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A Prefeitura de Salvador, através da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult) e da Fundação Gregório de Mattos (FGM), investiu R$ 20 milhões em ações de fomento e políticas estruturantes de fortalecimento das artes nos últimos dois anos. O montante investido tem incentivado a promoção do teatro, através de um conjunto de iniciativas que destacam a relevância da capital baiana como celeiro artístico e cultural.
Por meio da política de promoção cultural, a gestão municipal estimula o movimento artístico na cidade, com a realização de espetáculos, exposições e residências que promovem a inclusão, diversidade e acesso à cultura.
Entre os projetos, estão os editais Territórios Criativos ano I e ano II, que contemplaram 14 projetos de teatro, totalizando um valor investido de R$ 700 mil. Já nos editais Gregórios anos III e IV, foram 16 projetos, somando um montante de R$ 3,3 milhões.
Além disso, o Viva Cultura viabilizou a realização de dois projetos, com investimentos de R$ 500 mil cada, através do mecanismo de incentivo fiscal. E o projeto Salvador Circula, que oferece bolsas de mobilidade e intercâmbio, subsidiou uma viagem internacional de artistas, com um auxílio de R$ 15 mil.
A vice-prefeita e secretária municipal de Cultura e Turismo, Ana Paula Matos, destaca que cada projeto apoiado representa não apenas um incentivo financeiro, mas uma reafirmação do lugar central ocupado pela cultura na gestão municipal.
“Salvador é uma cidade que pulsa arte e criatividade em cada canto, e nosso compromisso é garantir que esse potencial seja valorizado, fortalecido e levado para todos os territórios. Os investimentos que realizamos refletem uma política pública absolutamente comprometida com a democratização do acesso à cultura, o estímulo à economia criativa e o reconhecimento da arte como ferramenta de transformação social”, diz a titular da Secult.
O presidente da Fundação Gregório de Mattos, Fernando Guerreiro, pontua o caráter estrutural e inclusivo das políticas culturais da gestão municipal. “Investir em cultura faz parte do DNA da Prefeitura de Salvador. A Fundação Gregório de Mattos, junto com a Secult, vem fazendo um trabalho contínuo, crescente, estruturante, de instrumentalizar as políticas públicas da cidade cada vez mais, para que sejam executadas democraticamente, atingindo todos os territórios e distribuindo os recursos de forma a contemplar todos os segmentos de uma forma justa. Só através da cultura e da educação podemos ter uma cidade desenvolvida e cada vez mais inclusiva”, afirma Guerreiro.
O diretor de Fomento Cultural da FGM, George Vladimir, ressalta que a cena teatral de Salvador recebeu investimentos consideráveis nos últimos dois anos. Para ele, o grande destaque é o projeto Chamadão das Artes Cênicas, beneficiado com aporte de R$ 2 milhões. “É um instrumento voltado para as linguagens artísticas de teatro, dança e circo, sendo que a escolha e a seleção dos projetos foram feitas sob a demanda da procura. Então, nós tivemos mais projetos de teatro”, explica Vladimir.
ARTE E EDUCAÇÃO
O montante investido pela Prefeitura também possibilitou a realização do projeto Reflorescer Mulher, que aborda a violência contra o público feminino, com uso do teatro como uma ferramenta de conscientização, esclarecimento e transformação social. A iniciativa é uma parceria com a Secretaria de Políticas para as Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ).
“A arte aborda uma problemática tão intensa. Vamos, inclusive, desenvolver ações junto com a Guarda Municipal de Salvador e relacionadas com a Lei Maria da Penha. É um outro projeto muito importante que estamos fomentando”, aponta o diretor de Fomento Cultural.
CURTO CIRCUITO DAS ARTES
Outra ação que também recebeu recursos e se destaca é o Curto Circuito das Artes, um festival que ocupa 10 espaços culturais geridos pela Fundação Gregório de Mattos. Realizada pela gestão municipal em parceria com a Funarte, do Ministério da Cultura, a iniciativa apresenta uma programação diversificada para atrair todos os públicos.
Com investimento de R$ 900 mil, dos quais R$ 500 mil em recursos federais e R$ 400 mil provenientes dos cofres municipais, o Curto Circuito das Artes dinamiza a cena cultural na cidade, promovendo atividades artísticas durante o verão de Salvador.
O último edital para seleção de propostas recebeu 123 inscrições. Foram contemplados uma exposição de artes visuais, na Galeria da Cidade; três Ateliês / Residências Artísticas, com ações no Boca de Brasa Centro, Café Nilda Spencer e Casa do Benin; e 12 espetáculos, dos quais seis adultos e seis infantis.
“As ações de fomento possibilitam incentivo direto e indireto às artes. Além dos recursos, temos gratuidade de pauta. Para os projetos culturais de teatro nos nossos equipamentos culturais, não há custos nos espaços, ou seja, o ingresso pode ser cobrado livremente, de acordo com o valor que se acredita ser justo e contemple a entrega”, informa Vladimir.
TEATRO E HISTÓRIA
Ao longo desses dois anos, a Prefeitura também investiu na contratação do “Resistência Cabocla”, espetáculo em comemoração do bicentenário do 2 de julho realizado em parceria com o Bando de Teatro Olodum.
Além disso, fomentou a realização do espetáculo de dança-teatro “Ao Pé do Caboclo”, com apresentação do Balé Folclórico da Bahia, que contou com a participação de atores como Breno da Mata e envolveu inúmeros coletivos artísticos indígenas da cidade.
A segunda chance para comprar os ingressos e assistir ao retorno de Wagner Moura aos palcos com o espetáculo 'Um Julgamento – depois do Inimigo do Povo' se esvaiu em menos de 17 minutos.
O espetáculo, que será apresentado no Trapiche Barnabé, ganhou duas novas sessões após a alta demanda do público, no entanto, os ingressos esgotaram antes mesmo de completar 1 hora de venda.
A plataforma Sympla, que foi alvo de queixas do público, limitou a compra a um máximo de dois ingressos por CPF, uma exigência da produção do espetáculo, que teve ainda a política de meia-entrada com descontos para clientes do Banco do Brasil, já que o espetáculo faz parte da programação do CCBB em Salvador.
Na primeira etapa da venda de ingressos para as sessões regulares, as entradas esgotaram em menos de 20 minutos. "Está impossível ir a qualquer coisa nessa cidade pois todos ingressos esgotam em 10 minutos…", desabafou um internauta.
A alta demanda nos eventos promovidos pelo Centro Cultural Banco do Brasil, que tem previsão de inauguração em Salvador para o 2º semestre de 2026, foi motivo de comemoração por parte da instituição.
Em entrevista ao Bahia Notícias na última semana, Júlio Paranaguá, gerente-geral do CCBB Salvador, comemorou a movimentação que a programação promovida pelo CCBB na capital tem causado.
"Ontem foi a venda de ingressos da peça de Wagner, né? Que foi uma loucura. Mas que bom, né? Mostra que as pessoas estão acompanhando o que a gente está fazendo, estão interessadas, [e que] as escolhas que a gente tem feito de conteúdo, de programação [são boas]. Porque o mais importante é o conteúdo. Então, significa que as pessoas estão se interessando por esse conteúdo."
SOBRE O ESPETÁCULO
Baseado na obra clássica do dramaturgo norueguês Henrik Ibsen, espetáculo 'Um Julgamento – depois do Inimigo do Povo', tem direção de Christiane Jatahy e conta a história do médico e cientista Thomas Stockmann, interpretado por Wagner Moura, que descobre que as águas do Balneário Termal de sua cidade estão contaminadas.
Ao tentar alertar as autoridades para proteger a população e os turistas, ele vê suas intenções fracassarem e acaba condenado como Um Inimigo do Povo, acusado de querer prejudicar economicamente a cidade e de ignorar a vontade da maioria.
O elenco ainda conta com Danilo Grangheia e Julia Bernat (irmão e filha do protagonista, respectivamente) e participações audiovisuais de Marjorie Estiano (esposa do protagonista), Jonas Bloch (sogro), Tatiana Henrique (cientista) e Salvador e José Moura (filhos de Thomas Stockmann).
Com as sessões extras, Salvador agora conta com 11 apresentações, do dia 3 ao dia 12 de outubro.
A venda de ingressos para o espetáculo “UM JULGAMENTO – depois do Inimigo do Povo”, que marca o retorno de Wagner Moura aos palcos, tem início nesta quarta-feira (24), a partir das 12h, no Sympla.
Os ingressos terão preços populares e poderão ser encontrados a partir de R$ 15, no site da Sympla.
Além de Wagner Moura, o espetáculo, que tem texto e roteiro assinados por Lucas Paraizo em parceria com Christiane Jatahy, conta com Danilo Grangheia e Júlia Bernart.
O espetáculo faz parte da programação itinerante do Centro Cultural Banco do Brasil em Salvador. Para Moura, a estreia na Bahia foi uma escolha importante para o retorno aos palcos.
"Eu sou feliz aqui, eu sou uma pessoa feliz, [mas] eu sou feliz em Salvador de um jeito diferente. Sabe quando você vai ver o avião pousando aqui, você sente uma coisa que você tá chegando em casa? Eu só sinto aqui. Abre a porta, uma arrumação assim. É só em Salvador. O meu axé é aqui.”
Em entrevista coletiva no início da semana, o ator premiado em Cannes falou sobre o espetáculo, que acompanha o julgamento de um doutor considerado pela população de uma cidade como “inimigo do povo”, após alertá-los sobre um problema.
Para Wagner, a peça tem ligação com a política e tem o propósito de convidar as pessoas a pensar.
Prestes a retornar aos palcos com o espetáculo “Um julgamento - depois de Um Inimigo do Povo”, o ator baiano Wagner Moura falou um pouco sobre a conexão do teatro com a política. A montagem, dirigida por Christiane Jatahy, acompanha um julgamento de um homem acusado de ser “inimigo do povo”.
Em coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (22), no Trapiche Barnabé, onde estreia em outubro na peça “Um julgamento - depois de Um Inimigo do Povo”, o ator baiano explicou que sempre se sente mais inteligente ao retornar ao teatro.
A peça, que acompanha o julgamento de um doutor considerado pela população de uma cidade como “inimigo do povo”, após alertá-los sobre um problema, o ator explicou que a montagem possui a participação do público como júri e que gosta de dialogar seu personagem - Danilo, o doutor - com a direita.
“A direita, ela faz perguntas. A direita que eu não vejo muito no Brasil, ela faz a pergunta certa, essa direita faz pergunta certa. A gente fica assim: ‘Ah, a gente quer bem-estar social, a gente quer cultura, a gente quer que as pessoas tenham um monte de coisa, que o estado entre e faça um monte de coisa’. A direita com a qual eu queria dialogar, pergunta assim: ‘Ok, quem vai pagar por isso tudo que você tá querendo?’”, explicou o artista.
De presença política ativa, o ator participou, no domingo (21), do ato musical contra a PEC da Blindagem, no Morro do Cristo, na Barra, em Salvador. Wagner esclareceu ainda que, a deseja para a peça, uma discussão “muito equilibrada”.
??Elenco de “Um Julgamento”, com Wagner Moura, explica ligação da peça com a política: “Convidar as pessoas a pensar
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) September 22, 2025
?? Confira: pic.twitter.com/VlvLQNHYFH
O ator Danilo Grangheia, que também faz parte do elenco do espetáculo, concordou com o soteropolitano. “Para a gente, eu acho que pouco importa nesse momento perder ou ganhar aqui. Mas eu acho que é convidar também as pessoas a pensar com a gente. Qual o papel da esquerda, da direita? Como eu articulo esse pensamento?”, acrescentou.
A atriz Júlia Bernart adicionou ainda que os trabalhos de Christiane Jahaty sempre buscam “presentificar essa essência do teatro”. “Sempre tenta trazer isso de uma forma muito concreta e acho que o Wagner é um ator que tem isso. Tem essa escuta, essa presença muito forte nele”, elogia.
Como diz o ditado popular, o bom filho a casa retorna. O ator baiano Wagner Moura retorna aos palcos do teatro após 16 anos no próximo dia 3 de outubro, em Salvador, com a peça “Um julgamento - depois de Um Inimigo do Povo”. Para o artista, a estreia da peça não poderia ser em um lugar diferente de onde está o seu axé.
Em coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (22), no Trapiche Barnabé, onde a montagem será realizada como parte da programação itinerante do Centro Cultural Banco do Brasil em Salvador, Wagner explicou ao Bahia Notícias que o período pré-produção foi demorado, mas que sempre quis estrear na capital baiana.
“Salvador para mim tem essa coisa assim… eu sou feliz aqui, eu sou uma pessoa feliz, [mas] eu sou feliz em Salvador de um jeito diferente. Sabe quando você vai ver o avião pousando aqui, você sente uma coisa que você tá chegando em casa? Eu só sinto aqui. Abre a porta, uma arrumação assim. É só em Salvador. O meu axé é aqui”, confessou.
??Wagner Moura explica motivo para retornar ao teatro em Salvador: “O meu axé é aqui”
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) September 22, 2025
?? Confira: pic.twitter.com/H42Wr53RIM
Wagner acrescentou ainda acreditar que se é especial em trabalhos internacionais, é porque ele é de Salvador. “Ninguém que tá lá viveu o que eu vivi aqui. Tem as relações, a cultura que eu tenho daqui. Isso é o que me faz interessante”, completou ao site.
O espetáculo possui texto original de Henrink Ibsen e direção de Christiane Jatahy. Também presente na coletiva, a diretora da montagem explicou que houve muitos “malabarismos” para encaixar a estreia da peça em Salvador.
Foto: Ana Clara Pires / Bahia Notícias
“Eu acho que essa peça, ela cria relações com cada lugar onde ela vai se apresentar na relação com o público. São 11 pessoas do público, cada dia vão estar na cena como o juri. Ouvindo essas provas, esses testemunhos para tomar decisão se ele é ou não inimigo do povo”, explicou Christiane.
Aqueles que pretendem acompanhar o retorno do ator baiano Wagner Moura aos teatros com o espetáculo “Um julgamento - depois de Um Inimigo do Povo”, em Salvador, já podem se preparar para comprar os ingressos. A abertura das vendas começa na próxima quarta-feira (24), ao meio-dia.
O espetáculo, com texto original de Henrink Ibsen e direção de Christiane Jatahy, e faz parte da série de iniciativa do Centro Cultural Bando do Brasil em Salvador terá bilhetes a preços populares, entre R$ 15 e R$ 30, e estarão disponíveis na plataforma Sympla.
A temporada da montagem se inicia no dia 3 de outubro e segue até o dia 12 (com exceção do dia 07), sendo às 20h durante a semana; às 21h aos sábados e às 19h aos domingos.
SOBRE O ESPETÁCULO
Na peça, o público acompanha a história do médico e cientista Thomas Stockmann, que descobre que as águas do Balneário Termal de sua cidade estão contaminadas. Ao tentar alertar as autoridades, ele acaba condenado como Um Inimigo do Povo, acusado de querer prejudicar a cidade.
A estreia do espetáculo "Um julgamento - depois de Um Inimigo do Povo", em Salvador, já possui uma data para ocorrer. A montagem será realizada no Trapiche Barnabé, em outubro, e marca o retorno do ator baiano Wagner Moura aos teatros.
A temporada da montagem se inicia no dia 3 de outubro e segue até o dia 12 (com exceção do dia 07), sendo às 20h durante a semana; às 21h aos sábados e às 19h aos domingos.
Os valores dos ingressos variam entre R$ 15, para meia-entrada e clientes BB, e R$ 30, inteira. A montagem possui texto original de Henrik Ibsen, da peça "Um inimigo do povo", e direção de Christiane Jatahy.
A estreia em Salvador faz parte de uma série de iniciativas do Centro Cultural Banco do Brasil antes da inauguração do espaço físico na cidade, no Palácio da Aclamação.
O retorno de Wagner Moura aos teatros irá marcar um reencontro do baiano, não só com os palcos, mas com o espetáculo ‘Um Inimigo do Povo’, escrito pelo dramaturgo norueguês Henrik Ibsen em 1882, e com os teatros de Salvador.
Segundo Moura, que já tinha anunciado o retorno aos teatros após 16 anos de pausa, a capital baiana será a primeira cidade a receber a apresentação.
“Está quase certo, a gente depende de patrocínios, não tem ainda, o patrocínio não está completamente fechado, mas se tudo der certo, sim, eu vou fazer teatro em Salvador.”
Em entrevista ao Canal Brasil, o vencedor do prêmio de Melhor Ator em Cannes pelo longa ‘O Agente Secreto’, revelou que a peça tem uma ligação com o longa de Kleber Mendonça Filho e já era um desejo antigo de transformar em uma produção que pudesse rodar o Brasil.
“É uma adaptação do Inimigo do Povo, que é uma peça que tem tudo a ver com esse filme. É uma peça que eu tentei fazer por muito tempo, já tentei adaptar para o cinema, porque eu amo a história dessa peça que diz muito eu sempre pensei, inclusive em ‘O Agente Secreto’ pensei no ‘Inimigo do Povo’ que é uma peça de Ibsen sobre a história de um médico que descobre que as águas da cidade que é um balneário que vive do turismo ele descobre que as águas da cidade estão contaminadas. É o plot de ‘Tubarão’ de Spielberg, tem um tubarão aqui que está comendo as pessoas e o prefeito diz: ‘Não, faça isso’. É o conflito entre o capital e o imperativo moral. Mas nós vamos fazer uma adaptação, não vamos montar a peça em si.”
Segundo o artista, a peça terá a direção de Cristiane Jathay, reconhecida na área e que recentemente apresentou uma nova releitura de Shakespeare.
“É uma diretora extraordinária, que eu adoro, minha amiga. Ela trabalha sempre com isso, ela pega uma peça, um clássico e adapta do jeito dela. Então a ideia é essa."
O espetáculo “Bululú - Estórias da Invenção do Mundo” retorna ao palco em Salvador, nos próximos dias 13 e 15 de junho, na Casa Rosa, no Rio Vermelho. Escrito e dirigido pelo premiado diretor espanhol Moncho Rodriguez, a peça reúne, no palco, os atores baianos Danilo Cairo e João Guisande.
“Bululú” conquistou a categoria do “Melhor Espetáculo Adulto” e “Melhor Ator” no Prêmio Braskem de Teatro 2016. O espetáculo conta a saga dos comediantes Amadeus, vivido por Cairo, e Bartolomeus, interpretado por Guisande, tão antigos como o próprio teatro. Eles decidem contar o famoso romance da “Invenção do Mundo”, inspirado no Grande Teatro del Mundo, de Calderón de La Barca.
“A obra é uma visão crítica e divertida do universo do teatro, da realidade, do sonho, da vida, do ator e do espectador na sociedade contemporânea, onde todos, sem saber, representam uma personagem que finge não representar”, defende a dupla de atores da peça, que foram dirigidos por Moncho antes de sua morte, em 2023, reconhecido como um dos mais importantes diretores e pesquisadores do teatro do mundo ibérico, com mais de 200 encenações realizadas na Espanha, Brasil e Portugal.
“Bululú” teve apresentações na Europa antes de estrear no Brasil, em novembro de 2015, no Teatro SESC SENAC Pelourinho, em Salvador. Já foram mais de 100 apresentações, passando por cidades como Aracaju, Caruaru, Recife, Governador Mangabeira e Alagoinhas, no Brasil; além de Porto e Famalicão, em Portugal.
A remontagem é parte das celebrações dos 18 anos do Toca Criações Artísticas, idealizado por Danilo Cairo como um território de criação coletiva e produção cultural multilinguagem que surgiu a partir do encontro de jovens atores, de origens e formações distintas, na Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia em 2006.
O Teatro Gregório de Mattos, em Salvador, será palco para o espetáculo 'Na Beira', da Companhia Moderno de Dança, nesta sexta (23) e sábado (24), às 19h.
Tendo as paisagens e os mistérios dos rios amazônicos como inspiração, a obra cria um elo entre a Encantaria-corpo — abordagem artística desenvolvida pela artista-pesquisadora Ana Flávia Mendes — e o universo mágico e poético dos rios amazônicos descrito pelo poeta João de Jesus Paes Loureiro, onde habitam seres encantados.
Os ingressos são gratuitos e estão disponíveis pela plataforma Sympla.
Criado em Belém, no Pará, em 2019, o espetáculo é resultado da pesquisa de doutorado da diretora artística e bailarina Luiza Monteiro, desenvolvida no Programa de Pós-graduação em Artes da Universidade Federal do Pará (UFPA), com estágio sanduíche na Université du Québec à Montréal (UQAM), no Canadá.
“Os intérpretes-criadores trazem à cena encantarias reveladas por meio de mergulhos individuais e coletivos, vivenciados em processos de imersão criativa”, explica Luiza.
Após a estreia em Belém, a capital baiana foi escolhida para abrir a nova temporada do espetáculo, que contempla as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Além de Salvador, a circulação inclui apresentações em Rio Branco (AC) e Cuiabá (MT). “Queremos descentralizar a arte, saindo do eixo Rio-São Paulo e promovendo a circulação cultural em outras regiões do país”, destaca a diretora.
A escolha de Salvador não foi por acaso. De acordo com a artista visual e produtora Danielle Cascaes, a capital baiana se destacou por sua expressiva força cultural.
“Salvador pulsa cultura. É um lugar onde queremos entender como o conceito das encantarias — mais ligados aos rios — será recebido por um público acostumado com o mar. São águas diferentes, cidades diferentes. Estamos muito empolgados para esse encontro”, afirma.
O espetáculo faz parte do Circuito Na Beira: poética, formação e intercâmbio, contemplado pela Bolsa Funarte de Dança Klauss Vianna 2023, com apoio da Funarte e do Ministério da Cultura.
OFICINA GRATUITA LEVA O PÚBLICO A VIVENCIAR AS ENCANTARIAS
Além das apresentações, o público poderá mergulhar no universo do espetáculo por meio da Oficina Encantaria-corpo, que propõe experiências corporais e sensoriais a partir de práticas utilizadas na criação de “Na Beira”.
A oficina acontece no dia 24 de maio, das 9h às 12h, na Escola de Dança da UFBA, em Salvador. A atividade é gratuita, aberta ao público e não exige experiência prévia. As vagas são limitadas e as inscrições estão disponíveis no Sympla.
A oficina também integra o Circuito Na Beira: poética, formação e intercâmbio, e conta com o mesmo apoio institucional da Funarte e do Governo Federal.
SERVIÇO
Espetáculo “Na Beira”
Quando: 23 e 24 de maio – às 19h
Onde: Teatro Gregório de Mattos, Salvador
Quanto: Gratuito – Inscrições no Sympla
Oficina “Encantaria-corpo”
Quando: 24 de maio – Das 9h às 12h
Onde: Escola de Dança da UFBA (Avenida Milton Santos, Salvador)
Quanto: Gratuito – Inscrições no Sympla
O humorista Paulo Gustavo "voltará" aos palcos de uma forma especial. A mãe do comediante, Dona Déa Lúcia, que ficou famosa ao ser interpretada no teatro pelo filho, Paulo Gustavo, no espetáculo 'Minha Mãe é Uma Peça', decidiu retribuir o carinho e levará a vida do filho, morto em 2021 em decorrência da Covid-19, para o teatro.
Em anúncio feito no 'Domingão com Huck', Dona Déa revelou a criação do espetáculo "Meu Filho É um Musical", feito em parceria com a filha, Juliana Amaral.
"Meu coração está pulando pela boca! Já posso contar para vocês que eu e Juju vamos realizar um dos maiores sonhos do meu filho: um espetáculo musical Broadway brasileiro", disse nas redes sociais.
De acordo com dona Déa, o espetáculo está previsto para estrear em maio de 2026, data que marca cinco anos da morte de Paulo Gustavo e 20 anos da estreia de "Minha Mãe É Uma Peça".
"Vou poder retribuir tudo que ele me fez contando nossa história juntos, a história dele como artista e como pessoa", escreveu.
Na publicação, Déa ainda relembrou o espetáculo que eles protagonizaram juntos, "Filho da Mãe", que foi paralisado para o nascimento dos gêmeos Romeu e Gael, e não retornou aos teatros devido à pandemia e a morte do comediante.
"Como o próprio Paulo Gustavo disse, mesmo na dor, a gente precisa resistir sorrindo, se possível gargalhando. Graças a Deus, eu ainda sou capaz de sorrir e ainda tem muita história para contar da família: de quando ele era menino e me imitava, do jovem rebelde que quase me botou maluca e do artista que conquistou o Brasil e me encheu de orgulho! Não vejo a hora de abrirmos a cortina e trazermos -pelo menos no tempo mágico que dura um musical- a vida do meu filho de volta", afirmou.
O Teatro Módulo recebe o novo espetáculo "Tempo Rei", criação do premiado dramaturgo Ruan Passos, a partir do domingo da próxima semana, no dia 11 de maio. Com produção da Carambola Produções, o musical infanto-juvenil promete apresentar uma narrativa que atravessa décadas, combinando tecnologia, humor e música ao vivo.
Dirigido por Ruan Passos (autor de "Saudades, João"), "Tempo Rei" conta a história de Maria (Tarsila Carvalho), uma adolescente de 15 anos que, ao ser obrigada a passar uns dias com a avó (Fau Mascarenhas), embarca em uma jornada mágica guiada pela Deusa do Tempo (Bruna Rocha). A aventura a leva a reviver momentos marcantes da vida de sua mãe (Juliana Sanleão) e avó, descobrindo como cada geração viveu seus sonhos e desafios.
O espetáculo utiliza recursos como máscaras de LED, projeções mapeadas e hologramas para transportar o público por diferentes épocas - dos anos 1960 ao futuro. Brinquedos como pião e Tamagotchi, além de tecnologias como VHS e TikTok, aparecem como elementos que marcaram cada geração.
Indicado para crianças a partir de 6 anos, adolescentes, pais, mães, avós e educadores, “Tempo Rei” aposta no roteiro sensível e bem-humorado. A encenação promete trazer diversidade de linguagens: projeções, canções autorais, clássicos da MPB e cenas que misturam teatro físico, simbolismo e muito jogo com a plateia.
TRILHA SONORA
A música tem papel central na produção, com Bruna Rocha interpretando ao vivo canções inéditas e releituras de clássicos da MPB, todas adaptadas ao contexto das cenas. "Cada música ganhou um arranjo especial para essa montagem", adianta a cantora, sem revelar quais canções serão apresentadas.
SERVIÇO
Datas: 11/05, 18/05, 25/05, 01/06, 08/06 e 15/06 (sempre aos domingos)
Horário: 11h
Local: Teatro Módulo – Av. Magalhães Neto, Pituba – Salvador/BA
Ingressos: R$ 80 (inteira) | R$ 40 (meia)
Vendas: Sympla e bilheteria do teatro
Mais informações: @temporeiteatro
Direcionado para o público infantojuvenil e adulto, o espetáculo “Casa Barriga” retorna ao Museu de Arte da Bahia (MAB), no Corredor da Vitória, em Salvador, no próximo dia 3 e segue até o dia 18 de maio, sábados e domingos, às 17h.
Integrando o projeto O Vila Ocupa o MAB, parceria com o Teatro Vila Velha e o Museu de Arte da Bahia, os ingressos são disponibilizados a preço popular: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada).
O texto da peça é inspirado em livro homônimo da escritora e atriz baiana, Sonia Robatto, com dramaturgia de Edson Rodrigues. A montagem tem direção de Débora Landim e traz no elenco as atrizes Marísia Motta (que também assina os figurinos), Taiana Muniz, Giovanna Carota e Chaiend Santos, junto a um grupo de 16 jovens intérpretes, crianças e adolescentes, em trabalho que traz cenografia de Rafael Bittencourt, conta com Lulu Pugliese à frente das coreografias e com Ray Gouveia na trilha musical, interpretada ao vivo por Jordan Hohenfeld e o elenco. A iluminação é de Irma Vidal.
Casa Barriga parte do tema maternidade para discutir qual é a real missão de estar no mundo. Na peça, um grupo de crianças vive a experiência de se tornar aprendiz na arte de espalhar pelo planeta aquele que seria o grande aprendizado da Casa Barriga: ao identificar o mal, combatê-lo.
Além da livre inspiração na obra de Sonia Robatto, o espetáculo também busca homenageá-la através da personagem Sonia, “uma mulher construtora e espalhadora de ninhos”, como traz o texto. Sonia, na peça, é a “bordadeira de futuros” que enfrenta perigos para espalhar pelo mundo a lição da Casa Barriga.
Casa Barriga fez sua primeira temporada também no MAB, em novembro de 2024. Em março deste ano, a montagem da Companhia Novos Novos de Teatro foi indicada na categoria Melhor Espetáculo Infantojuvenil do Prêmio Bahia Aplaude de Teatro.
SERVIÇO:
O Quê: Casa Barriga (Espetáculo Infantojuvenil)
Onde: Museu de Arte da Bahia (MAB, Corredor da Vitória),
Quando: de 3 a 18 de maio (sábados e domingos, 17h) Sessão Inclusiva: Dia 18 de maio (domingo, 17h), com Libras e audiodescrição
Ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada)
Enquanto a maioria se esforçou “para ser um sujeito normal”, ele aprendeu a ser um “maluco beleza”. Apesar de não ter nascido “há dez mil anos atrás”, Raul Seixas poderá permanecer presente na cultura brasileira por muitos milênios com sua obra e seus fãs. Com o espetáculo “Aventuras do Maluco Beleza”, Edvard Passos apresenta às novas gerações a criatividade do baiano roqueiro, a “metamorfose ambulante”.
“Raul tem uma importância muito grande para formação de inteligência brasileira e também da emoção da afetividade brasileira”, explicou Edvard, autor da produção “Aventuras do Maluco Beleza”, ao Bahia Notícias.
O espetáculo infantojuvenil estreou há 15 anos, com o projeto do Núcleo do Teatro Castro Alves, na Sala do Coro. Neste sábado (5), a peça retorna ao mesmo lugar em que estreou, apresentando as aventuras de Raulzito e Plininho em um mundo de imaginação baseado na infância dos irmãos.
Ao BN, Edvard explicou que a montagem retorna por dois motivos principais. O primeiro: a proximidade com os 80 anos de Raul Seixas, comemorado no dia 28 de junho, e, em segundo lugar, a discussão da influência das telas na vida das pessoas, assunto debatido durante a peça.
O projeto foi o primeiro livro publicado por Edvard, fã de Raul Seixas desde a pré-adolescência, e nasceu após o dramaturgo ser chamado para viver Plínio, o irmão de Raul, na montagem “Raul Seixas - A Metamorfose Ambulante”, dirigido por Deolindo Checcucci, em 2005.
“Era um espetáculo que contava a vida de Raul. Não era uma ficção, era uma biografia. E nesse espetáculo o personagem que eles me deram, foi o Plínio, que é o irmão de Raul”, contou Edvard.
“A gente tinha uma cena inicial que era a cena da infância dos dois. E como eu fazia o Plínio, eu jogava, eu brincava nesse começo de espetáculo e o começo era sempre muito festivo, eu fui percebendo como essa infância era potente”, completou.
Foi a partir dessa experiência e da convivência com Plínio, que também fazia parte do espetáculo, que nasceu as “Aventuras de Raul Seixas”. “Daí veio a ideia de não contar uma biografia no palco, mas a partir do jogo que Raul tinha com Plínio. A partir das brincadeiras deles, a gente criou uma narrativa ficcional original”.
Para Passos, a peça é uma “viagem espacial fantástica a partir das brincadeiras que eles faziam”. Além da dupla principal, a peça também homenageia a cantora Pitty, através da personagem Luna, uma “líder rebelde do futuro”.
Além de retornar neste fim de semana em Salvador, Edvard contou ao Bahia Notícias a existência de negociações para apresentações em outras três cidades baianas: Jequitiba, Santo Antônio de Jesus e Alagoinhas.
Edvard conta ainda que espetáculos como “Aventuras do Maluco Beleza”, assim como “Dandara na Terra dos Palmares”, ajudam a firmar uma identidade cultural. “Temos nossas narrativas, temos as nossas histórias, temos os nossos pontos de vista, isso é fundamental para a fase de formação da personalidade, venda que vende um lugar totalmente bom”.
A peça estará em cartaz até o dia 6 de abril, no domingo, às 16h. O elenco composto por lan Miranda, Daniel Farias, Jarbas Oliver, José Carlos Jr. e Thais Laila, será reforçado pela participação especial de Nelito Reis, ator reconhecido por sua atuação em Raul Seixas – A Metamorfose Ambulante. Os ingressos estão disponíveis na plataforma Sympla.
Após temporadas de sucesso, o espetáculo “Dandara na Terra dos Palmares” ganhará duas apresentações especiais nos dias 12 e 13 de abril, às 16h, no Teatro Molière da Aliança Francesa, em Salvador.
A peça, que tem emocionado plateias de todas as idades, traz uma abordagem sensível sobre o racismo estrutural e a importância do resgate da ancestralidade negra no Brasil. Os ingressos podem ser adquiridos no Sympla ou no local, no dia da apresentação, por R$40 (inteira) e R$20 (meia).
A história acompanha Dandara, uma menina negra que enfrenta o racismo na escola e passa a rejeitar sua própria origem, incluindo seu nome. Em um sonho transformador, ela encontra uma guerreira que a leva para o Quilombo dos Palmares, onde descobre a força e a coragem de seus antepassados.
Inspirada na trajetória de Dandara dos Palmares, heroína da resistência negra ao lado de Zumbi, a peça conduz o público a uma jornada de autodescoberta e valorização da história afro-brasileira.
Com texto inédito de Antônio Marques e direção de Agamenon de Abreu, que também assina cenário, figurino e maquiagem, a obra apresenta uma dramaturgia envolvente, que combina realidade e fantasia para despertar a consciência do público jovem, possibilitando reflexões sobre a identidade, o pertencimento e o impacto do racismo estrutural na vida das crianças negras.
A montagem convida o público a mergulhar em uma história de empoderamento, trazendo à tona a importância da valorização da cultura afro-brasileira e o papel fundamental da educação na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
O espetáculo se destaca pela trilha sonora original, assinada por Emille Lapa e Natalyne Santos, que contribuem para a ambientação e reforça as emoções vividas pelos personagens em cena.
O elenco reúne grandes talentos, incluindo as atrizes juvenis Maria Alice Xavier (ex-The Voice Kids) e Yandra Góes, além dos atores Denise Correia, Gilson Garcia, Leonardo Freitas, Pablo Pereira, que nesta temporada substitui o ator Diogo Lopes, e Natalyne Santos.
Com duas indicações ao prestigiado Prêmio Braskem de Teatro, na categoria Melhor Espetáculo Infantojuvenil e Melhor Direção para Agamenon de Abreu, a peça vem percorrendo diversas cidades e festivais, sendo aclamada por sua potência artística e por sua contribuição para o debate sobre racismo e identidade negra.
Serviço
Espetáculo “Dandara na Terra dos Palmares”
Data: 12 e 13 de abril (sábado e domingo)
Horário: 16h
Local: Teatro Molière da Aliança Francesa
Ingressos: R$40 (inteira) e R$20 (meia)
Vendas: Sympla ou no teatro, no dia da apresentação
Classificação: Livre
A amizade entre Felipe Velozo, Samuel de Assis e Amaury Lorenzo saiu dos bastidores para ganhar os palcos em um espetáculo inédito e com estreia em Salvador.
A capital baiana foi a escolhida para receber a peça 'Por Que Não Nós', que tem texto de Júlia Spadaccini e direção de Débora Lamm. O projeto chega aos palcos do Teatro Jorge Amado no dia 17 de maio, às 21h e no dia 18 às 20h.
A peça busca levar para o público uma reflexão sobre a construção da masculinidade. No espetáculo, Samuel, Amaury e Felipe dão vida a Ângela, Celeste e Catarina, personagens que debatem um conceito muito atual: a masculinidade tóxica e suas consequências.
Em entrevista ao Bahia Notícias no início do ano, Samuel de Assis falou sobre a amizade com Felipe e Amaury, que na web ganhou o apelido de "A novela de vocês".
Segundo Samuel, o que aproximou os três foi a vivência parecida, três pessoas que deixaram suas famílias para viver o sonho da carreira artística na Cidade Maravilhosa. Porém, a amizade acabou sendo alvo de algumas especulações, como, por exemplo, uma possível pegação entre o trio.
O artista confessou que o intuito deles na internet vai além de mostrar um pouco do dia a dia do trio. Samuel afirmou que depois de um tempo, eles entenderam como uma forma de normalizar o afeto e o carinho entre homens, algo que ainda é visto como algo sexualizado.
“A gente precisa mostrar para as pessoas não terem medo de sentirem afeto umas pelas outras. Essa é a importância da novela de vocês“, disse.
Os ingressos para o espetáculo estão sendo vendidos no site Sympla e custam a partir de R$ 60.
A brincadeira, o riso e a criatividade são características amplamente atribuídas a infância e juventude; as mesmas palavras podem ajudar a definir duas artes cênicas: o teatro e o circo. Nesta quinta-feira (27), dia em que se comemora o Dia Mundial do Teatro e do Circo, o Bahia Notícias conta a história de um dos circos mais tradicionais da Bahia, que abriu as portas para a arte circense na vida de diversos jovens e crianças: o Circo Picolino.
O circo, que comemora 40 anos de história em 2025, está localizado no bairro de Pituaçu, na orla Atlântica da cidade. O espaço foi fundado em 1985 como a Escola Picolino de Artes do Circo, com o propósito de difundir as artes circenses e, por muitos anos, teve como um dos seus braços mais ativos as oficinais para crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social.
Quem conta essa história ao Bahia Notícias é a atriz circense e coordenadora da Escola Picolino de Artes do Circo, Nina Porto. “A Picolino surge quando um casal chama Anselmo Serrat e Verônica Tamaoki vem para Bahia com o grupo de circo deles chamado Tapete Mágico e eles instalam aqui uma escola de circo, primeiramente particular, para ampliar a linguagem e também conseguir se manter na Bahia”, relata.
“A escola abre em 1985 e a partir dos anos 90, Verônica volta para São Paulo, se dedica à pesquisa circense e funda o Centro de Memória do Círculo de São Paulo. E Anselmo toca a história aqui da Picolino na Bahia”, detalha. A Escola, que leva o nome do Palhaço Picolino, fundador da primeira escola de circo do Brasil, se torna então uma associação e é essa a mudança que inicia o processo de crescimento do Circo Picolino.
Foto: Acervo / Circo Picolino.
“Ele [Anselmo] começa a interagir com o projeto Axé, projeto Agata Esmeralda e amplia essa coisa do circo social, que é aonde o circo ganha mesmo uma robustez muito significativa, que traz muita gente de vulnerabilidade social. Muita criança é formada pelo circo, então misturam-se os públicos, tanto os alunos particulares, quanto as crianças vindas de projeto social. E ao passar dos anos cria-se a companhia Picolino dessa mistura de alunos e que ganha uma potência muito grandiosa”, afirma.
Como uma das artistas formadas pela Escola, Nina defende que a Picolino cultiva duas características especiais, que o diferenciam os circos convencionais: a estabilidade e brasilidade. “A Companhia Picolina apresenta espetáculos incríveis dirigidos por Anselmo. Um circo estritamente brasileiro, realizado por brasileiros, por pessoas brasileiras que sentem na pele, toda essa verdade social que a gente vive e isso é reverberado num picadeiro de circo”, conta.
Foto: Acervo / Circo Picolino | Criador da Escola Picolino, Anselmo Serrat.
A ARTE QUE TUDO SUPORTA
E a verdade é que o brasileiro não desiste nunca. O mesmo pode ser dito sobre o Picolino, que hoje se apresenta como Espaço Multicultural Circo Picolino. O circo que já passou por altos e baixos em termos de estrutura, engajamento público e a manutenção de seus projetos, se orgulha de ter se mantido ininterruptamente ativo, mesmo com o falecimento de seu fundador e a chegada da pandemia.
Anselmo Serrat faleceu aos 71 anos, no dia 17 de março de 2020, um dia antes de Salvador entrar em estado de emergência e decretar um “lockdown” devido à pandemia de Covid-19. “É quando a gente se vê assim num desafio imenso de aprender, como a gente vai continuar a nossa jornada formativa, circense dentro das nossas casas. A gente consegue vislumbrar esse novo mundo do audiovisual e em uma casa, onde um grupo de artistas acabou ficando na pandemia, a gente perde a nossa lona e o circo Picolino vira essa casa onde a gente consegue reverberar através do audiovisual, uma série de programações que estão disponíveis até hoje no YouTube”, conta.
Ao falar sobre esses momentos, Nina define que “o circo e a Escola Picolino, em si, é uma maquinaria que vai para além do fundador, vai para além das pessoas que estão envolvidas hoje, que podem não estar envolvidas amanhã." "Ela tem uma potência formativa e transformadora, que todo mundo que passa por ela, sendo a pessoa-artista, sendo a pessoa-público, mexe muito com cada pessoa e acho que isso que faz a Escola Picolino ter essa reverberação, essa importância e esse reconhecimento”, ressalta.
Atualmente, a Escola segue oferecendo aulas particulares de arte circense enquanto busca financiamento da Funarte (Fundação Nacional de Artes), ligada ao Ministério da Cultura, para promover as oficinas infantojuvenis em escolas públicas de Salvador. “Elas fazem parte desse programa, então são duas etapas, uma etapa é o circo indo até a escola e a outra etapa são as escolas que conseguem se organizar para ir levarem as crianças ao circo, que é uma vivência diferente”, detalha.
Foto: Acervo / Circo Picolino. Anselmo Serrat dirigindo uma apresentação da Companhia Picolino.
No entanto, mesmo que esse trabalho social já seja relevante, a coordenadora da Picolino defende que o grupo vem trabalhando incansavelmente para trazer de volta o atendimento social, que garante a formação circense continuada para alunos em vulnerabilidade social. “A gente está batalhando para voltar o atendimento social mesmo efetivo, que é o carro chefe da escola, é o que mais interessa em termo e potência de transformação mesmo social”, diz.
Assim como em diversas outras organizações artísticas, as finanças são a maior dificuldade da Picolino. “Estruturalmente a gente vem melhorando, a gente vem junto à prefeitura também desenvolvendo projetos para melhoria estrutural, mas a gente precisa de financiamento para poder fazer os projetos funcionarem”, relata a atriz circense.
E em meio essa reestruturação pós-pandêmica, o Espaço Multicultural Circo Picolino também teve que resistir a uma nova mudança: as obras de revitalização da orla marítima de Salvador, entre Piatã e Pituaçu. “É uma obra de grande porte que ainda vem acontecendo, então tem mais de dois anos que a gente vive o meio. Eles se instalaram ao lado da gente, a sede principal da obra, que estão agora retirando. Então, houve uma série de impactos muito violentos na nossa estrutura. Sem dúvida nenhuma, a gente passou dois anos assim precisando resistir a tudo”, reflete.
Foto: Nti Uirá / Divulgação. Reabertura do Picolino em setembro de 2024.
O FUTURO E REALIDADE DA ARTE
Em meio a tantas mudanças, o futuro já está batendo na porta do Picolino. A estrutura do Circo, que foi tão impactada pela obra ao seu redor, está se preparando para um futuro mais brilhante.
Ao Bahia Notícias, Nina Porto garante que “o Circo Picolino não vai sair do território dele, isso é um fato, embora a gente tenha pedido a lona da gente para chuva." "Então, no meio da obra a gente ficou em um estado estruturalmente muito precário, o Circo Picolino não vai sair do seu território. Pode haver mudanças de local, mas dentro do mesmo território e é um projeto que a gente vem estabelecendo junto à prefeitura desenvolvendo para realizar nos próximos anos”, revela.
Ao falar sobre a importância da iniciação infantojuvenil às artes, Nina conta um pouco da sua própria história. “É muito interessante para mim que eu fui uma dessas crianças. Hoje eu sou uma adulta, sou mãe, mas eu já fui filha e fui uma das crianças que teve a oportunidade de desfrutar [da arte]. Então, quando você é criança, você tá muito despretensioso ainda do que você quer da sua vida”, afirma.
“Quando você tem a oportunidade de estar num centro, como é a Escola Picolino, uma escola fixa, onde existe espetáculo, sim, mas existe um processo de formação e de transformação, tem todo um processo mesmo de descoberta e de desbravar sonho”, conta.
Foto: Divulgação / Circo Picolino
“O circo traz essa linguagem lúdica e exercita coisas tão minuciosas e tão importantes para vida de qualquer ser humano, que vai precisar e não importa se ele vai ser artista, se ele vai ser médico, se ele vai ser outra coisa. Você precisa ter muito conhecimento do seu corpo e deslumbrar as possibilidades, os desafios. O circo te traz isso, então eu acho que toda criança deveria por direito, né, viver uma experiência, ainda que isso não faça dela sua vida”, conclui.
É com essa noção, que o Circo Picolino vai iniciar a comemoração aos seus 40 anos de história com o espetáculo de variedades circenses “Gran Circus” apresentado para crianças de escolas públicas de Salvador, entre 09h e 14h desta quinta-feira (27). A apresentação, que também é aberta ao grande público, é inspirado na história e na alma do circo brasileiro, mescla o circo tradicional com o contemporâneo, com números de malabarismo, palhaço, monociclismo, equilibrismo e aéreos.
Por fim, a produtora garante: “Ir ao circo é uma oportunidade de simplesmente conhecer e ter essa vivência, de sair de uma verdade muito rude e estar em um espaço onde todo mundo cabe, onde todo mundo é possível, onde a gente pode se misturar e aprender novas coisas”, conclui.
A brincadeira, o riso e a criatividade são características amplamente atribuídas a infância e juventude; as mesmas palavras podem ajudar a definir duas artes cênicas: o teatro e o circo. Estudos relacionadas a pedagogia e artes indicam que o contato com as artes nos primeiros anos da vida proporcionam um ganho significativo na imaginação, criatividade e desenvolvimento social e sensorial das crianças. Mas o que parece ser um dado científico se torna palpável no dia a dia.
Nesta quinta-feira (27), dia em que se comemora o Dia Mundial do Teatro e do Circo, o Bahia Notícias conta a história de projetos que mudaram a história de diversos jovens e crianças por meio destas artes milenares. No âmbito teatral, a Companhia de Teatro da Biblioteca Infantil Monteiro Lobato e a Companhia Avatar se dedicam a atrair crianças e jovens, especialmente aqueles em vulnerabilidade social na região.
No bairro de Nazaré, a Biblioteca Infantil Monteiro Lobato (BIML), vinculada a Fundação Pedro Calmon, oferece aulas gratuitas de teatro para crianças de 08 a 17 anos. A iniciativa foi promovida há 15 anos pelo ator e educador artístico, Sérgio Mício.
Foto: Mateus Pereira / GOV-BA. Biblioteca Infantil Monteiro Lobato
Sérgio, que hoje possui a própria companhia de teatro no mesmo bairro, conta como foram os primeiros 10 anos do projeto. Ele relata que ao passar no concurso da Fundação, como REDA [seleção simplificada], ele se surpreendeu com as possibilidades. “Quando cheguei lá, a diretora ficou radiante. Ela me levou no auditório e quando eu entrei disse: ‘Gente, não acredito, isso é um presente para mim. Eu achando que ia ficar emprestando o livro aqui. E vou fazer o que eu gosto’”, relata.
“Eu tenho um propósito que é trabalhar com o público infantil e juvenil, principalmente, o público negro. A questão da autoestima, o combate ao racismo, a questão do empoderamento negro infantil, essa é minha linha de trabalho”, delimita. Mício conta que foi nesse projeto que esse modo de trabalho ficou definido.
“E assim, tem toda a questão de Monteiro Lobato ter sido notoriamente um homem racista. E eu falei assim, ‘Eu sou um homem negro, eu tô aqui nesse espaço, mas eu vou fazer tudo ao contrário’. As crianças negras vão ser protagonistas de todos os espetáculos. E vão ser a prioridade aqui”, relata o professor, formado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA).
Mesmo após a saída do professor, a diretora da unidade, Patrícia Porto, conta ao BN que a Companhia de Teatro da Biblioteca Infantil Monteiro Lobato ajudou a impulsionar a biblioteca. “A importância da companhia é enorme, ela é o nosso carro-chefe. Através dessa companhia, o nosso elenco se aproxima do livro da leitura, os pais das crianças também, começam a participar dos projetos da biblioteca, começa o hábito da leitura através do projeto”, define.
Foto: Lucas Rosário/ Divulgação FPC. Peça teatral da Cia de Teatro da Biblioteca Infantil Monteiro Lobato.
As inscrições são estabelecidas no final de todos os anos, no mês de dezembro, e as crianças são selecionadas para participar do ciclo de produção de um espetáculo anual. Os elencos são divididos em infantil, para crianças de 08 a 11 anos, e juvenil, de 12 a 17. Atualmente, a direção artística da companhia é gerida pelo ator e produtor artístico, Maycke Barreto.
“Essas crianças fazem a inscrição, e em janeiro passam por uma audição. As crianças e adolescentes aprovadas nas audições ficam com a gente durante um ano, [período em] que é lançado o espetáculo e fica em cartaz não só na biblioteca. Assim como participam das festas literárias, dos eventos das outras unidades onde são também convidados”, conta.
Em entrevista, Sérgio Mício relata que a criação de sua companhia de teatro iniciou antes mesmo de sua saída da BIML. “Em 2013, eu fui à prefeitura e abri o meu MEI [micro-empreendedor individual] na área de teatro e produção teatral. Nesse primeiro momento, eu foquei em produzir espetáculos para vender para escolas e empresas, eventos de uma forma geral. Então eu peguei aqueles alunos que mais se destacaram na companhia da Biblioteca, que já estavam passando transitando da adolescência para fase adulta, entre os 16, 17, 18 anos”, conta.
Foto: Valnei Souza / Acervo Avatar. Ator e diretor teatral Sérgio Mício.
Pouco tempo depois, com a desvinculação da Biblioteca Monteiro Lobato, ele cria a Avatar, por onde oferece aulas particulares de teatro, incluindo taxas especiais a preço social para crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social. “A gente [Companhia Avatar] tá entrando agora no nosso sétimo ano e eu acredito que já ensinei mais de 200 alunos, acredito. Eu não sei estipular. Agora assim, se for juntar, se for juntar os do Avatar, com os da Biblioteca Monteiro Lobato, que eu fiquei 10 anos, aí vai para mais de 1.000 alunos”, defende.
As aulas na Companhia de Teatro da Biblioteca Infantil Monteiro Lobato ocorrem às terças e quintas-feiras, com ensaios para a peça teatral anual. Já na Companhia Avatar, Sérgio Mício organiza turmas nas sextas-feiras a tarde, e aos sábados pela manhã.
Ao falar sobre a importância da iniciação infantojuvenil no teatro, Patrícia Porto explica: “A importância de introduzir a criança na arte é o desenvolvimento em todos os aspectos. Não só na arte, mas o desenvolvimento para a sociedade, ter visão de mundo, ampliar os seus horizontes. E um projeto dentro da biblioteca é de suma importância pela proximidade do livro e da leitura, por democratizar o acesso à informação. Então isso abrange vários aspectos de introduzir a criança na arte”, ressalta.
Sérgio Mício, por sua vez, reflete sobre si enquanto um apaixonado pela arte e garante: “Eu vou ficar muito feliz se futuramente eu vê-los atuando na TV, no cinema, no teatro profissionalmente, mas antes de qualquer coisa, eu sempre digo que eu ficaria mais feliz ainda se eles se tornassem cidadãos melhores do que são hoje, se eles puderem representar a si mesmos da melhor forma possível. Eu acho que a arte, o teatro de uma forma geral proporciona isso, não só para criança, adolescente, mas para o público geral”, explica.
Foto: Arquivo pessoal / Avatar Companhia de Teatro
“Todo mundo que passa pelo teatro sai diferente. Eu acho que sai melhor, sai convivendo melhor com as pessoas, socializando melhor, comunicando melhor, se expressando melhor, então o teatro tem esse dom”, conta.
O espetáculo “Chame Gente – Um Carnaval em Cada Esquina” promete levar o público a uma viagem pelas histórias e tradições do Carnaval de Salvador neste verão. Em cartaz entre os dias 12 de janeiro e 16 de fevereiro, no Teatro Módulo, na Pituba, a peça, dirigida por Paula Lice e com direção musical de Luciano Salvador Bahia, celebra momentos marcantes da cultura baiana, como os 40 anos do Axé Music e os 75 anos do trio elétrico.
As apresentações acontecem aos domingos, às 18h, com ingressos à venda no Sympla por R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia).
Unindo teatro e música, a peça é estrelada pelos atores Danilo Cairo e Leandro Santolli, que dão vida a personagens e situações que retratam a essência do Carnaval da capital baiana. Entre aventuras, encontros e memórias, o público é convidado a reviver momentos dos circuitos carnavalescos, sentindo a vibração dos trios elétricos e a riqueza da diversidade cultural da cidade.
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A Fundação Cultural do Estado da Bahia, unidade vinculada à Secretaria Estadual de Cultura (Secult-BA), anunciou que o Gira Cena deve chegar ao município de Valença, na região do baixo sul baiano, com oficinas de teatro gratuitas. O evento ocorre presencialmente, de 14 a 22 de outubro, de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h, no Theatro Municipal de Valença, localizado na Praça da República, e a inscrição é realizada presencialmente.
As oficinas de Iluminação Cênica e Cenografia e Figurino e Maquiagem Cênica irão acontecer de forma virtual e presencial, de 22 a 27 de outubro. Podem participar pessoas com ou sem experiência em teatro.
A oficina de Iluminação Cênica e Cenografia, ministrada por Maurício Pedrosa, abordará o estudo dos conceitos e equipamentos da caixa cênica, a produção de equipamentos de iluminação e cenário com materiais acessíveis e a possibilidade de novas propostas criativas na concepção dos seus projetos. A oficina contará com carga horária total de 24 horas, para um grupo de até 20 participantes, com classificação etária de 16 anos.
Já a oficina de Figurino e Maquiagem Cênica, ministrada por Gilca Rigotti, proporcionará aos participantes uma abordagem teórico-prática que integre os estudos, nas duas áreas, resultando num olhar mais amplo desde o conhecimento básico dos materiais, demonstração de técnicas e estéticas, experimentos criativos, à concretização da proposta. A oficina contará com carga horária total de 24 horas, para um grupo de até 20 participantes, com classificação etária a partir de 16 anos.
São 20 vagas disponíveis em cada uma das turmas, totalizando 40. As oficinas virtuais serão realizadas através da plataforma Google Meet nos dias 22 e 23 de outubro, já as presenciais, de 25 a 27 de outubro, acontecem no Theatro Municipal, localizado na Praça da República, em Valença. Na sexta-feira (25), a oficina presencial acontece das 19h30 às 21h30; e no sábado e domingo (26 e 27) das 8h30 às 18h.
No último dia de projeto, está marcada uma mostra final das oficinas. Haverá certificado para quem completar acima de 80% da carga horária da oficina. Podem participar pessoas com ou sem experiência em teatro.
Confira a programação em Valença:
Oficinas de Iluminação Cênica e Cenografia + Figurino e Maquiagem Cênica
22/10 e 23/10 (terça e quarta-feira) – 19h30 às 21h30 (virtual)
25/10 (sexta-feira) – 19h30 às 21h30 (presencial)
26/10 (sábado) – 8h30 às 12h e 14h às 18h (presencial)
27/10 (domingo) – 8h30 às 12h e 14h às 18h (presencial)
Mostra Final
27/10/2024 – 18h às 21h (presencial)
Serviço:
GIRA CENA
Inscrição: 14 a 22 de outubro de 2024, segunda a sexta-feira, das 8h às 14h
Local de inscrição, Oficinas e Mostra: Theatro Municipal | Praça da República – Bom Jesus da Lapa - BA
Informações: https://www.ba.gov.br/fundacaocultural/
A Fundação Pedro Calmon (FPC), vinculada à Secretaria Estadual de Cultura (Secult), promove um curso de teatro para jovens e adultos, na Biblioteca Juracy Magalhães Júnior, em Salvador. A oficina será ministrada pelo ator, contador de histórias e arte educador, Raí Santana.
O curso, que é totalmente gratuito, possui nove aulas, entre outubro e dezembro. As aulas acontecem nos dias 23 e 30 de outubro; 6, 13, 20 e 27 de novembro e 4, 11 e 18 de dezembro, às quartas-feiras, das 14h às 16h. Os interessados devem se inscrever pelo de um formulário (clique aqui) 'Inscrição'. No total, são 30 vagas disponíveis.
As aulas vão acontecer no Espaço Caramuru. O objetivo da oficina é trabalhar a desinibição e a expressão corporal por meio de jogos teatrais e improvisação. Os participantes serão certificados com uma carga horária de 30h.
Serviço
O que: Oficina de teatro na Biblioteca Juracy Magalhães Júnior – Salvador
Quando: 23 e 30 de outubro - 06, 13, 20 e 27 de novembro- 04, 11 e 18 de dezembro, das 14h às 16h.
Onde: Biblioteca Juracy Magalhães Júnior, Rua Borges dos Reis, s/n – Rio Vermelho Salvador/BA
Gratuito e com certificação
Estreia nesta quarta-feira (11), no Teatro Martim Gonçalves, o espetáculo "Gennesius", adaptado do texto de Roberto de Abreu, fundador do grupo de teatro Finos Trapos. Na história, o protagonista Genésio, um menino do interior da Bahia, é levado pelo circo após ser abandonado em sua cidade assolada pela seca.
A temporada, com direção de George Mascarenhas e co-direção de Elisa Mendes, vai até o dia 3 de outubro, com apresentações de terças às quintas-feiras e entrada gratuita. A peça traça um paralelo com a trajetória de diversos artistas em busca de oportunidades e de sonhos.
O espetáculo é também uma homenagem ao artista baiano Roberto de Abreu, autor do texto, falecido prematuramente em 2015. Gennesius é o espetáculo de pré-formatura de estudantes de Interpretação Teatral da Escola de Teatro da UFBA. Em cena, 16 atrizes e atores se revezam na criação dos múltiplos Gennesius. O espetáculo tem figurinos de Zuarte Jr, direção musical de Luciano Salvador Bahia, adereços de Elis Brito e maquiagem de Renata Cardoso.
Sobre Roberto de Abreu
Gennesius é um espetáculo adaptado do texto “Gennesius, histriônica epopeia de um martírio em flor” com dramaturgia de Roberto de Abreu e criação do grupo Finos Trapos (Vitória da Conquista). Nascido em Vitória da Conquista, Roberto de Abreu deixou contribuições significativas para o teatro brasileiro. Ator, encenador, dramaturgo, professor da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) e fundador do grupo de teatro Finos Trapos. Em 2008, ele ganhou o Prêmio Braskem de Teatro pelo espetáculo "Auto da Gamela", solidificando sua posição como um dos grandes nomes do teatro no estado.
Irreverência e trabalho coletivo
O diretor George Mascarenhas busca em sua montagem brincar com convenções teatrais, abordando temas ligados à memória, afetos e as transformações que a arte pode proporcionar. Genésio também é o nome do santo protetor dos artistas e palhaços. A trajetória de Genésio é contada de modo lúdico, entremeando a narrativa da personagem principal às vozes de jovens artistas, de seus desejos e singularidades na arte.
SERVIÇO
O que: Espetáculo "Gennesius"
Onde: Teatro Martim Gonçalves, Avenida Araújo Pinho, Canela, Salvador
Quando: Terças a quintas-feiras, de 11 de setembro a 3 de outubro, às 19h30
Quanto: Entrada gratuita (retirada de ingressos uma hora antes de cada sessão, sujeito à lotação)
Classificação: 14 anos
Heloísa Périssé e Marcelo Serrado definiram a capital baiana como palco de estreia da peça de comédia “Avesso do Avesso”. As apresentações serão realizadas no dia 19 de outubro às 19h, e 20 de outubro, às 18h, no Teatro Faresi (antigo ISBA).
O espetáculo, dirigido por Marcelo Saback e com direção musical de Lucio Mauro Filho, traz seis histórias de casais fictícios, repletas de humor e emoção. Os atores interpretarão personagens que atravessam diferentes fases do relacionamento, desde o primeiro encontro até a batalha pela guarda dos filhos, incluindo momentos inusitados como uma sessão de terapia, uma suruba inesperada e um karaokê.
Os ingressos já se encontram disponíveis na plataforma do Sympla, com valores de R$100 (inteira) e R$50 (meia).
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Um “ensaio para a revolução” é assim que o dramaturgo Augusto Boal define o Teatro-Fórum, uma técnica de Teatro do Oprimido que propõe que os espectadores da peça proponham sugestões para alterar a realidade apresentada pelos atores.
Criado pelo próprio Boal, o Teatro do Oprimido é um método que visa lutar contra todas as formas de opressão dando ao espectador o poder de transformar o anti-modelo apresentado. Com o poder de ensaiar sua própria revolução, o público se torna um “espect-ator” e se vê em uma posição de poder para mudar a realidade.
No último dia 25, estreou o primeiro espetáculo que utiliza a técnica do Teatro-Fórum na Bahia. Em cartaz até o dia 18 de agosto, no Teatro Martin Gonçalves, a peça “O Pregador-Teatro-Fórum Antirracista” é uma readaptação de uma obra, de mesmo nome, apresentada pela primeira vez em 1995.
Nela, a personagem principal, Clara dos Anjos, tenta escapar do destino trágico que o racismo tem para ela. “Ao propor essa poética, Boal nos faz perceber que as opressões vivenciadas por Clara dos Anjos não são pessoais, são de todo o povo preto”, declara Licko Turle, diretor da peça.
A obra, dirigida por Licko Turle e com co-direção de Leonardo Moreira, é da CIA de Teatro da Universidade Federal da Bahia com co-realização da Pele Negra - Escola de Teatros Pretos, da Cooperativa Baiana de Teatro e da Cia Estupor de Teatro.
O ESPETÁCULO
Dividido em três etapas, a encenação visa analisar as relações entre opressor x oprimido, como forma de entender a dinâmica da violência estrutural. Em sua primeira fase, o público é estimulado pelo elenco através de jogos e exercícios teatrais.
Já na segunda fase, o elenco apresenta um anti-modelo, uma realidade social que precisa de mudança. Na última fase,os espectadores são convidados a se tornarem “espect-atores” e entram em cena para transformá-la.
O ELENCO
Com 10 atores negros de idades, naturalidades e realidades variadas, a peça possui um elenco variado, onde o mesmo personagem é apresentado por diferentes atores em diferentes dias. Conheça o elenco do espetáculo “O Pregador-Teatro-Fórum Antirracista”.
Anna Pires
Foto: Laiane Apresentação / Bahia Notícias
Com apenas 19 anos e natural de Salvador, Anna Roberta Pires sonha em cursar Medicina, mas encontrou no teatro a chance de estimular pessoas iguais a ela. “Chegou um momento em que como uma mulher preta, eu comecei a ficar inquieta para entender o que eu poderia fazer no futuro para estimular pessoas como eu”.
“E pessoas que também estivessem um pouco perdidas porque a verdade é que eu estava meio perdida mesmo. Estava em um período em que não aguentava mais esperar, o Enem estava me matando. Eu passava todo meu tempo em casa estudando. Então, eu queria me sentir útil para alguma coisa”, declarou Anna.
De acordo com Anna, ela entrou na peça porque estava procurando “pessoas que tivessem ideologias parecidas com as dela”. Por acaso, ela descobriu que estava acontecendo as audições para o espetáculo.
“A principal informação sobre mim é que eu sou uma mulher preta que tem doença de pele. E eu gosto de falar sobre a minha doença de pele porque essa doença tentou me matar muitas vezes e eu estou viva”, contou.
Para Anna, o ponto alto da peça é o momento do Fórum, principalmente quando o público é de maioria jovem. “A peça em si é uma peça forte mas a gente já está cansado de viver isso. Então, quando eu vejo meninos e meninas com poder de agir maior que o de pessoas adultas, eu fico chocada com como a nossa juventude negra é muito potente”.
Emille Barbosa
Foto: Júlia Batista
Filha de um pescador e de uma marisqueira, Emille Barbosa contou ao Bahia Notícias que sempre foi apaixonada pela arte e, por isso, não chegou a escolher o teatro, na verdade ele a escolheu.
Mulher quilombola, de 22 anos, natural de Santiago do Iguape, em Cachoeira, Recôncavo Baiano, Emille não sabe dizer há quanto tempo faz teatro. “Não sei se conta o tempo em que eu fazia teatro na igreja. Mas eu acho que faz uns 10 ou 11 anos”.
Já sobre o ponto alto da peça, a atriz contou que o ponto mais forte “é a coragem que o público tem de ir ao palco durante a parte do fórum e mudar uma cena que às vezes já aconteceu na vida real deles mas que eles não tiveram coragem de agir”.
“Então com coragem eles vão criar um novo cenário para aquilo que passaram”.
Kayk Souza
Foto: Reprodução / Instagram
“Um artista negro queer”, é essa característica que Kayk Souza quer que as pessoas se lembrem sobre ele. Com 20 anos de idade e 11 anos de teatro, Kayk já teve muitas casas em sua vida. Nascido em Itabuna, no Litoral Sul da Bahia, o ator cresceu em Porto Velho, Rondônia mas pede que lembre que veio de Serra Grande, Uruçuca.
Kayk começou no teatro aos 9 anos na Companhia Belas Artes enquanto ainda vivia em Rondônia.
“Eu comecei a fazer teatro no ministério da Igreja. Então falei para o meu pai que gostava daquilo que estava fazendo e pedi para ele procurar alguma coisa de teatro para eu fazer porque na minha escola não tinha. E aí ele me inscreveu no curso de teatro e desde então eu sigo. O teatro foi a forma que eu tive de me encontrar no mundo”, declarou.
Sem coragem para se inscrever na peça, Kayk foi incentivado por seu namorado. “Eu não queria fazer teste de elenco porque passava por um processo de vídeo e, eu tenho muita dificuldade. Mas meu namorado me apoiou. E aí eu consegui gravar o vídeo, fiz a seleção presencial e passei”.
Ludimila Agostinho
Foto: Reprodução / Instagram
Incentivada por um projeto da comunidade de Seabra, na Chapada Diamantina, onde nasceu e foi criada, Ludimila Agostinho começou a fazer teatro há 13 anos, depois que se sentiu acolhida e pertencente ao grupo de teatro da escola onde estudava.
“O projeto se chamava SOS Cidadania e foi lá que eu fiz a minha primeira peça. Em seguida, eu fiquei com um gostinho de quero mais. Então, na escola eu encontrei um grupo que se chamava mandalas e lá a gente começou a fazer teatro”, confidenciou.
O que a motivou a fazer teatro foi o acolhimento que recebeu dos colegas de teatro. “Lá as pessoas não me agrediram com gordofobia. Eu sofri muita gordofobia na infância, e foi com o teatro que eu aprendi a lidar com a minha identidade e com a minha imagem”.
Foi através de uma iniciação científica da UFBA que Ludimila chegou até a peça. “A gente passou a investigar mais a dramaturgia do espetáculo. É um espetáculo de 1995 e quando chegou em minhas mãos para fazer a leitura dramática foi bem impactante porque eu como uma uma mulher negra de pele clara me identificava com várias coisas que a personagem principal uma mulher preta retinta enfrentava”.
“Eu sou uma ‘artivista’ que é uma artista que não consegue enxergar a arte sem ser através da luta antirracista, da luta contra as diferenças de gênero e, de classe. Então acredito na arte política”, finalizou.
Luisa Rodrigues
Foto: Maré
Mineira só de nascença, Luisa Rodrigues conta que, na verdade, seu território é em Pituaçu e na Boca do Rio. Antes de nascer, sua família se mudou para Minas Gerais para viver “o sonho do concurso público”.
Motivada por sua alta sensibilidade, Lua entrou no teatro aos 4 anos. “Eu nunca consegui esconder as coisas que eu sentia e sempre percebi que as músicas me traziam reflexões de tudo que eu queria ter dito e não tinha conseguido dizer. Então, a primeira vez que eu ocupei um palco foi recitando uma música”.
“Eu entrei na UFBA no ano pandêmico. Tive quatro dias de aula e entramos no processo da pandemia. A única disciplina que eu consegui ficar foi com o Teatro do Oprimido nesse processo. Foi nessa disciplina que eu percebi que já fazia teatro do oprimido na minha comunidade sem saber”, disse.
Para Luisa, o ponto alto da peça é “quando a gente está diante de uma situação que não sabe como agir e, nesse momento, a gente ensaia as formas de agir diante dessas situações para que quando elas cheguem gente tenha uma noção de como a gente consegue agir”.
“O que é interessante perceber é que esse é um espetáculo que não é moldado bonitinho. Como estão os outros espetáculos é uma marcação de rua também, porque é pensado para que ele esteja em outros espaços. Além, é claro do teatro porque também é importante ocupar esse espaço elitizado que é o teatro”, finalizou.
Zola
Foto: Reprodução / Instagram
Mesmo tendo sido batizado como Matheus, Zola considera seu nome um pré-nome. Ele gosta mesmo de ser chamado de Zola. Com 24 anos, o ator nasceu no ABC Paulista, em São Paulo, mas atualmente mora em Camaçari.
Quando questionado sobre o que o motivou a entrar no teatro, a resposta foi simples: “Não sei”. A verdade é que Zola faz teatro há tanto tempo que não se lembra quando foi que começou. Sua sugestão é que seus pais observaram como ele era inquieto e colocaram ele no teatro como forma de extravasar toda sua energia.
“Eu era muito bagunceiro, queria fazer muitas coisas ao mesmo tempo. Eu comecei fazendo uma oficina de teatro que a prefeitura disponibilizava para as pessoas e aí fiquei por bastante tempo. Todo ano a gente fazia oficina e apresentava peças”, contou.
Zola destacou que gostaria que as pessoas soubessem que ele é um homem gay, negro, professor e artista. “Eu gosto muito de cantar, dançar e de fazer rap”.
RAIO
Foto: Júlia Batista
Se Matheus Gomes é um jovem tímido, RAIO não sabe nem o que significa a palavra timidez. Com 20 anos e natural de Feira de Santana, RAIO surgiu quando Matheus entendeu que a arte era o caminho que ele queria tomar na sua vida mas ainda faltava coragem para dar o primeiro passo em busca do sonho.
Motivada por uma professora, RAIO começou no teatro da igreja. “A professora falou para minha mãe que eu era muito bom no teatro e, eu já gostava muito dessa área. A partir do momento que ela falou isso, a minha mãe entendeu e decidiu me colocar para fazer”.
“Eu comecei a fazer teatro no Cuca - Centro de Cultura e Artes da UEFS –, onde eu conheci uma professora chamada Denise Chaves, esse nome é muito importante na minha vida porque ela foi a minha única professora de oficina de teatro que eu tive na minha vida”, declarou.
Sua entrada na peça envolve diversas coincidências. RAIO estava prestes a apresentar um teatro sobre Augusto Boal quando descobriu que iria acontecer a remontagem da peça.
“Eu estava com um seminário na minha matéria da faculdade que interligava com isso. Já estava pesquisando sobre o autor e eu me interessei muito sobre a didática e o que ele falava. Então eu pensei por que não estudar isso de uma forma prática, então foi aí que eu decidi participar da seleção”, declarou.
Thaísa Ingrid
Foto: Divulgação
Mulher negra de pele clara, natural da Mata Escura e iniciada no Candomblé, Thaísa Ingrid não tem uma relação contínua com o teatro. Ela começou seu primeiro curso voltado ao teatro, em 2015, após isso ela decide largar e e investir em outro curso. Tempos depois, ela se forma Técnologa em Segurança do Trabalho.
“Eu queria melhorar a minha apresentação pessoal, a minha oratória. E aí eu encontrei o curso de teatro para poder me desenvolver mais e agora não parece, mas eu era muito mais tímida do que eu sou hoje”.
Todavia, mesmo formada, Thaísa não passou muito tempo trabalhando na área. “Fui tentar me desenvolver dentro dessa área, fiz curso de bombeiro civil uma série de coisas. E aí de repente eu não consegui me desenvolver mais, não por não gostar, mas por não ter muitas oportunidades. Era uma área muito masculina e havia muitas exigências, tirar a documentação era muito caro, eu tinha que tirar habilitação e eu não tinha condições”.
Sobre a peça, Thaísa contou que a melhor parte é a função pedagógica que ela cumpre. “Não só para as crianças, mas para o adulto também. Por ser uma uma peça anti-racista. Então ela provoca também questionamento e faz com que até as pessoas brancas passem a se questionar. E também se perceber racista em determinados momentos”.
Thalia Anatália
Foto: Laiane Apresentação / Bahia Notícias
Mãe de uma menina, Thalia faz teatro há quase 10 anos. Anatália viu no teatro uma forma de se expressar. “Eu queria me comunicar porque eu sempre falei bastante, sempre fui uma criança muito comunicativa. Busquei outros caminhos e fiz geologia no ensino médio, acabei não concluindo o curso no IFBA, porque eu entendi que eu precisava me expressar”.
A aluna da licenciatura em teatro da UFBA da modalidade EAD com polo em Alagoinhas, descobriu que teria teste de elenco para O Pregador pelas redes sociais. O diretor da peça, Licko Turle, enviou a publicação para ela.
“Eu já tinha uma experiência anterior com ele. Ele foi o diretor do espetáculo Pele Negra Máscaras Brancas, que foi aqui a quinquagésima nona montagem da CIA de Teatro da UFBA”, relembrou.
Para ela, participar de uma peça com o elenco todo negro é uma “responsabilidade e uma tristeza”. “Porque é uma conquista pessoal, mas ao mesmo tempo é uma tristeza porque a gente imagina que em Salvador, que é a cidade mais preta fora do continente africano, deveriam existir mais montagens com um elenco todo preto ou com a maioria do elenco preta. Não só elenco como toda a equipe, mas esse debate é muito mais profundo”.
“Eu preciso falar com sua mulher negra de pele clara de cabelo crespo, que tem uma filha e que sou uma pessoa LGBT, que já trabalhei em algumas escolas, já fiz poesias no ônibus, já fiz parte do coletivo de poesia feminina”, finalizou ela.
A retomada das obras para construção de um teatro e do centro de convenções de Feira de Santana devem sair do papel. Nesta quinta-feira (28), o governo do Estado informou a contratação das empresas que ficarão a cargo de construir os dois espaços.
O valor do contrato é de R$ 56,3 milhões com prazo para a conclusão das intervenções em 14 meses. Quem arrematou a licitação foi o Consórcio Teatro Feira, composto pelas empresas Metro Engenharia e Consultoria e G Arquitetura e Urbanismo.
Foto: Antônio Queiroz / GOVBA
Em abril deste ano, a Câmara de Feira de Santana aprovou um projeto de cessão do terreno, situado no bairro São João, para o governo do Estado. A obra estava parada desde 2004 quando ainda vigorava o governo Paulo Souto (União).
Com 24 mil metros quadrados, o terreno que abrigará o Teatro Municipal e o Centro de Convenções ainda deve contar com estacionamento com capacidade para cinco ônibus e cerca de 180 vagas para carros.
Humorista, cantora, atriz e apresentadora, Nany People chega a Salvador para a estreia do seu novo show intitulado “Sob Medida – Nany canta Fafá”, em que presta homenagem a uma de suas musas, a cantora Fafá de Belém. O humor e a música se encontram em um espetáculo cheio de sucessos. A apresentação acontece no dia 01 de setembro, às 20h, no Teatro SESC Casa do Comércio.
Com direção artística de Marcos Guimarães, o espetáculo apresenta uma seleção de canções que marcaram a vida de Nany People, relembrando grandes sucessos de Fafá, incluindo hits como: Sob Medida; Meu Disfarce; Dentro de Mim Mora um Anjo; Nuvem de Lágrimas; e muitos outros escolhidos a dedo por Nany e pela própria Fafá.
O espetáculo une música e humor, com o estilo e o carisma que só a grande diva da comédia nacional é capaz de imprimir. Entre uma canção e outra, as histórias e curiosidades sobre a vida e a carreira de Nany, são contadas com muito bom humor por ela própria.
“Quero reverenciar e prestar homenagem à artista que me inspirou e me moveu, com a sua música, por toda minha vida pessoal e artística, Fafá de Belém.” diz Nany.
O primeiro lote, com preços promocionais, já está à venda, na bilheteria do Teatro e pelo site da SYMPLA, com valores a partir de R$40,00.
Após uma temporada de estreia com todas as sessões esgotadas em Salvador, a atriz Maria Menezes está pronta para encontrar o público de Feira de Santana, pela primeira vez, com a comédia "Maria AO VIVO! (ou Mamãe tá aqui)". O espetáculo acontecerá no dia 15 de julho, às 20h, no Centro de Cultura Amélio Amorim.
Com encenação de João Sanches e texto construído numa parceria entre o diretor-dramaturgo e a própria atriz, o espetáculo tem encantado plateias de diferentes gerações através do humor. Na peça, Maria Menezes interpreta a si mesma e a diversas personagens, fazendo uma analogia entre as etapas mais importantes da sua vida e os ciclos da lavagem de roupa numa máquina de lavar.
Misturando comédia e lirismo, vida real e ficção, Maria expõe vivências pessoais e percepções da mulher contemporânea, aproveitando sua experiência de escuta e de interação com o público das ruas para tocar em temas como casamento, gravidez depois dos 40 e vida profissional.
Sobre o retorno à cena em um espetáculo solo, a atriz relata: “É uma imensa alegria voltar ao palco, pela primeira vez num espetáculo solo. Há 15 anos frequento diversos bairros de Salvador com o microfone na mão, ouvindo histórias da população. Agora, estou compartilhando as minhas próprias histórias e muito feliz com a acolhida do público, é muito gratificante a identificação das pessoas com as questões que abordo na peça”.
Os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria do teatro ou através do Sympla.
A 29ª edição do Prêmio Braskem de Teatro selecionou, a partir de uma comissão julgadora, os 12 espetáculos do interior da Bahia que irão participar da “Mostra Interior em Cena”. O anúncio foi realizado nesta segunda-feira (3). No total, foram 33 montagens cênicas inscritas na etapa classificatória, que tem objetivo de divulgar e valorizar os artistas das diversas regiões do estado.
“Ficamos muito felizes com a participação de todos esses espetáculos da nossa Bahia. Isso revela a grande força que tem nosso teatro, na diversidade de temas, de concepções artísticas, de criatividade e de originalidade”, afirma Fernando Marinho, coordenador da comissão julgadora, destacando que os selecionados agora terão a oportunidade de compartilhar a arte do interior com o público da capital.
Como novidade, neste ano a premiação traz a realização da mostra em teatros de Salvador no mês de agosto. As 12 peças escolhidas estarão concorrendo a todas as categorias do Prêmio Braskem de Teatro. Realizada pela Caderno 2 Produções, a iniciativa conta com patrocínio da Braskem e do Governo do Estado, por meio do Fazcultura, Secretaria de Cultura e Secretaria da Fazenda.
Além de peças do interior da Bahia, espetáculos em cartaz de janeiro a setembro deste ano, em Salvador, e aqueles apresentados no ano de 2022, no formato presencial ou virtual, também podem participar da mais tradicional premiação das artes cênicas. Para esses casos, os grupos teatrais devem realizar o cadastro no site oficial da premiação até 24 de agosto. As peças irão concorrer em nove categorias: Ator, Atriz, Texto, Revelação, Espetáculo Adulto, Espetáculo Infantojuvenil, Direção, Performance e Categoria Especial.
Confira os selecionados para a "Mostra Interior em Cena":
A Comida (Lauro de Freitas)
A Menina das Pedras (Lauro de Freitas)
A Saga de João Caixote (Rio de Contas)
Adelino (Vitória da Conquista)
E Se... (Lauro de Freitas)
Encantos do Sertão (Feira de Santana)
Liberdade Raiou, Igualdade Não! (Juazeiro)
Músicas para Amar Demais (Juazeiro)
O Velho Lobo do Mar (Feira de Santana)
Os Rinocerontes (Feira de Santana)
Re-correntes (Juazeiro)
Só Depende de Nós (Feira de Santana)
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O governador Jerônimo Rodrigues (PT) anunciou, nesta segunda-feira (12), o lançamento do edital de licitação para a construção do Centro de Convenções de Feira de Santana. O Governo do Estado assumiu a obra, que estava paralisada desde 2004, e construirá o equipamento por meio da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder).
Além disso, o empreendimento inclui também o Teatro do município. O investimento previsto é R$ 56 milhões e as obras devem começar em até 90 dias.
“A gente cumpriu todos os prazos, concluiu os projetos e, nesta terça (13), estará publicado no Diário Oficial o edital de licitação para o tão sonhado Centro de Convenções de Feira. Depois de tantas etapas, começaremos as obras nos próximos meses”, disse o petista, durante coletiva de imprensa em Salvador.
O terreno abriga o Centro de Convenções, com 2.350 m² de área coberta para eventos, com capacidade para 1.600 pessoas, e auditório com 224 lugares, e o teatro, com mais de quatro mil metros quadrados de área construída, tem no projeto plateia com 639 assentos, foyer, bilheteria, house mix, salas diversas no pavimento térreo (camarins, salas multiuso) e no 1º pavimento (sala de dança, sala de música, sala de costura e salas multiuso). A área externa do empreendimento tem capacidade para cinco ônibus, 30 motos e 177 carros. Ao todo a área possui 23.190 metros quadrados.
Confira:
O Dia Mundial do Teatro está sendo celebrado nesta segunda-feira (27). A data foi criada em 1961 pelo Instituto Internacional do Teatro, uma organização vinculada à UNESCO. Com uma rica história e cultura, os palcos dos teatros de Salvador já receberam grandes artistas. Visando fomentar o eixo artístico teatral e as produções baianas, o BN Hall separou alguns teatros sediados em Salvador. Confira:
TEATRO CASTRO ALVES
O Teatro Castro Alves (TCA), localizado no Campo Grande, é palco de importantes espetáculos nacionais e internacionais. Patrimônio nacional, tombado pelo Instituto do patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em 2014, o TCA carrega uma arquitetura vanguardista e possui a Sala Principal, Sala do Coro, Concha Acústica, Foyer, Centro Técnico, Vão Livre, Jardim Suspenso e o Café Teatro. Em 2022, o TCA recebeu apresentações de artistas consagrados da MPB, como Maria Bethânia e Caetano Veloso. Recebeu também a turnê de despedida dos palcos de Milton Nascimento, além do show em comemoração dos 50 anos de carreira da artista galesa Bonnie Tyler.
Para o final de semana, o TCA contará com a seguinte programação:
Apresentação gratuita da Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA) em homenagem aos 150 anos de nascimento de Rachmaninoff, na sexta-feira (31); O Balé Teatro Castro Alves (BTCA) comemora 42 anos com obra que ocupa o jardim do Palácio da Aclamação, entre os dias 31 de março e 2 de abril.
(Foto: Divulgação)
TEATRO GREGÓRIO DE MATOS
Localizado no Centro Histórico de Salvador, o Teatro Gregório de Matos foi inaugurado em 1987, o espaço cultural é uma homenagem ao poeta baiano Gregório de Matos, um dos maiores representantes da literatura barroca no Brasil.
Além de sua programação cultural, o Teatro Gregório de Matos também é conhecido por seu papel na preservação da história e da cultura de Salvador. O espaço abriga o Museu da Cidade de Salvador, que possui um acervo com cerca de 200 mil itens relacionados à história da cidade, incluindo documentos, fotografias, obras de arte e objetos antigos.
Veja programação:
31/03 - Espetáculo Maria Ao Vivo, com Maria Menezes;
01/04 - Espetáculo Chiquita com Dendê, com Rita Assemany;
14/04 - Espetáculo Das “Coisa” Dessa Vida, com Ricardo Fagundes;
Para mais informações, acesse o Instagram @teatro.gregoriodemattos.
(Foto: Reprodução / Redes sociais)
TEATRO SESC CASA DO COMÉRCIO
O Teatro Sesc Casa do Comércio, localizado na Av. Tancredo Neves, é um dos mais nobres espaços culturais da capital baiana. O teatro dispõe de três foyers, um american bar e infraestrutura necessária para atender programações culturais e eventos.
Programação:
Nesta terça-feira (28), o teatro irá promover um encontro online sobre o tema "Pluralidade Dramatúrgica nos Circos Contemporâneos", com o ator, palhaço e diretor cultural, Diocélio Barbosa, e a artista circense, professora e pesquisadora, Maria Carolina Oliveira. Para mais informações, acesse o Instagram @teatrosesccasadocomercio.
(Foto: Divulgação)
TEATRO GAMBOA
O Teatro Gamboa fica localizado no centro histórico de Salvador. Inaugurado em 2002, o espaço está situado em um antigo galpão de armazenamento de cacau, que foi reformado e transformado em um moderno espaço cultural. O Gamboa Nova é conhecido por sua programação diversa, que inclui espetáculos de teatro, dança e música. Ele oferece uma programação regular de eventos, apresentando produções locais e nacionais, além de espetáculos internacionais.
Próximo espectáculo:
“O Avesso do Everest” (30/03, 19h): Em dado momento de sua jornada, uma menina se depara com um buraco no meio do caminho. Ela cerca a sua borda por alguns dias até chegar bem perto e olhar lá dentro. Movida por uma atração irresistível, resolve entrar. Entradas disponíveis para venda no https://www.teatrogamboaonline.com.br/.
(Foto: Divulgação)
TEATRO JORGE AMADO
O Teatro Jorge Amado foi inaugurado em 2001 e está localizado no bairro de Pituba, em uma área nobre da cidade. Com capacidade para cerca de 800 pessoas, o Teatro Jorge Amado é um espaço cultural moderno e bem equipado, que oferece uma programação variada de espetáculos de teatro, dança e música. Ele também é palco de eventos como palestras, conferências e workshops.
Veja programação para o final de semana:
Bita e os Animais – O Espetáculo (Turnê Oficial). A apresentação acontece nos dias 01 e 02 de abril, com os seguintes horários, sábado, às 11h e às 15h, e domingo às 11h e às 15h. Para mais informações, acesse o Instagram @teatrojorgeamado .
(Foto: Divulgação)
TEATRO SESI RIO VERMELHO
O SESI Teatro Rio Vermelho está situado no bairro de Rio Vermelho, um dos mais conhecidos e movimentados da cidade. O teatro é um espaço moderno e bem equipado. Além de espetáculos, ele também é utilizado para palestras, conferências e eventos corporativos.
O local é administrado pelo Serviço Social da Indústria (SESI), que busca promover o acesso à cultura para a população, oferecendo espetáculos de alta qualidade a preços acessíveis.
(Foto: Divulgação)
TEATRO VILA VELHA
Ao longo de sua história, o Teatro Vila Velha, localizado no Passeio Público, no bairro Campo Grande, tem sido palco para diversas manifestações artísticas, incluindo encenação, dança, música, literatura e cinema. A instituição tem uma forte tradição de fomento à cultura e à formação de novos artistas, através de cursos, oficinas e residências artísticas.
Entre os artistas que já passaram pelo palco do Teatro Vila Velha estão nomes como Antônio Abujamra, Márcio Meirelles, Gabriel Villela, Glauber Rocha, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia, entre outros. O teatro também é conhecido por ter sido um importante centro de resistência cultural durante a ditadura militar, abrigando peças e espetáculos censurados em outras instituições.
(Foto: Divulgação)
TEATRO MÓDULO
O Teatro Módulo, localizado na Pituba, é conhecido por ter sido palco para a estreia de peças teatrais baianas. O espaço possui uma programação cultural diversificada. Além disso, o Teatro Módulo tem um papel importante na formação cultural de novos artistas, oferecendo oficinas e cursos em diversas áreas artísticas. Construído há 22 anos pelo Colégio Módulo, o teatro diz ter como compromisso a promoção da arte e cultura.
(Foto: Divulgação)
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Salvador recebe em julho a Oficina de Interpretação O Corpo e A Palavra com o ator Osvaldo Mil. O artista baiano radicado no Rio de Janeiro é conhecido principalmente pelos personagens: Juca da novela “A Regra do Jogo” e Luis Carlos Guilherme da série na Netflix “O Mecanismo”.
Produzida pela Mil Produções Artísticas, com o apoio da Fundação Gregório de Mattos, a oficina acontece de 18 a 29 de julho, às segundas, quartas e sextas, das 14h às 16h30, totalizando 15h de formação, no Espaço Boca de Brasa Centro, na Barroquinha em Salvador. Para qualquer pessoa a partir de 14 anos interessada em atuar.
Na formação os participantes irão conhecer as diferenças na forma de interpretar no Teatro, no Cinema e na Televisão. As nuances da palavra que é dita de forma diversa nos diferentes veículos, assim como o corpo, instrumento físico do personagem.
As inscrições seguem até 17 de julho através da plataforma Sympla (clique aqui).
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A 7ª Mostra Prêmio Braskem de Teatro vai reapresentar, da quinta-feira (14) até o dia 15 de maio, os espetáculos que estão concorrendo à premiação.
O público poderá rever os trabalhos indicados em três categorias: performance, espetáculo adulto e infantojuvenil, de forma gratuita. Ao todo, serão 15 apresentações: De como me tornei invisível para caber no meu espírito, Gota D'Água, Barcarola Encantada, Arquivo Vivo, NAU, História do Mundão, Omorfiá, Para-iso, Metamorfose, Corpo Presente, A Filha da Monga, Zumbindo, Alcantil, Ensaio para um Redenção e Um Corpo de Palavras.
A cada semana, três peças serão exibidas durante quatro dias (de quinta a domingo), para que o público defina o melhor momento para assistir. As peças ficarão em cartaz no canal do YouTube Prêmio Braskem (acesse aqui).
A mostra é promovida pela Caderno 2 Produções Artísticas e patrocinada pela Braskem e Governo do Estado, através do Fazcultura, Secretaria de Cultura e Secretaria da Fazenda.
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A atriz Heloisa Périssé chegou a Salvador na quinta-feira (31) para protagozinar o espetáculo "A Iluminada", estreado em Portugal e inédito em Salvador.
A peça ocorrerá no sábado (2), às 21h, no Teatro Castro Alves, e se trata de uma comédia que conta a história de Tia Doro, uma palestrante que "coleciona" fracassos e passa a usar seu "azar" em benefício próprio, a levando ao sucesso, revertendo o que seria maldição, em benção.
Em terras baianas, Heloisa está sendo acompanhada pelo diretor da comédia, Mauro Farias.
A peça chegou a ser divulgada pela cantora Ivete Sangalo.
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O BBT Academy of Art, antigo Ballet Bahiano de Tênis, está trazendo novidades para o público (veja aqui). Muito além do nome diferente, o BBT Academy também está com novos cursos, que já têm data para inscrição.
As matrículas para os cursos de Teatro Musical, Canto, Música e Teatro terão início no próximo dia 15 de março, às 18h, no BBT Graça, com uma aula inaugural com o experiente produtor teatral Bernardo Berro, diretor geral do novo projeto.
Já as aulas de Jazz Musical serão conduzidas por Fefa Moreira, atriz e coreógrafa consagrada. As aulas de Canto serão ministradas pela cantora e maestrina Catharina Gonzaga, com vasta experiência em corais performáticos no Brasil e nos Estados Unidos, enquanto o curso de Teatro trará como professor Fausto Soares, dramaturgo premiado e pedagogo, que já estreou mais de 50 espetáculos. O curso de música (violão e ukulelê) será com o educador musical Fabrício Cyem.
Ainda no dia 15, acontece a aula inaugural de Teatro Musical com Bernardo Berro e contará também com presença de Fefa Moreira, vindos diretamente de São Paulo.
No primeiro momento será um bate papo com os pais e interessados em conhecer e tirar dúvidas sobre o projeto com o diretor Bernardo Berro e sua equipe, tendo, logo em seguida, as aulas de Jazz Musical, Canto e Interpretação.
Os interessados podem se inscrever através dos telefones: 71 99662-7507 e 99904-8040.
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Estão abertas, até o dia 15 de março, as inscrições para as oficinas de teatro "Meninas Podem!" e "Nós!", na 55 Condomínio Cultural, localizada na Rua Guedes Cabral, no bairro do Rio Vermelho.
Serão cinco turmas divididas por faixa etária, que contam com debates, jogos teatrais, contação de histórias, entre outras dinâmicas que são disponibilizadas para o público feminino a partir dos cinco anos de idade.
O valor para participação na atividade varia entre R$ 35,00 e R$ 80,00 de acordo com as possibilidades de contribuição de cada pessoa inscrita. As turmas são organizadas por idade, contando com horários pela manhã e tarde, acontecendo entre 19 e 20 de março.
As interessadas podem solicitar participação através de um link do Sympla (veja aqui).
GrupA de Teatro - A Panacéia
A realização do evento vem da GrupA de Teatro - A Panacéia, que tem tradição no campo das Artes Cênicas dentro e fora de Salvador, em espetáculos ou cursos, desde 2008.
O projeto "Meninas Podem" foi idealizado em 2019 e, desde então, foram realizadas sete edições da oficina, que tem como objetivo central abrir espaço para que as participantes possam descobrir e explorar criativamente histórias de mulheres reais.
O foco das atividades se encaminha tanto para olhar para figuras da História, como também mulheres que tenham servido de inspiração para cada participante, que podem ser suas mães, avós, tias, entre outras.
"Tem sido muito inspirador acompanhar o que é gerado pelas meninas durante os encontros: figuras históricas que elas pesquisam, histórias de mulheres das famílias, histórias criadas em conjunto, cenas improvisadas, textos, desenhos…", conta Camila Guilera, criadora do evento junto a Ana Luísa Fidalgo.
O coletivo também leva a oportunidade para o ambiente escolar, em colégios de educação infantil e fundamental I, visando promover o compartilhamento de histórias e reflexões acerca das lutas pelos direitos das mulheres, portanto, as instituições interessadas podem entrar em contato com a grupA, através de sua página, no Instagram.
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Para celebrar o Dia das Crianças, as Bibliotecas Públicas do Estado da Bahia terão uma programação especial durante todo mês de outubro voltada para o público infantil.
Com atividades virtuais e presenciais, as unidades geridas pela Fundação Pedro Calmon (FPC) promovem atividades como contações de histórias, brincadeiras, oficinas literárias e oficinas teatrais.
Dentre os destaques da programação estão a contação de história da obra “Bia a Nuvem Que Não Queria Chover”, de Iray Galrão, dia 19, às 14h30, na Biblioteca Anísio Teixeira (BAT); a oficina criativa de confecção de brinquedos com palitos de picolé, nos dias 6, 13, 20 e 27, na Biblioteca Central; e teatro de fantoche, na Biblioteca Infantil Monteiro Lobato (clique aqui e confira a programação completa).
Inspirado em uma realidade muito próxima, artistas baianos lançam, neste domingo (18), o curta-metragem “O Mundo Acabou?”, que narra o cotidiano de insegurança de um grupo de teatro que se viu obrigado a suspender a temporada de um espetáculo por causa da pandemia. A obra ficará disponível gratuitamente no Youtube, até o dia 31 de julho.
Com 25 minutos de duração e classificação etária de 14 anos, o filme é um desdobramento da websérie homônima, que foi lançada em agosto de 2020. O curta conta a história dos membros desse grupo durante os cinco primeiros meses da pandemia. Impedidos de trabalhar e obrigados a ficar em casa, eles passam a dialogar em videochamadas e chats por aplicativos. Na pauta das conversas, são discutidos temas como solidão, falta de perspectiva de trabalho e a possibilidade de seguir na profissão. Diante de tantas dúvidas, os artistas recorrem à canção de Assis Valente para questionar: “será que o mundo acabou?”.
Com roteiro de Aícha Marques, produzido por Analu Tavares e idealizado por Mariana Moreno, o filme trata-se de um “flash” na vida da personagem Martha (Aícha Marques), diretora teatral do grupo fictício, e dos atores Pedro (Leandro Villa), Amanda (Analu) e Larissa (Mariana Moreno) em meio a lockdowns, isolamento social, toques de recolher e a espera pela vacina contra a Covid-19. O filme tem ainda Barbara Borgga como atriz convidada e traz o escritor e jornalista Jean Wyllys em inusitada participação especial.
O curta foi realizado a distância, a partir de reuniões virtuais e equipamentos individuais. “Dos atrasos das primeiras reuniões à finalização do filme, existiu a construção do que nos tornamos na pandemia. Ansiosos pelo fim, assustados com as novidades e angustiados com a incerteza do futuro próximo. Estes personagens são, cada um à sua loucura, nós todos”, conta o diretor João Lins.
SERVIÇO
O QUÊ: Curta-metragem “O Mundo Acabou?”
QUANDO: 18 a 31 de julho
ONDE: Youtube - www.youtube.com/c/pontomovfilmes
VALOR: Grátis
Dirigido por Denys Silva, o espetáculo “Manifesto da Diversidade” faz única apresentação online no dia 17 de maio, Dia Internacional de Combate à LGBTfobia. A montagem vai ao ar a partir das 19h, no Youtube (clique aqui). Antes disto, nesta segunda-feira (10), no mesmo horário, o público poderá participar de um bate-papo sobre o tema, no Instagram do projeto.
A obra teatral poética denuncia a LGBTfobia e traça paralelos com o racismo e o machismo. Para estimular reflexões, a montagem utiliza metáfora do ciclo da borboleta para comparar a trajetória de uma pessoa trans no Brasil que, segundo estatísticas, tem expectativa de vida de 35 anos.
“Fazemos uma relação entre as quatro fases da borboleta e a vida de uma mulher trans. O Ovo que representa o obstáculo do nascimento; a Lagarta que ilustra a fome por autoconhecimento e as dificuldades desde caminhar; o Casulo faz alusão à morte subjetiva e ao processo de transição tão dolorido que leva esta a se fechar para o mundo; e, por fim, a Borboleta que finaliza o ciclo com a saída desse ‘armário’ para se transformar no ser alado pronto para vivenciar a plenitude do seu verdadeiro Eu”, revela Alex Gurunga, que assina o texto e parte do roteiro da obra.
O elenco é composto pelos artistas Alex Gurunga, Denise Rocha, Elivan Nascimento, Kenuu Alves e Tiago Costa, com participação especial de Fabiane Galvão.
A desigualdade entre gêneros, já cristalizada na sociedade brasileira, ficou mais acentuada na pandemia do novo coronavírus, impactando sobretudo as mães no mercado de trabalho. De acordo com um levantamento do Sebrae, no período de isolamento a sobrecarga nos afazeres domésticos implicou na redução de 33% do tempo dedicado aos negócios pelas mulheres com filhos, contra o impacto de 24% dos pais.
Segundo o estudo, no terceiro trimestre de 2020, a proporção de mulheres à frente de empreendimentos caiu um ponto percentual em comparação a 2019, chegando a 33,6% dos cerca de 25,6 milhões de empresários no país. Em números absolutos, o total fica abaixo do registrado em 2017, com 1,3 milhão de mulheres a menos à frente dos negócios.
Um dos setores mais afetados financeiramente pela pandemia, a Cultura não ficou imune, já que também abriga mães que tiveram que se reinventar para trabalhar, manter a criatividade, prover a subsistência e ainda se dedicar aos cuidados dos filhos.
Neste Dia das Mães - o segundo em período de pandemia -, o Bahia Notícias conversou com algumas artistas, que relataram suas rotinas e contaram estratégias para superar os desafios inéditos, além dos habituais.
No intuito de abarcar a pluralidade, o BN procurou representantes de diversas construções familiares. Abrindo espaço em suas agendas atribuladas, seis delas aceitaram: Hilda Lopes Pontes, Claudia Leitte, Cecília Amado, Illy, Emanuelle Araújo e Márcia Short. Ao final, elas gravaram vídeos nos quais revelam o presente que gostariam de ganhar este ano.
HILDA LOPES PONTES
Hilda, a filha Penélope e o Companheiro Klaus Hastenreiter nas gravações do curta-metragem 'Mamãe' | Foto: Reprodução / Facebook
É exatamente sobre a árdua experiência da maternidade durante o período de crise sanitária que trata o novo trabalho da roteirista e diretora de cinema baiana Hilda Lopes Pontes. “O curta-metragem eu escrevi durante a pandemia se chama ‘Mamãe’, e eu dirigi junto com meu companheiro Klaus agora em fevereiro. É sobre esse cotidiano de uma mãe que se vê trabalhando em casa sozinha com a filha, porque ela precisa ficar isolada do marido que trabalha fora. E eu tentei um pouco externalizar esse sentimento de sobrecarga, desse sentimento de imperfeição que todas as mães sentem de que elas não estão dando o suficiente, mas ao mesmo tempo se sentem esgotadas”, explica a mãe de Penélope, de cinco anos.
O filme tem lançamento previsto ainda para este mês e traz consigo as reflexões e vivências da própria artista sobre o momento. Para ela, ser mãe durante a epidemia e trabalhar em home office tem sido muito desafiador, ainda que tenha o companheiro como grande parceiro. “A gente trabalha junto na mesma coisa, mas em vários momentos eu precisava sentar, escrever, e minha filha só queria ficar comigo. Aí senta no colo pra escrever página de roteiro, 90 páginas de roteiro que precisavam ser escritas durante pouquíssimo tempo. E aí a gente fica nesse sentimento de que a nossa filha está precisando de afeto, de atenção, porque ela está sem escola, sem conviver com pessoas da idade dela, ao mesmo tempo que a gente precisa trabalhar”, conta a diretora, relatando momentos de estresse e medo, em contraste com a busca por equilíbrio.
Lembrando da batalha para coordenar o dia a dia e dividir as tarefas, ela diz que muitas vezes se sentiu sobrecarregada, mas percebeu também a oportunidade para estabelecer uma conexão ainda maior com a filha. “A gente se conhece muito mais, a gente criou coisas novas, o nosso momento da conversa, eu comecei a ler mais pra ela. Ao mesmo tempo que é difícil, eu consigo ver como um momento de muita troca com minha filha, e hoje eu conheço ela de uma maneira muito especial e criei um elo muito poderoso”, avalia Hilda, que comemorou ainda o momento em que Penélope atuou em seu novo projeto. “A gente gravou um filme e nossa filha atua nele, foi um momento em que a gente conseguiu colocar ela pra trabalhar junto com a gente e foi muito incrível, muito feliz. A gente conseguiu unir as duas coisas”, conta a diretora, para quem o filme foi um momento de “expurgar” as dores e repensar a batalha diária de ser mãe, que já era complicada e com a pandemia é ainda mais.
CLAUDIA LEITTE
Claudia, o marido Márcio Pedreira, e os filhos Davi, Rafael e Bela | Foto: Reprodução / Instagram
Para a cantora Claudia Leitte, a pandemia chegou em um momento de reforço da sua maternidade. Quando foi decretado o fechamento das fronteiras para conter o avanço do novo coronavírus, a baiana estava nos EUA e recém-parida da pequena Bela, sua terceira filha, fruto do relacionamento com o empresário Márcio Pedreira. Além da bebê de um ano e meio, ela é mãe de Davi, de 11 anos, e Rafael, de oito anos.
Ao longo desse tempo, o desafio foi manter as atribuições da carreira artística, em meio às restrições e ao cancelamento do Carnaval - como integrar o corpo de técnicos do The Voice Brasil + (voltado para o público mais velho) e lançar músicas, a exemplo de “Agradece”, parceria com Natiruts - e conciliar tudo com as atividades dentro de casa com a família.
"Eu sempre fiz questão de estar super próxima dos meus filhos, mesmo na correria do dia a dia, então eu estava bem acostumada em ser mãe coruja enquanto trabalhava. Na pandemia, isso só se potencializou porque passamos mais tempos juntos. Eu me virei em 10 - cozinhando, cuidando de Bela, fazendo lição de casa com meus filhos, reuniões, tudo ao mesmo tempo! Mas aqui em casa todos ajudam, cada um com uma tarefa, então foi massa ver a gente se reunindo para resolver todas as demandas que tivemos", admite.
CECÍLIA AMADO
Cecília e o filho Felipe | Foto: Arquivo Pessoal
Neta de Jorge Amado e Zélia Gattai, a cineasta Cecília Amado concilia suas várias facetas há muito tempo, mas também tem sentido o impacto do isolamento. “Ser artista, viver de arte, ser mulher, ser mãe é a minha vida há 15 anos desde que meu filho nasceu. Eu levei ele na barriga pro set de filmagem, até praticamente seis, sete meses. Eu estava trabalhando no set e ele estava na barriga”, lembra ela, revelando que atualmente tem se dedicado às etapas do trabalho audiovisual que podem ser feitas em casa e não envolvem aglomerações, a exemplo de produção, edição e criação.
“O que aconteceu na pandemia é que toda essa parte que acontecia dentro da produtora, tudo que não era a filmagem, continuou podendo acontecer de forma home office. Então, tenho vivido essa experiência. Estou longe dos sets desde que a pandemia começou, sou uma pessoa muito preocupada em evitar os contágios, então eu recusei alguns trabalhos que seriam no set de filmagem, justamente para preservar minha família, apesar de que é complicado a gente viver distante do set tanto tempo”, conta a cineasta, que concluiu sua última gravação exatamente no dia 16 de março de 2020, um dia antes do governo anunciar oficialmente que o país estava em pandemia.
“Na véspera de sabermos que estávamos em pandemia oficialmente eu concluí a filmagem então, de lá pra cá, eu tenho trabalhado na pós-produção dessa série. Tive alguns projetos adiados, como eu falei, por conta da filmagem, mas ao mesmo tempo que eu estou finalizando um, também tem essa parte de criação de novos projetos, de escrita de roteiro, essa parte de produção, planejamento, captação de recursos. Isso tudo, é como se eu tivesse transferido a minha parte da produtora, que é a Tenda dos Milagres, pra dentro de casa e para o convívio com meu filho”, detalha Amado.
Assim como outras artistas com agendas e rotinas atribuladas pela atividade laboral, a cineasta também tem aproveitado a oportunidade de estar mais dentro de casa para estreitar ainda mais os laços com o filho Felipe, de 15 anos. “Sem romantizar, porque home office é uma coisa que deveria ser provisória, mas ao mesmo tempo é muito bom estar com ele por perto”, pondera Cecília. “Então a gente pode estar mais juntinho, se ver, fazer uma parte de colaboração mesmo, eu mais atenta ao seu desenvolvimento na escola, e ele também atento aos trabalhos”, acrescenta.
Cecília com o filho Felipe no set do filme "Capitães da Areia" | Foto: Arquivo Pessoal
Típico do trabalho home office, o momento de parar tem sido um dos desafios para a diretora de cinema. “Eu sou muito caxias, muito trabalhadora, então às vezes o home office ocupa um espaço da casa muito difícil, porque a gente não quer desligar antes de acabar o trabalho e o filho está querendo um colo, um carinho, uma atenção, uma troca, e você está no computador trabalhando, está nas tantas e tantas videoconferências, porque a gente passa a morar praticamente dentro do computador”, revela a artista, que na busca desse equilíbrio encontra em Felipe um grande parceiro.
“Hoje, graças a Deus, tenho um filho de 15 anos super bem resolvido, com muita autonomia, muito carinhoso, e ele me ajuda no trabalho, principalmente em trabalhos para a infância e adolescência. É um tema que eu invisto bastante, então eu mostro como estão ficando os projetos pra ele, peço opinião, peço dicas, ele faz pesquisas para os meus projetos, então é uma troca muito bonita”, diz Cecília, que torce para o retorno aos sets de filmagem, reconhece a importância de separar o espaço de casa e o do trabalho, mas enquanto a normalidade não se restabelece aproveita o convívio diário entre mãe e filho.
ILLY
Illy com o filho Martim em maio de 2020 | Foto: Reprodução / Instagram
Para a cantora Illy, mãe de Martim, nascido pouco antes da pandemia, em dezembro de 2019, o isolamento não é fácil, mas tem sido superado por uma rede de apoio e jogo de cintura para se adaptar à nova realidade.
“A pandemia parou nossas carreiras, com relação a show, mas o mundo digital serviu como uma saída pra gente, e os lançamentos digitais também, como uma forma de acalanto pro nosso público”, avalia a artista, que no início do período de restrições lançou o disco "Te Adorando Pelo Avesso", com repertório de Elis Regina. “Foi um álbum muito significativo pra mim, muito importante de ter lançado neste momento, porque leva a uma reflexão diante de tudo que a gente está vivendo”, avalia a artista, que transformou o próprio quarto em home studio e tem “se virado” durante o período de isolamento social.
“E continuei fazendo as coisas, recebendo convites para singles, participando de gravações e tudo isso com um filho que tem só 1 ano e 4 meses agora. Foi uma doideira, eu pedi ajuda pra minha mãe algumas vezes, e foi meu marido que divide todas as tarefas comigo e que me ajuda com meu filho em casa, eu e ele cuidando de nosso Martim”, lembra a cantora, que se diz privilegiada por ter suporte da família. “Moro no mesmo prédio que meu pai, minha mãe também mora muito próximo a mim, são pessoas que estão totalmente isoladas, e eu pude recorrer a eles nos momentos de aperto, nos momentos mais difíceis, mas na maioria das vezes eu tive que dar conta mesmo sozinha, eu e meu marido. E assim a gente foi levando a nossa vida com uma criança e todos os trabalhos que a gente tinha pra fazer em casa”, revela.
Resiliente, ela diz que o importante é “arranjar um jeito de viver de arte”, mesmo diante das dificuldades. Para isso, ela lançou mão de algumas soluções criativas. “Foi tudo muito desafiador, porque me vi dentro do guarda-roupa gravando voz pra amigos e até para meu próprio disco, para meus próprios lançamentos. Então, foram coisas bem diferentes que eu vivi nessa quarentena”, lembra Illy.
EMANUELLE ARAÚJO
Emanuelle Araújo e a filha Bruna | Foto: Reprodução / Instagram
Mãe de Bruna, a atriz Emanuelle Araújo vê como o maior desafio na pandemia administrar a distância e o desejo de estarem juntas. “Minha filha não mora mais comigo, ela já tem 27 anos, mas temos uma vida bastante entrelaçada ainda. O que foi mais difícil foi a questão de não nos vermos, porque a gente está nesse momento de muita preocupação de encontrar”, conta a artista, revelando que o Dia das Mães de 2020 foi solitário, mas este ano a data será celebrada ao lado da filha, em um almoço, após ambas fazerem testes de Covid-19.
“Acho que para os filhos que moram fora de casa ficou essa sensação de sempre ter uma preocupação para encontrar. Ficou mais difícil pra encontrar e a gente ter que lidar com isso de uma nova forma, como tem sido tudo nessa realidade difícil”, avalia a atriz, que na pandemia chegou a se isolar em uma casa no campo.
MÁRCIA SHORT
Márcia Short e os filhos Daniel e Valentina, em 2018 | Foto: Arquivo Pessoal
“Mãe duas criaturas de dois extremos totalmente diferentes”, a cantora Márcia Short diz que conciliar a maternidade e o ofício de artista durante a pandemia tem sido desafiador, sobretudo diante das especificidades de cada um dos rebentos, que agora na quarentena ficam ainda mais juntos no seio familiar.
“Eu sou mãe de um homem de 34 anos que é deficiente intelectual, tem autismo, e tem sido bem complicado conduzi-lo, porque, se em pessoas ditas normais a ansiedade tem imperado, imagine para o autista que tem dificuldade de compreensão de tantas coisas que acontecem à sua volta”, conta Márcia sobre o convívio com Daniel, revelando que os dois vivem momentos de altos e baixos intensificados pela quarentena. “Há dias de muita interação, há dias de interação nenhuma. Dias de depressão, dias de muita tristeza, porque ele quer sair e por conta do distanciamento e das medidas preventivas da Covid a gente não pode fazer do jeito que deveria. O máximo que eu consigo é botar ele no carro, dar uma volta, caminhar um pouco numa praia, quando elas estão liberadas”, relata a artista, destacando a importância de dar o exemplo na condução de seus atos durante a crise sanitária.
No outro extremo, Marcia divide sua atenção ainda com a filha Valentina, de 12 anos, em idade escolar. “É uma pré-adolescente com muita saudade do convívio com os colegas, muita saudade da escola, muito tempo no computador e no celular, e isso acaba gerando conflitos entre a gente. Mas com amor e paciência eu estou conduzindo da melhor maneira possível, pedindo a Deus que essa vacina chegue logo pra gente poder retomar a nossa vida”, detalha.
Como muitas mulheres brasileiras, além dos filhos, a cantora dá conta ainda dos cuidados da mãe. “De quebra tenho uma mãe octogenária, que é uma criança grande, uma criança com autonomia, e que a gente também tem que contornar e conduzir pra mantê-la segura dentro de casa”, conta Márcia Short. “Ela já tomou a primeira dose e agora a expectativa é que ela tome a segunda dose e assim possa se libertar, como ela mesma diz (risos)”, completa.
O projeto “Solos em Todos os Solos - SSA” reexibe no canal Território Sirius no YouTube, gratuitamente, neste sábado (24) e domingo (25), sete espetáculos teatrais. Idealizada por Fábio Vidal e Vinícius Piedade, a iniciativa tem como propósito valorizar e conectar realizadores cênicos da Bahia.
A programação adulta contará com os solos “Aos 50, quem me aguenta?”, com Edvana Carvalho; “Qualquer coisa a gente inventa”, com Meran Vargens; “Sobretudo amor”, de Mônica Santana; “Retratos imorais”, com João Guisande e “Joelma”, com Fábio Vidal. Já o universo infanto-juvenil será representado por “A mulher que matou os peixes”, com Maira Lins e “O Barão nas árvores”, com Marcos Lopes.
“Solos em Todos os Solos - SSA” é uma realização do Território Sirius e Multi Planejamento Cultural, contemplado pelo Prêmio Anselmo Serrat de Linguagens Artísticas, da Fundação Gregório de Mattos.
O projeto Calu Brincante dá continuidade a suas iniciativas de levar tradição, memória e ancestralidade para o público infanto-juvenil com a apresentação do espetáculo Sarauzinho da Calu e a performance Circo Poesia, que acontecem gratuitamente neste domingo (18), a partir das 16h no canal Calu Brincante no YouTube.
Vencedor do Prêmio Braskem de Teatro 2020 como melhor espetáculo infanto-juvenil, o Sarauzinho da Calu foi adaptado para o formato online. Com música, histórias, canções e poemas originais, a montagem fala da importância de conhecer os sonhos de crianças negras, respeitando a tradição, memória e identidade. O espetáculo tem a direção de Cássia Valle, codireção de Leno sacramento, direção musical de Cell Dantas e iluminação de Rivaldo Rio.
Também já está disponível em todas as plataformas digitais o disco do Sarauzinho da Calu, com as músicas originais do espetáculo e o jogo virtual que resgata brincadeiras antigas para o universo digital.
Os espetáculos encerram a temporada de apresentações artísticas financiadas pelo projeto contemplado no Prêmio Anselmo Serrat de Linguagens Artísticas, da Fundação Gregório de Mattos, por meio da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc.
O Bando de Teatro Olodum realiza, entre os dias 06 e 10 de abril, a 11ª edição do Festival de Arte Negra A Cena Tá Preta, em formato totalmente online e gratuito. O Festival integra as comemorações pelos 30 anos de trajetória da companhia e apresentará sete espetáculos do repertório do grupo, entre montagem infantil e adulto, além de leitura dramática, mesa redonda e oficinas.
Os espetáculos que serão transmitidos pela internet contam com a direção ou atuação de artistas do Bando de Teatro Olodum. A leitura dramática e as ações formativas também serão realizadas no ambiente virtual por meio de videoconferência.
As oficinas serão: Preparação do ator/atriz, com a atriz Valdinéia Soriano e o ator Ednaldo Muniz; Música para o Teatro, com o músico e compositor Jarbas Bittencourt; Memória e Identidade, com a atriz e museóloga Cássia Valle; e Preparação Corporal (o corpo na cena), com o dançarino e coreógrafo José Carlos Arandiba (Zebrinha) e Arismar Adoné Jr. As inscrições para as oficinas estão abertas de 8 a 28 de março, e as vagas são limitadas.
Na abertura do Festival, na terça-feira (6), às 18h, acontece a palestra “A história do Teatro Negro no Brasil e sua dramaturgia”, com a doutora em Difusão do Conhecimento pela UFBA, Mabel Freitas, autora do livro "Bando de Teatro Olodum: uma política social in cena" (Editora UFPE, 2014). Logo depois, Mabel Freitas participa de mesa redonda, juntamente com o ator, diretor e dramaturgo ngelo Flávio e mediação do ator Fábio Santana, sobre a temática da Performance Negra, com interação do público, que poderá enviar comentários e perguntas online.
Integram a programação do Festival A Cena Tá Preta 2021, as montagens: Maloquêro, texto e atuação de Jhoilson de Oliveira e direção de Merry Batista; Nas Encruza, texto e atuação de Leno Sacramento e direção de Roquildes Júnior; Se Deus fosse preto (O legado de LOID), texto e atuação de Sergio Laurentino e direção de Jean Pedro; Vi(elas), que tem atuação de Inah Irenan, texto de Leno Sacramento e direção de Leno Sacramento e Roquildes Júnior e o Recital Vozes Negras, concepção e direção de Jorge Washington e elenco formado por Luciana Sousa, Denise Correia, Fábio Santana, o violonista Mauricio Lourenço e o cantor Dão, como convidado especial.
Completam a programação os infantis: Boquinha ... E assim surgiu o mundo, texto de Lázaro Ramos e direção e atuação de Ridson Reis e Sarauzinho da Calu, vencedor do Prêmio Braskem de Melhor Espetáculo Infantil 2020, com texto e direção de Cássia Valle e grande elenco.
Um espetáculo cênico, educativo, patrimonial, que se debruça criticamente sobre o patrimônio. Artistas através de poesias burlescas, de levantes hip hip e outras tecnologias artísticas fazem uma leitura afrodiaspórica, periférica, social, poética e crítica de hermas/monumentos espalhados pelas praças públicas da capital.
Este é o levante dramatúrgico de O Museu é a Rua, montagem com texto e direção de Fabrício Brito e idealizado pelo grupo de arte popular A Pombagem, a ser apresentado pelo tecido urbano de Salvador em uma temporada virtual que traz o diálogo entre teatro de rua e educação patrimonial. Inspirado no desfile do Dois de Julho, esta ocupação cultural passará por quatro praças da capital baiana com exibição virtual aos sábados do mês de abril (03, 10, 17 e 24), sempre às 14h, pela fanpage do projeto O Museu é a Rua.
A cada praça, a dramaturgia coringa homenageia um artista e/ou personalidade conforme a seguinte programação: na Praça dos Trovadores (Fazenda Grande do Retiro), no dia 3 de abril, será o compositor Catulo da Paixão Cearense; no Largo da Soledade (Liberdade), no dia 10 de abril, em que está localizada a Estátua a Maria Quitéria, o grupo homenageia as mulheres que participaram da Independência da Bahia.
Já no dia 17 de abril, no Busto a Labatut, no Largo da Lapinha (Lapinha), é a vez do espetáculo de caráter educativo patrimonial homenagear caboclos e guerreiros que participaram do Dois de Julho. Para encerrar seu desfile artístico, O Museu é a Rua vai a herma do escritor, jornalista, advogado e poeta preto Luiz Gama, no Largo do Tanque, no dia 24 de abril, para recitar seus versos e Trovas Burlescas, festejar a importância deste para o povo preto e sua libertação.
Para Manu Ribeiro, produtora do projeto, esta configuração virtual possibilita "adentrarmos no universo das plataformas digitais e ampliarmos, assim, o alcance de nossas produções culturais. Isso viabilizará uma abrangência maior e possibilitará o amplo acesso. Isso não compromete a essência do projeto, uma vez que se mantém elementos do espetáculo (o cenário, a dramaturgia e a direção de encenação)".
Ocorrerão ainda às rodas de conversa a serem transmitidas ao vivo nos mesmos sábados, sempre às 19 horas, pelo Instagram do grupo A Pombagem. Em formato de lives, os bate papos terão como convidados artistas de teatro de rua que dialogam com a questão do patrimônio cultural. No dia 03 de abril, a artista Janete Brito, integrante do A Pombagem, conversa com Mirna Rolim e Bruno Dutra, ambos da Cia Benedita na Estrada (Campinas/SP).
Idealizado pela atriz e produtora Eddy Veríssimo, o projeto “Sobejo - Porque ainda é preciso gritar” une arte e mobilização social, com apresentações teatrais ao vivo e debates sobre violência contra a mulher e feminicídio.
Dentro da iniciativa, a artista apresenta o solo “Sobejo” nos dias 31 de março e 5 de abril, a partir das 19h, no Youtube (@sobejo.espetaculo). O monólogo, que rendeu a indicação de Eddy Veríssimo à categoria de melhor atriz no Prêmio Braskem de Teatro em 2016, conta com trilha sonora de Roquildes Júnior e tem direção do dramaturgo Luiz Buranga. O espetáculo narra a história de Georgina Serrat, uma mulher que vê sua saúde mental, felicidade e sonhos destruídos quando descobre no casamento a face violenta do marido.
Já nos debates, que ocorrem após a exibição do espetáculo, a artista recebe mulheres que estão na linha de frente no combate à violência contra a mulher, a exemplo de representantes da Ronda Maria da Penha, Conjunto Penal Feminino de Salvador, Ministério Público da Bahia da Vara da Violência Doméstica, Delegacia de Apoio à Mulher (DEAM) - Brotas, Coletivo de Mulheres do Calafate e também da Secretaria de Política para Mulheres (SPM).
Em cartaz em temporada virtual, o solo “O Último Capítulo” faz mais duas apresentações, nos dias 24 e 31 de março, com transmissão a partir das 20h, no canal oficial do grupo Toca, no Youtube (clique aqui). A montagem narra a tragicômica história de Matias Deodato, um estudante de direito que planeja dar um fim à sua existência ao vivo, transmitindo nas redes sociais reflexões sobre o sentido da vida, enquanto passeia entre os cômodos da casa em que cresceu.
Realizado dentro do projeto “Última Live”, em parceria com o Centro de Valorização da Vida (CVV) e a Associação Brasileira de Estudos e Prevenção do Suicídio (ABEPS), além do espetáculo teatral, a iniciativa prevê bate-papos com psicoterapeutas e voluntários do CVV.
Mediado pelo ator Danilo Cairo, o debate do dia 24, realizado após apresentação, terá a participação da psicóloga Luana Lima, que utiliza o fundo cômico da trama para aprofundar entendimentos sobre “A juventude e a expressão do mal estar na atualidade”. No mesmo encontro, o psicoterapeuta Rocha Júnior abordará o tema “Vida: do virtual ao real – Estudo, Trabalho e Afetos”.
Neste sábado (20), é celebrado o Dia Nacional do Teatro para a Infância e Juventude. A partir deste mês de março, a Fundação Gregório de Mattos (FGM) promove uma programação gratuita de teatro para o público infanto-juvenil, adaptada às medidas de isolamento social em vigor na capital baiana por causa da pandemia.
O projeto "Calu Brincante – Ocupação Lúdica" realiza o "Sarauzinho da Calu", até o próximo dia 30. As atividades envolvem jogos eletrônicos, oficinas on-line e performances interativas para crianças em isolamento, em ocupações de praças da Cidade Baixa, e podem ser acompanhadas pelo Instagram.
A oficina de performance "Escrevivências" reúne teatro, dança, literatura, memória, identidade, escrita criativa e acessibilidade em apresentações bilíngues, nas quais a Língua Brasileira de Sinais (Libras) faz parte do conteúdo programático. O projeto tem como público-alvo crianças e jovens de 10 a 14 anos, vinculados a instituições comunitárias da periferia de Salvador, e o propósito é realizar um mapeamento de pessoas surdas. As oficinas, transmitidas pelo Instagram, terminam no dia 30.
O espetáculo teatral "Zumbindo" narra as aventuras da menina Akotirene e seu amigo imaginário Zumbi dos Palmares. Seu objetivo é abordar de forma lúdica o legado cultural africano e afro-brasileiro, discutindo questões que permeiam a infância das crianças negras. As apresentações serão transmitidas ao vivo e contarão com bate-papo on-line entre os dias 27 e 29 de abril.
Também no próximo mês, a "Iaô – Cia de Teatro" realiza oficina de teatro com incursões por circo, dança e linguagem audiovisual, para a montagem de um espetáculo teatral inspirado na formação da Cidade Baixa e nas questões de pertencimento dos seus moradores. Serão seis apresentações, que contam com jovens atrizes e atores selecionados para o projeto, entre os dias 28 e 30 de abril, com informações através do @culturalfabrica.
Ainda em abril, o projeto "Awon Omodé – Afroperspectivas por uma Infância Plural" envolve a apresentação do espetáculo Itans que Encantam, a publicação de quatro livros, três séries audiovisuais e três oficinas on-line. Os conteúdos são voltados para crianças negras, sempre abordando a cultura africana e afro-brasileira enquanto formas de educação e construção de identidade.
A partir da próxima semana, o Teatro Lizete Ribeiro, localizado no bairro de Stella Maris, será palco das apresentações da I Mostra de Teatro Solo Stella Maris Convida. Com transmissão ao vivo e online dos espetáculos, entre os dias 18 e 28 de março, às 18h, a iniciativa busca fomentar o teatro, além de difundir e inserir no circuito cultural da cidade, o Teatro Lizete Ribeiro, espaço de amplas instalações que abrigará essa primeira mostra.
Os solos "Sobejo" (18), "Dona Coca" (19), "Diário de uma Vagina" (20), "Encruzilhada" (21), "Major Oliveira" (26), "Tentáculos" (27) e "O Avô e o Rio" (28), serão transmitidos pelo canal da mostra no youtube. Além dos espetáculos, o espectador poderá bater um papo com os atores sobre temas, concepções, montagens, direção, entre outros assuntos. As lives-papos ocorrem pelo Instagram, às 19h, conforme programação.
O projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultural do Ministério do Turismo, Governo Federal.
Lives
- 14/03 (domingo) – Luiz Buranga – Ator, Diretor, Produtor do Grupo Mangaia teatro
- 15/03 (segunda) - Indaiá Oliveira – Atriz, Produtora, Pedagoga e Assistente Social
- 16/03 (terça) - Leno Sacramento – Ator do Bando de Teatro Olodum
- 17/03 (quarta) – Antonio Fábio – Ator, Diretor Artístico, Produtor do Grupo Ovo Teatro e Afins
- 23/03 (terça) - Israel Barretto - Ator, Produtor Cultural
- 24/03 (quarta) - Guto
Em comemoração aos cinco anos da estreia de seu primeiro solo, o ator baiano Sulivã Bispo remonta a obra “Kalala” em uma temporada online, de 25 a 27 de fevereiro, com exibição gratuita às 20h, no canal do Na Rédea Curta no Youtube.
Gravada no Terreiro Bate Folha, a montagem é a inspiração poética para contar a história de uma menina de 10 anos assassinada, após um grupo de evangélicos invadir seu terreiro. Entre realidade e ficção, a obra discute temas como racismo, intolerância religiosa e a morte sistemática de jovens negros no Brasil.
“Surge de uma revolta minha com relação a esse tema. O surto que adentrou a periferia de preconceito racial, a migração do povo de santo para a religião evangélica. Então me vi instigado a falar sobre isso”, diz o ator, sobre a motivação para montar o espetáculo.
Após a transmissão do espetáculo, o público poderá participar de um bate-papo, ao vivo, com o artista e convidados como Onisajé (Ilê Axé Oyá L’adê Inan), Hanna (Terreiro Bate Folha) e Nildinha Fonseca. O encontro busca discutir sobre o racismo e a intolerância religiosa.
SERVIÇO
O QUÊ: KAIALA - um solo de Sulivã Bispo (exibição de solo + bate-papo)
QUANDO: 25, 26 e 27 de fevereiro de 2021, às 20h
ONDE: Youtube do Na Rédea Curta (www.youtube.com/naredeacurta)
VALOR: Grátis
Depois de vetar a captação de recursos via Lei de Incentivo à Cultura, o novo nome da Lei Rouanet, para o plano anual do o Instituto Vladimir Herzog (clique aqui e saiba mais), o governo Bolsonaro vetou o projeto de um espetáculo teatral sobre a ditadura que buscava apoio da lei de incentivo.
De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, a companhia teatral BR116 submeteu o projeto para encenar a peça “O Santo Inquérito”, de Dias Gomes, mas a proposta foi arquivada pela Secretaria Especial da Cultura, comandada por Mario Frias.
O espetáculo em questão trabalha em cima de uma metáfora das torturas ocorridas no regime militar no Brasil, a partir de um episódio histórico, quando Branca Dias foi condenada pela Inquisição por salvar um padre do afogamento.
Segundo o grupo de teatro, que atua há dez anos e nunca tinha tido problemas com aprovação de projetos na Rouanet, o governo federal não apresentou qualquer justificativa pela decisão. Procurada, a Secult não se manifestou sobre o caso.
Após 13 anos, a Mostra Caravana Teatro Itinerante de 2021 será realizada em um formato diferente do habitual, o digital. O evento, que nasceu em Bonito, na Chapada Diamantina, será transmitido entre os dias 19 e 21 de fevereiro através do YouTube.
Além das peças teatrais gratuitas que já rodaram 20 cidades, poesia, dança, música e oficinas compõem a programação do evento realizado por artistas da Chapada Diamantina, de Salvador e do estado de Sergipe.
O evento reúne grupos e artistas de cidades como: Bonito, Seabra, Wagner, Senhor do Bonfim, Utinga, Souto Soares, Salvador, Baixa Grande, São Gabriel, Iraquara, Jacobina, Santo Estevão, Ponto Novo, Ourolândia, Morro do Chapéu, Andaraí, Itaitê e Simão Dias (Sergipe).
O projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb) (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Rui Oliveira
"Falta de respeito, deboche e avacalhamento".
Disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), Rui Oliveira ao rebater provocações realizadas pelo vereador Claudio Tinoco (União) antes da votação do novo Plano de Carreira do Magistério Municipal nesta quarta-feira (1º). Em conversa com a imprensa, o sindicalista afirmou que as falas de edil foram uma “falta de respeito” e que não mereciam uma “devolutiva”.