretaria de Turismo do Estado (Setur) (clique aqui e relembre).

 

 

ALTERNATIVAS
Fora do Carnaval Ouro Negro, o Ilê Aiyê busca formas para manter o desfile. “Vai ser difícil, mas vamos buscar alternativas. Estamos atrás de novos parceiros. Vamos ver o que é que a gente vai fazer, mas o bloco vai para a rua. São 46 anos, não pode ficar atrás, não”, diz Vovô, que cobra sensibilidade dos empresários baianos. “Só que a gente precisa de Salvador é do setor privado. A prefeitura e o governo conseguem que o setor entre nos blocos de trio, nos camarotes, mas nos blocos afro não tem. As cervejarias não entram num bloco como o Ilê Aiyê, não patrocinam. Os bancos, como é que o Bradesco patrocina 18 blocos, só na Barra, e não tem um bloco afro, não tem um afoxé? E todo mundo é correntista do Bradesco. São alguns exemplos”, pondera.

Funarte veta rock, bandas militares e religiosas em edital de apoio à música
Foto: Movimento Samamba Rock/Divulgação

Após o presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte), Dante Mantovani, afirmar que o rock “leva ao aborto e ao satanismo" (clique aqui e relembre), o órgão vetou este estilo musical de um edital divulgado nesta quarta-feira (22).


"O rock ativa a droga que ativa o sexo que ativa a indústria do aborto. E a indústria do aborto alimenta uma coisa muito mais pesada, que é o satanismo. O próprio John Lennon disse abertamente, mais de uma vez, que fez um pacto com o satanás”, afirmou Mantovani em um vídeo publicado em suas redes sociais. 


Com inscrições abertas até 9 de março, o Prêmio de Apoio a Bandas de Música 2020, recém lançado pela Funarte, prevê a distribuição de instrumentos de sopro aos artistas selecionados. Além do rock, ficam de fora também outros gêneros musicais. “Não poderão participar deste Edital ‘fanfarras’ ou ‘bandas marciais’ ligadas ou não a instituições do ensino regular público ou privado, ‘bandas de pífanos’, ‘bandas de rock’, ‘big-bands’, bem como conjuntos musicais assemelhados, conjuntos musicais de instituições religiosas, bandas militares e bandas de instituições de segurança pública”, diz o edital (clique aqui e saiba mais). 

Vovô diz que negociações estão 'avançadas' e pode manter 3 dias de desfile do Ilê no carnaval
Foto: Divulgação

Após fechar apoio com a prefeitura para a realização de mais uma edição da Noite da Beleza Negra (clique aqui), o Ilê Aiyê pode garantir também os três dias de desfile do bloco no carnaval de Salvador, este ano.


"Estamos conversando sobre a Beleza Negra e o terceiro dia de carnaval. As conversas estão muito avançadas, tomando um bom rumo”, disse o presidente do Ilê, Antônio Carlos dos Santos, Vovô. “Sim, vamos ter o apoio da prefeitura para a Beleza Negra e para o carnaval", declarou, explicando que desfilará oficialmente dois dias e negocia o terceiro para a banda do Ilê sair sem corda.


Até o fim do ano passado, o destino do carnaval do Ilê Aiyê em 2020 era uma incógnita, por falta de patrocínio (clique aqui e relembre). “Nós cortamos um dia, por causa do custo mesmo. Só vamos sair no sábado e na segunda”, disse Vovô, à época.

Prefeitura anuncia apoio ao Ilê Aiyê para realização da Noite da Beleza Negra 
Foto: Valter Pontes/Secom

Após a organização do evento apontar dificuldades para fazer a Noite da Beleza Negra (clique aqui), a prefeitura de Salvador anunciou que irá apoiar o Ilê Aiyê para a realização do tradicional concurso, no dia 8 de fevereiro, na Senzala do Barro Preto, Curuzu.


“Logo que tomei conhecimento das dificuldades que o bloco enfrentava para realizar o concurso, tomei a iniciativa de convidar Vovô para uma conversa. A prefeitura, que sempre apoia as manifestações culturais de nossa cidade, estará mais uma vez ao lado do Ilê Aiyê, um bloco que ajuda na divulgação de Salvador no Brasil e no mundo”, disse o prefeito em exercício, Bruno Reis, em reunião nesta quarta-feira (15), no Palácio Thomé de Souza. 

DiCaprio nega doação a ONGs que Bolsonaro acusa de provocar queimadas na Amazônia
Foto: Cia Pak / UN / Fotos Públicas

Após ser acusado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) de apoiar as queimadas na Amazônia, o ator Leonardo DiCaprio negou que tenha feito qualquer doação a Organizações Não-governamentais (ONGs) apontadas por investigadores brasileiros.

 

"Embora mereçam apoio, nós não financiamos as organizações citadas", disse o astro de Hollywood em nota publicada pelas agências AP e Reuters.

 

Segundo informações do G1, no texto, o ator ressalta que sente orgulho de grupos que protegem ecossistemas. DiCaprio é engajado na causa ambiental. "O povo brasileiro está trabalhando para salvar seu patrimônio natural e cultural", declarou.

 

O presidente do Brasil fez duas declarações sobre o ator. Primeiro em uma transmissão ao vivo nas redes sociais, quando disse que "DiCaprio está colaborando aí com a queimada na Amazônia". Depois, ao se encontrar com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, nessa sexta-feira (29), ele repetiu as críticas.

 

"Quando eu falei que há suspeitas de ONGs, o que a imprensa fez comigo? Agora, o Leonardo DiCaprio é um cara legal, não é? Dando dinheiro para tacar fogo na Amazônia", acusou (saiba mais aqui). Até o momento, Bolsonaro não apresentou provas de que o ator possa estar envolvido no aumento das queimadas que atingiram a região no último mês de julho.

Natura Musical anuncia apoio para baianos; Mateus Aleluia e Riachão estão em lista
Foto: Divulgação

A Natura Musical anunciou, nesta segunda-feira (25), o projetos que serão patrocinados pela plataforma no ano de 2020. 


Dentre as 41 propostas selecionadas em todo país, estão oito iniciativas baianas, com destaque para Mateus Aleluia, que terá apoio para um novo disco; Riachão, que contará com patrocínio para um álbum e um site com seu acervo musical; e o Attóxxá, que contará com o edital para promover o “Ta Batenu – Culto Futurista”, evento com shows, performances e feira de produtos de estética afrofuturista.

 

Conheça abaixo todos os baianos selecionados:

Alto da Maravilha -- Disco de Russo Passapusso, Antônio Carlos e Jocafi
Russo Passapusso, do Baiana System, une-se a Antônio Carlos e Jocafi, que já somam 50 anos de estrada, para lançar Alto da Maravilha. O álbum vem sendo composto há três anos. O projeto ainda prevê minidocumentários e fotografias.

 

Cabokaji - Natural Caboks
O projeto busca manter viva a cultura afro-ameríndia dos povos originários do Brasil. A partir da vivência com indígenas, o grupo produzirá um disco, clipes e um documentário, além de circular com apresentações.

 

Coletivo Afrobapho
O coletivo criado por jovens negros e LGTBQ+ utiliza a arte para mobilizar o público ao redor de temas como intersecção de raça, gêneros e sexualidades. O grupo fará um evento com rodas de conversa, aulas de dança, música e performance.

 

Feira Noise Festival -- Entroncamentos
O evento é um dos mais conceituados festivais independentes do País. Ele ocorrerá em Feira de Santana, a partir de um encontro entre artistas headlines e artistas locais. Juntos, eles farão oficinas, shows e conferências sobre o mercado musical.

 

Jadsa
Depois de lançar um EP, a cantora, compositora, guitarrista, produtora e diretora musical chega com “Olho de Vidro”, produzido em parceria com João Meirelles. O disco terá a participação de Luiza Lian, Josyara, Kiko Dinucci e Felipe Massumi, entre outros. 

 

Mateus Aleluia, o Afrocanto das Nações
O cantor e compositor viaja ao continente africano para registrar os cantos aos Orixás, Nkises e Vodunsem em suas terras de origem. O resultado virá em formato de disco, além de fotos, vídeos e textos sobre o processo de pesquisa.

 

Riachão
Aos 98 anos, Clementino Rodrigues, conhecido como Riachão, é uma das principais referências do samba. Ele lançará “Se Deus quiser eu vou chegar aos 100” com faixas inéditas e autorais, além de um site com o acervo de sua trajetória musical.

 

Ta Batenu - Culto Afrofuturista
O coletivo Àttooxxá ganhou destaque por mesclar inovação e ancestralidade. Agora, prepara mais uma celebração à música negra: Ta Batenu -- Culto Futurista. O evento trará shows, performances e uma feira de produtos com foco na estética afrofuturista. 

Manuela d'Ávila destaca apoio a Joice, mas cobra posicionamento: 'Vai pra CPI e fala'
Foto: Jamile Amine / Bahia Notícias

Em Salvador para lançar seu novo livro, "Por que lutamos?", a ex-deputada federal e candidata a vice-presidente da República Manuela d'Ávila (PCdoB) falou sobre a carta aberta que escreveu para a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP). Na última semana, a comunista usou suas redes sociais para se solidarizar com a parlamentar diante dos ataques que ela vem sofrendo por parte de seus antes apoiadores bolsonaristas.

 

"É uma carta de sororidade", frisa Manuela. "Mas é de dizer que existem formas de a gente impedir que isso aconteça com outras mulheres porque não existe como ela apagar as mensagens que o filho dela recebeu", acrescenta em conversa com os leitores na livraria Leitura, no Shopping Bela Vista, na noite dessa segunda-feira (11).

 

Na última terça (5), Joice usou a tribuna da Câmara dos Deputados para desabafar sobre a onda de ataques que passou a atingir até seu filho mais novo. Seus familiares viraram alvo bolsonarista depois que ela decidiu se opor ao presidente Jair Bolsonaro (PSL) na disputa sobre a liderança do PSL na Casa (saiba mais aqui). Com lágrimas nos olhos, a parlamentar reconheceu que é vítima "do mais sujo machismo" que um dia negou existir e disse que não vai permitir que sua família passe por isso.

 

Com a repercussão do discurso, Manuela, então, publicou a carta. No texto, ela lembrou as diversas vezes em que sua família foi alvo de fake news e de consequentes agressões verbais, físicas e ameaças. 

 

 

Um dos episódios relatados pela comunista ocorreu em 2015, quando sua filha Laura, então com 45 dias, levou um tapa durante um show do pai e marido de Manuela, Duca Leindecker. De acordo com a ex-parlamentar, o agressor pensou que a manta que enrolava o bebê havia sido comprada em Miami, com dinheiro público.

 

Ao relembrar casos como esse, a comunista avaliou, na noite de ontem, que Joice não passou por algo "tão agressivo". "Foi uma montagem do corpo dela. Eu tive que ver o meu enteado sendo usado nas fotos, pelo menos não era do filho dela", compara.

 

Diante desse quadro, Manuela pediu o apoio da deputada no combate a esses crimes de ódio. "Nós estamos em lados opostos, mas é o seguinte: ‘quer parar com essa baixaria?’. Nós vamos parar juntas, vai pra CPI e fala o que sabe, amiga, porque a sororidade verdadeira não é entre nós duas. Eu já chorei um rio inteiro. Essas lágrimas que ela está chorando, eu choro todas as noites há muito anos", concluiu.

 

Joice será ouvida na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que visa investigar as fake news na política, na próxima quarta-feira (20). Além disso, ela conta que vai abrir processos contra seus agressores e levar o deputado federal e filho do presidente, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), ao Conselho de Ética da Câmara.

Após Itamaraty censurar filme de Chico, Ancine veta apoio a longas sobre gays e negros
'Greta' é um dos longas que perdeu apoio | Foto: Divulgação

Depois do Itamaraty censurar a exibição de um documentário sobre Chico Buarque no Festival de Cine de Brasil 2019, em Montevideo, no Uruguai (clique aqui e saiba mais), a Agência Nacional do Cinema (Ancine) interferiu para impossibilitar a participação de outros dois filmes brasileiros em um festival internacional.


De acordo com informações da coluna de Lauro Jardim, no jornal O Globo, três semanas após aprovar apoio financeiro para as obras "Greta" e “Negrum3” serem exibidas no Festival Internacional de Cinema Queer a agência voltou atrás e rescindiu o termo de permissão. Antes do veto, cada um dos filmes receberia uma ajuda de custo de R$ 4,6 mil para participar do evento realizado a partir desta sexta-feira, em Lisboa, Portugal.


Segundo o colunista, as obras “tem tudo o que Jair Bolsonaro manifestamente não gosta de ver nas telas: negritude e homossexualidade”. De acordo com a sinopse oficial, o filme-ensaio “Negrum3” “propõe um mergulho na caminhada de jovens negros da cidade de São Paulo” e aborda temas como “negritude, viadagem e aspirações espaciais dos filhos da diáspora”.


Já “Greta”, estrelado por Marco Nanini, tem como protagonista um enfermeiro homossexual que é grande fã de Greta Garbo.

Sem auxílio do governo do Brasil, diretor do Museu Nacional busca ajuda na Europa
Foto: Divulgação

Após o incêndio que destruiu as instalações e parte do acervo do Museu Nacional, o diretor da instituição, Alexander Kellner, pedirá ajuda fora do Brasil. 


De acordo com informações da coluna de Ancelmo Gois, no jornal O Globo, sem auxílio do governo federal, Kellner viaja nesta terça-feira (21) rumo à Alemanha e França, em busca de apoio com recursos e peças. Ainda segundo a publicação, o governo alemão já fez uma doação de  1 milhão de euros, dos quais 180 mil já foram repassados ao Museu Nacional.

No mês da Consciência Negra, blocos afro revivem incertezas e o drama da falta de apoio 
Foto: Rosilda Cruz / Secult

Nesta terça-feira (20), Dia da Consciência Negra, um incidente marcou negativamente a data, pondo em evidência as dificuldades pelas quais passam os blocos afro de Salvador, ano após ano. A tradicional Caminhada da Liberdade, organizada pelo Fórum de Entidades Negras da Bahia, foi cancelada por falta de patrocínio (clique aqui e saiba mais). “São 18 anos de Caminhada, mas nós não tínhamos como fazer esse ano sem ter grana suficiente na mão. Tinha estrutura de trio, de lanche, de água, mas não tinha o dinheiro para poder pagar o pessoal. E aí aparece uma discriminação que nós negros tanto combatemos. São mais de 50 músicos, tem o pessoal da corda que protege eles, tem a segurança, e tudo isso é um custo, equivalente a R$ 30 mil, e a gente não conseguiu algumas parcerias com os órgãos públicos, então esse foi o resultado”, disse Antônio Carlos dos Santos, o Vovô, presidente do Ilê Ayiê e integrante do Fórum.

 

Coincidentemente, também nesta semana, o Diário Oficial do Município estampou atos que tornam sem efeito diversos contratos de patrocínio referentes ao Carnaval de 2018, firmados entre blocos afro e a Empresa Salvador Turismo (Saltur), vinculada à prefeitura de Salvador. Segundo a assessoria de imprensa do órgão, trata-se apenas de uma adequação às leis federais já que, para fechar o caixa, os projetos com problemas de documentação tiveram que ter seus contratos cancelados. 

 

“Foi feito um cancelamento e foi substituído por outra ação. Não foi feito o cancelamento por falta de documentação, não. O ato administrativo não afetou em nada o que nós tínhamos combinado”, afirma João Jorge, presidente do Olodum, destacando que o principal ponto a ser discutido com relação à cultura no momento é, na verdade, o incidente da última terça. “Dia da Consciência Negra na cidade com a maior população negra do país, o evento não foi realizado por falta de patrocínio privado e público”, critica o dirigente, apontando um futuro nebuloso para os blocos afro. “No Carnaval que vem, no verão que vem, será um drama. Porque há menos recursos da prefeitura, governo do Estado, do Brasil, das empresas, e há a necessidade de se financiar o Carnaval, o verão, isso e aquilo outro. Vai ser muitas vezes mais difícil do que o Carnaval desse ano, e do que o cancelamento de ato administrativo”, destaca.

 


João Jorge destacou ainda o papel do Olodum para promover a Bahia no mundo | Foto: Divulgação

 

Citando a crise do turismo em Salvador, que culminou no fechamento de hotéis tradicionais, João Jorge alerta para o possível colapso de grande parte da atividade econômica na cidade. “Salvador é uma cidade que vive de turismo, da cultura e dos serviços. Se esses setores não entenderem que precisa fazer o recurso circular, nós teremos mais hotéis fechados no verão, mais restaurantes fechados, menos táxis circulando, menos notícias pra dar. O que está havendo, e não é de agora, tem mais de 20 anos, é um modelo em que o recurso circula pouco. O patrocínio vem basicamente de São Paulo e Rio e sempre é direcionado para alguns setores. E os setores mais populares, que não podem aumentar preço, terminam não tendo como se financiar”, avalia o presidente do Olodum, que também tenta sensibilizar os empresários para a importância de apoiar as manifestações culturais. “Não é somente governo do Estado, governo federal e a prefeitura que têm que financiar cultura ou Carnaval, festas, eventos, ou atos históricos”, defende. “O que há com as empresas que estão instaladas na Bahia, em relação a patrocinar eventos, a patrocinar cultura? Uma pergunta: aqui tem bancos? Aqui tem shoppings? Aqui tem empresa de telefone? Aqui tem empresa que vende absorvente, leite em pó, palito de dente, sabonete, shampoos? Quem é que consome esses produtos?”, questiona, lembrando que mesmo diante do horizonte crítico, o Olodum segue suas atividades, promovendo shows e ensaios, além de se prepara para o Carnaval. "Estamos enfrentando dificuldade e ainda assim estamos indo à luta", afirma.

 

Diante da realidade cada vez mais dramática, o presidente do Afoxé Filhos de Gandhy, Gilsonei de Oliveira, no entanto, demonstra impaciência e incredulidade com relação ao apoio das empresas, mas diz estar confiante na parceria com os governos. “Deixa eu te falar, por que eu tenho que dar essa informação pra imprensa, se recebeu ou deixou de receber? Não, a gente resolveu, a gente está resolvido com a prefeitura”, disse ele, sobre o patrocínio referente ao “Do Cais do Porto para o Mundo”, ação que está entre os projetos que tiveram o contrato tornado sem efeito pela Saltur.  “Eu acho que a iniciativa privada está muito voltada pro axé, na questão da visibilidade de Ivete [Sangalo], de Bell [Marques], nos horários que eles saem. Eu nunca vi essa iniciativa privada olhar pela gente. Tirando a cervejaria Schincariol que já é nossa parceira há 17 anos, eu não tenho expectativa mais nenhuma. É a única que ainda tem a sensibilidade com nossa cultura, pra um olhar de apoio”, afirma, sem esconder a preocupação com o futuro do bloco, que vai completar 70 anos em 2019. “Os bancos não estão patrocinando, a gente não sabe como é que vai ficar essa mudança de governo, tem essa crise que já se arrasta há muito tempo, mas a gente está confiando que o governo do estado e a prefeitura venham dar esse suporte, principalmente para os blocos afro, pela necessidade que a gente tem em dar continuidade à nossa existência. Os Filhos de Gandhy, como sendo o pioneiro, têm uma expectativa muito grande de receber ajuda dos dois governos”, reitera.

 


Presidente dos Filhos de Gandhy não acredita que o o setor privado vá dar apoio aos blocos afros e aposta na parceria com a prefeitura de Salvador e o governo da Bahia | Foto: Marcelo Guedes / Ag. Haack / Bahia Notícias

 

Alberto Pitta, presidente do Cortejo Afro, que figura entre os blocos que também tiveram contratos tornados sem efeito pela Saltur, informou que o problema com a prefeitura foi solucionado. “Já foi resolvido, no caso do Cortejo sim, os demais eu não sei. Eu não sei nem porque saiu isso. Eu não tenho problema nenhum. Por isso que eu digo que está resolvido. Não foi cancelado nada. A prefeitura não deve nada ao Cortejo Afro”, afirma o dirigente, que disse estar cansado de falar sobre a falta de patrocínio. “Esse ano eu não quero falar sobre isso. Eu vou deixar pra Vovô continuar falando, e pra João Jorge também. Eu não vou falar sobre o que todo mundo sabe. O que eu vou fazer é o que faço sempre, vou atrás de patrocínio, do dinheiro, buscar viabilizar, como faço há 20 anos, a saída do Cortejo Afro”, diz ele, sugerindo que agora parta dos veículos de comunicação uma crítica contundente. “Não adianta ficar chorando. Eu acho que poderia partir de vocês, da imprensa, a partir de uma análise e de tudo que vocês já têm aí durante anos. Porque todo ano a gente recebe esse telefonema, e eu já disse em reuniões de blocos afro que eu não quero mais falar sobre isso”, diz Pitta. “Se parte um editorial da parte de vocês, talvez seja melhor. Faz uma análise e alguém escreve um artigo sobre. Eu acho que é melhor do que Vovô continuar chorando, se lamentando e se angustiando”, explica.

Antipetista, Ziraldo declara apoio a Fernando Haddad para presidente
Foto: Divulgação

O cartunista Ziraldo declarou apoio ao candidato a presidente Fernando Haddad (PT) nesta sexta-feira (26). O vídeo circulou nas redes sociais nesta sexta e foi compartilhada pela candidata vice, Manuela D’Ávila. O cartunista sempre se manifestou contrário ao Partido dos Trabalhadores. O desenhista aparece bem debilitado na gravação e diz “vamos todo mundo votar no Haddad porque é garantia, um beijão”. Ziraldo, de 86 anos, sofreu um AVC hemorrágico no fim de setembro. No último dia 23, recebeu alta do Hospital Pró-Cardíaco, no Rio, onde estava internado desde o acidente.

Pressão de artistas deve motivar apoio mais explícito de Ciro a Haddad
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Os vídeos nos quais artistas eleitores de Ciro Gomes (PDT) pedem que ele volte ao Brasil para se posicionar no segundo turno das eleições presidenciais podem pressioná-lo a dar um apoio mais explícito a Fernando Haddad. A informação é da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, baseada em relatos de interlocutores próximo a Ciro. Segundo a publicação ainda, o ex-presidenciável deve passar também por uma nova cirurgia. A primeira ocorreu durante a campanha, quando fez uma cauterização de vasos da próstata.

 

Veja as declarações dos artistas:

Atores de Grey’s Anatomy aderem a campanha contra eleição de Bolsonaro
Foto: ABC

Com a repercussão crescente da campanha contra a eleição de Jair Bolsonaro (PSL), mais artistas estrangeiros se juntaram à causa. A novidade é a participação dos atores Stefania Spampinato, Giacomo Gianniotti e Jesse Williams, todos da série Grey's Anatomy, que estreia sua décima quinta temporada nesta quinta-feira (27).

 

 

"Violência, Tolerância, Fascismo. #EleNão", escreveu Williams ao apoiar o movimento no Instagram Stories, nessa quarta-feira (26). Intérprete do médico Jackson Avery na série da ABC, o ator já se pronunciou sobre outras causas referentes ao Brasil.

 

Foto: Reprodução / Instagram Stories Jesse Williams

 

Um exemplo é a execução da vereadora Marielle Franco, do PSOL, em março deste ano. "Quem matou Marielle?", questionou Williams. Mais de seis meses depois, a pergunta não foi respondida pelas autoridades brasileiras que investigam o crime (saiba mais aqui).

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
Não sei quem o Ferragamo vai escolher pra vice, mas "haverá sinais". Porém, é importante que ele perceba rápido o que está acontecendo além da balança, pra não tomar mais um tiro no pé. Já no caso de Rolando Lero, nem todos os sinais o convencem da falta de apoio que enfrenta. Até o Molusco se preocupou mais em elogiar o Doido. Saiba mais!
Marca Metropoles

Pérolas do Dia

Adolpho Loyola

Adolpho Loyola
Foto: Fernando Duarte / Bahia Notícias

"Nunca teve isso. O estilo de Afonso é diferente. Ele não é um cara que aparece. Mas é um professor. Um intelectual. Ele cuida dos grandes projetos como as questões do VLT, da Ponte [Salvador-Itaparica], do Novo PAC [Programa de Aceleração do Crescimento]. Ele mergulha. Já com Caetano foi algo complementar [...]. Ele vai para frente, já eu sou um cara de retaguarda. Mas a gente se completava. Nunca tive nenhum problema".

 

Disse o chefe de Gabinete do Governo da Bahia, Adolpho Loyola ao comentar uma eventual "disputa" entre nomes do alto escalão pela realização da interlocução política do governo Jerônimo Rodrigues (PT). 

Podcast

Projeto Prisma entrevista Adolpho Loyola, chefe de Gabinete de Jerônimo Rodrigues

Projeto Prisma entrevista Adolpho Loyola, chefe de Gabinete de Jerônimo Rodrigues
O Projeto Prisma da próxima segunda-feira (20) recebe o chefe de Gabinete do Governo da Bahia, Adolpho Loyola. A entrevista começa às 16h com transmissão ao vivo no YouTube do Bahia Notícias.

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