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Redução de consumo de álcool deve gerar queda de casos de intoxicação por metanol, avalia especialista

Por Victor Hernandes

Redução de consumo de álcool deve gerar queda de casos de intoxicação por metanol, avalia especialista
Foto: Sumaia Villela/Agência Brasi

A infectologista Clarissa Cerqueira comentou sobre o cenário dos casos de intoxicação por metanol associados ao consumo de bebida alcoólica no Brasil. Em entrevista a reportagem do Bahia Notícias, a especialista apontou que os episódios do tipo podem seguir uma projeção de queda no país.

 

Apesar de um possível “surto” e da confirmação de situações e até óbitos em diferentes estados brasileiros, a profissional explicou que o controle no consumo de bebidas, vai impactar na redução dessas situações. 

 

“Como isso [surto de intoxicação] está gerando um alerta importante na população. Acho que muita gente vai controlar o consumo, por conta do medo. Então, ao mesmo tempo, vai acontecer uma balanceada”, afirmou. 

 

Segundo ela, a preocupação e atenção maior que a população está com a substância, pode impactar no número de diagnósticos. A médica contou que os sintomas iniciais são semelhantes aos da intoxicação alcoólica, mas podem evoluir para quadros mais graves.

 

“Geralmente são 24 horas que levam para aparecer os sintomas. Acho que a gente deve realmente identificar mais casos, porém, com o passar do tempo, o paciente pode evoluir para uma cegueira. O corpo vai ficando com alterações que culminam com disfunções de múltiplos órgãos, como coração, pâncreas e rim”, observou. 

 

Clarissa explicou ainda o que deve ser feito caso algum desses sintomas apareçam entre a população. 

 

“O tratamento da intoxicação é com etanol. Evitar beber em quantidades elevadas é uma das recomendações, pois a intoxicação está associada também à quantidade. Depois de 12 horas da ingestão da bebida alcoólica e os sintomas aparecerem é necessário procurar atendimento médico”, concluiu. 

 

RELEMBRE
Uma pessoa morreu e outras oito foram internadas por intoxicação por metanol após consumir bebidas alcoólicas adulteradas entre 1º e 18 de setembro em São Paulo, Limeira e Bragança Paulista. Os casos foram registrados pelo Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox), em Campinas, e encaminhados ao governo federal.

 

Segundo a secretária nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos, Marta Machado, a situação é grave, possivelmente subnotificada, e pode evoluir para surto. O Ministério da Justiça e Segurança Pública destacou que os casos são “fora do padrão para o curto período de tempo e também por desviar dos casos notificados anteriormente de intoxicação por metanol”.

 

Nesta última sexta-feira (03), um homem de 56 anos morreu após dar entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro da Queimadinha, em Feira de Santana. 

 

Em nota, as secretarias de saúde do Estado [Sesab] e de Feira de Santana emitiram nota e confirmaram a suspeita de morte por intoxicação na cidade. "Amostras biológicas serão coletadas e encaminhadas para análise laboratorial, com resultado previsto em até sete dias, a fim de confirmar ou descartar a hipótese de intoxicação".