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Podcast Bengalas explica como a musicoterapia pode ajudar no cuidado com idosos

Podcast Bengalas explica como a musicoterapia pode ajudar no cuidado com idosos
Foto: Divulgação
Muitas pessoas buscam os mais diversos especialistas na área de saúde quando atingem uma idade mais avançada. Mas a arte também pode ser um instrumento poderoso tanto para idosos quanto para ajudar aqueles que cuidam de pais e avós que já estão na "melhor idade". Para tratar sobre o assunto, o novo episódio do Podcast Bengalas, que vai ao ar às 15h desta terça-feira (30), convidou o musicoterapeuta Oswaldo Marques.

Podcast Bengalas: O sistema familiar dos pais idosos e a visão da Constelação Familiar

Podcast Bengalas: O sistema familiar dos pais idosos e a visão da Constelação Familiar
Manter uma relação familiar saudável é um desafio em qualquer idade, mas quando envolve o cuidado com os idosos se torna ainda mais complexo. Além das demanas diárias de trabalho dos envolvidos, há sempre um debate sobre responsabilidades, cobranças e até o suporte financeiro. Para tratar sobre o assunto, o novo episódio do Podcast Bengalas, que vai ao ar às 15h desta terça-feira (5), convidou especialistas em Constelação Familiar. Assista abaixo:

Podcast Bengalas debate como medicina, fisioterapia e psicologia ajudam filhos que têm pais idosos; assista

Podcast Bengalas debate como medicina, fisioterapia e psicologia ajudam filhos que têm pais idosos; assista
Foto: Divulgação
Ter que organizar a rotina entre trabalho, filhos, casa e relacionamentos é cada vez um desafio maior. E as dificuldades só aumentam quando, além de lidar com os próprios dilemas, nesta equação entra a necessidade de cuidar de pais idosos. O Podcast Bengalas surge exatamente como uma forma de debater os problemas que aparecem, discutir soluções e compartilhar dicas e vivências. Apresentado pela consultora em planejamento e desenvolvimento humano, Marta Castro, o projeto teve 7 episódios neste ano, indo ao ar às 15h toda terça-feira.

Artigos

Queda de cabelo: especialista explica como tratar esse problema

Por Marília Acioli

Queda de cabelo: especialista explica como tratar esse problema
Foto: Divulgação

A queda de cabelo é uma condição que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), estima-se que 42 milhões de brasileiros sofrem com algum grau de queda dos fios, algo que pode impactar diretamente na autoestima. 


Vale ressaltar ainda que todo mundo perde de 100 a 150 fios de cabelo todos os dias, mas a dúvida de muitas pessoas é: até que ponto a queda capilar é considerada normal? Se a pessoa percebe uma alteração no padrão da queda de cabelo, notando que está caindo mais no chão durante a lavagem ou ao pentear os cabelos, é o momento adequado para buscar a avaliação de um dermatologista.


Por isso, é importante buscar ajuda profissional e especializada, uma vez que a queda de cabelo pode ser originada por diversas causas. As principais razões incluem alterações na alimentação que resultam em deficiência de vitaminas, picos de estresse e desequilíbrios hormonais. Doenças febris, como a dengue, podem desencadear a perda de cabelo cerca de três meses após o evento. Além disso, mulheres que recentemente deram à luz também podem apresentar queda de cabelo. Esses fatores perturbam a taxa normal de renovação dos fios.


Outro ponto importante é entender que existem dois fenômenos distintos: a queda e a quebra de cabelo. A quebra, frequentemente causada por práticas inadequadas, como exposição a fontes intensas de calor, alisamentos, colorações e penteados tensionados, contrasta com a queda de cabelo, que pode ser um indicativo de desequilíbrios internos ou problemas de saúde.


Tratamento
Com um diagnóstico preciso, é possível saber se a pessoa está com queda de cabelo fora do normal e, assim, fazer um tratamento eficaz. Segundo Marília, diversas opções terapêuticas estão disponíveis, oferecendo abordagens inovadoras para restaurar a saúde capilar. A terapia de LED, por exemplo, utiliza o laser para estimular o couro cabeludo, potencializando a ação dos medicamentos. Além disso, a Microinfusão de Medicamentos na Pele (MMP) é uma técnica que consiste na aplicação direta de medicamentos no início do folículo piloso, proporcionando efeitos que vão desde frear a queda até estimular o crescimento e aprimorar a qualidade do fio.


Outra alternativa que pode ser indicada é a Terapia Regenerativa com PRP (Plasma Rico em Plaquetas), na qual o próprio sangue do paciente é aplicado no couro cabeludo. Esse procedimento se destaca ao melhorar não apenas a queda, mas também a qualidade do cabelo, conferindo-lhe mais viço e brilho.
Portanto, essas abordagens terapêuticas, quando aplicadas de maneira personalizada, proporcionam diversas opções e benefícios para melhorar a saúde capilar. Consultar um médico especializado permitirá a escolha do tratamento mais adequado às necessidades individuais, visando resultados satisfatórios na recuperação e revitalização dos cabelos. 

 

*Marília Acioli é dermatologista, coordenadora e professora do novo curso de extensão em Medicina Estética e Dermatologia da Faculdade de Medicina Zarns. Recentemente, a médica esteve na Coreia do Sul para certificação internacional nos protocolos e soluções inovadoras em fios PDO a convite da MedBeauty – que é a representante no Brasil da maior empresa de Fios PDO do mundo (a i-thread) e da qual Marília é speaker. Além disso, é titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e Cirurgia Dermatológica (SBCD), docente da Unifacs há oito anos, uma das fundadoras da Áurea Dermatologia Integrada – a primeira clínica galeria do Brasil -, e embaixadora do Clatuu no estado. Formada em Medicina pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, em 2008, Marília fez especialização em Dermatocosmiatria na Faculdade de Medicina do ABC, em Santo André (SP), e especialização em Dermatologia pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. 

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias

Quais os principais erros ao fazer jejum intermitente?

Por Leonardo Matthew

Quais os principais erros ao fazer jejum intermitente?
Foto: Divulgação

Apesar de ter ganhado popularidade nos últimos anos, o jejum intermitente é uma prática que surgiu há milhares de anos. Para se ter uma ideia, existem diferentes aplicações deste método. O grande problema é que grande parte das pessoas adotam essa técnica de maneira inadequada, sem acompanhamento profissional, o que pode trazer prejuízos à saúde. Sendo que não é simplesmente fazer jejum prolongado: o que você come e os horários das alimentações também importam.

 

Por isso, fazer o jejum de forma acompanhada pode trazer benefícios além do emagrecimento, contribuindo com a melhora da saúde metabólica e da qualidade de envelhecimento, reduzindo a chance do aparecimento de muitas das doenças crônicas que existem hoje. 

 

Quando o indivíduo fica sem comer por muito tempo, o organismo utiliza glicose armazenada como fontes de energia; e após 10h a 12h de jejum, começa a consumir a gordura corporal e utilizar corpos cetônicos que fazem bem, inclusive, para o funcionamento cerebral.
 
1) Jejum no período diurno
Quem passa por um longo período de restrição alimentar durante o período diurno, principalmente pulando o café da manhã, pode ter mais malefícios metabólicos do que benefícios. Isso pode contribuir para mais fome ao final do dia e compulsão alimentar.


 
2) Começar com longos períodos de jejum
Quem nunca correu não calça um tênis e sai sem preparo para fazer uma maratona de 42 km. É preciso ir se preparando e aumentando o percurso gradualmente. Portanto, as pessoas que nunca fizeram jejum intermitente começam com parcimônia, se adaptando gradualmente ao aumento do período de jejum. Isso ajuda a evitar reações fisiológicas como tonturas, muitas dores de cabeça, vômitos e cãibras.

 
3) Cuidado com o desjejum
Além disso, os resultados desse método não se baseiam somente no jejum propriamente dito. É necessário ter um cuidado especial com o desjejum, que é o momento de se alimentar após o jejum. Não adianta ficar 16h sem comer e quebrar o jejum com alimentos ricos em gordura saturada e açúcar refinado. É fundamental que seja uma alimentação equilibrada, rica em proteína, carboidratos complexos e boas gorduras.
 
4) Não ter acompanhamento profissional
Outro problema ao fazer jejum intermitente é realizá-lo sem a orientação de um profissional de saúde. Cada pessoa deve ser avaliada de forma individualizada, considerando todas as variáveis que podem influenciar para os melhores benefícios do método. O ideal é contar com uma abordagem integrada que leve em consideração todas as necessidades do paciente, assim, é possível avaliar a real necessidade do jejum intermitente e de que forma ele pode ser empregado para otimizar o processo de emagrecimento aliado a saúde.

 

*Leonardo Matthew é um médico que se destaca como referência em emagrecimento e reposição hormonal.

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias

Março Azul: Crescimento da incidência de câncer colorretal em população jovem reforça necessidade de detecção precoce
Foto: Divulgação

O câncer de intestino, também conhecido como câncer colorretal, está se tornando cada vez mais comum no Brasil, e estudos indicam que essa tendência pode continuar. Especialistas preveem um aumento de 10% na probabilidade de mortes prematuras por esse tipo de câncer entre adultos de 30 a 69 anos até 2030. Este aumento é preocupante em todas as regiões do país e afeta tanto homens quanto mulheres, sendo particularmente alto no Nordeste, que apresentou um aumento projetado de 37% entre os homens e 38% entre as mulheres.

 

Atualmente, o câncer de intestino é o segundo tipo mais comum no Brasil, atrás apenas do câncer de próstata em homens e de mama em mulheres. Além disso, estima-se que, a cada ano, cerca de 46 mil pessoas sejam diagnosticadas com este câncer, o que representa em torno de 10% de todos os diagnósticos de câncer no país, excluindo o câncer de pele não melanoma.

 

Interessantemente, houve um aumento na incidência desse tipo de câncer entre pessoas mais jovens, nas faixas de 20 a 49 anos e de 50 a 69 anos, observado entre os anos 2000 e 2015. Esse aumento é um alerta sobre a importância de entender os fatores de risco associados ao câncer de intestino, que incluem aspectos genéticos, hábitos alimentares e níveis de atividade física.


 
Os fatores genéticos podem aumentar o risco de desenvolver o câncer de intestino, especialmente se houver histórico familiar da doença. Isso significa que pessoas com familiares próximos que tiveram câncer de intestino podem ter um risco maior de desenvolvê-lo. Vale ressaltar que a realização do exame de colonoscopia deve ser feita a partir dos 45 anos. Caso a pessoa já tenha casos na família, ela pode marcar a sua primeira avaliação 10 anos antes da idade em que foi descoberta a doença no familiar.

 

Além disso, a alimentação desempenha um papel crucial na prevenção do câncer de intestino. Dietas ricas em carnes vermelhas e processadas, com baixo consumo de fibras, frutas e vegetais, podem aumentar o risco de desenvolver essa doença. Por outro lado, uma alimentação balanceada, rica em fibras, frutas, vegetais e com menor consumo de alimentos processados, pode ajudar a reduzir o risco. 

 

A atividade física regular também é fundamental. O sedentarismo aumenta o risco de câncer de intestino, enquanto que manter-se ativo pode ajudar a diminuir esse risco. Portanto, incorporar exercícios físicos na rotina é uma estratégia importante na prevenção dessa doença. Compreender esses fatores de risco e adotar medidas preventivas, como manter uma alimentação saudável, praticar exercícios regularmente e estar atento ao histórico familiar, são passos importantes para reduzir o risco de desenvolver câncer de intestino.

 

*Rodrigo Felipe é gastroenterologista e coordenador científico do Itaigara Memorial Gastro-Hepato Endoscopia

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias

Março Amarelo: entenda a importância do tratamento precoce da endometriose

Por Alexandre Amaral

Março Amarelo: entenda a importância do tratamento precoce da endometriose
Foto: Divulgação

A endometriose é responsável por cólicas menstruais de forte intensidade, dor pélvica e infertilidade. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a doença afeta cerca de 10% (190 milhões) de mulheres e meninas em idade reprodutiva em todo o mundo, sendo mais de sete milhões apenas no Brasil. A fim de levantar o alerta para a importância do diagnóstico precoce e tratamento adequado, este mês marca a campanha Março Amarelo, que visa conscientizar a população de todo o mundo a respeito dessa condição.

Inflamação crônica que modifica o funcionamento do organismo, a endometriose se manifesta quando células e glândulas semelhantes ao endométrio, o tecido que reveste a parte interna do útero, cresce fora deste nos tecidos e órgãos adjacentes. Esse fenômeno resulta em lesões inflamatórias em locais como ovários, trompas, bexiga, intestino ou, em situações menos frequentes, como apêndice e diafragma.
 
Os sintomas da endometriose vão desde cólicas menstruais intensas, dores abdominais e durante as relações sexuais, alterações intestinais e urinárias, até dificuldade para engravidar, mas a doença também pode não apresentar sintomas, por isso, seu diagnóstico pode levar anos.
 
Embora não tenha cura, os sintomas da doença podem ser controlados ao longo do tempo com um acompanhamento ginecológico especializado contínuo e modificações no estilo de vida. Essas medidas contribuem na redução da inflamação e na regulação da imunidade, contribuindo para um controle mais eficaz da condição e promovendo o bem-estar ao longo do tempo.

Diagnóstico e Tratamento
O diagnóstico da endometriose envolve uma boa anamnese durante a consulta ginecológica especializada e a realização de exames específicos para o mapeamento da condição, como a ultrassonografia com preparo intestinal para mapeamento da endometriose e/ou a ressonância magnética com preparo intestinal da pelve ou do abdômen total. 

 

Já o tratamento baseia-se na modificação do estilo de vida com um acompanhamento nutricional especializado e a prática de exercícios físicos regulares. O exercício ajuda no enfrentamento da endometriose, estimulando a liberação de endorfinas, que não apenas aliviam os sintomas dolorosos, mas também contribuem para a regulação do estresse e fortalecimento do sistema imunológico. Além disso, a adoção de uma alimentação adequada desempenha um papel fundamental no controle da dor, na preservação da imunidade e na gestão do peso corporal.
 
Diante disso, a endometriose é uma doença que demanda um atendimento multidisciplinar e uma atenção personalizada por parte do ginecologista para avaliar a eficácia do tratamento. A abordagem terapêutica mais comum consiste no uso de terapias hormonais, visando a melhora dos sintomas por meio de contraceptivos hormonais como DIU hormonal, pílulas, implantes, injetáveis, adesivos transdérmicos ou anéis vaginais.
 
Quando a mulher não obtém melhorias por meio do tratamento clínico, surge a necessidade de considerar abordagens cirúrgicas, como a laparoscópica ou robótica, que são métodos minimamente invasivos, sendo considerados o padrão ouro no tratamento cirúrgico da endometriose. O objetivo é remover os focos de endometriose de forma abrangente, visando restabelecer a qualidade de vida dessa mulher. Importante lembrar que a histerectomia, que é a retirada total do útero, não é uma alternativa de tratamento cirúrgico.

 

*Alexandre Amaral é ginecologista, referência em endometriose e cirurgia minimamente invasiva

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias

Qualidade de vida: as mulheres ainda estão em desvantagem; até quando?
Foto: Divulgação

O Dia Internacional da Mulher é um momento oportuno para refletirmos sobre a qualidade de vida das mulheres em comparação a dos homens. Pesquisas têm mostrado que apesar de termos feito importantes conquistas neste último século, como o direito ao voto; o protagonismo do pré-parto ao puerpério, aliado a uma assistência mais segura; entre outras, persistem algumas diferenças compreendê-las para promover a equidade de gênero.

 

Em recente pesquisa realizada pela Fundação José Silveira, foram estudados oito domínios da qualidade de vida dos idosos (maiores de 60 anos): capacidade funcional, limitações físicas, dor, estado geral de saúde, vitalidade, aspectos sociais, aspectos emocionais e saúde mental. Os dados preliminares mostraram que, apesar de terem a mesma faixa etária, as mulheres apresentaram pontuações em média 7% mais baixas quando comparadas aos homens: elas continuam em desvantagem!

 

Segundo análise, as mulheres têm menos qualidade de vida que os homens em seis dos oito domínios: sua capacidade funcional é pior em 13%; sentem 16% mais dor no dia-a-dia; seu estado geral da saúde, vitalidade e saúde mental são 7% piores. Isto pode ser atribuído ao fato de que elas são mais propensas a realizar tarefas domésticas e de cuidados não remunerados. Somente nos domínios “limitação por aspectos físicos” e “aspectos emocionais”, os percentuais foram semelhantes aos dos homens.

 

No que tange à idade, a pesquisa revela que participantes com idade avançada (≥75) possuem pontuações médias ainda mais baixas em todos os domínios, se comparados àqueles com idade inferior a 75 anos. Isso indica que, de forma geral, a qualidade de vida diminui à medida que a idade avança.

 

As mulheres e os idosos enfrentam desafios únicos que precisam ser abordados para promover a equidade de gênero e a saúde e bem-estar ao longo da vida. Quando analisamos a interseccionalidade de sexo e idade, vemos que as mulheres idosas são particularmente vulneráveis levando a uma baixa qualidade de vida.

 

A compreensão dessas disparidades pode orientar a formulação de intervenções e políticas de saúde direcionadas para atender às necessidades distintas de homens e mulheres, visando promover um equilíbrio e bem-estar ideais para ambos os sexos.

 

Reconhecemos os avanços transformadores que conquistamos ao longo dos anos em direção à igualdade e à valorização de nossas habilidades e contribuições. No entanto, permanecemos conscientes dos desafios que ainda precisamos superar.

 

Para tanto é imprescindível o reconhecimento da força das mulheres para alcançar mudanças extraordinárias e celebrar da coragem, da resiliência e da capacidade das mulheres de inspirar mudanças e abrir caminhos para as gerações futuras.

 

Acredito na nossa capacidade de inspirar mudanças e abrir caminhos para a nossa geração e gerações futuras e no equilíbrio entre resiliência e empatia. A capacidade de nos posicionarmos com convicção, mas também ouvir com compreensão. É sobre desenvolver habilidades que desafiam os paradigmas e marcam a diferença, não só para nós, mas para cada mulher que cruzar o nosso caminho.

 

*Leila Brito é gestora do Núcleo de Desenvolvimento Estratégico e Inovação da Fundação José Silveira

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias

Atividade física e longevidade

Por Andrea Pereira

Atividade física e longevidade
Foto: Divulgação

Após os 60 anos, apresentamos uma maior tendência à perda de massa muscular, além de uma modificação dos músculos, incluindo: redução de produção de energia muscular, menos resposta a lesões, mais fibras musculares lentas no lugar das rápidas e mais infiltração de gordura no músculo, prejudicando a performance muscular. Essas alterações fazem parte do envelhecimento, porém podem ser minimizadas com a atividade física regular. 

 

Temos músculos em várias partes do corpo, dependemos deles para respirar, manter nosso coração batendo, andar, correr, pegar objetos, comer, falar, ou seja, diversas funções. Portanto, a redução de massa muscular pode afetar diferentes funções e independência. Além de funções motoras, os nossos músculos são responsáveis pelo armazenamento de 60% das proteínas do corpo. Essas proteínas fazem parte da constituição do sistema imunológico, logo pouca massa muscular ocasiona uma imunidade prejudicada, aumentando a suscetibilidade a infecções.

 

Para termos uma boa massa muscular dependemos de duas coisas essenciais, uma musculatura ativa e uma dieta com adequada proporção de calorias e proteínas.

 

Portanto, não adianta eu me exercitar se não como de forma apropriada, principalmente, proteínas que, geralmente, têm seu consumo reduzido entre os longevos. Isso ocorre por variados motivos, preços mais elevados, preparo menos prático, digestão mais difícil porque a molécula de proteína é grande, tendo sua absorção mais lenta, menos músculo e dificuldade em mastigar alimentos menos macios. 

 

As pessoas que sempre praticaram atividade física têm a vantagem de terem perdido menos massa muscular com o avançar da idade, porém nunca é tarde para começar. Vários estudos demonstram que, independentemente da idade de início da prática regular de exercícios, essa prática aumenta o bem-estar, o equilíbrio, a performance muscular, a imunidade e a independência.

 

Além disso, estudos recentes demonstram que o exercício físico e a boa alimentação, garantem um músculo de qualidade, ou seja, com muita fibra muscular, e isso está associado à menor probabilidade de demências, como o Alzheimer, por exemplo. 

 

E não existe um melhor exercício para se beneficiar. Existem estudos científicos com yoga, pilates, caminhada, musculação, artes marciais, bicicleta, dança, etc, podendo ser presenciais ou online. O importante é fazer de forma regular, três vezes por semana ou mais. E não existe uma receita de como encontrar ânimo ou energia para começar, o importante é fazer, por isso, devemos procurar algo que gostamos ou sempre desejamos fazer.

 

Eu sempre falo isso para os pacientes, será que não tem algo que você sempre quis fazer e não fez? Tenho um paciente que praticou judô na infância e parou. Aos 55 anos infartou e o cardiologista disse que ele tinha que começar uma atividade física regular “para ontem”. Então, ele recomeçou o judô e hoje é faixa preta. Começou indo duas vezes por semana e, atualmente, vai quatro vezes. Tenho outra paciente que era totalmente sedentária e decidiu começar a caminhar aos 58 anos. Depois de 10 anos já completou algumas maratonas. 

 

Hoje em dia, a maioria das academias tem diversas aulas e planos para o público longevo, em horários diferentes, sendo boas opções, porém, importante entender que pessoas acima dos 60 anos podem ter desafios e fazer exercícios mais intensos também, tudo depende do corpo de cada um. Ter mais idade não significa ter que fazer apenas alongamento e exercícios leves. Muitas vezes, vejo pessoas longevas com uma excelente capacidade física, fazendo exercícios muito, muito leves porque tem mais de 60 anos, sendo subestimadas. 

 

Antes de começar é importante passar por um exame médico, ter certeza das suas limitações e habilidades, e aí sim começar a sua prática. O exercício tem que ser adaptado e individualizado. Além do exame médico, uma dieta saudável é necessária para aumentarmos a nossa massa muscular de forma adequada. 

 

Comece agora, não perca tempo, nunca é tarde para começar e ter benefícios. Lembrando que a atividade física garante mobilidade, independência, imunidade e melhor capacidade cognitiva, sendo fundamental para um envelhecimento com qualidade.

 

*Andrea Pereira é Médica Nutróloga do Departamento de Oncologia e Hematologia do Hospital Israelita Albert Einstein; Cofundadora e coordenadora da ONG Obesidade Brasil; e Cofundadora do canal Longidade.

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias

Viagem longa: veja quais cuidados tomar para evitar a trombose

Por Maria Clara Sanjuan

Viagem longa: veja quais cuidados tomar para evitar a trombose
Foto: Divulgação

Condição caracterizada pela formação de coágulos de sangue que causa a obstrução dos vasos sanguíneos, a trombose é muito associada ao uso de anticoncepcionais, tabagismo, diabetes e obesidade. Contudo, o que muita gente não sabe é que a doença tem outros fatores de riscos, como ficar muito tempo sentado em viagens longas. 

 

Nesse caso, é importante tomar muito cuidado com a chegada das férias, para que um momento pensado para conhecer novos lugares e relaxar não se torne prejudicial para a saúde vascular. Isso porque, em viagens longas, geralmente acima de 4 horas, como as internacionais, a circulação dos membros inferiores fica comprometida devido à imobilização prolongada em posição sentada. 

 

E quando a pessoa tem muito tempo de imobilidade, o sangue se acumula nas pernas, o que interrompe o seu fluxo normal. Sendo assim, seja de avião ou transportes terrestres, se a viagem for longa, há riscos de ter coágulos sanguíneos e, consequentemente, a trombose venosa profunda. 

 

Para se prevenir da doença, os viajantes podem recorrer ao uso de meias de compressão. As meias foram desenvolvidas para comprimir o sistema venoso profundo. Elas melhoram o retorno do sangue nas veias e diminui o risco de desenvolvimento da trombose. No entanto, é importante buscar a orientação de um angiologista antes de fazer uso das meias.

 

Movimentar-se durante o voo é outra medida eficaz para evitar a trombose. Sempre que possível, é importante que o passageiro se levante para esticar as pernas e, se puder, faça uma caminhada, nem que seja para ir lavar o rosto no banheiro da aeronave. No caso de viagens longas em ônibus, é indicado andar um pouco durante as paradas no percurso ou fazer pequenos alongamentos para ativar os movimentos das pernas e melhorar a circulação sanguínea.

 

Para evitar a condição, usar roupas confortáveis é mais uma ação que os viajantes devem praticar, além de se hidratarem bem durante a viagem. Isso porque, roupas apertadas podem comprometer a circulação e a baixa ingestão de água torna o sangue mais viscoso e facilita a formação de trombos, que são os coágulos sanguíneos. Por isso, é importante beber muita água e evitar o consumo exagerado do álcool, que gera a desidratação, o que aumenta as chances de desenvolvimento da trombose.


*Maria Clara Sanjuan é médica angiologista, cirurgiã vascular e sócia da Clínica Sanjuan 

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias

Doença de Crohn: lições a partir do caso de Evaristo Costa

Por Júlia Cabral

Doença de Crohn: lições a partir do caso de Evaristo Costa
Foto: Divulgação

Recentemente, a notícia da internação do jornalista Evaristo Costa trouxe à tona a realidade da Doença de Crohn, uma condição inflamatória crônica que afeta o sistema digestivo, especialmente o intestino. Contudo, a disseminação dessa informação gerou dúvidas e, em alguns casos, concepções equivocadas sobre a doença.

 

A Doença de Crohn é uma condição complexa, associada a fatores genéticos, estilo de vida sedentário, dieta, tabagismo e estresse. Esses elementos desencadeiam uma desregulação no sistema imunológico, resultando em inflamação e o surgimento da doença. Os sintomas, como dor abdominal, diarreia com presença de sangue e que pode incomodar durante a noite, perda de peso e febre, geralmente são duradouros e limitantes.

 

Devido à semelhança dos sintomas com outras enfermidades e à falta de conhecimento sobre a Doença de Crohn, o diagnóstico muitas vezes é demorado. Pacientes passam meses, e em alguns casos anos, até iniciarem o tratamento adequado e recuperarem sua qualidade de vida, um cenário vivenciado pelo próprio Evaristo Costa. Felizmente, quando o tratamento é iniciado precocemente, os pacientes podem alcançar a remissão dos sintomas e prevenir complicações graves. É crucial destacar que a conscientização sobre a Doença de Crohn é fundamental para estimular a população a buscar profissionais especializados, promovendo avaliações individualizadas e desmistificando tabus relacionados ao diagnóstico e tratamento.

 

A divulgação de casos como o de Evaristo Costa desempenha um papel vital na sensibilização da sociedade para a existência dessas doenças. Além de incentivar a busca por profissionais especializados, a exposição pública contribui para desfazer tabus e mitos associados ao diagnóstico e tratamento da Doença de Crohn. Em suma, o caso de Evaristo Costa não apenas destaca os desafios enfrentados por quem convive com a Doença de Crohn, mas também serve como um alerta para a importância da informação precisa, do diagnóstico precoce e do tratamento adequado. Ao compartilhar experiências como essa, estamos construindo uma sociedade mais consciente e solidária no enfrentamento de condições de saúde complexas. Por isso, ao sentir qualquer alteração no funcionamento gastrointestinal, procure um médico especialista.

 

*Dra. Júlia Cabral é gastroenterologista na clínica IBIS – Salvador, pertencente ao Grupo CITA (Centros Integrados de Terapia Assistida), referência em tratamentos de doenças autoimunes no Brasil e é especialista em “Doença de Crohn”.

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias

Saúde bucal em dia: 3 cuidados com o sorriso nas férias

Por Danilo Ferraz, Raphael Cangussu e Davi Ferraz

Saúde bucal em dia: 3 cuidados com o sorriso nas férias
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Com a chegada do período de férias, muitas pessoas optam por relaxar, sair mais com a família e amigos, e se divertir. Diante das mudanças na rotina, a atenção com a saúde bucal muitas vezes é deixada de lado, e, por isso, a rotina diária de escovação e higiene dos dentes, assim como as visitas regulares ao dentista, acabam não recebendo a devida prioridade, o que pode ocasionar uma série de problemas bucais.
 
Nesse caso, é essencial destacar que a falta de cuidados com a saúde bucal pode resultar em danos frequentes. No período do verão e das férias, os problemas mais comuns são ocasionados por condições como desidratação, aumento do consumo de alimentos açucarados e ácidos, que desgastam o esmalte dos dentes e até mesmo o aumento na quantidade de acidentes, que podem provocar fraturas e quedas dentárias. Além disso, negligenciar a higiene bucal pode propiciar o surgimento de cáries e problemas na gengiva.
 
1)   Não negligencie a limpeza dos dentes

Durante essa época, o aumento do consumo de alimentos e bebidas ricas em açúcar, como sorvetes e bebidas refrescantes, pode resultar em um maior acúmulo de resíduos nos dentes. Além disso, o calor pode nos levar a ingerir mais líquidos, porém é importante lembrar que muitas dessas bebidas, como refrigerantes e sucos industrializados, são prejudiciais à saúde bucal devido ao elevado teor de açúcar que contêm. 

 

Por isso, é importante manter um kit básico de higiene bucal por perto durante os passeios é essencial. Seja na bolsa de praia ou no carro, ter uma escova, pasta de dente e fio dental à mão pode fazer toda a diferença. Esses hábitos simples podem evitar o acúmulo de resíduos alimentares e a formação de biofilme bacteriano, prevenindo cáries e problemas gengivais.

 

2)   Atenção aos incidentes

Os acidentes dentários podem ocorrer em momentos de lazer, como ao jogar vôlei na praia, praticar surf, em brincadeiras na piscina ou até mesmo durante um jogo de futebol na areia. Uma queda inesperada ou um impacto durante essas atividades recreativas podem resultar em danos aos dentes, como lascas, rachaduras ou até mesmo perda dentária. Além disso, é essencial evitar o hábito de abrir garrafas com os dentes, assim como ter cuidado ao consumir nozes ou outros alimentos duros, pois essas práticas podem danificar os dentes de forma permanente.

 

3)   Visita ao dentista

Uma visita preventiva ao dentista antes das férias e festas de fim de ano pode ajudar a garantir que seus dentes estejam saudáveis e fortes para enfrentar a estação. O dentista pode realizar uma profilaxia bucal para uma limpeza mais completa e garantir a prevenção de problemas futuros. Além do mais, pode verificar se há alguma sensibilidade dentária ou sinais de desgaste que precisam ser tratados. 

 

*Raphael Cangussu é especialista, mestre e doutorando em Implantodontia. Davi Ferraz é protesista e reabilitador oral. Danilo Ferraz é ortodontista e protesista. Todos os dentistas são sócios do Ateliê Cangussu & Ferraz.

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias

Doença do olho seco: como tratar?

Por Fernanda Fernandes

Doença do olho seco: como tratar?
Foto: Divulgação

A síndrome do olho seco é uma doença crônica e silenciosa que afeta de 13% a 24% da população brasileira. Ela acontece quando os olhos não produzem lágrimas suficientes ou quando as lágrimas produzidas não têm a qualidade necessária para manter os olhos lubrificados. Entre os principais sintomas dessa condição, estão vermelhidão nos olhos, ardor, irritação, coceira, sensibilidade à luz e visão embaçada. 

 

Além disso, a persistência dos sintomas pode incapacitar atividades do cotidiano e ser um alerta para um problema mais sério, por isso, identificar as causas e contar com acompanhamento é fundamental.  

 

Já que diversas situações podem provocar a síndrome do olho seco, desde fatores externos, como o uso excessivo de dispositivos eletrônicos e ambientes com ar-condicionado, até alterações hormonais, poucas horas de sono e uso de alguns medicamentos. Era uma doença mais associada ao envelhecimento, no entanto, com o uso excessivo de telas por pessoas de todas as idades, essa condição é cada vez mais comum entre os jovens.

 

Por ser um problema diretamente ligado ao estilo de vida, a síndrome alterna períodos de melhora e de piora dos sintomas. Por isso, o tratamento do olho seco é individualizado de acordo com o tipo e a gravidade de cada caso. Parte do diagnóstico envolve compreender quais são os fatores que agravam o olho seco, com base nos hábitos do paciente, e fazer o tratamento adequado para repor a lubrificação.

 

Embora seja vital o uso de colírio lubrificante para aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do indivíduo, é preciso ter cuidado com os riscos da automedicação. A lágrima é formada pela camada aquosa, produzida pelas glândulas lacrimais; a camada de mucina, produzida pelas células da conjuntiva, e a camada lipídica, mais externa, que controla a evaporação da lágrima. 

 

Quando há a síndrome do olho seco, é preciso identificar qual camada da lágrima está em menor concentração para repor de forma adequada e individualizada. O uso de colírios errados pode piorar o quadro e o ressecamento prolongado da córnea pode levar a lesões, perfurações e infecções a longo prazo.

 

*Fernanda Fernandes é graduada em medicina pela Universidade Federal da Bahia, com Residência em Oftalmologia no Hospital das Clínicas (BA), onde fez Fellowship em Córnea e Doenças externas. Atua na oftalmologia geral com foco no tratamento de miopia, lentes de contato, córnea e doenças externas

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias

Entrevistas

Especialista explica sobre uso de métodos e procedimentos estéticos para cuidados com o corpo

Especialista explica sobre uso de métodos e procedimentos estéticos para cuidados com o corpo
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Os dias de sol de verão, e a grande busca por alcançar e exibir o corpo perfeito, tem ocasionado muitas dúvidas sobre procedimentos estéticos. De acordo com a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética, o Brasil é um dos principais países com maior número de procedimentos não cirúrgicos de preenchimento com PMMA, que é um desses tipos de métodos estéticos.