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nininha problematica
Presente no Festival de Verão Salvador 2024 na noite deste sábado (27), a drag queen baiana Nininha Problemática falou sobre o veto ao pagodão baiano como música do Carnaval. Segundo a artista, este é veto é uma atitude racista, que exclui parte da cultura baiana.
"O pagodão faz parte da cultura baiana, faz parte da musicalidade regional essa invenção pra mim é racismo velado. Porque é a música de preta música e da periferia e as pessoas não querem deixar a gente tocar nos eventos públicos, não querem pagar pra ter, mas não deixam de ouvir", alegou.
Em seguida, ela revelou que os artistas da periferia precisam ter espaço. "Seja nos grandes festivais pagos pela prefeitura, pagos pelo governo do Estado ou nos eventos privados porque a gente é a cara da cidade", finalizou.
Os criadores de conteúdo baianos Nininha Problemática e Matheus Araújo estiveram presentes no primeiro dia do Festival Liberatum, que acontece em Salvador e promove a cultura negra com a presença de grandes personalidades, como Viola Davis. Ao Bahia Notícias, os influenciadores destacaram a importância da capital baiana receber um evento desse porte.
“É de extrema importância que esse evento esteja acontecendo em Salvador, que é a cidade mais preta fora da África, e é muito bom ver Salvador de volta nesse mapa de eventos internacionais, que sentíamos muita falta porque temos sim como receber esses eventos e essas pessoas. É bom ver isso acontecendo fora o eixo Rio-São Paulo, que é tudo muito fixado no Sudeste. A Bahia é uma terra de grandes culturas, é um berço de grandes artistas, nada mais justo que trazer isso pra cá”, declarou Nininha.
“Fico muito feliz, na verdade, estou muito empolgado com esses três dias de evento. O primeiro aqui já realizei um sonho. Ontem, inclusive, tive a oportunidade de tirar uma foto com Viola Davis, que até hoje não estou acreditando. O evento aqui só mostra que Salvador é sim uma potência negra”, reforçou Matheus.
A drag queen e cantora Nininha Problemática é uma das atrações do camarote Expresso 2222. Ao Bahia Notícias, a artista conta que pensou em desistir da sua carreira durante a pandemia, mas que afirma ter visto na sua carreira uma representação na periferia na mídia.
“A pandemia foi um momento muito difícil para mim porque em 2020 o Carnaval para mim que era de esperança, porque minha carreira estava numa crescente muito boa, e aí entrei em depressão com a pandemia, com problemas pessoais e profissionais que me fizeram desistir da minha carreira. Só que com esse retorno entendi que minha carreira não é só sobre mim, é sobre uma massa, uma população que precisa de voz, alguém que represente eles nessa grande mídia. E eu sendo uma ‘bicha’ preta da periferia de Salvador, estando nesse holofote que a mídia me proporciona, eu não falo só por mim, então não tem como desistir de uma coisa que não é só mais eu, é todo uma massa.”, disse.
Nininha vê ainda nesse retorno do Carnaval como oportunidade de mostrar a sua música em um circuito da cidade que acabou sendo marginalizado. “E agora com o retorno do Carnaval, essa festa popular que movimenta toda a nossa cidade, estando agora como artista consolidada que as pessoas respeitam e acompanham, para mim é muito especial. Estou muito feliz de ocupar esse espaço no Centro da Cidade, que era esquecido e marginalizado. Vou cantar na Barroquinha, vou cantar no Campo Grande, vou cantar no 2222, então estar nesses espaços é para mostrar para a galera da periferia que é possível nós chegarmos lá, que somos capazes.”, destacou.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.